O Retrato

O Retrato Erico Verissimo




Resenhas - O Tempo e o Vento: O Retrato - Vol. 2


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zette 16/06/2009

Dando continuidade a história de "O continente", surgem novas personagens em "O Retrato".
Bibiana Terra Cambará, casa seu filho Bolivar Terra Cambará, com uma moça doente para reaver as terras que foram tomadas de seu pai pelo pai adotivo da moça. Desta união nasce Licurgo Terra Cambará que se casa com uma prima Alice Terra. Licurgo pouca convivencia tem com a mãe uma vez que sua avo Bibiana absorve completamente a atenção do rapaz, primeiro por não gostar de Luzia e tb por não entender a doença dela.Para isso ela mente, trapaceia segundo ela conta ao médico, uma figura singular que lhe é muito chegado. Nestes volumes,entram em cena , Rodrigo Terra Cambará, figura central do romance e seu irmão Toribio chamado por Bio que para mim é uma das figuras mais importantes do romance , persongem pitotesca, que adorava guerrear e que lembra seu bisavo, Capitão Rodrigo Cambaráe muito fiel as suas ideias politicas que dominava a tds naquele tempo.
Rodrigo se forma como médico, é querido por alguns e odiado por outros e se casa com Flora Quadros filha de Babalo Quadros uma das figuras mais ricas da história que tem ao seu credito, sua bondade, honestidade,sensibilidades e beleza moral.
Encontra-se tb neste livro muitas outras personagens ricas como Maria Valeria que recorda Bibiana, não em seus principios morais mas na fidelidade aos seus antepassados e na educação austera que recebeu.
Entre tds as figuras do livro, não poderia deixar de citar Fan dango, que é uma figura folclorica e amada pela familia Terra Cambará.
Para mim Bio é uma figura impressionante, quase humana, representante de uma raça em extinção, que dominava o Brasil, um sujeito forte, decidido , mulherengo mas que tinha um grande respeito e amor pelo irmão Rodrigo e pelos seus familiares.
Vale a pena ler esta trilogia. Parece-me que ela retrata a situação de td o Brasil durante os nebulosos anos das guerras em busca de um pais federalista. Não digo que recomendo pois não sou critica literaria para indicar nada a ninguem. mas esta trilogia ,para mim reperesenta o que ha de melhor em nossa literatura.
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Jadna 31/10/2022

Confesso que em muitos momentos foi torturante ler esse livro. O personagem do Rodrigo Cambará conseguiu ser mais detestável que o bisavó dele, que pelo menos tinha a vantagem de ter carisma.

Rodrigo não é um personagem extraordinário, na verdade ele é um homem típico dos anos 1900. Se por um lado, o fato dele ter se formado em medicina trouxe uma bagagem intelectual pra história, por outro, ele ainda era aquele homem que cresceu no campo, apegado a ideias tradicionais de honra e propriedade.

Acho que essas duas concepções lutam dentro dele o tempo todo, por isso ele soa muitas vezes como um hipócrita. Ao mesmo tempo que ele fala sobre democracia e liberdade, em muitos momentos age como um coronel.

No geral a história foi muito boa como uma panorama político do Brasil de 1900. As discussões sobre diversas teorias políticas dos pontos de vista de cada personagem foram enriquecedoras. É uma pena que elas não tenham como base um drama mais denso, com personagens cativantes e que realmente façam o leitor torcer por eles.
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Maia 15/05/2021

É a série O tempo e o vento, não tem como não ler com paixão estas páginas, livro dedicado a dr. Rodrigo Cambará, que desde o início do livro sabemos que volta a Santa Fé gravemente doente após a queda de Getúlio depois de 15 anos no Rio compondo o governo, na principal parte conhecemos a sua mocidade e primeiros anos de casamento, antes de se envolver na política nacional, só no fim damos um salto no tempo já para conhecer seu retorno derrotado e doente, a últimas página são apreensivas, existe uma crise no clã Terra Cambará, com issso se encerra este volume.
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André Vedder 02/08/2022

