A mão esquerda da escuridão

A mão esquerda da escuridão Ursula K. Le Guin...




Resenhas - A Mão Esquerda da Escuridão


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Cynthia 25/03/2021

Ficção científica que traz discussões muito bacanas sobre política e questões de genero. Mas o que me emocionou foi o desenvolvimento da amizade entre os dois personagens centrais. Uma relação tocante entre seres com diferenças profundas. O Estraven é um personagem apaixonante que nos ensina sobre honra, respeito, justiça e senso de dever. Gostei demais.
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Jessica858 23/03/2021

A leitura confunde no início pois tem muitos termos diferentes mas com o decorrer da leitura ela flui. Um livro muito cheio de detalhes e emoção.
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João Pedro 05/01/2022

Clássico definitivo de ficção científica
Quando se cruza com um clássico, se reconhece. “A mão esquerda da escuridão” é um clássico definitivo da literatura de ficção científica, e uma leitura da obra é suficiente para entender os porquês. Para além de uma trama intergaláctica de forte dimensão política, Le Guin sustenta a proeza de, a partir de uma sociedade alienígena inventada, questionar os limites de gênero cultivados em nossa própria sociedade.

É por meio de Genly Ai, um ser humano do que equivaleria, em um distante futuro, ao planeta Terra, e de sua missão diplomática ao planeta Gethen, que somos apresentados a seres próximos de nós, mas que guardam a peculiar diferença de serem desprovidos de gênero: seu sexo só se define em determinado período, restando a completa indefinição de gênero na maior parte de suas vidas. O estranhamento de ser não apenas um ser alienígena, mas também o único no planeta a sustentar seu sexo de modo perene, se prova um dos grandes desafios de Genly Ai em sua missão, que se somam aos seus próprios conflitos internos em tentar se entender e se comunicar diante de uma sociedade em que o masculino e o feminino não definem vidas.

Lenta em determinadas passagens, vale a pena investir na leitura, que se prova forte em indagar o que nos define além do que se tem por gênero, além de ser uma engenhosa obra dotada de aspectos políticos e filosóficos.

“Vi então novamente, e de uma vez por todas, o que sempre tivera medo de ver e vinha fingindo não ver nele: que ele era uma mulher, assim como era um homem. Qualquer necessidade de explicar as origens desse medo desapareceu junto com o próprio medo; o que me restou, finalmente, foi a aceitação dele tal como era. Até então eu o rejeitara, recusara-lhe sua própria realidade. (...) ele tinha sido o único a me aceitar inteiramente como ser humano: que havia gostado de mim como pessoa, e me oferecera completa lealdade. E que, portanto, exigira de mim o mesmo grau de reconhecimento, de aceitação. Eu não estivera disposto a lhe oferecer isto. Tinha sentido medo de fazê-lo. Não queria oferecer minha confiança, minha amizade a um homem que era mulher, uma mulher que era homem.” (p. 246)
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Danniki 27/04/2021

Reflexão sobre a sexualidade
Sinopse (A mão esquerda da escuridão): Genly Ai foi enviado a Gethen com a missão de convencer seus governantes a se unirem a uma grande comunidade universal.

Sinopse (Os despossuídos): O romance se passa em dois planetas-gêmeos, Uras e Anarres, com sistemas políticos opostos e prestes a entrar em guerra, numa alusão à Guerra Fria.

São os primeiros livros que eu leio da autora, e simplesmente gostei muito! Eu tenho grande respeito pela autora muito antes de ler sua obra. Conhecia seu nome e seus trabalhos graças aos outros autores aclamados da época dos anos 60 e 70. É como se ela fosse a única escritora que escrevia do gênero sci-fi da época, e devido a desigualdade, que até hoje lutamos e estamos ganhando mais espaço atualmente, e é por causa disso que admiro os trabalhos dela mesmo que eu não tenha lido todos, e agora que eu li os dois serviu para aumentar a minha admiração por ela. O livro é um desafio para mim, há trechos que não entendi por causa da criatividade da autora, mas o incrível que não me impediu de entender a física, a matéria que eu colei os três anos direto do ensino médio. Devo aplaudir pelas ideias da autora a respeito dos planetas, nomes pessoais e idiomas. E principalmente, seu objetivo ao escrever as obras, com intenção de impactar os leitores. Pois o livro foi lançado nos anos 70, e me parece tão atual! Os direitos humanos, os governos...

Um livro que faz você não entender e ao mesmo tempo entender a história narrada pela Ursula. A leitura é gostosa e curiosa, devorei em poucos dias. Inclusive chorei com o final (a mão esquerda da escuridão), é muito bonito a humanidade, sabe? O que achei interessante na leitura é o fato da escrita ser de 1969, mas tão atual (de novo!) a respeito sobre relação entre gêneros, assunto polêmico da época e hoje é uma luta a ser vencida (que para mim já é vencedora, mas ainda precisamos explicar para os imbecis).

