Salvatierra

Salvatierra Pedro Mairal




Resenhas - Salvatierra


29 encontrados | exibindo 16 a 29
1 | 2


Icaro 22/09/2022

Excelente!
Muito bonito esse livro! Gostei bastante. Uma história linda sobre a vida de um pintor que desenrolou sua arte de forma incrível.
comentários(0)comente



Tiago600 27/08/2022

Obra-prima


Para um leitor, é inegável o prazer de terminar um livro longo, seja ele de oitocentas ou mil páginas. Para além do esforço hercúleo em determinados momentos do processo, ao fim, fica um gosto de ter vencido algo, uma batalha, escalado uma montanha, um frenesi que percorre o corpo todo. Acontece que incorremos em um erro grave, visto que estamos viciados pelo volume editorial. O erro se encontra em acreditar que 90% de livros longos são transformadores, um oásis onde por muitas vezes muito é dito e muitas informações são processadas, ainda mais se a narrativa se propõe ao esgotamento das palavras.
Tal vício relegou livros "menores" em tamanho como se isso fosse um sinônimo de também guardar em si uma "menor" mensagem ou algo que o valha. Ledo engano. A arte literária também trata de transformar o que em primeiro instância parece colossal em versos rápidos e sutis, e para tanto é necessário um grande domínio no ofício de escrever.
Livros "minimalistas" frequentemente dizem mais do que aparentam em um primeiro contato. É necessário jogar fora esse pérfido vício em "medidas" e analisar uma obra por um olhar de 360 graus, digamos que devemos analisar primeiro como júri, depois como réu, no próximo passo como promotor e por fim como juiz. Dado o veredito, é possível mensurar o peso daquilo que acabamos de absorver.
Salvatierra é um livro curto, que pode ser lido em um único fôlego e indubitavelmente acabará por se demonstrar gigantesco.
comentários(0)comente



PaulaFrancoNetto 02/08/2022

A história é ambientada na Argentina e conta a história de Salvatierra, um pintor que ficou mudo jovem depois de um acidente de cavalo. Ele pintou uma obra com mais de 3km de extensão que provocou interesse em uma instituição holandesa, par que fosse exposta. Ao procurar toda obra, Miguel, filho de Salvatierra descobre que há uma sequência da obra que desapareceu. Miguel parte em busca de pistas que o levasse ao paradeiro da obra.
A imponente arte de Salvatierra retratava a história de sua vida o que faz com que Miguel relembre de alguns fatos da sua vida, inclusive o possível lugar onde o rolo faltante possa estar. Nessa busca, Miguel encontra pessoas que passaram pela vida de seu pai e surpresas vão aparecendo ao longo do caminho
comentários(0)comente



Alex 22/06/2022

Resgatando histórias de família
O livro fala sobre as pinturas de Salvatierra que, depois de falecido, tem sua obra resgatada e catalogada pelos filhos. Através desse resgate, eles finalmente começam a conhecer verdadeiramente o pai. Muito bacana. Parece aquelas histórias que são contadas para nós, pelos nossos avós, em um almoço de domingo.
comentários(0)comente



Marília 20/06/2022

Comecei a ler esse livro sem muita expectativa mas do meio para o fim comecei a ler querendo saber o final da história.
comentários(0)comente



Leila de Carvalho e Gonçalves 20/06/2022

O Espólio
De Pedro Mairal, Salvatierra acaba de ser publicado com o selo da Editora Todavia e é bem possível que você já tenha ouvido falar do escritor, pois seus dois livros anteriores, A Uruguaia e Uma Noite Com Sabrina Love, foram bem recebidos pelos leitores brasileiros. Por sinal, algo já esperado, já que ele é uma das vozes mais promissoras da atual literatura latino-americana.

Em apenas 112 páginas, o romance relata o destino do espólio de Juan Salvatierra. Um homem simples, dono de poucos bens pessoais, afora a casa onde viveu e um barracão cujo conteúdo se distingue pela peculiaridade. O falecido foi um artista plástico anônimo que, dos 20 aos 80 anos, pintou ininterruptamente uma única obra que, dividida em longos rolos de telas, corresponde a 4 quilômetros de extensão. Nela, ele registrou cada acontecimento de sua vida como também o dia a dia de seus familiares e do povoado fictício de Barrancales onde viveu.

Seus herdeiros são os filhos: Luís, o mais velho, e Miguel, o narrador dessa história. Em comum acordo, eles decidem vender a gigantesca obra e enquanto o primeiro tenta fechar o negócio com um interessado, o Museu Röell; o segundo parte em busca de um rolo desaparecido, pois sua ausência certamente diminuirá o valor da oferta.