Um belo retrato.
A segunda parte de "O Retrato" mantém um ritmo parecido com seu antecessor, onde o foco continua em Rodrigo Terra Cambará e sua personalidade conflituosa.
Tanto na primeira como aqui na segunda parte, a história em si não evolui muito. E se não fosse a grande habilidade do autor em sua narrativa, e principalmente na construção de ótimos diálogos, o livro correria o risco de se tornar um pouco chato. Mas felizmente, Erico é diferenciado e sabe criar personagens como poucos (na humilde opinião desse leitor) e
a cereja do bolo aqui são os diálogos sobre os mais diversos assuntos (amor, casamento, democracia, religião, política...) geralmente explorados pelo autor numa forma de debate, sem impor qual lado está certo ou errado, mas sim fazer o leitor pensar no assunto e então formar sua própria opinião.

PS: A parte final do livro foi uma das melhores escritas até aqui nessa jornada de "O Tempo e o Vento". Floriano (filho de Rodrigo T.C.) refletindo sobre o horror da Segunda Guerra foi lindo, trágico e brilhante! Parabéns Erico!

"Às vezes - prosseguiu Rodrigo - tenho a impressão de que Deus, o movedor inamovível, é um jogador de xadrez e nos somos as pedras. Uns poucos reis, rainhas, bispos e torres, mas uma infinidade de pobres peões. Ele joga apenas para se distrair e, a fim de tornar o espetáculo mais divertido, dá-nos a ilusão de que nós é que nos movemos por conta própria...Agora! Nossa tendência é acreditar que Ele nos move com algum propósito certo e que o jogo todo tem um grande sentido."

" Estou cada vez mais convencido de que o amor é doença, e doença infecciosa. Uma espécie de febre. E o pior é que o doente não quer nem ouvir falar em cura."
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profa_ana_paula 17/08/2023

Sobre o Retrato
O Retrato II segue a mesma linha do primeiro tomo, mostrando ao público as nuances de personalidade de Rodrigo Cambará, um grande apaixonado (por quem mesmo?) pelo bom e melhor, coração infantil sem pureza, generoso e perdulário, sempre com fogo na cabeça. Muitas partes do livro namoram com O retrato de Dorian Gray. Um bom livro, trouxe discussões muito interessantes junto ao grupo Taquicardia Literária.
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Agostinho 23/10/2022

Erico Verissimo - O Retrato Vol II
Nessa continuação da história da família Terra Cambará tem-se o prosseguimento dos passos de Rodrigo na cidade de Santa Fé, personagem este que se torna mais complexo (e mais humano) com suas contradições cada vez mais acentuadas. Ao mesmo tempo que representa o futuro, com suas ideias de progresso científico e democracia plena também representa o mais arraigado preconceito elitista, tem o sonho de ajudar os mais pobres, porém em contato direto com o povo não lhe suporta a fedentina e a fealdade sem classe. Aspira a santidade e a bela caridade dos livros, os quais se emociona profundamente, não a realidade feia e crua da pobreza e miséria.
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monique.gerke 06/09/2018

Eu simplesmente não consegui gostar do Dr. Rodrigo Cambará. Maaaaaas, ainda tem mais três livros, então TALVEZ essa minha impressão se altere no decorrer dos próximos volumes.
De qualquer forma, acho maravilhoso como Erico Veríssimo desnuda a alma de seus personagens, nada fica oculto, temos uma visão extremamente realista dos fatos, personagens e seus reais significados. Aqui personagens não podem usar de falsos sentimentos para justificar as ações. Tudo é deixado claro para o leitor.
Aliás, não achei que fosse gostar tanto desse viés histórico do Rio Grande do Sul, então me surpreendi com a rapidez que a narrativa flui.
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Marjory.Vargas 15/11/2021

“– Não sei por que essa gente só pensa em política.
– Eu sei. É porque a política lhes dá as coisas que eles mais ambicionam: posições de mando, força, prestígio. E não há quem não goste disso.”

