O Último Trem de Hiroshima

O Último Trem de Hiroshima Charles Pellegrino




Resenhas - O Último Trem de Hiroshima


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Evy 19/05/2011

DESAFIO LITERÁRIO 2011 - Tema: Livro-Reportagem / Mês: Maio (Livro 2)
"Não deveríamos deixar a guerra acontecer nunca mais".

Nunca mais. Por motivo algum e em hipótese alguma. A leitura deste livro foi uma das mais difíceis pra mim até hoje. Sofri muito com os sobreviventes e suas histórias horripilantes daquele trágico 06 de agosto de 1945. Tive vergonha de, até então, ter feito parte das pessoas que "em número cada vez maior, haviam se tornado complacentes () desde o término da constante e amedrontadora rivalidade nuclear entre os Estados Unidos e a União Soviética". Tive e confesso "uma espécie de amnésia (que) tinha começado a afetar a civilização, uma amnésia particularmente perigosa, na qual as pessoas começavam a esquecer o que as bombas atômicas realmente fazem".

A partir de hoje, nunca mais! Nunca mais vou me esquecer disso. E devo agradecer a Charles Pellegrino e sua narrativa impressionante, impecável e envolvente. Demorei demais pra ler porque o livro é pesado e choca. Não sei se sou muito sensível a estas catástrofes, mas tive inúmeras vezes que fechar o livro, respirar fundo pra poder continuar. Desde o começo da leitura, olho para o céu, as árvores e as pessoas ao meu redor com outros olhos. Fico tentando imaginar como seria se de repente, em questão de três segundos, tudo isso virasse vapor e desaparecesse deixando um rastro de destruição irreversível.

O livro com certeza nos faz refletir e muito. Conta, através de diversos depoimentos e histórias impressionantes como foi para aquelas pessoas o horror da bomba atômica. Muito bem embasado, Pellegrino conseguiu transmitir em palavras os impressionantes milésimos de segundos de cada instante, desde o lançamento da bomba em Hiroshima, até a destruição ainda maior em Nagasaki.

As explicações minuciosas do que a bomba fez com as pessoas são impressionantes e terríveis. E arrancam lágrimas, perturbam o sono. Pelo menos, assim foi comigo. E pensar que Hiroshima era uma linda cidade pequena do Japão que enquanto todas as outras estavam sendo bombardeadas e atacadas, foi totalmente poupada. Seus habitantes, ingenuamente imaginavam que era por sua beleza, quando na verdade o pensamento era de que não adiantaria nada testar uma bomba nuclear em um alvo já destruído.

Acima de todo os planos políticos e militares envolvendo o lançamento de "little boy" (apelido com o qual a Bomba Atômica foi batizada), é ainda mais impressionante verificar que ela não trouxe perdas somente materiais e físicas:

"As fissuras que se formaram no hipocentro ainda ficaram presentes muitos anos depois. Mas eu não estou falando sobre rachaduras no chão, disse Paul Nagai. Eu me refiro às rachaduras invisíveis nas relações pessoais dos sobreviventes daquela desolada terra atômica. Estas fendas nos laços de amizade e amor não fecharam com o tempo; ao contrário, parecem se tornar cada vez maiores e mais profundas. De todo o dano que a bomba atômica caousou, esse é de longe o mais cruel".

O que fica dessa história é a mensagem de que a guerra não pode voltar a acontecer nunca mais. Que a questão de quem lançou a bomba e os motivos porquê isso aconteceu são irrelevantes. A coisa importante é nunca esquecer as consequências, fissuras e traumas que essa bomba causou. Cicatrizes na terra e na vida das pessoas que jamais se fecharão.

O que fica é a necessidade de o ser humano entender que "não se pode fazer isso nunca mais, por motivo algum".

Leitura mais do que recomendada, essencial!
Li 20/05/2011minha estante
Menina, só pela sua resenha, passarei longe! Eu já tenho uma visão de vida e mundo extremamente pessimista, lendo um livro desses nem sei como ela ficaria...
Enfim, ótima resenha, mas não anotarei a dica... :(
Bjoos, flor!


