Thiago662 29/01/2023
Só sei que preciso ler Robinson Crusoé...
Se puder dar um conselho, não leia a introdução. Além de cansativa, solta um spoiler. Leia depois ou não leia.
Um diamante com uma estória traiçoeira desaparece logo após ser deixado como herança a uma jovem nobre inglesa. Quem roubou? Tudo aponta para três indianos responsáveis por recuperar a pedra, que por sua vez havia sido roubada de um templo da Índia. Essa é a premissa da história. Já o desenvolvimento...
O livro começa com o relato de um soldado inglês que informa a sua família como o primo havia profanado um tempo indiano, matado os responsáveis por seu culto e proteção e roubado a Pedra da Lua! Anos depois o ladrão (colonizador) deixa a pedra para sua sobrinha, não por gostar dela, mas como uma vingança pelo desprezo de sua irmã, e por conhecer os perigos de possuir a pedra. No dia seguinte após receber o diamante, ele desaparece!
A partir daí o desenvolvimento cai num lugar comum e a gente já imagina o possível ladrão. O plot é tão tosco, que torna tudo cansativo.
É interessante ler tentando imaginar como os leitores do século XIX o fizeram. A obra foi publicada, como maioria naqueles tempos, primeiro em uma revista e depois se tornou o livro. Collins sempre deixa um gancho, um suspense para o próximo capítulo. A narrativa foi desenvolvida por vários personagens, algumas delas como a de Miss Clack extremamente cansativas. Após ler o livro fiquei tentado a ler Robinson Crusoé, de tanto que o mordomo o cita.
Considerado o primeiro ou um dos primeiros romances policiais modernos, o detetive acaba não sendo o personagem principal que talvez seja ocupado pela história, da mesma forma que os indianos pouco citados.