Rafa 08/01/2023
Melhorou em relação ao primeiro, mas...
A continuação da história de Hugo Escarlate, sem dúvida, é melhor que o primeiro livro, trazendo elementos mais "adultos" e uma trama que envolve jogo político, conflito de interesses e o "poder do protagonismo", que tanto me irrita em várias histórias.
Muitos pontos só livro, vemos Hugo se safar apenas por ele ser o protagonista, mas não podemos ignorar o fato de que houve um amadurecimento, embora ainda controverso. Hugo agora tem 14 anos, e passa por situações que muitos simplesmente sentaram e chorariam. Mas não ele. Primeiro por ser protagonista, segundo por ser bruxo.
Renata Vieira escorrega em alguns momentos, onde sinto que a opinião é mais dela do que do próprio personagem (não necessariamente o Hugo), o que deixa em dúvida qual era a real mensagem que aquela passagem do livro queria transmitir.
Vemos uma evolução enorme do personagem Índio, e o quanto Capí deveria ser beatificado (gosto do personagem, mas ninguém pode ser tão imaculado assim).
A resolução final me pareceu apenas uma forma de terminar o livro para que o próximo pudesse começar.
Embora vejamos uma temática mais séria nesse livro, inclusive envolvendo inclusive tortura e morte, não parece que há de fato um significado para isso, ou que de fato os personagens se abalam ou se importam com os fatos.
Esperava mais de uma proposta que tinha tudo para ser excelente, e ficou no "bom".
Nota 7/10