Resenhas - O Senhor das Moscas

Maria 25/04/2024

Novo livro favorito
A escrita é maravilhosa, é descritiva na medida certa, ou seja, você consegue imaginar a ilha mas não tem 4 páginas de descrição. Os personagens são muito vividos e vc realmente se apega a eles. Muito bom

Catarina410 23/04/2024

O homem é o bicho do homem
Primeira metade da obra é completamente diferente da segunda metade.
O livro retrata as crianças como em um retorno ao estado natural, antes controladas pelo mundo de convenções dos adultos agora tem o controle, mas acredito que devemos questionar: a selvageria é realmente o estado natural do homem?
É uma narrativa extremamente bem construida baseada na máxima hobbessiana de que o homem é o lobo do homem, contando com diversas passagens repletas de simbolismo.
Porém, prefiro acreditar que essas crianças, pequenos futuros homens grandes cheios de sonhos e ideias, não se matariam e torturariam se isoladas em uma ilha deserta.

Fabrício 23/04/2024

Grande obra
Obra cativante que mergulha na escuridão da psique humana, explorando os limites da civilização e da barbárie. Golding habilmente constrói uma narrativa envolvente, repleta de simbolismo, que instiga reflexões profundas sobre a natureza da humanidade e seus instintos mais básicos. Realmente uma obra prima.

Raissa 22/04/2024

Meninos perdidos numa ilha, o que poderia dar certo?
Nessa história, o Golding toma um caminho contrário daquele posto pelos filósofos contratualistas e descreve, como ponto de partida, uma sociedade civil minimamente organizada até a sua transformação ao estado de natureza.
Representados nas figuras de seus personagens centrais, a narrativa coloca o lado natural do homem em contraposição ao lado civilizado, enfatizando como Ralph jamais se sentiu confortável com sua sujeira, enquanto Jack, ao aguçar o instinto primitivo, se entrega ao sangue, a lama, as vísceras e as moscas.

Eu acho que o Hobbes iria adorar esse livro.

gab gold 22/04/2024

Um retrato da ruína humana
Eu gostei bastante desse livro!! De fato, foi incrível ver aos poucos as crianças se rendendo à selvageria e se tornando cruéis e impiedosos umas com as outras. As sequências próximas do final me deixaram muito preso a história, embora o começo eu considere um pouco arrastado e lento. O final, bem... Não era o que eu esperava! Lendo o livro e com o andar da história eu presumia que já tinha decidido qual seria o final que iria me agradar (erro meu de várias leituras). Quando finalmente chegou lá eu quase não acreditei no que estava lendo, porém, não considerei um final ruim, pelo contrário, só que não era o que eu queria. No mais, muito boa a história e algo que faz de fato você refletir (e muito).

Tarcisio.Gambin 21/04/2024

Incrível
Romance com uma condução maravilhosa e que narra muito bem acontecimento quase que improvável, e que ainda sim se supera na qualidade de detalhes, velocidades alternadas dos ocorridos (que prende demais demais o leitor). O que achei mais incrível foi toda a construção social do grupo naquele contexto e sua evolução para um final quase que profético. To fazendo força pra escrever uma resenha sem spolier, por favor leiam!!

nathsreading 21/04/2024

"Ralph chorou pelo fim da inocência, pela escuridão do coração humano..."

Uma leitura forte, com personagens e emoções que vão ao cerne da natureza humana. No início, levei um tempo pra pegar o ritmo da leitura com a descrição excessiva do ambiente; mas a medida que a tensão aumenta se torna impossível parar de ler. Você quer saber até onde vai a selvageria crescente, onde acaba a inocência em meio à falta de regras e normas sociais, e principalmente onde nasce a maldade do coração humano.

Beatriz 21/04/2024

Esperava mais
Acho que coloquei muita expectativa na leitura, por ser um clássico, mas acabou se revelando um livro bem simples, sem muitas nuances além da ideia principal

Luciano.Soares 20/04/2024

Um clássico atemporal
Golding aos poucos consegue transformar uma narrativa doce e ingênua em algo cru e visceral. Apesar disso, minha expectativa era de que fosse algo mais selvagem, quase primal.
Além disso, ele apresenta personagens quase reais, é como se conseguisse enxergar de fato cada um dos diferentes meninos desde seu estado "normal" até sua transformação.
Achei que o final seria algo mais catastrófico fisicamente, mas curti mesmo assim.
Não é à toa que é considerada uma das obras literárias mais importantes do século XX e ganhou o Nobel em 1983.

kanastar_ 20/04/2024

A natureza sombria do ser humano é um iceberg
Demorei para ler por questões pessoais, não pela leitura ser difícil. É uma leitura fácil você consegue terminar em pouco tempo, é notável como as crianças(representação do ser humano) gradualmente vão perdendo qualquer tipo de sanidade longe da sociedade levando a elas despertarem a natureza obscura delas, e é perceptível como tudo o que ocorre naquela duração de tempo na ilha se torna realmente ciente no final do livro. Ótima obra!!

