Amar, verbo intransitivo

Amar, verbo intransitivo Mário de Andrade




Resenhas - Amar, verbo intransitivo


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Vinicius_Alves.45 14/09/2023

Mário de Andrade é um ícone da literatura brasileira, comprovei isso com essa leitura incrível. Rasgou a verdade, tocou na ferida e criou cenários/narrativas que me fez devanear igualmente ao idílio proposto. Algumas partes foram meio difíceis na compreensão, mas tudo se encaixou. Esse amor é real e mais comum do que imaginamos! Espero que um dia a gente encontre um amor intransitivo, estável e verdadeiro, e não transitivo, inconcebível e doloroso igual o de Fräulein e Carlos.
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Ana 08/02/2024

"o mundo é tal como é. a gente deve aceitar sem revolta"
Com certeza se tornou um dos meus favoritos.
Mário nos ensina sobre o amor por uma vista engraçada: Fräulen ensinando Carlos a amar ao mesmo tempo em que Carlos ensina Elza a fazer o mesmo.
como ensinar a alguém algo que nem mesmo sabemos? como ensinar a alguém sobre sentimentos que nunca vivemos? afinal, o amor é lá coisa que se ensine?
a metáfora do homem dos sonhos e homem da vida é muito feliz. Fräulen é os dois, simultaneamente: razão e emoção, descanso e fadiga, amor e ódio. Carlos se apaixona por ambos.
o autor o tempo todo nos joga críticas sobre a futilidade da burguesia, sobre a ingratidão e o vitimismo; embora do século passado, o contexto se encaixa, perfeitamente, nos dilemas atuais.
por meio de Fräulen, aprendemos sobre desconstrução: nem sempre precisamos ser tão rigorosos ou planejar tudo antes do tempo, muito menos aceitar as coisas sem antes entendê-las; que sejamos mais fluídos.
e, por fim, como superar um amor que terminou? não o fazemos, idealizamos. porque o amor muda, não tem como esquecer; a pessoa amada então, vira uma lembrança doce, daquelas que sempre doem, mas de um jeito bom; vira saudade.

é lindo, escandaloso, tocante, e, acima de tudo, intransitivo.
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Isa fernanda 20/01/2024

Uma escrita impecável
?Amar, verbo intransitivo? é um romance de Mário de Andrade publicado em 1927. O livro está enxuto de características modernistas, portanto julgo essencial um estudo, mesmo que rápido, sobre o período literário: em resumo, a linguagem coloquial é priorizada, dentro dessa ideia modernista de quebrar padrões estéticos, com isso se faz presente o uso de gírias, expressões cotidianas e pouca preocupação com vírgulas e acentuações. A comunicação é eficiente e isso é tudo que importa!
A novidade é bem fácil de ser percebida na obra. Foi uma experiencia sem precedentes para mim, imagino que para você leitor se fará também, o tipo de escrita de Andrade que é simples e ao mesmo tempo muito bem elaborada. Dentro do livro o leitor encontrará metalinguagem, na qual o próprio autor fala sobre o livro que está escrevendo e dentro do mesmo capítulo retoma à historia. É notável o domínio que ele tem com a escrita.
Além disso, o uso frequente de metáforas constrói criticas à sociedade paulista da época, em especial à burguesia industrial brasileira, tratando-a como hipócrita do inicio ao fim. É perceptível no enredo em que o casal Souza Costa, da qual a temática se volta, contrata uma governante alemã que, em segredo, tem o dever de ensinar Carlos, filho do casal, a amar, quando nem a própria ama.
Importante notar também a construção de identidade cultural brasileira existente na comparação com a alemã. Com ironia acentuada Mário de Andrade tece questionamentos sobre o posicionamento, ou a falta dele, na conduta do cidadão brasileiro. Um dilema do século passado e incrivelmente atual!
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regis49 21/03/2024

Li por causa da faculdade, mas devo dizer que me surpreendi positivamente. É uma linguagem muito mais fácil de lidar (até pq é escrita na modernidade). Mas Mário traz muito mais essa questão da nossa cultura brasileira e relata de forma expendida o significado de amar. Afim, amar é um verbo transitivo direto, pois quem ama, ama alguém/algo. Mas com uma maneira linda ele diverte e encanta o leitor, fazendo entender o porquê do intransitivo. Assim, deixar tudo melhor e gostosinha a leitura. Vale a pena!
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Ana Nobre 11/05/2024

Ainda bem que fiz a coisa certa na minha vida, depois de duas faculdades (Contabilidade e Economia) cursar Letras.

Li Amar, verbo intransitivo de Mário de Andrade meio desinteressada, sem conseguir me envolver na história, tentando compreender a escrita... Foi necessário ler a carta aberta publicada no Diário Nacional em 04/12/1927 para entender um pouco, ali Mário explica e/ou se defende de críticas da época e se questiona... Fora da moda?

Eu poderia escrever algumas observações, mas transcrevo e me basta: "Pentear sem espelho na frente faz o repartido sair torto e isso deixa os cabelos doendo".
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