Sarah Bastos 01/11/2012
A casa sagrada
O protagonista Alexandre é um garoto pobre do Rio de Janeiro que vende sorvete para ajudar nas finanças da família.
Na escola em que estudava, Alexandre se divertia e aprendia com uma professora inspiradora que incentivava a imaginação das crianças através de ensinamentos lúdicos e de um ambiente favorável à criação, mas a instituição era tradicional e arcaica e acabou ceifando e censurando as tentativas da esforçada professora. A cena em que a professora conta a Alexandre que perdera sua mala de surpresas é recheada de simbolismos e metáforas.
Alexandre, devido a partida do irmão Augusto para São Paulo, acaba deixando a escola para trabalhar mais e ajudar a família. Augusto, antes de partir conta a Alexandre sobre a casa da madrinha, um lugar mágico onde todos os desejos são realizados, e promete que quando voltar de São Paulo os dois irão para lá.
Como Augusto não aprece no verão, Alexandre decide ir sozinho à casa da madrinha, mesmo não sabendo onde ela fica, e no caminho encontra o Pavão.
O Pavão de rara beleza havia sido maltratado por seus cinco antigos donos que o exploraram e tolheram sua imaginação, “lobotomizarando-o” na escola Osarta (“atraso”, ao contrário).
Os dois começam a fazer apresentações pelo interior afora e em uma delas, Alexandre conhece Vera, garota rica que era controlada pela mãe obcecada por relógios.
Eles ficam amigos e Vera o esconde na casa de ferramentas de sua fazenda até que seus pais descobrem e a obrigam mandar Alexandre embora.
Juntos, eles resolvem fugir para a casa da madrinha e fantasiam um cavalo que os levaria além das cercas da cidade. Ao chegar à imaginária casa da madrinha, a maleta desparecida da professora está lá e o irmão Augusto também. Eles vivem um clímax, até que Vera, já presa aos conceitos sociais e adultos, se preocupa com seus deveres e resolve ir embora. Augusto desparece e no plano da realidade tudo parece mais sombrio e melancólico, Alexandre a leva embora e retorna com seu Pavão para casa mágica.