Léia Viana 22/05/2011minha estante
Linda resenha Lyani. Não tenho nem palavras para descrever como me sinto ao ler suas impressões a respeito dessa história tão triste.


letícia 05/08/2011minha estante
Não gosto de ler livros com esse tipo de tema (de guerras que ocorreram, pessoas que sofreram e injustiças), mas bateu uma vontade de ler esse, após a sua resenha.


Tiago 16/08/2012minha estante
Se o livro conseguir a qualidade da resenha... parabéns!


Tainá 28/01/2013minha estante
É um livro chocante. Terminei ele o mais rápido que eu pude porque os pesadelos estavam constantes. Vale a pena, mas tem que ser lido no momento certo. E fica uma grande lição de vida. Você conseguiu na sua resenha falar tudo que eu queria sobre o livro, parabéns.


Jubs 18/06/2013minha estante
Lendo sua resenha, ao mesmo tempo que fiquei com vontade de ler, fiquei com medo dos pesadelos (sou muito suscetível a pesadelos), tenho medo de não estar pronta ainda para uma narrativa desse porte. No entanto, ainda que não seja logo, estarei lendo com certeza.
Ótima resenha, parabéns.




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Luis Netto 05/04/2011

O Ultimo Trem de Hiroshima
“O Ultimo Trem de Hiroshima” de Charles Pellegrino, escritor americano, nascido em Nova York. Professor PH D em zoologia é autor de diversos best-seller internacionais, como Titanic, uma das principais fontes para realizar o filme Titanic, uns dos campeóes em bilheteria do cinema de todos os tempos.
Charles Pellegrino descreve os fatos contados pelos sobrevivente daqueles dois dias de bombardeios sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, e que determinaram a rendição do Japão e a morte de milhares de japoneses.
Ao fim da Segunda Guerra Mundial, no dia 6 de agosto, a Força Área dos EUA, cumprindo ordens do presidente americano da época Harry S. Truman, bombardeou Hiroshima com uma bomba atômica conhecida Little Boy.

Antes do bombardeio Hiroshima era considerada uma pequena base de pouca importância de fornecimentos e de logística para os militares japoneses. A cidade era um centro de comunicações, um ponto de armazenamento, e uma zona de reunião para tropas.
No centro da cidade havia vários edifícios e outras estruturas menores, como casas e diversas lojas. Em volta do centro a cidade estava repleta de oficinas de madeiras, construídas entre as casas japonesas. A maioria das grandes fabricas estavam no limite urbano. As casas eram, na sua maioria, de madeira com tetos de telha, sendo também de madeira vários dos edifícios fabris. A cidade era assim, no seu todo, extremamente frágil a danos por fogo.
Hiroshima estava sempre crescendo em numero de habitantes, finanças, educação, entre outros, chegando atingir uma população de mais de 380.000 pessoas no início da guerra.
Devido a uma mudança no sistema de administração, ordenada pelo Goveno Japonês, antes de agosto de 1945 - quando houve o ataque com bomba atomica - Hiroshima já
tinha o número de habitantes reduzido para aproximadamente 255.000 pessoas.
As Forças Armadas dos EUA, escolheram o dia 06 de agosto para efetuar o ataque sobre Hiroshima devido as excelentes condições do tempo. Uma hora antes do bombardeio, a rede japonesa deu aviso prévio de aproximação de um avião americano em direção ao Sul do Japão.
Por volta das 8:00, o operador de radar em Hiroshima concluiu que o número de aviões que se aproximava era muito pequeno, apenas 03 aeronaves e com isso., o alerta de ataque aéreo foi levantado. Para poupar combustível, os japoneses tinham decidido não interceptar formações aéreas pequenas, as quais presumiam ser, na sua maioria, aviões meteorológicos. Os três aviões em aproximação eram o Enola Gay, The Great Artist e o Necessary Evil . O primeiro avião transportava a bomba, o segundo tinha como missão gravar e vigiar toda a missão, e o terceiro encarregado de fotografar e filmar a explosão.

