Resenhas - Nada Me Faltará

Luciana 25/01/2021

Amei a narrativa somente com diálogos. A história te prende e sinceramente o final aberto não me incomodou em nada.

nemlanency 15/07/2020

O final né
Um pouco confuso, achei o estilo interessante. Final em aberto me incomoda no geral, mas nao tira o mérito do livro.

Emanuela C. 30/07/2011

Nada Me Faltará
Li em menos de um dia! Caótico como tudo que o Mutarelli faz. Suave e certeiro, uma bala que entra e sai sem sentir. Sensacional!

Eme Pê 07/06/2021

Gente o final, cadê?
O estranhamento absoluto de um livro apenas com diálogos e sem narração (seja em primeira ou terceira pessoa), apenas os diálogos crus entre os personagens, foi algo incrivelmente prazeroso pra mim, que gosta de poder imaginar sozinha o que cada personagem pensa ou sente. Mas o livro em si conta o mistério do cara que sumiu por um ano com a família e depois ressurge sozinho, sem absolutamente nenhuma lembrança. Vários pontos que eu posso problematizar: como a forma como o psicólogo é desacreditado, como ninguém acredita no cara e a forma que ele é um pé no saco com todo mundo. Mas ao mesmo tempo, todo o mistério do livro, todas as interrogações e as perguntas ? que são deixadas sem resposta, fazem com que a essência do livro seja muito boa mesmo. Mas é como eu disse, não tem final, todos os arcos são mantidos abertos, todas as ponta permanecem soltas e, mesmo que a gente consiga deduzir um pouco, fica aquilo, será que ele tem culpa?? Será que ele realmente esqueceu?? Enfim, esse conto, que tem uma leitura que flui incrivelmente bem e é muito rápida, e parece que acaba na metade, foi uma das melhores leituras de 2021 pra mim. É leve, com fluidez e me deixou intrigada do começo ao fim.

I7bela 21/11/2023

Ler Mutarelli é desgraçamento mental.

E é ótimo.

“Nada me faltará” é um livro formado de apenas diálogos. Não há narrador. Não ha explicação. Não há cenário. Você apenas senta e ouve conversas soltas e tenta formar uma opinião.

É um livro rápido, leitura frenética e de um suspense ímpar. Eu li literalmente em dois dias, mas só porque enrolei.

Imagina você acordar um dia e perceber que desapareceu por um ano e não saber o que aconteceu? Essa é a sinopse. A mulher e filha de Paulo sumiram a um ano também, mas somente ele ressurgiu. Quão perturbador isso seria?

O ponto é que Paulo é um personagem apático, mesmo em meio a revelação que sumiu por um ano, nada parece abalar Paulo e ele por vezes se torna paranóico e indiferente à preocupação dos que lhe cercam.

Não há respostas fáceis.

Mutarelli não entrega de bandeja ao leitor onde deseja chegar. Tudo está dito e muito claro, mas vemos apenas um pequeno trecho do “filme” da história de Paulo. Estamos apenas ouvindo e ouvindo e ouvindo e tirando nossas próprias conclusões e por isso é tão genial. O livro não entrega as emoções, as entonações que cada frase é dita, é um formato que nunca antes vi e foge de tudo que eu poderia considerar que “deveria ser um livro”. Você se sente culpado de estar julgando ou de estar absorvendo Paulo.

O dever do leitor é apenas ouvir cada conversa e chegar sozinho, sem qualquer ajuda, até onde Paulo chegou, nessa ponto exato da sua vida.

Aline221 03/06/2020

Nada me faltará, só um fim.
Não sei o que acontece com isso de final em aberto. O livro em si é muito bom, mesmo. Só que chegar no final e ficar com uma resolução subentendida não agradou. E ainda aparecem coisas esquisitas do outro personagem já nas últimas partes...

krambola 31/05/2021

curou minha ressaca.

eu fiquei levemente entristecida com o fim, mas não por não ter resposta.

me fez pensar e questionar no que achamos tolerável enquanto um pensamento coletivo, e nos motivos o qual julgamos o comportamento do outro como algo aceito, normal, ou tolerável e repudiamos outros mil jeitos de ser.
Ninguém mais se entende de fato, ou se escuta.

De primeira não pensei de forma alguma que ele poderia ter matado as duas, mas acredito que por conhecer o autor, eu pensaria que não seria algo tão óbvio. E também não digo que passei a achar isso, pra mim ficamos com o mistério e com todas as possibilidades que eu criei.

