Para Ana, com amor

Para Ana, com amor Larissa Siriani




Resenhas - Para Ana, com amor


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hafronita 26/03/2024

Da imagem deturpada à aceitação de um novo recomeço
Essa passagem pode ser metaforicamente descrita como uma jornada repetitiva através de um labirinto de pensamentos, onde a personagem Duda se encontra presa em um ciclo incessante de busca pela magreza, uma obsessão que a mantém cativa, mesmo diante de diferentes eventos e reflexões ao longo da narrativa. Ela precisa ser tudo, menos gorda. O impasse cíclico-psicólogo da trama está nessa afirmação anterior: a negação de um corpo fora dos padrões e a falta de autoconhecimento por influências de comentários do seu entorno. Duda é uma alma vagando em um corpo estranho, como se Duda estivesse aprisionada em uma pele que não é sua, em uma narrativa que não a representa. Ela se perdeu de si mesma e está lentamente se esvaindo. As pessoas ao seu redor, sejam amigos, parceiros ou família, estão perplexas e impotentes diante das batalhas mentais que consomem-.

E ela não entende.
Ela não entende eles.
Ela não se entende.
Ninguém a entende, se ela não se entender primeiro.

O leitor se encontra imerso na história ao lado da personagem, tentando entender suas motivações e desafios. No entanto, quanto mais nos esforçamos para compreender, mais percebemos a complexidade e dificuldade da situação de Duda. A narrativa é uma jornada marcada por luta, persistência e uma quantidade imensa de coragem necessária para enfrentar os desafios apresentados. Não há de se negar a compaixão, mesmo que complexa, em entender todos os meios, cenários e interligações do passado-presente-futuro em que, em nenhum, Duda está vivendo.

Não, Duda perdeu a vida.
Perdeu a vida junto das calorias que queria perder.
Perdeu a vida junto das pessoas que perdeu.
Ela apenas não podia se perder, não se novo.

Ana Eduarda é diagnosticada com anorexia atípica, e a medida que ela passa a se escolher, ao invés de dar nomes e cores aos personagens que estão na sua vida, Duda encara a si própria em sua jornada ? deixando de canto tudo aquilo que ela fez, de si, um pedaço de carapaça sem vida.
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Melry.Carla 18/03/2024

Para Ana, com amor.
Eu nem consigo descrever o que senti ao terminar de ler esse livro. Só sei dizer que é necessário lê-lo.
Larissa foi profunda, mas também objetiva. Não fez rodeios, não fantasiou os fatos. Eles estão lá, puros e reais.
Transtorno Alimentar é sério, é algo que precisa ser observado e precisa de cuidado.
A autora, trouxe características reais e acima de tudo, ela trouxe possibilidades reais para o tratamento.
A rede de apoio de profissionais, amigos e família é o passo que levará ao tratamento, mas mostra também que é preciso a pessoa entender, perceber e querer essa ajuda.

Enfim, amei o livro.
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Ana B 07/02/2024

Tô procurando ler mais livros nacionais. Encontrei esse livro e me interessei sobre o tema. Achei que a escritora soube descrever mto bem os sentimentos de uma pessoa com distúrbio alimentar. Durante a leitura nada me abalou, mas possui umas cenas gatilho, os pensamentos da protagonista com o próprio corpo também.

Achei legal
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¿sarita? 20/11/2023

Senti uma sensação única lendo esse livro, uma mistura de pavor, identificação e tristeza.
acho totalmente problemático ter me identificado com o livro, mas foi reconfortante saber que tem mais pessoas que se sentem como eu?absolutamente tudo que a duda passa eu já passei e estou passando.
com certeza esta em um dos melhores livros que eu ja li.
espero que todas as pessoas que também tenham se identificado estejam bem.
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Berry 05/03/2024

Com amor, ana
Eu amei o livro, o jeito que ele retrata o transtorno alimentar de forma realista e não estereotipada me deixou bem feliz. Conseguimos ver como a Duda se sente, pensa e como se vê, basicamente como é o mundinho dela. É um livro ótimo, leitura rápida, fluida, que prende muito a atenção, além dos capítulos pequenos!
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Blue.berry 28/12/2023