Os japoneses, embora não esperassem um ataque aéreo daqueles 03 aviôes, mesmo assim emitiu aviso á população que se abrigassem em abrigos antiaéreos,
Às 8:15, o Enola Gay soltou a bomba atomica sobre o centro de Hiroshima. Ela explodiu a cerca de 600 m do solo, matando um número cerca de 70.000 a 80.000 pessoas instantaneamente. Pelo menos 11 prisioneiros de guerra dos EUA morreram também.
Os sobreviventes apavorados com a tal explosão, não sabiam o que fazer, apenas queriam fugir o mais rápido possível daquele lugar, então pensando que estariam seguros, muitos vão para Nagasaki, onde ocorreria uma nova explosão no dia 9 de agosto.
Um livro fantástico. Onde retrata todo o drama vivido pelo povo japonês.
Recomendo a todos.
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Habibks 19/03/2011

E impressionante a riqueza de detalhes apresentando pelo autor tanto em termos humanos(as testemunhas comentandos os seus pontos de vista da tragedia) e a maneira como ele narra o que acontece com a bomba durante a explosão e seus posteriores efeitos sobre as pessoas. Ate agora ta uma leitura profudamente emocionante, Apesar de ja ter lido diversos artigos sobre as bombas e alguns trechos de livros sobre a tragedia, nunca realmente vi uma narrativa voltada mais pro emocional sobre esses acontecimentos.



E sem duvida o livro e capaz de deixar o leitor as lagrimas em diversos momentos, mas o final em especial quando o autor começa a narrar o destino(tragico na maioria das vezes) dos sobreviventes de hiroshima ou nagasaki que voce percebe que as vezes o mundo é triste e injusto, mas que não vale a pena voce ficar formentando sentimentos de odio ou rancor sobre isso.



Uma verdadeira Obra-prima!

Luciene 09/04/2012minha estante
Excelente livro. O autor é prolixo em suas descrições e sua pesquisa foi bastante profunda. Vale a pena ler esse livro para se ter idéia, não só do sofrimento do povo atingido pelas bombas atômicas, mas também e muito mais pelo exemplo de coragem, disciplina, perseverança e compromisso com a vida. Recomendo esta obra. Nota 100.




Sheila 20/11/2011

Resenha: "O Último Trem de Hiroshima: Os Sobreviventes Olham Para Trás" (Charles Pellegrino)
Este livro de Charles Pellegrino é uma descrição longa e detalhada dos dois dias em que bombas nucleares foram jogadas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, levando à rendição do Japão, término da Segunda Guerra mundial e morte de milhares de pessoas - a curto e longo prazo.
Se as bombas atômicas deveriam ou não ter sido detonadas sobre Hiroshima e Nagasaki é um assunto para outra época e para outras pessoas debaterem.
Esta é simplesmente a história do que aconteceu às pessoas e objetos que estavam sob as bombas e é dedicada à tênue esperança de que ninguém mais morra dessa maneira.
Pellegrino lança mão de uma narrativa minuciosa e detalhada a respeito do que a detonação da bomba fez as pessoas, utilizando-se tanto de termos físico-químicos expostos de forma didática para explicar o impacto causado em corpos e objetos, como das sensações e percepções de testemunhas da tragédia entrevistadas para a confecção deste livro.
Depois de um décimo de milésimo de segundo, o ar começou a absorver a explosão e reagir (...) o sangue no cérebro da senhora Ayoama já começava a vibrar, na iminência de virar vapor. O que ela experimentou foi uma das mortes mais rápidas de toda a história humana. Antes que algum nervo começasse a perceber a dor, ela e seus nervos deixaram de existir.
Junto a descrição dos últimos instantes dos que se foram, o autor traz as recordações daqueles que sobreviveram, sua impressões, choque, pesar, desalento. A dor por terem de presenciar afetos sendo pulverizados diante de seus olhos, de pais que sobreviveram aos filhos que choraram implorando para não serem enviados para assistir às aulas naquele dia, como que antecipando o ataque iminente.

