A Farsa de Inês Pereira

A Farsa de Inês Pereira Gil Vicente




Resenhas - A Farsa de Inês Pereira


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Babsi 31/05/2017

Interessante
Peça de difícil vocabulário e rápida leitura. O autor nos dá - com muito sarcasmo e rimas - um bom retrato do cenário e costumes do século XVI em Portugal, como a doutrina religiosa, o assédio dos padres, que era comum na época, a figura da mulher na sociedade em meados de 1500, entre outras características interessantes para compreendermos a cultura Portugusa que veio influenciar a cultura brasileira.
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Day! 18/08/2012

A Farsa de Inês Pereira
só li por causa do vestibular, não é uma leitura agradável, é confuso, chato, a historia acontece super rápido e sem graça, não gosto de versinhos, enfim, só li mesmo por causa do vestibular. Muito sem graça.
Isabela.Turane 13/11/2019minha estante
UE qual vestibular?




Leonardo 30/07/2012

É tão simples quanto complexo.
É simples por você ter ali, ao seu acesso, as informações duma sociedade há muito já corrompida. O complexo fica por conta do por quê? Do até quando?
Será mesmo que os burros que carregam são melhores que os cavalos que derrubam?
Será que o tolo, o bobo, o animal, acaba por se sobressair do esperto, forte e perigoso?
Só sei que quando li, tive vontade de encenar.
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Evy 29/06/2011

DESAFIO LITERÁRIO 2011 - Tema: Peças Teatrais / Mês: Junho (Livro 6)
A Farsa de Inês Pereira, ao contrário de outras obras de Gil Vicente, conta com personagens que correspondem bastante à realidade, sem imagens simbólicas e alegóricas. Os diálogos são naturais e espontâneos, e a obra retrata situações comuns da vida doméstica com um certo exagero, o que a caracteriza como uma comédia.

Não foi, das peças teatrais que li, a que mais me agradou, muito embora tenha achado certas cenas engraçadas e alguns dialogos muito bem elaborados. O que tornou a leitura um pouco desagradável, é que por ter sido escrita em meados de 1500, o português é bastante rebuscado e o texto possui diversas partes em espanhol (sou totalmente avessa a essa lingua).

A história, resumidamente, gira em torno da escolha de Inês Pereira para marido. Inês é uma moça simples e casadoura, mas que possui grande ambição e procura um marido astuto e sedutor. Sua mãe, preocupada com a filha, incita-a a casar-se com Pero Marques, um pretendente arranjado, filho de lavrador. Inês o rejeita por ser ignorante e inculto. Logo, ela conhece Escudeiro, com quem se casa acreditando que enfim encontrara o que desejara.

O casamento, porém, se mostra desastroso desde o início. Logo que se casam, o marido sai para a guerra e dá ordens a um moço que fique a vigiar Inês que sequer pode sair de casa ou conversar com qualquer pessoa. A agonia da vida de Inês não dura muito, pois alguns meses após sua partida, recebe a notícia de que seu esposo fora morto. Mal consegue guardar para si a alegria de ser viúva e não tarda a querer casar novamente.

Chega-lhe a noticia de que Pero Marques continua solteiro e, mais experiente, fingindo tristeza pela morte do marido tirano, Inês aceita casar-se com ele. Inês aproveita-se da ingenuidade de seu novo marido e logo o trai quando é procurada por um ermitão que tinha sido uma antiga paixão. A cena de Inês exigindo que seu marido Pero, a leve ao encontro de seu amante e o mesmo obedecendo-lhe e carregando-a nas costas até o local marcado é a representação perfeita do ditado que conduz a história "mais quero asno que me leve, que cavalo que me derrube".

O que achei interessante, no início e decorrer da peça é a personalidade de Inês Pereira que critica não o fato de ser mulher, mas as obrigações do trabalho doméstico, a clausura do lar e a falta de liberdade feminina. Por isso é que no início, Inês não aceita Pero Marques como marido, já que ele possui o caracter de homem cumpridor e respeitador dos valores de uma sociedade que Inês já não compreendia.

