Lola 24/09/2011Sete Vidas - Mônica e Monique SperandioSabe aquela sensação de que você sabe tudo o que tem que dizer mas não consegue saber por onde começar? Então, vou seguir a lógica e começar do começo. ~ bem original ~
Em primeiro lugar a capa do livro é uma graça, a Editora Underworld cuidou bem dos detalhes, como letras, texturas. Com referência a formatação do texto confesso que não sou a maior fã de letras capitulares rebuscadas, mas isso não vem ao caso.
Comprei o meu em pré-venda, por isso ele veio autografado e com um marcador *-*
Não posso deixar de mencionar que o agradecimento e a dedicatória do livro são um show a parte. Achei bacana os agradecimentos no início, bom saber o que motivou aquela história, quem fez parte dela. E as gêmeas escreveram de forma a dar uma dimensão de quem foi quem na jornada delas. Eu li e reli e achei lindo, verdadeiro, bem pensado. Enfim, particularmente eu amei a forma como as gêmeas colocaram em palavras a gratidão e os ensinamentos que elas tiveram com as pessoas especiais que contribuíram de alguma forma na vida delas e por consequência no ‘nascimento’ do livro.
E com relação à história em o que dizer? Antes de tudo, parabéns por me deixarem atordoada de curiosidade quando terminei a última folha. Precisei me certificar que tinha acabado mesmo.
Aprilynne Hills tem 16 aos e vive no orfanato Joy Lenz, e por mais que às vezes ela passe a impressão de ser uma garota forte e bem resolvida seu grande desejo é descobrir que não foi abandonada lá por ser um estorvo. Ela gostaria de descobrir que sua família teve um real motivo para fazer isso. No orfanato ela enfrenta algumas dificuldades as quais supera através das aventuras com duas amigas, Kaleigh e Claire, que April gosta muito e tem um profundo amor.
Após apostar com Angelique, a garota mais irritante do orfanato, ela e as amigas se veem obrigadas a entrar na floresta esquisita que rodeia o orfanato. E nesse momento a vida de Aprilynne toma um rumo que com certeza ela não esperava. Daí por diante a história que já não era nem de perto monótona ganha um tom de mistério, com envolvimento até de uma deusa egípcia. Ideia essa que por sinal ficou perfeita.
April acaba por descobrir que às vezes as pessoas que detestamos não são tão detestáveis assim, e que às vezes aquelas em que confiamos tornam-se, sem razões realmente justificáveis, incapazes de nos compreender.
É claro que isso vale para pessoas do sexo masculino e que adoravam implicar com April, mas que agora começa a ser vista com outros olhos.
Um fato que notei é que eu senti uma leve mudança no tipo de escrita. Veja bem, o livro é escrito em 1ª pessoa, todavia não é com relação a isso que me refiro, é algo como perceber o texto com um tipo de “personalidade diferente” em algumas partes, como na narração das visões que April tem enquanto cai em sonos profundos. Não sei como é o sistema das autoras, mas às vezes ficava com a impressão de que estava lendo um texto com outra roupagem.
Contudo, isso é apenas uma constatação que não influi em nada na minha análise do contexto em si.
Amores, amizades, lendas antigas, poderes, uma família diferente... Estes são elementos muito bem mesclados que fazem do romance de estreia de Monica e Monique uma leitura bem rápida, cheia de pontas soltas que se atam a medida que a história flui e reviravoltas no mínimo surpreendentes.
Porém eu preciso admitir que como pessoa curiosa ao extremo que sou, senti falta de uma descrição mais aprofundada da cidade onde se passa a história e de alguns lugares que aparecem no decorrer do livro.
Fora isso, meus parabéns para a Editora Underworld pelo capricho na diagramação, e que eu lembre não encontrei nenhum erro passível de reclamação e também as lindas Mônica e Monique Sperandio, meus parabéns. A simpatia de vocês é incrível.
Vocês são uma grande promessa, sigam sempre em frente e continuem se dedicando porque afinal a escrita é algo que se aprimora com o tempo.
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