Queria muito ler este livro e resenhá-lo. Finda a leitura, ficou a pergunta viva, inquietante, mobilizadora: por onde começar? De que forma poder, em breves palavras e poucas sentenças, passar a você, leitor, do que versa a obra, sem ser reducionista ou cair no uso de frases prontas e velhos clichês?

Optei pela apresentação que ora puderam apreciar e, espero, ter conseguido expressar-me de forma a explicitar a grandeza do livro que ao leitor apresento, tanto pela minúcia na explicação dos dados coletados, como pelo resgate do humano desta tragédia, ao buscar a história e o ponto de vista de sobreviventes da tragédia.

Um livro que elucida, pormenoriza os fatos, mas que também emociona e - leve isso em consideração caso resolva conhecê-lo - choca. Mas que vale a pena ser lido. Recomendo muito!

Disponível em: http://www.dear-book.net/2011/11/resenha-o-ultimo-trem-de-hiroshima-os.html
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José Augusto 19/01/2013

Um documento de grande importância para quem quer conhecer mais sobre esta tragédia. Chocante, emocionante, contundente, revoltante!
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Artemia 08/02/2013

O livro conta sobre as bombas de Hiroshima e Nagasaki sob os olhos dos sobreviventes e dos militares responsáveis pelo bombardeio das cidades, narrando desde a percepção dos primeiros momentos do ataque nuclear por aqueles que seriam atingidos e a preparação da bomba nos aviões militares B-29 até o rumo que suas vidas tomaram anos depois do ataque, muitas delas se findando cedo e outras sendo interligadas.
Expressa claramente o desejo dos sobreviventes de que a historia não se repita e reiteram que o caminho para que os perigos do mundo diminuam e essa realidade não volte a acontecer é mais simples do que parece e consiste basicamente em ser gentil com o outro.
A narração dos relatos é assustadora, pois apesar de se parecer com um filme temos a noção de que foi real.

...

Masahiro lembrou do que um cientista disse a um teólogo certa vez: "Nós somos a soma do que lembramos". E o teólogo respondeu: "Não, nós somos COMO lembramos".
"Sou um sobrevivente, não uma vitima ... Para dizer 'vitima' é preciso haver um vitimizador, e o vitimizador leva a culpa".
...
No fim de sua palestra, um garoto levantou a mão e perguntou: "Senhor Sasaki, que país lançou a bomba atômica?"
Masahiro respondeu: "Fazem mais de 60 anos que as bombas foram lançadas. Deus nos fez a todos iguais. Então eu não lembro quem lançou a bomba". Aos adultos na platéia Masahiro explicou: " O que estou tentando dizer é que não importa quem lançou a bomba. Não é relevante"
....
Décadas depois das queimaduras da pequena Eiko terem afugentado sua mãe, a vergonha não declarada da solidão em que a criança morreu ainda causava tanta dor que os membros da família Nagai raramente conseguiam ir visitar seu túmulo.
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Razzor 27/02/2013

Triste
Se você tem medo de guerra, depois de ler este livro terá mais ainda.
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Igor Nascz 11/07/2013

Leitura essencial
Uma leitura extremamente emocionante, e ao mesmo tempo essencial. A sabedoria e os ensinamento de Tsutomo Yamagushi (um sobrevivente duplo da tragédia) contados no livro são fundamentais para nossa compreensão.

Boa parte do livro, Charles Pellegrino colocar o leitor dentro do inferno que foi o momento das bombas, através de documentos e dos depoimentos relatados pelos sobreviventes do ataque. Relatos que são bastante fortes, é difícil de acreditar todo o sofrimento que os japoneses passam até hoje, muitos morreram com câncer décadas depois do ataque.

Em vários momentos eu tive que parar a leitura para me recuperar do que tinha lido, até pensei em abandonar, mas logo vi que era essencial saber o que ocorreu, principalmente saber dos ensinamentos que alguns sobreviventes passam.

Espero que James Cameron volte com sua ideia e faça mesmo o filme.


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Daniel432 25/07/2013

Escolha o Momento Certo
Este não é um livro qualquer. Sua leitura deve ser planejada.