" Prefiro morrer do que ser gorda "
Esse livro foi uma série de socos bem na boca do estômago. Ele te atinge bem onde dói e principalmente te faz entender como uma pessoa com transtorno alimentar pensa, te faz enxergar como eles exergam.
Nesse livro vamos embarcar com duda para o fundo do poço, vamos ver ela se afastar de todos e até de si mesma, se perder cada dia mais. Mas também vemos ela perceber que precisa de ajuda pra sair desse poço, que garotas fortes podem pedir ajuda.
A Larissa soube desenvolver essa história muito bem, com capítulos curtos e fluidos e com uma escrita simples que aproxima você da personagem. Ela consegeu mostrar muito bem a importância de uma rede de apoio para pessoas com transtornos mentais e de como o tratamento nao vai ser eficaz ate que a pessoa entenda de verdade que precisa de ajuda. Tenho certeza que essa obra ainda vai abrir a mente de muita gente.
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Leticia.Saggese 17/10/2023

Para Larissa, com amor.
Eu tive que pensar muitas vezes sobre como colocar em palavras tudo que eu senti lendo esse livro. A escrita da Larissa é real, muitas vezes bruta e com muita sinceridade. Crescemos numa sociedade onde se busca o ?corpo perfeito?, mas o que se enquadra nisso? Hoje, mesmo com tantos pensamentos relacionados a body positivity, ainda existe a ditadura da magreza. A Duda é um retrato de como somos capazes de nos machucarmos até alcançarmos esse padrão inalcançável e prejudicial. A história de Duda, com suas culpas e tantos outros questionamentos, se torna cada vez mais real conforme as páginas avançam e acabamos percebendo que queremos que ela peça ajuda e consiga começar a se amar e deixar ser amada, do jeito que é. E queremos ajudá-la também. A Larissa coloca todos os dilemas da personagem de uma maneira que acabamos nos questionando, em determinados momentos, se é realmente um exagero por parte das pessoas ao redor da Duda, já que vemos tudo pelo seu ponto de vista, ou se realmente ela não aceita que está doente, entre tantas outras indagações que somente essa sociedade pautada em magreza nos faz refletir sobre nossos hábitos e até sobre o jeito que falamos com outras pessoas quando se trata de peso. Peço cuidado com quem passa pela parte mais difícil da doença no momento, por ter cenas muito explícitas, que podem gerar gatilhos em algumas cenas. Obrigada por nos mostrar um pouco do reflexo da nossa sociedade que ainda se encontra tão doente por um padrão de beleza estética e que, por muitas vezes, são irreais, Larissa. Com amor.
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vallopess 26/05/2024

"Mastigo uma vez.Gorda.Duas.Balofa.Três.Baleia.Quatro.Porca"
Aviso de gatilho?t.a
Precisei de muito tempo pensando pra escrever sobre esse livro, os relatos são fortes e fidedignos, bem na medida do prometido.
É preciso ir com cuidado na leitura antes que a Duda te invada e te chame junto para seguir os dez mandamentos da magreza. De fato, todos nós temos problemas com comida, alguns em maior intensidade e outros com menor, mesmo assim, foi uma reflexão emocionante.
A trama começa com a Duda tendo o seu primeiro episódio: o desmaio na academia pela desnutrição acompanhada da falta de ingestão de alimento nos últimos dias.
"Eu não estou doente, estou perfeitamente bem" "Olho os meus braços flácidos, a minha cara gorda, ocupando todo o lugar".
Acredito ser um livro bom pra quem já conseguiu lidar com o t.a, porque assim a história serve de exemplo pra algo que a pessoa já superou e agora vê com outros olhos, sem a neblina da deformação. Enfim, é uma boa indicação pra ler num final de semana!
Obrigada a todos os envolvidos nesse livro?
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Yejjjz53 29/05/2024