Em linhas gerais, essa é a trama de Salvatierra, um romance que traz à pauta a curiosidade de Miguel por um homem que só conhecia sob a perspectiva de ser seu pai. Um desafio que lhe trará boas e más surpresas, alegrias e decepções, inclusive, como Juan enxergava a paternidade e o próprio filho.

Para Mairal, a despeito de ter sido publicado originalmente em 2008, Salvatierra manteve intacto o seu frescor, ao contrário de seus outros romances que tratam da relação entre casais, um assunto que vem passando por significativas mudanças, enquanto que o laço entre pai e filho tem provado ser mais resiliente a passagem do tempo.

Aliás, conforme o escritor, o tema mais importante do livro são as transformações temporais, ou seja, de que forma elas são sentidas por Miguel que, ao retornar a Barrancales depois de muito tempo, não reencontra o povoado que guarda na lembrança, acaba redimensionando a opinião sobre quem foi Juan Salvatierra e também se redescobre.

Inspirado em a Terceira Margem Do Rio, de Guimarães Rosa, esse é melhor romance de Mairal. Sua narrativa, feito um oroboro, remete ao ciclo da vida e é capaz de arrancar aplausos e até uma lágrima dos corações mais empedernidos. Será que um deles é o seu?

Nota: As declarações do escritor foram extraídas de uma entrevista concedida a Folha de São Paulo, em 5 de novembro de 2021.
Michelly 20/06/2022minha estante
Desse autor li Salvatierra e A uruguaia. Nesse livro, em especial, é notado o avanço de sua narrativa. Foi um dos melhores livros que li esse ano. Vale o reconhecimento e a excelente resenha.




Monique | @moniqueeoslivros 06/05/2022

Salvatierra
{Leitura 20/2022 - ?? Argentina}
Salvatierra - Pedro Mairal

Salvatierra é um livro sobre o olhar. É como um filho enxerga seu pai, e é como um homem enxerga a vida. É sobre o olhar que cada um tem sobre si mesmo e sobre o outro. Se fosse possível, seria um livro sem palavras.

Juan Salvatierra passou sua vida pintando um único quadro, uma tela sem bordas, onde um rolo emenda com o outro, sem espaços. São em torno de 4km de tela pintada, divididos entre uns 60 rolos, que Salvatierra pintou dos seus 20 aos 80 anos, todos os dias.

Sua vida vai acontecendo nesses rolos: ele pinta o acidente na infância, que o deixou mudo. Pinta seu trabalho, seu casamento. Pinta seus filhos. Toda a sua vida é pintada ali, em mais ou menos um rolo por ano.

Quando Salvatierra morre e seus dois filhos precisam resolver o que fazer com esse quadro quilométrico, eles descobrem que falta um rolo. Há uma lacuna em 1961. Eles conseguem fechar negócio com um museu para exposição da obra, mas descobrir o que aconteceu com esse rolo e o que estava pintado lá é muito importante.

Nesse livro, o narrador não é o personagem principal. Quem narra é um dos filhos, e ele conta sobre quem era seu pai. Entretanto, é como se ele também o conhecesse agora, enquanto desenrola as pinturas e vê como foi sua vida. Afinal, qual filho conhece toda a história do seu pai?

Esse é mais um romance curtinho de Pedro Mairal, onde relações familiares se desenrolam aos nossos olhos, feito a pintura de Salvatierra. Um homem imponente e calado, que tem nas suas mãos todas as cores do mundo.
comentários(0)comente



Aegla.Benevides 03/05/2022

Para variar um pouco, nesse último romance de Mairal publicado no Brasil, seu protagonista não encara uma viagem para encontrar a mulher desejada. Dessa vez, são os irmãos Luís e Miguel que retornam a Barrancales, sua cidade natal, com o objetivo de cuidar do inventário do pai, Juan Salvatierra, que acabou de falecer.

Salvatierra foi um funcionário público e pintor ?em segredo? que tornou-se mudo aos nove anos após um acidente. Onze anos depois, começou a sua maior e única obra: uma tela quilométrica que conta a história da sua vida, dividida em vários rolos, que foram pintados e separados ano a ano. Após seu falecimento, os filhos tornam-se responsáveis por organizar o material e dar a ele um bom fim.

Após decidirem expor a tela em um museu, durante a organização das peças, percebem que há uma faltando, a de 1961. A partir daí, Mairal utiliza recursos do suspense para narrar a saga de Miguel em busca do rolo faltante, o que o leva a grandes revelações sobre o passado da sua família e sobre os habitantes da pacata Barrancales.