Chesi 20/04/2024

Nós somos bons, até que precisemos ser maus
Leitura espetacular, como o autor vai descrevendo o ambiente, as ações, como tudo vai se desenvolvendo é simplesmente genial.
Como a selvageria vai tomando conta deles, abrindo espaço pra natureza humana, orgulhosa e egoísta, vão aos poucos se desvencilhando das leis, da ética, da moral e da vida em sociedade que tinham. São criadas novas regras e essas próprias regras são quebradas, a partir de uma disputa de interesses entre 2 grupos. Essa luta pelo poder no começo é feita através de argumentos e disputas diplomáticas, mas conforme os instintos, a natureza humana, a fome, o medo, tomam conta deles, a mais antiga arma de disputa pelo poder é usada, a violência.
A partir desse ponto não existe mais razão, ou discutir o que é melhor, tudo é resolvido através da selvageria e violência.
A maneira como o autor guiou esse final, é genial. Salvos pela fumaça que eles próprios criaram mas com outro propósito, se deram conta, de que no final, a racionalidade é o ponto alto da humanidade.

Victor108 19/04/2024

Selvagens
Caímos no erro de pensar que somos seres elevados, diferentes, crescidos/adultos.
Nos sentimos ofendidos ao sermos chamados de animais.
Mas a verdade é que o fio que segura nossa sanidade e civilidade é muito mais fino que acreditamos.
Inclusive em maior parte de nossa vida somos apenas escravos de nossos desejos e instintos.

Um livro clássico que ilustra nossa saga como animal-humano.

"Os adultos não brigariam assim; os adultos não teriam medo de fantasma; os adultos sentariam e resolveriam conversando, como adultos..."

isabellant_ 18/04/2024

Minha primeira melhor leitura do ano!!
O que falar desse livro?! Eu tô com tantos pensamentos, que não sei como desenvolver. A única pergunta que está rondando minha cabeça é: "Nós nascemos bons e a sociedade nos corrompe, ou somos seres ruins e maldosos por natureza, e a civilização nos põe limites?" Meu deus, que desgraça esse livro fez comigo, amei.

Leiam!

Izabel.Reinaldo 15/04/2024

Selvageria
Este livro estava na minha lista de leitura desde o ano passado. Li resenhas muito boas sobre ele e fiquei muito curiosa. Esse ano aproveitei uma promoção e enfim pude incluí-lo em minhas leituras.

No início achei um pouco enfadonha a descrição detalhada do ambiente, tanto que levei mais tempo do que o necessário para finalizar a leitura.

Conforme foi avançando a história, o comportamento dos meninos foi se tornando cada vez mais violento e selvagem, com exceção daqueles que desde o início se mostraram mais sensatos e abertos ao diálogo.

Aquele grupo de meninos nos dá uma ideia de como seria a sociedade se não houvesse regras, leis e normas que controlassem o comportamento.

A luta pelo poder é o centro de tudo e aquele que o detém controla todo o resto. Sem qualquer adulto por perto, as crianças começam a agir conforme a sua vontade. Uns querem liderar, enquanto outros querem um líder que os guie.

Em dado momento, há um conflito de interesses e o grupo se divide em dois. De um lado, ficam os caçadores que prezam pela caça e a diversão, e são contrários ao diálogo e às regras, liderados por Jack. De outro lado, restam os que querem encontrar maneiras de serem resgatados, e para isso prezam pela ordem e as regras para manterem a fogueira acesa, garantindo comida, abrigo e um sinal de fumaça para que sejam resgatados, esse segundo liderado por Ralph.

Eles ficam tomados de medo quando passam a acreditar que existe um monstro na ilha. Enquanto Ralph quer proteger os menores, construir abrigos e manter a fogueira acesa, Jack quer apenas caçar o monstro, porcos e se divertir com os demais.

Quando os dois grupos se formam, passa a haver uma luta pelos meios de subsistência. Ralph tem o fogo (a lente dos óculos de Porquinho) e o meio de comunicação (a concha, que inicialmente controlava o grupo e quem podia falar nas reuniões). Jack arma emboscadas e rouba de Ralph as suas armas, desse modo detém o fogo, os caçadores e passa a agir de forma autoritária e violenta.

Onde havia apenas crianças inocentes, agora há assassinos cruéis e selvagens.

A descrição dos assassinatos é detalhada e causa horror. Em determinado ponto da leitura, a impressão que dá é que tudo vai acabar em uma terrível carnificina.

Este livro traz muitas reflexões importantes sobre o comportamento humano, sobretudo sobre qual é o limite entre a civilidade e a selvageria.

Gostei tanto da história que fui procurar o filme. Está disponível na prime vídeo uma adaptação de 1990. Obviamente que a história muda na adaptação cinematográfica, mas não deixa de ser uma experiência complementar à leitura.

Fica a dica.

Karine 15/04/2024

Difícil
Custei pra conseguir terminar de ler, as cenas são descritas em detalhes ambientais cansativos que dificultam a leitura que poderia ser mais fluida. é muito interessante analisar o que acontece em um mundo sem regras, algo tão sonhado pela maioria das crianças, mas que se torna um pesadelo quando realmente acontece e elas precisam se virar sozinhas. o livro faz pensar em como é fácil voltarmos para a selvageria e caos