Para alguém
Um misto de tristeza e orgulho
Triste por todos os pontos sensíveis que esta leitura cutucou, pontos que eu achava que tinha superado, pontos que eu fingi que não existiram. Orgulho por tentar, dia após dia.
Ao contrário da Duda, a protagonista, eu não segui. Mas, assim como ela, minha visão sobre mim mesme é foi turva, por muitos anos. Eu cogitei. Sabia que não era capaz de parar de comer por conta da compulsão alimentar, mas eu cogitei, conscientemente, em desenvolver bulimia nervosa. Toda vez que penso nisso meu estômago se revira.
Parece idiota falar isso em voz alta, ou em carta aberta, como alguém cogita desenvolver um transtorno?
A verdade é que eu já tinha um, mas achava que era capaz de controlar, eu conseguiria parar assim que perdesse peso o suficiente.
O que me impediu de continuar nessa loucura foi o medo. Medo de vomitar. Medo de ficar >ainda mais< doente. As coisas já estavam ruins, como é que eu poderia fazer a escolha de piorar ainda mais?
Então eu fugi, fugi da balança, dos espelhos, dos números. Eu nunca pesquisei sobre as calorias ou tentei entendê-las, tudo por medo de não saber o que eu poderia fazer com aquela informação. Não aguentava mais sentir culpa, não queria ser ainda mais obcecade.
E, talvez, isso tenha me salvado. O meu outro transtorno me impediu de entrar em mais um.
Tenho compulsão alimentar desde que me entendo por gente, criança introvertida, sem amigos, sem saber como agir, sem saber o que falar, como falar, como me comportar, então eu comia. Com a boca cheia, não tinha por que falar, a ação era só uma e eu gostava de doces, eles sempre me confortaram. Nas festinhas, enquanto as outras crianças brincavam, eu comia. Nos almoços em família, enquanto todos conversavam, eu comia. Enquanto todos viviam outros momentos, eu comia. Até passar mal.
Até que começaram os comentários. Os apelidos.
As crianças me chamavam de "buraco negro".
Minha familia sempre enfatizou como eu era enorme. Como eu comia sem parar, como sempre estava comendo.
"Isso não pode ser fome"
"Você vai explodir se continuar desse jeito"
"Daqui a pouco vai estar que nem a Dona Redonda"
"Nossa como seus seios são enormes"
"Cara de trakinas"
Doía, cada mísero comentário doía porque nunca controlei meu apetite, nunca nem percebi que comia tanto, quando eu me dava conta já estava mastigando algo. E aí surgiu veio a culpa. Culpa por comer demais, culpa por engordar, culpa por não ser bonita, culpa por não perceber que estavs comendo, culpa por sentir fome, culpa por terminar o dia no banheiro, morrendo de dor, por não ter conseguido parar.
Essa foi a minha vida, por toda infância, por toda puberdade e pela metade da adolescência. E, em todos esses momentos, eu COGITEI botar tudo pra fora, mas eu ficava tão nervosa que o dedo nunca atingiu a garganta, tudo se fechava antes que eu pudesse fazer algo. Então eu parava. E me odiava por ter tentado. Me xingava até que pudesse esquecer daquele momento. Me xingava por ter comido tudo que vi pela frente e me sentia um lixo quando comentavam do meu peso.
O tratamento pra ansiedade e depressão começou aos 14. Pula de psiquiatra em psiquiatra. Pula de psicólogo em psicólogo. Descobre que tinha um nome para o que deu origem a todos esses pensamentos: fobia social.
Terapia. Meses. Anos.
A ansiedade tá controlada, à base de remédios. É claro que aparência não foi a única coisa que me levou pro fundo do poço, os outros pontos da minha vida se sobressaíram nesse quesito. Tinha coisas maiores do que a balança, mas ela estava lá. Ela ainda está.
Ainda sinto medo, angústia e ansiedade toda vez que preciso me pesar. Continuo evitando. Tento não pensar no número como um digito para calcular IMC. Tento lembrar que IMC não é um índice de saúde e há anos está sendo questionado na medicina. Saúde não é linear. Tento ignorar todos os comentários sobre meu peso, seja os que dizem que emagreci, seja os que dizem que engordei, nenhum deles realmente me ajuda. Eu ainda não estou saudável.
Ler os pensamentos da Duda após tantos anos me esquecendo disso teve um impacto muito forte em mim, me fez revisitar o passado traumático. Podia ser eu. E se eu tivesse cedido?
Me perguntei isso algumas vezes durante a leitura. O transtorno vem antes de um cabo de escova na goela, vem dos pensamentos acerca de si mesmo, o vômito é consequência. As horas sem comer também são.
Posso olhar pra trás e sentir o mínimo de orgulho sobre mim, algumas das vozes que tanto me atormetaram se calaram. Posso olhar com o mínimo de carinho pra mim mesme, encarar o espelho sem ódio. Às vezes frustração, raivinha, mas não ódio. Não mais.
Não é uma tarefa simples, são sete anos tentando, foram sete anos até conseguir encarar meu próprio reflexo. Se curar nunca é o caminho mais fácil. Mas um dia chega.
Não posso dizer que estou curada. Mas estou melhorando. Eu estou tentando. Dia após dia.  Desejo sorte a todes vocês. Desejo sorte a mim.