💣ALERTA GATILHOS💣
ESTUPRO, ABORTO E SUICÍDIO

Os acontecimentos desse segundo tomo se passam entre 1910 e 1915: em Santa Fé, Rodrigo Terra Cambará, superando todas as expectativas, constrói uma imagem de político do povo, sendo extremamente generoso e reafirmando sua ética e coragem.

Porém, no campo pessoal, as coisas são bem diferentes. Casado com Flora, beirando os 30 anos e pai de dois filhos, Rodrigo trai constantemente a mulher. É chocante (e nojento) acompanhar os processos mentais de Rodrigo e como ele “justifica” suas atitudes a partir do contexto da época da relação entre os homens e as mulheres. Para ele, e praticamente todos os homens da época, a mulher existe única e exclusivamente para satisfazer suas necessidades físicas. E ainda há a diferenciação entre a mulher para casar e a mulher para se divertir. O pior é que ainda hoje, mais de 100 anos depois, identificamos muitos desses preconceitos em relação às mulheres.

Essa segunda parte é talvez a que as pessoas menos gostam, por ser centrada quase que exclusivamente em um personagem: o Dr. Rodrigo Terra Cambará. Porém, é muito importante. É diferente de O continente sim, e mesmo não morrendo de amores pelo protagonista, não conseguia largar a leitura. Rodrigo é um personagem muito complexo. Não é possível amá-lo, mas também não dá pra odiá-lo. Eu vejo ele como uma reencarnação do capitão Rodrigo: a alegria de viver, a paixão pela vida, pelas coisas boas, pelas mulheres...

Temos também um evento bem traumático ao final desse tomo, que mexe bastante com Rodrigo, mas, infelizmente, não vai fazer com que ele melhore. O capítulo final, que se passa em 1945, com Rodrigo a beira da morte e seus filhos já crescidos, nos instiga a dar continuidade a leitura, para descobrir o que aconteceu à essa família.
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Cinthya4 25/06/2017

Dos livros de O Tempo e O Vento que li, este foi o que menos gostei. O livro inteiro (O Retrato vol 1 e vol 2) falou sobre a vida do personagem Rodrigo Terra Cambará, achei que ficou muito cansativo e não aguentava mais ler o nome da Toni na história… Não teria ficado tão cansativo se o Rodrigo fosse um personagem interessante e cativante, mas ele não é.

Achei interessante o porquê do livro se chamar O Retrato e a sua semelhança (meio invertida) com a obra de Oscar Wilde. E a última parte “Uma Vela para o Negrinho” foi muito, muito boa (melhor até que o restante do livro) e parece que a história de O Arquipélago promete.
bia_rubens 12/06/2020minha estante

eu to terminando ele e tb não aguento mais ouvir falar da toni kkkkkk e tb tive a mesma impressão com a bora do oscar wilde




Kaiã 01/03/2021

Fim do segundo livro, confesso que foi o meu menos preferido até agora porém não deixou de ser muito bom. Amei ver toda história política e o reflexo das guerras mundiais em Santa Fé. A história do retrato sendo pintado foi um dos pontos altos, junto com todo romance com Toni. Os homens Cambarás, por mais diferentes que sejam, sempre tem problemas com a monogamia.
O final do livro com o embate de Floriano e Eduardo foi incrível, esses irmãos vão dá trabalho no próximo livro, assim espero. Ansioso por esse último livro.
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Mayane25 04/01/2017

Até agora é o volume que menos gostei. Chegar nesse ponto da história é sentir saudade de personagens fortes como Ana Terra e Bibiana. Além de ter, a todo momento, a sensação de que falta alguma coisa que havia nos dois volumes de O Continente e o primeiro de O Retrato: algo que o faça valer a pena.

A minha leitura desse livro foi bem lenta, quase 6 meses enrolando esse término (fato que surpreende a mim mesma, já que praticamente devorei os outros volumes da saga com tamanha empolgação). Porém, continuo a dizer que O Tempo e O Vento foi a minha maior/melhor descoberta literária. Acredito, até, que a lentidão tenha sido também por "saudade antecipada", já que agora chego à última parte da história da família Terra Cambará.

