O Sujeito na Contemporaneidade

O Sujeito na Contemporaneidade Joel Birman




Resenhas -


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Bárbara Matsuda 21/08/2022

“O sujeito na contemporaneidade - Espaço, dor e desalento na Atualidade”, de Joel Birman, passa por diversos tópicos que afligem negativamente a subjetividade contemporânea. Ao citar em vários momentos “O mal-estar na civilização” de Freud, ele compara os obstáculos do sujeito moderno com o do contemporâneo.
Através de mini capítulos, ele inicia pelo mundo onírico, passando por uma análise psicanalítica do filme “De olhos bem fechados” de Kubrick até nos apresentar a posição solipsista do sujeito atual (solipsismo: doutrina em que o indivíduo restringe-se apenas a si mesmo) e todas as condições que o levam a este espaço de dor. É interessante como ele desenvolve a ideia de que o espaço sobrepõe-se ao tempo nos dias de hoje, assim como a distinção dos conceitos de sofrimento e dor - sendo o primeiro uma relação de alteridade, enquanto o segundo fecha sobre si. A cultura atual de drogas (lícitas e ilíticas) e outras compulsões; a exaltação pelo corpo em que nos sentimos sempre em dívida; a perda do valor de linguagem em uma sociedade saturada por imagens. A sociedade do agir, evidenciada pelos excessos/intensidades, que quando não eliminados, implodem o psiquismo.
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gi.mmelo 08/01/2024

Em "O sujeito na contemporaneidade" Joel Birman explicita três registros contemporâneos de expressão do mal-estar: o corpo, a ação e as intensidades. O sujeito emerge como um reflexo do tecido social, revelando as construções em andamento que moldam a ascensão de um modo de ser específico que se torna padrão. Nesse cenário, ele destaca o papel do discurso e da inter-relação, em contraste com uma era na qual a psicanálise perde espaço para o saber biomédico. Vivemos tempos desprovidos de significado, onde o mundo capitalista e neoliberal oferece soluções ilusórias associadas ao culto ao corpo, à medicalização e ao consumo frenético. É uma época marcada pelo excesso de ideais e imperativos, que perde de vista a dimensão do desejo mergulhada no desalento e na ausência de um "outro" em uma sociedade individualista impregnada pelo narcisismo. Joel Birman realiza uma leitura impecável da contemporaneidade, especialmente valiosa para profissionais da área da saúde mental.
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