Resenhas - Genesis

Renan Ferrari 26/01/2015

"O que realmente significa ser humano?"

Gênesis é aquele livro que você não bota fé, a sinopse por mais que seja interessante, não me cativou muito, mas só foi ler algumas páginas que minha primeira opinião foi substituída pela curiosidade sobre esse novo mundo futurístico. Como diz - achei essa frase sensacional - no livro: "A imaginação é a filha bastarda do tempo e da ignorância." Minha imaginação não esperava que um livro tão pequeno - pra mim, um defeito - ser tão filosófico que nem ele foi. Existem parágrafos que realmente fazem você pensar sobre os "mistérios" da alma e a consciência humana e alguns questionamentos sobre os avanços tecnológicos tão presentes no nosso cotidiano.

"Será a alma mais que a soma de suas partes?"

O totalitarismo das ilhas Republica me fizeram lembrar muito do clássico 1984, a sociedade distópica, alienada, cega pelos governantes, proibida de pensar, e onde liberdade de expressão não existe. A capa de Gênesis ilustra muito bem isso, uma menina com olhos vedados.

"Então é isto que nós somos, pensou ela. Os grandes enganadores."

É realmente uma pena o livro ser tão curto, queria ter explorado o universo criado pelo Bernard. Talvez esse seja o único defeito do livro.

"De tempos em tempos, emerge um mutante..."

Gostei muito do final, é reflexivo, assim como o livro inteiro é.