Roberta Jornalista 23/04/2024
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"Tudo começa com o roubo de valiosos objetos em um castelo francês. Surge um intrincado enigma, que envolve figuras geométricas e números, que conduzem a um segredo histórico, o Segredo da Agulha Oca. Segue-se um quebra-cabeça com reviravoltas e surpresas, bem no estilo de Maurice Leblanc quando se trata de Arsène Lupin." (trecho da introdução)
Meu 1° contato com este clássico da literatura européia. Romance policial francês; trama bem engenhosa. Presença de personagens verdadeiros da história, tais como Maria Antonieta, Luís XIV, Luís XVI, etc. Acostumada ao estilo Agatha Christie, esta história é diferente do que já li.
O estudante de retórica Isidore Beautrelet tenta solucionar o roubo de peças do castelo de Ambrumésy, pertencente ao Conde de Gesvres. Ainda aos 17 anos de idade, Isidore apresenta-se mais esperto que o inspetor Ganimard e que o juiz sr. Filleul na apuração dos fatos e elucidação da morte de Jean Daval, secretário do Conde há 20 anos. É claro que tudo termina em Arsène Lupin, o ladrão mais famoso da história.
Arsène Lupin, o ladrão de casaca, nasceu em 1905 para competir com os romances policiais do inglês Arthur Conan Doyle e seu Sherlock Holmes (cuja alusão se torna nítida no inspetor Herlock Sholmes). A partir de 1907 houve dedicação exclusiva do escritor ao A.L.N. durante 30 anos. Leitura que prende e instiga a curiosidade do leitor. Mistério com pontas bem amarradas. Acontecem reviravoltas a toda hora. Quando pensa que já aconteceram absurdos, aparecem outros (absurdos interessantes, que deixa o leitor aturdido). Ânimo para ler os demais!
Análise técnica:
Constata-se alguns parágrafos começando com travessão sem ser início de fala de personagem. Outros trechos faltando travessão para finalizar a descrição da cena, destarte misturando a fala do personagem com a pausa explicativa. Pontuação horrível. Falas de diferentes personagens num único parágrafo. Tem que ir deduzindo que mudou o locutor para conseguir entender.
Livro muito detalhado, demandando maior concentração nas informações. Se se perder nos detalhes, acaba ficando confusa a sequência. Deste modo, considero a leitura razoavelmente difícil, porque são muitas cenas e personagens que tem que ficar imaginando e acompanhando. Ademais as mudanças dinâmicas de cenário, o que impacta na fluidez. Abuso de metonímia (seria este o motivo da complexidade?). Ou seria por ser literatura francesa? Ou devido à tradução da editora Camelot? (1ª vez que eu leio). Verificando no site 'www.reclameaqui.com.br' há 9 reclamações contra a editora (inclusive de livro soltando tinta). 😲
Conclusão: Certos trechos são um enigma, tal qual o existente no livro. 🤭
ℑornalista ℜoberta 📚🕵🏼♂️🐉
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