Por que?? Porque ele pode ser deprimente. A descrição dos horrores causados pelas bombas atômicas é muito dramática e triste.

Minha resenha será curta, pois não há como relatar estes horrores. Deixo a cargo dos leitores interessados.

Com certeza a leitura vale à pena, mas cuidado. Se você estiver de baixo astral é melhor deixar para ler este livro outra hora.
Diana 05/02/2019minha estante
Exatamente!!! Perfeita descrição... Ja reiniciei a leitura diversas vezes e não consigo termina-lo. Fico tão triste e deprimida que fecho o livro e espero me recompor... Como se tivesse que me fortalecer para continuar a ler. Considero indescritível as diversas sensações durante a leitura


Daniel432 05/02/2019minha estante
Ei Diana. Legal seu comentário!! Há um filme chamado Johnny Vai à Guerra que também é muito forte e deprimente. Eu o assisti há muitos anos, num sábado. Entrei no cinema animado e saí de baixo astral. Se alguém entrar deprimido nem sai do cinema. Comete suicídio lá dentro mesmo!! Mas esforce-se para terminar este livro, vale à pena!!


Diana 06/02/2019minha estante
Obrigada pela dica!




CARINE 23/09/2013

leitura necessária
UM REGISTRO HISTÓRICO DA REALIDADE - E ISSO É DESESPERADOR - SABER QUE TODOS OS FATOS RELATADOS DE FATO ACONTECERAM...
E ESSA CRUELDADE É QUE TORNA A LEITURA NECESSÁRIA - PARA TERMOS A DIMENSÃO DE MAIS UMA ATROCIDADE HUMANA
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Lari 25/01/2014

Impressionante!
Imperdível, forte, frustrante, triste, de revirar o estômago, de não conseguir acreditar, conceber que aquelas pessoas realmente passaram por tudo aquilo.
Depois de ler o livro fiquei simplesmente uma fã da cultura e do povo japonês.
A leitura em si não é difícil. Difícil é digerir aquelas palavras.

Prepare-se.
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Adjuto 17/03/2014

Lutar só se for pela paz
Livro absolutamente indispensável.
Não faz 70 anos que essas bombas caíram e a esperança de não se repetir é um anjo magro, magrinho, magricela. O ser humano não aprendeu a lição.
Os japoneses sobreviventes pedem para que as crianças ensinem aos seus pais, linda mensagem
Leia, reflita eu cheguei a esta conclusão de lutar só se for pela Paz e com instrumentos da paz,o diálogo, a caridade, a boa palavra, o amor, a compreensão. Não quer dizer que sou a favor de anistia geral, não muito pelo contrário, tem que punir os criminosos e que as pessoas da paz sejam valorizadas e que elas sejam a referência, não gladiadores, não assassinos, não corruptos, não pessoas que vendem o seu corpo como se fosse o máximo, não os hipócritas, mas pessoas como Gandhi, por exemplo, entre tantas outras.
Como os sobreviventes das bombas do Japão, pessoas que viram que quando o ser humano usa o seu enorme potencial para destruição, perdemos totalmente a esperança na espécie.
Viva a paz!
E em memória de todos os seres humanos que perderam suas vidas no Japão, nesse que é um dos piores crimes de guerra da humanidade, leia e espalhe a mensagem dos sobreviventes desse holocausto. A missão deles não pode ser em vão, não se pode repetir o que lá aconteceu. Jamais!
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Maria Faria 28/09/2014