Indico para quem gosta de antropologia, ficção científica e filosofia.

site: https://www.instagram.com/autora.daniellamartins
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giovana 13/05/2021

bom demais
me surpreendeu que a escrita da ursula k le guin não é nada descritiva. eu só tinha lido uma crônica dela antes (the ones who walk away from omelas, muito boa por sinal) e não esperava que fosse encontrar uma escrita tão focada na ação assim. óbvio que isso não é um defeito, é só uma escolha que eu achei interessante.
enfim, esse livro tem muitas camadas. obviamente primeiro a discussão de gênero, mas vai além e mostra tudo que isso envolve. política, social e até econômica. e dai ainda traz discussões pesadas sobre arranjos políticos e colonialismo (é sério, não ta na superfície mas ta nas ações e diálogos dos personagens). o livro não é muito ?descritivo?, mas é tão bem escrito. sério, tipo me envolvi no troço de um jeito. e o recurso de três narradores (genly, estraven e onisciente dos ?contos de história? no meio) ficou muito bom. trouxe um profundidade pra história, sla.
por fim, shippei muito estraven e genly. é isto. queriam mt q eles ficassem juntos.
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Izabelle 26/12/2020

Um livro muito importante!
Um livro a frente de seu tempo e de grande importância para gerar reflexões e questionamentos acerca dos papéis sociais designados aos gêneros, porém é um leitura homogênea, sem altos e baixos, lenta e bastante descritiva. Não recomendo parar leitores iniciantes no Sci-Fi pois a chance de abandonar é alta.
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birdy 15/10/2020

complexo, melancólico, intenso e frio, muito frio. embora não o livro não seja enorme com muitas páginas, a autora trás muita informação dado que no final da leitura, me senti como se tivesse lido um livro com o dobro de páginas. o ritmo me fez sentir muito desafiada, mas aceitei o desafio de bom grado e não me arrependo. é uma ficção científica fora da caixa, a forma como Ursula escreve não consegui ainda encontrar em lugar algum, muito única, o que me agrada. porém existem muitas partes arrastadas demais, difíceis de engolir, que me tiraram do sério um pouco mas como falei lá em cima, aceitei o desafio.
abordando assuntos como gênero e política, gosto de acreditar que Ursula deu um grito de liberdade e igualdade nesse livro, mostrando e se questionando sobre gênero e desigualdade entre homem e mulher na sociedade.
é um livro que te tira da zona de conforto por várias razões, e eu recomendaria a qualquer um amante de ficção científica pela experiência única.
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Paula 26/03/2021

Já estou com saudades!
Esse livro começa com muito estranhamento. Pessoas estranhas, costumes estranhos, reações estranhas. E você se sente como o alienígena que chegou ao planeta. Aí você vai conhecendo as pessoas, os costumes, e você se ressente do mesmo alienígena com o qual você se identifica no começo. Uma jornada maravilhosa!
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Pri 25/05/2022

Um terráqueo vai a Gethen, um planeta todo coberto de gelo com uma missão: fazer Gethen entrar no Ekumen, uma reunião de planetas para troca de tecnologias, comércio etc., e, a partir disso, de desenrola toda a saga desse personagem Genly Ai num planeta com costumes e éticas próprias.
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Danilo sm 16/05/2021

Escuridão, a mão direita da luz; dois são um!
Às vezes é bom ler algo diferente, no caso ler outras obras, outros autores, mas eu não sabia que em um mesmo gênero literário poderia encontrar pérolas tão distintas. A própria Ursula K. Le Guin afirma que o trabalho do escritor é traduzir em palavras o que não pode ser dito em palavras. E a ficção científica é um dos meios mais complexos, únicos, pois sua função não é prever o futuro, mas trazer temas do "agora" os jogar ou em um futuro distante, ou em outro planeta. Nesse sentido surge A Mão Esquerda da Escuridão. O qual é considerado um dos "clássicos".

A narrativa é contada através de um relato diário do Enviado Genly Ai, da união de planetas Ekumen, mesclando com outros textos sobre a cultura do planeta Gethen/ Inverno, entre outros. Tem um ar de alta fantasia, com vários nomes novos, intrigas políticas e sua construção de universo. Já o detalhe mais intrigante, o mais comentado nesse livro é sobre gênero e sexo, já que os habitantes do planeta não tem um gênero definido, não são homens, não são mulheres, são homens-mulheres e nada ao mesmo tempo. Na maior parte desse tempo.

Confuso, não é? Essa é uma palavra que define os primeiros 50% do livro, até mais. É uma das grandes dificuldades da leitura. Le Guin só nos joga lá dentro como se já soubéssemos como é a vida lá. E coube a mim montar um quebra-cabeça bem difícil. A escrita é lenta, o desenvolvimento igualmente. A história não possui tanta urgência, é pacífica e toma o tempo que precisar. E isso toma tempo, várias descrições e divagações, ao mesmo tempo sensorial, poética, meio exotérica... Isso me foi atrativo. É uma obra muito boa, desde que você invista seu tempo nela, e tenha paciência. Após isso, Ursula fornece várias discussões, desde a fundamental dualidade de gênero, solidão, até patriotismo... Se não funcionou dessa vez com você, não foi o momento. Nem eu pude entendê-la em sua totalidade. Creio que uma futura releitura pode engrandecê-la.