Com amor,

Lia.
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Maria.Clara 21/12/2023

Para Ana, com amor
Eu tenho tantas coisas pra escrever sobre esse livro, mas tudo expõem demais, então vou tentar sintetizar bem de uma forma que não seja desconfortável.
Eu odiei e amei ler esse livro, a Larissa te coloca dentro da cabeça da protagonista de um jeito que doi. Acho que eu nunca imaginei que pudesse ser tão ruim.
A escrita em si é muito fluida e envolvente, mas realmente muito repetitivo, não de um jeito ruim, se não fosse tão repetitivo acho que não doeria tanto.
Mas enfim, não sou uma ?garota forte?, como já quis ser, nem uma ?garota saudável?.
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Vicky8722 05/06/2024

Foi o livro mais forte que já li esse ano, não é fácil ver alguém passar por um transtorno alimentar que nem a Ana passou, em alguns momentos me identifiquei com a personagem já que também passei por essa fase de ficar horas sem comer para poder emagrecer, mas nunca cheguei ao ponto tão drástico quanto a Ana chegou. Essa fase para mim acabou quando comecei a faculdade de biomedicina (hoje em dia já sou formada) que coincidentemente é o mesmo curso que a Ana faz e que após a rotina acadêmica acabei aceitando o corpo que tenho.

Esse livro também me fez me lembrar do livro garotas de vidro da Laurie Halse Anderson, que também é focado nas questões de transtorno alimentar, bulimia.
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Swellen 06/06/2024

?? Leitura Finalizada ??

Esse e-book apresenta os medos, as inseguranças e as loucuras que Ana Eduarda faz em nome da beleza da magreza. É assustador e no final, impossível não se comover com a descoberta e a aceitação de que está doente e que PRECISA de ajuda.
Vale a pena conferir!

E-book que ganhei pelo aplicativo Skeelo ? (aplicativo maravilhoso, por sinal ?)
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Sarah 19/09/2023

Ana não é sua amiga
Quem tem problemas com a aparência sabe que muitas vezes achamos que só depois de sermos magros que seremos felizes. Ana encontrava-se desta forma, sem um norte, com sua vida focada na necessidade de perder peso e nada mais importava. Neste livro, como num diário, acompanhamos o dia a dia de Ana Eduarda que está iniciando a faculdade, porém com a vida social abalada e com um único foco na visa que é de transformar o seu corpo.

Ana não tem esperanças e nem perspectivas na vida além da necessidade do corpo magro. O seu modo de agir e pensar afasta as amizades que tentam se aproximar dela, assim como sua família. É doloro ver e se identificar com a forma como pessoas acima do peso sofrem julgamento da família e de profissionais da saúde que são incapazes de perceber a dor que uma pessoa com transtorno alimentar pode estar enfrentando.


Certamente, "Para Ana com amor" não é um livro para pessoas que estão passando pelas mesmas batalhas que ela, inclusive, acho que deveria ter um alerta de gatilho. Mas, é uma obra que nos faz refletir sobre doenças alimentares e nos alerta para o quão prejudicial é nos entregar para idéias ruins que estão na nossa mente. Há muitas Anas Eduardas que necessitam vencer essa batalha.
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