Decepção pequena que não foi o suficiente para me impedir de criar milhões de expectativas quanto aos livros d'O Arquipélago. A leitura desses também será bem lenta, mas de propósito: vai ser difícil largar o Veríssimo.
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Natalie Lagedo 10/05/2016

No primeiro volume de O Retrato, vimos que por motivos políticos, Rodrigo adiou o início de sua atividade médica. Neste segundo tomo, ele coloca em prática esse desejo e inclusive faz um esboço de hospital nos fundos da farmácia, auxiliado por um casal de italianos, os Carbone.

O protagonista, como já ficou bastante claro, é amante da modernidade e de tudo o que o conforto pode trazer. É neste ponto que percebemos a grande diferença entre Licurgo e seu filho, pois aquele acredita que qualquer coisa além do essencial é vaidade e feminilidade.

Com o despontar da Primeira Guerra Mundial, o livro mostra as formas como ela impactou a vida no Brasil. A esmagadora maioria do país apoiava os Aliados; as colônias alemãs e italianas, por sua vez, ficaram do lado de seus países de origem, denotando que por mais que permanecessem em solo brasileiro, ainda possuíam forte carinho pela pátria. Tanto é que Veríssimo sempre afirma que não abandonaram a cultura nem o idioma de origem.

O sergipano Tenente Rubim, em discussão sobre o espírito guerreiro do brasileiro disse algo que eu, como nordestina, gostaria de ressaltar: “Não tivemos vizinhos castelhanos com quem brigar, mas tivemos e ainda temos um inimigo que nunca nos deu tréguas: a terra, o clima. E o pior, ou o melhor, é que apesar de tudo nós amamos esse inimigo.”

Os elementos fixos do texto, como o punhal de prata de Pedro, a tesoura enferrujada de Ana Terra e a figueira da praça desaparecem da história, demonstrando as mudanças do século XX e o desapego com a tradição.

Por fim, Veríssimo faz um corte no tempo e passa para a fase em que os filhos do casal Rodrigo e Flora já são adultos. Floriano, o primogênito, é um escritor de romances desinteressado pela política e de caráter prudente. Graduou-se nos Estados Unidos e reflete sobre a situação da humanidade após a Segunda Guerra Mundial. Conclui que o pavor de ter outra disputa desse porte foi o ponto que mais favoreceu à instauração dos regimes totalitários na Europa. Chama de Horror Moderno a canalização e industrialização do medo por meio do Estado, Nacionalismo, adulteração da História, Antropologia, Biologia e afins para adequá-las ao Regime, e de Horror Atômico a bomba, que dizimou populações inteiras. E é no contexto da Guerra Fria que encerra-se O Retrato.
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Andrea.Rodrigues 22/07/2023

O Retrato de Rodrigo Cambará
É preciso muito talento pra deixar esse livro interessante mesmo tendo um protagonista tão pedante.

Dr Rodrigo tem traços do pai Licurgo, que lutava pela causa abolicionista, mas queria distância das pessoas pretas; Dr Rodrigo luta pelos pobres, mas quando perto deles se sente até enjoado, pois segundo ele cheiram mal e são de uma fealdade...

Também tem traços da avó Luzia, figura nebulosa para ele, já que não se fala muito dela na família, mas quem leu sabe que ela era pura vaidade.

Dr Rodrigo em aparência lembra o Capitão Rodrigo, mas lhe falta o carisma do último.

Ao longo dos anos retratados no livro são citados: a passagem do cometa Halley, a morte de Tosltoi, estouro da 1a guerra, naufrágio do Titanic.

O retrato de Rodrigo tem um toque wildeano, uma.vez que lhe causa certa inveja por ver que o quadro conserva a juventude que o protagonista vê esvaindo-se a cada dia.

Ao final são citadas a queda de Getúlio Vargas e do próprio Rodrigo, em seu terceiro infarto.
Começamos a ser apresentados aos filhos de Rodrigo: Florêncio,escritor, Eduardo, revolucionário e que leva na cintura o punhal de Pedro missionário lá do primeiro livro.
Que venha o Arquipélago!
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