Rosinha, minha canoa

Rosinha, minha canoa José Mauro de Vasconcelos




Resenhas - Rosinha, minha canoa


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Beatriz2029 25/02/2024

Talvez eu n devesse ter lido meu pé de laranja lima antes de ler esse. Esperava mais. É bom, mas não me tocou muito? porém é uma leitura boa de se fazer, com alguns momentos que te deixam agoniados. É um livro de extrema importância. Recomendo pra quem tiver sabedoria para lê-lo
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Tamy 20/02/2024

Se eu chorei horrores?? Com certeza ??
Que história bela, doce, comovente e também amarga... Prepare-se para conhecer Zé Orocó e Rosinha, sua canoa, sua amiga, sua parceira de viagem pelo rio.

Impossível não criar vínculo com esses protagonistas. A relação de Zé com a natureza é linda, sincera, um sujeito que sabe ouvir aquilo que ela tem a dizer, reconhece seu valor e sabe usufruir daquilo que ela oferece.

Junto com Rosinha, uma canoa que possui alma e sentimentos, desfrutaremos de cenas lindas, de uma amizade sincera. Porém, nem tudo são os flores e com a chegada de um médico, a vida de Zé e Rosinha toma um rumo inesperado.

Zé Orocó, habituado com a natureza, é levado para longe, vai conhecer a crueldade do homem e foi de partir o coração acompanhar essa parte de sua vida, a cada palavra lida, cada cena visualizada, dava um aperto na alma. Como pode alguém fazer isso com um sujeito tão bom, que nunca fez mal a ninguém, que mantinha uma relação sincera com a natureza? Tudo isso por falar, ouvir e compreender a pobre Rosinha...

Afinal, seria ele louco por demonstrar tamanha afinidade com a natureza?
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AdharaLima 12/01/2024

Esse livro foi tão marcante pra mim que eu me lembrava exatamente de alguns trechos, mas que durante essa releitura me encantaram como se fosse a primeira vez.
A simplicidade da vida dos personagens reflete seus personalidades, são todos sinceros de sentimentos e com a escrita maravilhosa de José Mauro Vasconcelos é como se eu conhecesse todos já há tempos. O amor entre Zé Orocó e Rosinha é lindo demais e é muito difícil ler as ações dos que não entendem esse amor dos dois.
Já tinha ganhado meu coração na primeira leitura e agora se é possível eu amo ainda mais essa história. Favorito da vida, com certeza!
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Luana.Clemente 31/12/2023

Um livro que comecei a ler sem pretensões e a cada página me surpreendi. Um livro que narra a conturbada relação da humanidade com a natureza que construímos no Brasil, como conseguimos transformar um amor tão puro quanto de Zé Orocó com o meio que o cerca em algo demonizado.

A narrativa leve e comovente te cativa e leva à algumas reflexões, recomendo.
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Carlinha 14/10/2023

Zero defeitos
Que delicadeza, que leveza, que poesia!!!!
É um lindo romance brasileiro que deveria ser mais falado e mais sugerido.
Uma história suave e ao mesmo tempo forte, é um enredo feliz e ao mesmo tempo triste. É uma perfeição de narrativa que pode até ter acontecido em vida com algum persongem desse Brasilzão afora.
O enredo principal combina fantasia e ternura e nos apresenta o relacionamento singelo e inocente de Zé Orocó e sua canoa, Rosinha. Eles conversam durante grande parte da história. Eles se amam mutuamente e são companheiros durante boa parte da vida.
O primeiro capítulo do livro é “Conversa de Amor”, porém a obra inteira, é uma troca de sentimentos entre os personagens e a natureza.
Essa obra envelheceu muito bem, é uma ótima opção para os dias de hoje e acredito para todo o sempre.
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Daniela263 05/10/2023

Emocionante
História maravilhosa. A primeira parte é como uma poesia, cheio de magia e coisas bonitas.
Aos poucos vai ficando triste, chega a dar um aperto no peito de ler algumas partes.
Ao todo é um leitura muito tocante, simples, gostosa de ser lida.
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suellen 16/09/2023

ROSINHA, MINHA CANOA
" - Louco, você? Só porque consegue entender as árvores ou falar com as coisas? Bobagens? Loucos são os outros homens que perderam a poesia de Deus, que endureceram o coração e nem sequer podem entender os próprios homens. Êsses são loucos."

QUASE QUE EU FAVORITEI!!

