Antologia Poética

Antologia Poética Patativa do Assaré




Resenhas - Patativa do Assaré


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Jucinei 30/03/2015

O PATATIVA QUE NUNCA DEIXARÁ DE CANTAR
Dentre todas as linguagens existentes no mundo, são poucas as que se comparam a do sertão nordestino, pois além de ser muito rica e original, é uma linguagem bela, com sotaques irreconhecíveis, que ao entrar em nossos ouvidos, nos faz chorar, sorrir, refletir e perceber o quão talentoso e abençoado é esse povo “cabra da peste”.
E dentre todos os poetas do Brasil (quiçá do mundo), são raríssimos os que conseguem expressar os sentimentos e angústias do povo nordestino como Patativa do Assaré. Com sua linguagem única e seus estilos variados, que variam entre o clássico e o contemporâneo, o poeta consegue nos transportar para fora do livro para as festas folclóricas, para as capoeiras do sertão, para as ruas onde vivem os meninos abandonados, para a terra da garoa, entre outras histórias incríveis.
Não é apenas uma simples Antologia Poética, como outras já publicadas por grandes poetas premiados e bem sucedidos, é uma obra prima esculpida milimetricamente pelo artista nordestino, analfabeto, pobre, morador da roça de coração nobre e alegre que é nosso Antônio Gonçalves da Silva, que teve seu nome mudado devido ao seu belo canto, que canta encanta e desencanta, não só os moradores de Assaré, mas os habitantes de todo esse Brasil Varonil.
Portanto, ao ler esse belo livro devemos estar com a mente aberta e encarar cada linguagem coloquial como a voz que representa todo esse povo nordestino, cada poema como grandes epopeias que descrevem os grandes feitos de nossa gente, cada verso, rima, ritmo e imagem, como um hino que expressa a grandeza dessa gente humilde, que não só ajudou a construir esse pais, como também a difundir a arte nesse mundo ainda em construção.
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tavares 30/03/2015

oque acho
eu acho e pensso que patativa do assare escreve de varios temas , mas ao mesmo tempo tem o sentido de um vaco nas palavras que ele usa .
varios poemas dele relata a vida de pessoas , oque fazem , e oque se passa no sentimentos .
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Eicross 25/03/2016

Sou cabra macho! - a ave que critica
Patativa do Assaré, o apelido que ganhou Antônio Gonçalves da Silva, aos vinte anos, em homenagem ao pássaro e à cidade de Assaré, no Ceará. Nascido em 1909, foi um cantor, compositor e improvisador, tentou vida no cordel e acabou por dedicar sua vida às artes da poesia. Perdeu o pai aos nove anos, assim teve que ajudar na roça para garantir o sustento da família e ficou simples seis meses na escola, que começou aos doze anos - e, neste tempo, aprendeu a ler! Comprou uma viola aos dezesseis e incrementou suas produções. Em 1956 escreveu seu primeiro livro, Inspiração Nordestina.


Nas notas do organizador nos é contada a dificuldade e os critérios para seleção: foram até Patativa para ver quais ele preferia, gesto mais que certeiro para o sucesso da composição do livro. Fiquei surpreso foi ao ver o nome de Olavo Bilac como autor de inspiração para uma obra do autor! Depois de uns nomes dados, Antônio começou a sugestionar que isso não era tarefa dele, como disse, é difícil escolher entre os filhos.


No primeiro poema, "O Poeta da roça", já nos é apresentada uma linguagem informal e curiosa do nordeste, coisa forte para os frescos aqui do sul, mas nada indecifrável. No início tive um certo receio devido à linguagem, li o início do segundo poema e pensei "ah, então era só no primeiro!", voltei a ler o primeiro, terminei de ler o segundo e me contentei: "é assim, então, que seja!"


Há um verso de O Poeta da Roça em que diz "Não tenho sabença, pois nunca estudei" e continua falando sobre o pai dele não ter tido dinheiro para ele estudar. Em "Meu verso rasterô, singelo e sem graça / Não entra na praça, no rico salão / Meu verso só entra no campo e na roça / Nas pobre paioça, da serra ao sertão" fala sobre seu público-alvo, a população mais humilde.


Meu favorito do Inspiração Nordestina foi "Chiquita e Mãe Véia", em que achei que fossem se separar, mas outra coisa aconteceu e me chocou muito. Já "A escrava do dinheiro" tem fim previsível e, em ambas, trata do amor e faz uma reflexão sobre a vida, tendo um desenvolvimento simples, mas maravilhoso.
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Fernando 24/06/2018

Poesia matuta flertando com o poema parnasiano.
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