As bombas atômicas
O Último Trem de Hiroshima foi o livro mais difícil que li nos últimos meses. É comovente e assustador ao mesmo tempo ler com tantos detalhes o que aconteceu após as explosões em Hiroshima e Nagasaki.
O autor nos apresenta um texto técnico e com explicações científicas, o que aliado ao impacto causado pelos relatos, torna a leitura difícil e profunda.
As bombas atômicas lançadas em território japonês foram as únicas utilizadas contra pessoas até hoje. Uma experiência que traumatizou todas as pessoas que tiveram contato com ela. Muitas vidas foram perdidas. A violência da radiação e do poder de destruição é inquestionável e não deixou espaço para dúvidas de que as nações devem evitar usar este tipo de armas novamente.
O autor construiu uma linha no tempo relatando detalhadamente o preparo para lançamento das bombas. Utilizou os sobreviventes para ilustrar o que cada família ou pessoa estava fazendo no exato momento em que os aviões se preparavam para lançar a bomba. Foi com espanto que descobri que muitas sombras ficaram gravadas em árvores e postes, tão forte o poder destrutivo deste tipo de arma. Muitas pessoas simplesmente desapareceram sob o calor e a radiação.
Hiroshima recebeu a bomba em um dia de céu azul e limpo. As pessoas naquela época não tinham noção do que estava acontecendo. Estavam acostumados às bombas incendiárias já que o Japão estava em guerra com outros países, mas receberam a bomba de forma totalmente despreparada. Aqueles que não morreram com o impacto, tiveram seus corpos queimados e desfigurados, permanecendo mesmo assim vivos, andando sem rumo, com imensa sede e em busca do nada, pois foi um vazio o que a bomba deixou onde havia uma cidade. Mesmo nos lugares mais distantes do local de detonação, vidros e móveis foram arremessados e muitas pessoas foram atingidas por vidro estilhaçado.
A próxima cidade a ser atingida foi Nagasaki. E aqui fui surpreendida ao saber que o alvo da segunda bomba atômica não era esta cidade, mas sim Kokura. Esta última foi poupada por estar com tempo nublado e com muita fumaça, impedindo boa visão do alvo. E Nagasaki foi escolhida por estar com melhores condições de lançamento, mesmo estando um pouco coberta por nuvens naquele dia. A segunda bomba lançada tinha ainda maior poder destrutivo e o mais interessante é que alguns poucos sobreviventes já tinham conseguido escapar vivos da explosão em Hiroshima e agora, após pegar um trem rumo a Nagasaki, estavam passando pela segunda experiência com uma bomba de alto poder destrutivo.
Logo após a explosão, tudo o que foi lançado pela bomba na atmosfera retornou em forma de uma chuva negra e altamente radioativa. Muitas pessoas, atormentadas por muita sede, beberam daquela água, sendo condenadas à morte mesmo não tendo sofrido ferimentos graves.
As cidades não tinham remédios ou suprimentos para cuidar dos feridos e os comandantes do exército japonês cogitavam continuar a guerra, não percebendo que a bomba atômica fora o que aconteceu de pior em seu território. O imperador ordenou que o Japão se rendesse, mas em um momento que seu povo já sofria os efeitos graves das últimas duas explosões.
Após a rendição, foi imposta aos japoneses uma cultura de silêncio sobre os efeitos da bomba atômica. Muitos sobreviventes somente falaram sobre o que viram e viveram mais tarde. Por um longo tempo as pessoas eram obrigadas inclusive a ocultar que tiveram contato com territórios onde houve as explosões, pois estes eram discriminados, sendo evitados nas empresas e vistos como impróprios para namorar ou casar. A explicação para a discriminação estava na conhecida doença da bomba que se mostrou devastadora após as explosões. Aqueles que não morreram imediatamente, pouco tempo depois morreriam de leucemia ou envenenamento pelas substâncias lançadas.
Os poucos que conseguiriam chegar à velhice tiveram oportunidade de contar sua história e mostrar ao mundo que uma bomba atômica é a pior crueldade que pode ser imposta sobre uma nação.
Esta leitura ativou minha consciência para perceber a dimensão de algo para o qual não dava tanta importância. Já li inúmeros livros sobre a matança cruel dos judeus, sei de cor das atrocidades praticadas nos campos de concentração na época de Hitler. Porém, sabendo mais sobre as bombas atômicas percebi que não há diferença em termos de crueldade entre um fato histórico e outro.
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Daphne 14/09/2015

Achei o livro fantástico! Ele detalha precisamente os efeitos da bomba atômica e nos envolve na história dos personagens. Maravilhoso.
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