Um padrão que encontrei nos livros nacionais (pelo menos nos antigos) é a solidão de um indivíduo ou de um pequeno grupo. Almas brasileiras são calorosas porém as vezes podem ser solitárias.

A segunda parte deste livro me deu nos nervos!! O que fizeram com Zé Orocó fora terrível. Ele nunca fez mal algum a ninguém.
Porém em compensação o final foi LINDO, MARAVILHOSO, INCRÍVEL ETC.
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Patty Lima 15/09/2023

A prosa poética representada em sua mais alta qualidade. Dá até pena chegar ao final. Que história forte, intrigante e poética. Que riqueza de imagens e significados. Compensou a maratona de leitura. Vi meu avô materno em Zé Orocó. Há ancestralidade na canoa Rosinha. As mazelas e maldades humanas não encobriram a beleza da alma do Zé e de seus amigos "da mata".
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Rebeca 01/08/2023

Zé Orocó e a ternura dos incompreendidos
Rosinha, minha canoa se tornou uma das minhas obras favoritas assim quando terminei de ler. É muito bela a forma em que o autor narra e descreve a ambientação que acontece na região da Ilha do Bananal, onde ocorre maior parte do enredo, não se esquecendo de enaltecer e compartilhar um pouco da cultura local do povo Iny, sem ocultar a destruição que os homens brancos vem fazendo neste pedaço de terra. Na primeira parte percebemos a ternura tão intrínseca na escrita de José Mauro Vasconcelos, e na segunda, vemos o sofrimento tão presente em suas outras obras. O que muitos chamam de loucura, Zé Orocó chama de ternura para com a natureza em seu entorno.

Citações favoritas:

"Os homens se matam por causa de diamantes. [...] Os homens não tem explicação. São a pior coisa do mundo. Vivem inventando coisas para destruir." (p. 51)

"Urupianga é a voz da selva, o deus dos bichos. Todo os anos, na primavera, ele aparece. E como é lindo! Moreno, alto, ombros largos. Todos os animais gostam de alisar suas costas e trançar os seus cabelos negros. Quando Urupianga fala, não sai voz, sai música." (p. 54)

"O deus das árvores? É um deus vegetal e muito calmo - Chama-se Calamantã. Ele nos dá somente uma coisa de que precisamos: paciência. Paciência para vivermos calmas e esperarmos o futuro impassivelmente." (p. 54)

"Nininha passou a noite tristemente. Dessa vez as estrelas brilhavam sem outro significado senão o de brilhar. Não havia fantasia porque a estranha revelação a colocara frente à realidade. Descobrira que a beleza não existia nas coisas e sim dentro da gente. E quando ela morria as coisas se tornavam opacas, apagadas e incrivelmente comuns." (p. 63)

"Na hora em que a selva fica mais bonita, quando o Sol s encontra quase encoberto pelas árvores que margeiam o rio, e o vento se torna tão manso que parece respirar, e as águas do rio adquirem aquela doçura calma com que esperam a paz da noite..." (p. 128)

" -- Sabe como é que os índios carajás chamam o Araguaia, doutor? Aposto que não sabe. E foi explicando, num tom cheio de amizade: ? É Beé-Rokan. Quer dizer 'água grande'." (p. 143)

"Há ocasiões na vida da gente que a gente só pensa em afundar. Sumir, ir para onde a gente possa pensar que está mais morto do que vivo." (p. 149)

"Urupianga coçava o seu bonito queixo de deus. Não ignorava que os brancos enganavam os índios e que nada que podia fazer, porque na escala da vida índio não era bicho e ainda não adquirira a maldade dos homens. Sabia eles se metiam meses e meses nas grandes caçadas e nas grandes pescarias. Faziam aquilo para diminuir a pobreza de suas vidas nas pequenas aldeias. E de nada adiantava aquele es- forço. Na volta dos mariscos, na hora de prestar as contas, os homens brancos davam-lhes bebidas e pagavam-lhes uma miséria em dinheiro, acompanhada de uns insignificantes metros de fazenda... e era tudo." (p. 184)

"- Isso é o Brasil, meus filhos. Um dia acabarão com todas as árvores de reserva, um dia acabarão com todos os bichos e todos os pássaros. Urupianga nada pode fazer contra os homens, porque o Deus deles é um deus superior a mim. E que devemos fazer, Urupianga? - Fugir. Só isso. Evitar corresponder a qualquer chamado sem primeiro se certificar de que não é um apelo verdadeiro." (p. 185)

"Louco, você? Só porque consegue entender as árvores ou falar com as coisas? Bobagens! Loucos são os outros homens, que perderam a poesia de Deus, que endureceram o coração e nem sequer podem entender os próprios homens. Esses são loucos." (p. 248)
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Clio0 23/06/2023

Rosinha, minha canoa é solidão e loucura. É a forma que uma se relaciona com a outra suavemente, gentilmente.

