Lílian 11/04/2024
Neste terceiro livro, os personagens lidam com uma realidade em pleno desenvolvimento e de muitas mudanças. As mulheres estão conquistando mais liberdade, famílias compostas por mães solteiras e divorciadas são mais toleradas, há mais mobilidade social e outras novidades. É um daqueles momentos históricos em que as pessoas são obrigadas a olhar ao redor e tentar entender o que está acontecendo.
Paul e Alícia, em especial, têm que decidir entre sustentar uma mentalidade conservadora e saudosista de um passado supostamente perfeito, que querem impor à família, ou aceitar as mudanças sociais e se adaptar aos ventos mais flexíveis dos novos tempos.
O novo é representado, principalmente, por Marie e Kitty, que assumem as rédeas de suas vidas, como mulheres independentes, exercendo suas capacidades que nada têm a ver com gênero, como gerir suas carreiras, fazer dinheiro e decidir como levar suas vidas e criar seus filhos. As crianças, inclusive, também refletem esse espírito de transformação.
Achei que A Vila dos Tecidos era uma trilogia, até que vi a amostra do próximo volume no final do livro. Por isso, na minha cabeça, tava um final bem ruinzinho. Mas fica menos pior ao saber que é o fim só do livro. Por outro lado, eu me perguntei quantos livros mais essa história vai render, meu Deus? Até aqui ela já cobre, pelo menos, 12 anos, mas a impressão é de tomar uma sopa rala e requentada umas dez vezes.