Essa pode ser uma daquelas obras que mudam quem a consome. Ela tem esse toque transformador.
Se me deixou diferente, não consigo definir como. A própria autora sugere que nós não sabemos quais mudanças ocorreram, nem como, mas que aconteceu. Assim, podemos levar para a vida o que quer que absorvemos.





***ESSA PARTE PODE TER SPOILER***


Uma observação:
A autora, por escolha, se referiu aos gethenianos como "Eles", por uma questão de que o pronome não é tão determinante quanto "Elas", além de que várias vezes os nomeia "Homens"- o que faz um pouco de sentido na visão de Genly Ai, só na visão dele. No entanto, ela mantém o livro inteiro assim, nessa caracterização, o que não faz tanto sentido para denominar seres com ambos os sexos, e nenhum ao mesmo tempo. Bem... Sobre esse assunto a autora acatou algumas críticas e comentou que, pensando bem, seria bom se tivesse feito de outra forma. Mas essa escolha, apesar de confundir um pouco em caracterizar as personagens, não diminui a obra! Pelo contrário, acrescenta mais tópicos para debate.
Danilo sm 03/08/2021minha estante
NOTA: o pronome "eles" foi menos determinante por uma questão tanto de escolha da autora como do próprio idioma, que possui esse "binarismo" se assim posso dizer. Se você está lendo isso, esse comentário é a título de adicionar mais informações, uma curiosidade, do que o que já está na resenha. Era um fato que fiquei pensando muito a respeito.




Edilene Freitas 28/03/2021

Não consegui me conectar muito com a história, achei o livro arrastado e muitos descritivo em várias passagens. A história poderia ter sido resumida em vários momentos. Mas, perceber a dificuldade que Genly Ai tem de se relacionar com os seres, pra ele, alienígenas, foi bastante interessante e me leva a refletir o quanto nós somos capazes de aceitar e interagir com o outro na nossa sociedade, quando o outro é tão diferente se nós que parece que veio de outro planeta. Temos essa capacidade de compreensão ou marginalizados o outro por suas diferenças?
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Adriana1161 27/03/2021

"A verdade é uma questão de imaginação"
Ficção científica não é meu gênero favorito, mas quando leio, sempre acho interessante. Principalmente livros que foram escritos há mais tempo, e o futuro somos nós!
O livro trata política, amor, preconceito, gênero, sexualidade, patriotismo, coletividade e individualidade. Tem uma escrita poética e não somente objetiva.
Tem um início mais parado, e depois mais movimento.
Vencedor dos prêmios Hugo e Nebula.
Personagens: Genly Ai, Estraven
Local: Karhide/Orgoreyn - futuro
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Jane Carmen 10/04/2022

Essencial
Um livro para todos os amantes de ficção científica que querem ver narrativas pensadas a partir da perspectiva das ciências humanas e biológicas.

Ursula K. Le Guin discute o quanto o gênero define nossa organização social a partir do exercício de imaginação de uma sociedade em que os indivíduos, por sua biologia tão diferente da dos seres humanos, se organizam de uma forma outra, não baseada em gênero. Como se dá então essa organização? O leitor irá descobrindo aos poucos, pois a autora o convida a entrar de cabeça nesse outro universo em que é, assim como o protagonista, também estrangeiro. Nada é entregue, tudo deve ser observado e absorvido, e por isso é tão interessante.

À luz do conhecimento de hoje, o leitor contemporâneo pode se indagar sobre porque algumas temáticas dentro da questão de gênero são apenas tangenciadas, ou até mesmo questionar algumas escolhas da autora, como a utilização do pronome masculino para designar indivíduos sem gênero. Reflexões muito válidas.

Contudo, vale lembrar que, mesmo escrito em 1969, o livro permanece relevante e é uma leitura importante, diria até essencial, para todos os que querem pensar questões de gênero, que tão frequentemente são deixadas de lado em histórias de ficção científica.
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Paula A. C. 07/02/2021

O livro que fala sobre TUDO!
É difícil resenhar um livro que fala sobre absolutamente tudo o que você possa imaginar: poder, gênero, sexualidade, política, questões raciais, amizade, amor, paternidade/maternidade... Enfim, a lista é longa (e talvez infinita).

Direi apenas que foi uma leitura agradável, apesar de um pouco confusa em determinados capítulos, mas isso é comum em narrativas que apresentam novos mundos e sistemas de governo. De todos os assuntos tratados ao longo da obra, a amizade (ou será amor?) entre o terráqueo Ai e o Getheniano Estraven foi o que mais me comoveu, não a ponto de arrancar lágrimas, mas o suficiente para me prender à leitura.

Se você gosta de ficção científica, ou se interessa em conhecer melhor o gênero, "A mão esquerda da escuridão" é leitura obrigatória.
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