Zé Orocó, o personagem principal, é um dos antigos "loucos mansos" que não fazem mal a ninguém, mas que morrem um pouco ao serem retirados de seu meio, de seu amor. A canoa, Rosinha, é uma expressão de seus pensamentos, uma manifestação de seu meio que se mescla a natureza e a vida interioriana.

É a chegada do urbanismo, do cientificismo, que transforma sua eco-sociedade, cheia de animais, misticismo e capiais que destroi a frágil comunidade e vai matando tudo a volta. O capítulo em que Zé consome o pouco de verde que ele encontra dentro dos muros dos hospício e horrível em sua tristeza, no desespero.

Ainda assim, é uma leitura peculiar por sua doçura que traz um fundo amargo... como tudo o que José Mauro de Vasconcelos escreveu.

Recomendo.
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Rosangela Max 18/05/2023

Um autor maravilhoso que faz da simplicidade um tesouro.
Que alegria mergulhar mais uma vez na leitura de uma uma obra-prima do José Mauro de Vasconcelos.
A estrela do show é Zé Orocó que é um personagem incrível! Amado pela natureza e maltratado pelos homens.A relação da natureza X homens está muito bem representada aqui.
O conto sobre Nininha é encantadora. Gostei muito também do conto de Chica Doida. São historinhas paralelas que dão ainda mais brilho a história principal.
Leitura super recomendada.
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Christiane 23/02/2023

A história é narrada em primeira pessoa pelo protagonista, um menino pobre e órfão que vive em uma pequena vila de pescadores no litoral do Rio de Janeiro.
O livro retrata a vida simples e as dificuldades enfrentadas pela população da vila, bem como a relação do menino com Rosinha, uma canoa que ele ganha de presente de seu amigo Timóteo. Rosinha se torna sua companheira inseparável nas aventuras que ele vive ao lado de seus amigos da vila.
Ele também enfrenta dificuldades e problemas, como a falta de condições para comprar material escolar.
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Zelinha.Rossi 03/12/2022

Reli ?Rosinha, minha canoa? depois de muitos anos (a primeira vez que li, acho que estava na sexta série do ensino fundamental). Na época, tinha sido meu livro favorito do José Mauro de Vasconcelos (que era meu autor favorito também), lembro que chorei horrores, que considerei o livro mais lindo da vida. Dessa vez, achei o livro bem bonito, transbordante de ternura (como promete o próprio autor no prólogo), gostei bastante de acompanhar as histórias e lendas que se entrelaçam na história principal, mas confesso que a enorme expectativa que eu mesma criei decido à primeira experiência com o livro atrapalhou um pouco um processo (me deixando com aquele quê de: mas era isso? Rsrs). De qualquer forma, valeu a releitura.

?Descobrira que a beleza não existia nas coisas, e sim dentro da gente.?

?Nosso coração não esquece as coisas bonitas que criamos?

?Sofro de uma coisa, doutor; tristeza? mas essa ou se cura sozinha ou a gente morre.?

?Quando a dor vem, vem mesmo, juntando tudo.?

?O homem não valia nada. Os bichos é que estavam certos.?

?Louco, você? Só porque consegue entender as árvores ou falar com as coisas? Bobagens! Loucos são os outros homens, que perderam a poesia de Deus, que endureceram o coração e nem sequer podem entender os próprios homens. Esses são loucos.?

?Não pode haver fim mais suave do que saber que a gente está morrendo perto de quem a gente quer.?

?A gente sempre está voltando. Até a água que o bicho bebe volta, por que não eu??
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natsoaresz 08/11/2022

lindo, simplismente! esse livro é incrível, é Brasil puro. Muito gostosinho de ler, com uma leitura leve e que te envolve do começo ao fim. Foi o primeiro livro do José Mauro que li, por indicação da bibliotecária de minha escola, e adorei sua escrita delicada e suave, com certeza irei ler mais obras.
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