Resenhas - Retorno ao Colégio Pracinhas.

Victor 09/04/2023

Descobrir sobre si
Eu estava muito ansioso por essa continuação, pois no primeiro haviam muitas coisas que para serem contadas no futuro, como foi para Mendes e seus companheiros se tornarem Majores.
E a expectativa foi de fato muito bem atendida!
No começo senti um pouco perdido, achando que um Pedro era o outro, confundindo Albuquerque com o Araújo, mas depois percebi que não eram.
E isso pode acontecer quando temos muitos personagens e pelo fato de ser usado o nome e sobrenome.
No percurso tem alguns errinhos mas que pra mim não compromete a leitura ou o entendimento.
A trama está mais robusta, novos personagens, novas camadas e nuances de sentimentos e principalmente desejos. Sem deixar de lado os antigos personagens e trazendo novas revelações sobre eles, em especial nosso Capitão.
Apesar de um começo mais confuso, o meio e final dessa parte fazem total sentido e me deixa mais ansioso por mais.
Será que Gabriel volta para uma participação? Será que veremos o casal Henrique Soares e Pedro Araújo?

Bruno.Rode 11/02/2024

Ótimo, mas ainda peca na suspensão da descrença.
A escrita do autor foi extremamente fluída e envolvente, e conseguiu expandir a história trazendo mais personagens para os holofotes e protagonismo.

Os pontos fortes foram exatamente esses. Ele conseguiu dar aos personagens já conhecidos um enredo rico, e bagagem suficiente para flashbacks. Nada pareceu perdido ou jogado na nossa cara. Foi tudo explicado e condizente com o que foi anteriormente apresentado.

Já os personagens novos, também tiveram sua introdução muito bem feita e cada um tinha personalidade, características específicas e enredo próprio. O que demonstra uma preparação e planejamento do autor.

Mas nem só de elogios se sustenta o livro. Infelizmente o maior defeito do primeiro, permanece na continuação. As situações narradas ainda continuam pouco críveis. É difícil de acreditar na possibilidade de que toda uma escola se renda aos desejos satiricos da luxúria, ou que tenham tais idades e falem e ajam desta forma.

É perceptível que o autor imaginava seus personagens como jovens adultos e adaptou eles a narrativa adolescente.
Fora os diálogos e atitudes que nenhum adolescente de 15, 16 e 17 anos teriam, ele coloca uma psicóloga completamente formada aos 20 anos, se relacionando com um jovem de 16 e tendo um caso no ano anterior com um de 17 (ela teria 19, 2 anos de diferença, mas novamente, ela já estava formada aos 19 e exercendo suas funções em um hospital)

Não teria sido mais fácil, ao invés de colocar esses jovens como adolescentes de ensino médio, fazer com que o Colégio Pracinhas fosse na verdade um Quartel Preparatório do Exército pós Ensino Médio? Que os pais com carreira militar colocassem seus filhos ali antes de que eles se alistassem ou algo assim?

E o defeito que me incomodou um pouco, mas é mais aceitável foram os errinhos de gramática e concordância. Demonstram que o livro teria sido beneficiado por uma revisão.

Em suma, o livro é ótimo. Tem um enredo envolvente e cativante que te faz querer ler todos os capítulos para saber como a história vai se desenrolar. Os personagens foram muito bem explorados e conduziram juntos a um clímax muito bem desenvolvido e elaborado. O autor só precisa mandar o seu texto para uma revisão mais atenta antes da publicação. Sobre atitudes e diálogos mais condizentes com a idade dos personagens ou acontecimentos mais fáceis de se acreditar.. acho que esse é um barco que já partiu.