Sou suspeita pra falar, porque Mairal me encantou desde o primeiro livro dele que conheci. A escrita do autor é mágica, envolvente e consegue prender a atenção do leitor em toda a história ? seja em temáticas pacatas, seja em enredos mais sérios. Em ?Salvatierra?, ele abusa da narrativa visual e surpreende o leitor com seus cenários abrangentes, que se destacam em meio à trama fluida e marcante. Não à toa, Pedro Mairal é um dos maiores nomes da literatura sul-americana contemporânea e consagre-se cada vez mais entre os fãs brasileiros.
comentários(0)comente



Ligia.Carvalho 03/04/2022

A vida sem bordas
A escrita de Mairal é leve, fluida e gostosa.
Não tem como ler esse livro e não ir imaginando as imagens pintadas por Salvatierra.
As telas sem margens, bordas e ligadas pelo rio que flui ao longo de toda narrativa. O suspense pela tela que falta ainda te prende até o final.

Leitura gostosa para um domingo de descanso!!
comentários(0)comente



Lívia 07/02/2022

Salvatierra
Quem gostou d'A uruguaia irá gostar dessa obra tb. Leitura fluida, curta e escrita fácil.

Emocionante, recomendo!
comentários(0)comente



Anna 10/01/2022

?Ocupamos os lugares que nossos pais deixam em branco?
Um retrato de tantas coisas em tão poucas páginas me deixou abismada.
Essa foi a primeira obra que li de Pedro Mairal e já me considero fã de sua escrita descritiva e visual. Foi como assistir uma tela viva percorrer a vida de pai e filho em uma mistura de tons e cores que ilustram seus desejos, decepções e segredos.
Também foi sobre compreender a vida sem bordas, sem linhas e limites. Tudo é misturado, borrado e turvo, nada é uma coisa só, ninguém é uma pessoa só, a vida nunca é uma só.
Também foi sobre entender nós mesmos através de entender nossos pais e ajudar a compreender nosso lugar do mundo a partir da vivência deles.
comentários(0)comente



Zeca 21/11/2021

Excelente
Muito inventivo, ótimo texto. Excelente protagonista, a ideia da pintura é incrível. Nos imaginamos naquela paisagem
comentários(0)comente



Sofia 08/10/2021

Acho que ele concebia sua tela como algo demasiado pessoal, como um diário íntimo, uma autobiografia ilustrada.
Uma forma de expressar a vida por meio da pintura.

Vamos conhecer a história do Juan Salvatierra, que quando criança, sofreu um acidente de cavalo e ficou mudo. Ninguém nunca se entendeu se era por traumas psicológicos ou físicos, mas Salvatierra nunca mais voltou a falar. Então, uma forma que encontrou de se expressar e de falar sobre a vida, foi através da pintura. Ele começou a pintar um quadro com 20 anos de idade e só o finalizou 60 anos depois.

Após falecer, seu filho Miguel se encarrega da tarefa de unir todo esse quadro e quem sabe, abrir uma exposição em homenagem ao pai, que nunca foi reconhecido em vida. Mas, ao explorar esses quase 4 quilômetros de tela, Miguel vai se deparar com fatos da vida do seu pai que nunca conhecia e, com isso, vai tentar de alguma forma se conectar com esse pai que era tão quieto e já se foi.

Um livro profundo sobre sonhos, sobre tudo que não é possível ser dito, sobre os segredos que envolvem a existência de cada um que achamos que conhecemos tão profundamente e como, às vezes, navegar profundamente sobre a vida de alguém pode nos revelar coisas que nem sempre queremos saber. Uma história curta, mas cheia de poesia, do olhar poético e do mergulho no profundo do ser. Eu amei.
comentários(0)comente



Bruno.Dellatorre 14/09/2021

Fraquinho
Tem uma boa atmosfera, uma escrita excelente e algumas simbologias interessantes, mas falta um tchan. Falta alguma coisa que deixe o livro mais impactante, envolvente e até mesmo significativo. É um bom livro, mas se arrasta e te deixa na mão, no final das contas.
bea 15/09/2021minha estante
o livro "a uruguaia" desse autor é muito bomm :)


Heloisa.Agibert 16/12/2021minha estante
Um livro que eu esperava mais dele. Criei uma expectativa maior do que foi apresentado.


Bruno.Dellatorre 16/12/2021minha estante
Sim! Senti a mesma coisa


gabriela massi 03/02/2022minha estante
leu A Uruguaia ?


Bruno.Dellatorre 06/02/2022minha estante
Não li, mas tenho curiosidade


gabriela massi 06/02/2022minha estante
fraquinho... tem suas reflexões, mas igual você falou faltou um tchan




29 encontrados | exibindo 16 a 29
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR