O Homem Vermelho

O Homem Vermelho Domingos Pellegrini




Resenhas - O Homem Vermelho


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Paulo Silas 09/09/2021

Domingos Pellegrini mostra o excelente escritor que é nos contos reunidos em "O Homem Vermelho". Um contista nato, poderia se dizer, dado o toque estilístico que é dado em cada uma das histórias: a narrativa convence e cativa o leitor, seja pela forma agradável da escrita que deixa a leitura como o ato prazeroso que deve ser, seja pelo enredo que prende a atenção e faz com que se queira ler o próximo conto após finalizar a leitura de um deles. É o típico livro que se diz gostoso de ler e se sugere a leitura sem qualquer receio de que o alguém para quem se indicou não goste do conteúdo.

Dez são os contos reunidos na obra. "O encalhe dos 300" é aquele que abre o livro, narrando a história de um grande congestionamento na estrada por conta de um caminhão atolado, engarrafamento esse que dura dias. Em "Reportagem" lemos sobre um repórter que corre atrás de uma boa história para uma matéria sangrenta. "A última peroba" traz a figura do homem vermelho como figura central de um crime ocorrido no final do conto que parece anunciado logo de início. Essas e outras sete histórias, todas elas, são contadas de forma envolvente e que fazem a leitura de cada uma delas valer a pena.

Sendo uma personalidade notória da literatura nacional, Domingos Pellegrini mostra já nesse seu primeiro livro a sua importância no meio literário. Contos sobre situações comuns e incomuns que recebem todo um trato particular do autor ao considerar a forma com que os casos e causos são narrados. Na nota de orelha da edição de 1977 da Civilização Brasileira, Eduardo Francisco Alves enaltece a estreia do escritor no sentido de apontar que a literatura do Brasil passava a ser "enriquecida com mais um excepcional criador". O nome do escritor e sua trajetória evidenciam que o anúncio estava certo. "O Homem Vermelho" é um livro que merece leitura!

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sonia 22/09/2012

estilo masculino
Bem, Aristóteles já dizia que há vários tipos de seres uns humanos outros nem tanto: o mais simples que percebe apenas fatos concretos; o mais sofisticado, que percebe emoções; o mais evoluído, que percebe pensamentos e faz coisas mais complicadas, como calculos matemáticos, e o mais interessante, que percebe a espiritualidade e compõe música, filosofa e toma consciencia de ter consciencia.
Os personagens destes contos estão no nível um - percebem fatos concretos.
Os contos são meras descrições de situaçõs, do jeito que um homem concebe - 'ao sair do escuro do cinema, ficamos ali na rua olhando as pessoas com se fossemos marcianos' - as mulheres são descritas como mães - deram banho nos filhos - ou como prostitutras - levava consigo uma navalha...
Ganhou prêmio Jabuti, tem estilo, mas pouco conteúdo, não acrescenta nada de novo à literatura nacional.
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Renan 28/04/2014

Pouquíssimo empolgante
Histórias marcadas pelo regionalismo, vocabulário por vezes até mesmo esdrúxulo (porém justificável) e personagens simples.
A simplicidade é base dos contos reunidos neste livro.
Alguns deles bem desinteressantes.
Sinceramente, esperava bem mais do 'Prêmio Jabuti'.
Não o recomendaria.
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