Fragmentos de um discurso amoroso

Fragmentos de um discurso amoroso Roland Barthes




Resenhas - Fragmentos de um Discurso Amoroso


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WAGNER 17/04/2011

Fragmento de um discurso amoroso
Esta obra-prima de Roland Barthes, Fragmentos de um Discurso Amoroso, é uma resposta do autor aos seus contemporâneos, que haviam marginalizado completamente a linguagem do amor de sua esfera do pensamento, das suas concepções artísticas, culturais ou científicas. Ela era reputada como algo pertencente a um passado excessivamente sentimental, sendo, portanto, segregada por aqueles que se consideravam modernos.

Barthes devolve ao discurso do amor sua dignidade, seu brilho inigualável, ao resgatar a noção dos antigos sobre a alma deste sentimento. Assim, ele retoma os conceitos filosóficos, de Platão a Nietzsche, navega pela Psicanálise de Freud e de seus adeptos, empresta as noções essenciais do Zen e de outras vertentes místicas, assentando-se sobre o alicerce literário, principalmente na releitura de Werther, de Goethe.


Desta forma o escritor francês liberta a linguagem do amor de sua radical condição solitária, do ridículo a que foi exposta no contexto temporal em que viveu Barthes. Ela deixa de ser um espaço reservado apenas ao firme reconhecimento de si mesma, para se estender em sua grandiosidade a todas as esferas do conhecimento, nelas reencontrando seu lugar de outrora.

Roland Barthes concebeu esta obra como um dicionário, expondo suas idéias sob a forma de verbetes referentes ao universo dos apaixonados, dispostos em ordem alfabética. Seu fascinante teor é precedido por um prefácio que, na verdade, é mais um manual que orienta o leitor em sua leitura do livro. Portanto, não é recomendável que se vá direto para o conteúdo desta publicação.

Fragmentos não é um livro para ser lido como qualquer outro. Deve-se estar atento a cada uma de suas passagens, lendo e relendo, destacando o que mais falar à alma de cada leitor. Vale tudo, desde marcar com a caneta as partes mais significativas, até criar à margem das páginas seus próprios comentários sobre o que foi lido. É praticamente impossível empreender a leitura desta obra sem se deixar seduzir por sua essência, sem se apaixonar.

É importante perceber a empatia que cada leitor cria com esta obra. Todas as emoções impressas neste texto cativante despertam uma ou outra vivência íntima, gerando assim um intenso elo entre o ponto de vista do escritor e as experiências existenciais de cada um. Ao percorrer as páginas deste livro, deve-se estar preparado para viver as mais diferentes sensações – chorar, rir, se comover e até mesmo meditar sobre si mesmo, percebendo como as experiências são universais, seguindo muitas vezes um padrão cultural inimaginável.

Roland Barthes é um autor, sociólogo, crítico literário, semiólogo e filósofo francês. Graduado em Letras Clássicas, em 1939, e Gramática e Filosofia, em 1943, na Universidade de Paris, ele integrou o movimento conhecido como Estruturalismo, seguindo as concepções do principal teórico da Lingüística, Ferdinand de Saussure.

Fontes:
http://www.infoescola.com/livros/fragmentos-de-um-discurso-amoroso/
http://www.submarino.com.br/produto/1/209803
http://pt.shvoong.com/books/classic-literature/1877235-fragmentos-um-discurso-amoroso/
http://portal.rpc.com.br/jl/divirtase/conteudo.phtml?id=801406&tit=Gravacoes-de-um-discurso-amoroso&tl=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Roland_Barthes

comentários(0)comente



punksinger 08/05/2009

semiótica no amor
além de amar semiótica, tive momentos bem intensos com este livro: estava vivendo uma fase de prfundo descontentamento com o mundo e um profundo processo de crescimento pessoal, decorrente de uma grave desilusão amorosa. a partir do momento que analisei semioticamente todos os signos correspondentes aos relacionamentos amorosos aprendi a encará-los de uma maneira muito mais tranquila - e madura. nada de auto-ajuda, nada de terapia, muito menos poesia: a semiologia nos faz repensar interpretações que atribuímos às coisas... tudo é imagem. e imagem é contemporaneidade!
Julian Pessoa 21/01/2015minha estante
Tudo é linguagem, palavra, símbolo, signo e imagem.


Ana Maria 29/07/2017minha estante
Acabei de passar pelo mesmo tipo de leitura, e tava me sentindo culpada por encarar Roland Barthes - lá no fundo - como uma terapia secreta.


Nani Oliveira 22/07/2021minha estante
Também tem me auxiliado a encarar uma 'realidade' amorosa com mais maturidade...




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