Romeu Felix 27/02/2023
Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
O quinto volume dos Cadernos do Cárcere de Antonio Gramsci é uma coletânea de seus escritos e notas entre os anos de 1932 e 1934, período em que Gramsci passou mais tempo na prisão. O livro foi organizado por Carlos Nelson Coutinho e Luigi Fiori.
Gramsci, um dos principais teóricos marxistas do século XX, escreveu esses cadernos enquanto estava encarcerado pelo regime fascista italiano. Neste volume, Gramsci aborda temas como a cultura popular, a história da literatura e do teatro, a crítica literária e o ensino de filosofia nas escolas.
O livro é dividido em três partes: a primeira, intitulada “História e cultura”, aborda as relações entre a cultura popular e a cultura erudita, além de discutir a questão da literatura e do teatro. A segunda parte, intitulada “Crítica literária e cultura popular”, contém ensaios críticos sobre a literatura italiana e a cultura popular. A terceira e última parte, intitulada “Educação e filosofia”, discute questões relacionadas ao ensino de filosofia e à formação da consciência crítica.
Ao longo dos Cadernos do Cárcere, Gramsci desenvolveu conceitos como “hegemonia cultural” e “intelectual orgânico”, que se tornaram fundamentais para a teoria marxista posterior. Em sua análise da cultura popular e da literatura, Gramsci busca compreender como as classes subalternas produzem e reproduzem suas próprias formas culturais e como essas formas podem ser transformadas em instrumentos de luta política.
Em resumo, Cadernos do Cárcere, Volume V é uma obra essencial para compreender a teoria e a prática políticas de Antonio Gramsci, além de ser um importante documento histórico sobre o período fascista na Itália.
Por: Romeu Felix Menin Junior.