Gostei de ter lido a peça. Recomendo.
Li 30/06/2011minha estante
Ahhh, Ly, eu amei esse!! Tbm detesto o espanhol, mas deu pra engolir... rs

Bjoos




Li 06/06/2011

DESAFIO LITERÁRIO 2011 - JUNHO - PEÇAS TEATRAIS *LIVRO 2*
Sinopse: A farsa de Inês Pereira é ao mesmo tempo uma comédia de costumes e de caráter. De costumes porque retrata situações comuns da vida doméstica, através do exagero, o que é próprio da comédia. De caráter porque retrata o modo de ser de personagens bem delineadas, dentre as quais se destaca a própria Inês Pereira, uma das personagens mais humanas e individualizadas da obra de Gil Vicente.

Não queria ler Gil Vicente porque vi uma adaptação do auto da barca do inferno que me deixou traumatizada, de ruim! Enfim, era o que eu tinha, mas...

...Tenho que admitir, gostei muito da farsa de Inês Pereira! E sabe um detalhe que embalou a leitura? Os versos! Eu sempre dizia que não gostava de textos de peça teatral principalmente pelos versos, porque não gosto de poesia, mas não é que esta característica me ajudou?! Talvez se não fosse por isso eu nem tivesse gostado... As rimas ajudam!
E no mais, a história também é ótima, fala de ambição e do que a pessoa faz para ter o que quer, e é muito divertida, apesar da linguagem em português medieval e de várias partes em espanhol, mas dá para levar!

Este trecho exemplifica bem o provérbio que deu corpo ao texto “mais quero asno que me leve, que cavalo que me derrube”:
“Vai Lianor Vaz per Pero Marques, e fica Inês Pereira só, dizendo:
Andar! Pero Marques seja!
Quero tomar por esposo
Quem se tenha por ditoso
De cada vez que me veja.
Por usar de siso mero (*Para usar apenas o bom senso, a sensatez)
Asno que me leve quero,
E não cavalo folão; (*Folão = fogoso)
Antes lebre que leão,
Antes lavrador que Nero.(*Aqui ele é citado pela sua crueldade)”

E não é que este texto também tem críticas com relação à igreja católica?!
No mais, é uma boa história, gostei de lê-la!


*http://desafioliterariobyrg.blogspot.com/*
Viquinha 21/06/2011minha estante
Há algo de mal-resolvido entre você e a Igreja católica...hahaha
Viu, tenho para mim que o gosto literário não está gênero. Acho que o valor linguístico, o discurso e a estética conta muito quando se trata da avaliação de uma obra.

Beijocas, flor!


Evy 30/06/2011minha estante
Também li esse!!! rsrsrs
Gostei, mas não muito pq a linguagem e aquelas partes em espanhol me desagradaram! Eu odeio espanhol :/
Mas a história é interessante e tem certos aspectos de Inês com os quais me identifico, como as críticas dela à sociedade, ao fato de ser obrigação da mulher as tarefas domésticas, o enclausuro, enfim... :)
Bjosss




@adilsonteclado 26/08/2010

Síntese

Inês casa-se com Escudeiro - que essa julga ser o marido ideal, pois sabe tanger viola e parece fino e culto -, mas instantâneamente se arrepende, pois quando sua mãe traz algumas moças para comemorar o acontecido, esse diz à Inês que desejava ser solteiro novamente; esse foi só o começo da desgraça para Inês; quando chegam a casa, o marido a enclausura e a proíbe de falar com qualquer pessoa e sai viajante deixando seu moço a cuidar e "vigiar" a esposa. Inês deseja que ele nunca mais retorne, porque a vida agora é pior que a primeira. Depois de algum tempo ela recebe uma carta informando que seu "bravo escudeiro" fora morto ao fugir de um mouro. (Gil contrasta nesse ponto a valentia de Escudeiro em casa e sua covardia ao ser morto por um mouro, o que era considerado desonroso para um escudeiro). Para Inês foi difícil disfarçar a alegria de ser viúva; ela finge um sentimento de luto ao receber visitas, mas o que ela que quer mesmo é casar-se novamente; e casa-se, agora com Pero Marques, aquele que rejeitara antes de conhecer Escudeiro, pois julgara-o pouco inteligente e honesto demais quando esse preferiu retirar-se a abusar dela quando ficaram sós em sua casa. Pero Marques que humildemente se conformou ao ser rejeitado pela pretendida, agora volta para desposá-la definitivamente e, por ter personalidade fraca, Inês faz desse seu "asno", encerrando assim essa farsa onde Escudeiro seria o cavalo e Pero Marques o asno que, assim que se casa, Inês já pretende traí-lo. (AA)
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