Rony 15/01/2021
Presente de ano novo
Ali no finalzinho do ano, às vésperas da virada, acabei assistindo o primeiro episódio da série da Netflix e tem todo aquele clima gostosinho, leve e maratonável que qualquer pessoa mais que merece ao final de um ano como 2020. Fui vendo a série aos pouquinhos e conforme eu assistia, a vontade de ler algo do Levithan (que há tanto tempo não dava as caras nas minhas leituras) foi crescendo. Acabei pegando Invisível que é um livro dele que eu tinha aqui na minha estante há anos sem nunca ter lido. Apesar de não ter sido uma leitura ruim, percebi que o que eu ansiava mesmo era uma história dele co-escrita com Rachel Cohn. Curiosamente, assim que percebi isso, fui dar uma olhada na internet e o ebook dessa versão de Dash and Lily tava por menos de R$4.
Assim que comecei a leitura percebi que era exatamente isso que procurava: uma história leve e cativante da mesma dupla que, dez anos atrás, fez com que eu, numa tarde de sábado, pegasse um livro na estante da Cultura e o devorasse em questão de horas. E era só isso que eu esperava, uma história leve para iniciar o ano tranquilamente. Mas esse par de escritores não se contenta com pouco. Foi uma bela surpresa perceber o quão humana a história consegue ser em meio ao ar sonhador típico do gênero. As discussões sobre idealização e sobre as palavras como refúgio e obstáculo e da dificuldade em se permitir ser vulnerável frente ao outro... Capítulo após capítulo, tudo isso foi me ganhando, ainda que eu não estivesse totalmente conquistado pela dupla de protagonistas. Por vezes a inocência exacerbada da Lily me afastava, outras vezes era o cinismo do Dash. E ainda assim, o livro me ganhou. Uma história bem escrita é uma história bem escrita, não?
Certamente mais livros Levithan-Cohn entrarão na minha meta de 2021.