Senti muita empatia pelo personagem principal. Ele simplesmente não lembrava e simplesmente não sentia nada a respeito. Simplesmente assim.

Há várias formas de enxergar a realidade do aqui e agora, e a nossa mente é muito perigosa e misteriosa. Se Ta tufo ok pra ela, o mundo inteiro está errado e você só pode confiar em você mesmo. Ninguém mais entende.

Não importa no fim o que aconteceu, se ele matou ou não matou, se em algum momento ele passou a fingir... No fim o assunto principal se torna a comunicação.

tharcifernandes 12/04/2023

De início eu tava curtindo a história mas depois comecei a ficar com um sentimento de estranheza, não curti muito mas as cenas do paulo com o psicólogo são intrigantes e o final aberto deixa uma coceira de querer saber o que realmente aconteceu.

Abduzindolivros 09/05/2021

Quem é você?
Bora registrar a Minha Experiência com esse livro:

?-25% ? Paulo desapareceu junto com a esposa Luci e a filha Ingrid, e um ano depois, retornou sem mais nem menos para sua vida antiga. Sozinho. Sem se lembrar de nada. A história é contada através de Diálogos, sem travessão, sem descrições, sem nada além dos personagens falando e se você piscar, perdeu, mas dá para entender muito bem. Um baita mistério vai escalonando, cê fica "mas porca Pipa que que deu que esse piá não lembra de nada", e não é só isso: para Paulo, o tempo nem passou. Quando ele começa a fazer terapia, é através da conversa dele com o terapeuta que fui entendendo mais sobre o que ele pensava. É angustiante, os Diálogos são bem construídos, a sessão de terapia ficou muito daora. Lembrei das minhas sessões. Do bate e volta, do acolhimento, da escuta. Lourenço Mutarelli é psicólogo? É um cara terapeutizado? Só pode.
?-50% ? Surgem as suspeitas, que ninguém quer falar. Será que... Bem, será que o Paulo... A esposa, a filha, ele diz que não lembra de nada... Vocês sabem... Enfim. Mas não é isso que me chamou a atenção. O que me pegou, é a irritabilidade do Paulo. É ele sentir que mudaram com ele, e reagir. É a forma como as pessoas conduzem o que está acontecendo, pressionando, passivos-agressivos, bem intencionados querendo ajudar, isso lembra-me muito os piores momentos de crise quando as coisas são estranhas, tudo é estranho, o cansaço é real porém há cobrança para que uma pessoa com um transtorno aja como se não tivesse um, e como se tivesse que seguir um padrão de normalidade que não entende o que tem de diferente da forma como pensa sobre si mesma.
?-75% ? "Você esqueceu como era a voz de quando eu não era eu mesmo. É da voz dele que você deve estar sentindo falta". Eu não sei se é sobre isso, mas é dessa forma que esse livro fala para mim. Quando alguém decide tomar posse de quem sempre foi e parar de ser quem era somente para se encaixar, paga preço, aguenta acusações. É tudo esquisito. Mas é claro que nem tudo é subjetivo. Luci e Ingrid ainda estão desaparecidas. E a hipnose vai dar jeito de descobrir? Eu não acho que funcionaria, e pelo visto, não está funcionando.
?-100% ? Ok. Vislumbres do que pode ter acontecido. Final súbito e aberto. Tô meio puta com o final aberto, porém satisfeita. Acho que não era para ter respostas, mesmo.

Recomendo fortemente.

Nathan Oak 29/03/2020

Fluido, leitura envolvente. O ambiente da estória se revela nas falas das personagens, mesmo sem estas referenciarem onde estão. Não tem narrador, o que torna o texto um pouco fora do "padrão" de novelas ou contos do tipo... Isso torna o texto mais cativante.

Neallen 27/03/2020

Absolutamente fantástico!
"Nada me faltará" se trata de uma novela narrada apenas por diálogos. Só com essa informação já podemos perceber o diferencial deste livro e do autor. Basicamente, o protagonista desaparece junto com sua esposa e sua filha. 1 ano depois do acontecimento, somente ele reaparece e sem lembrar de nada! Polícia investigando, amigos desconfiando e só quem tenta compreende-lo é psicólogo... Ou seja, Mutarelli aborda os limites entre a loucura e a sanidade e também a mistura disso tudo com a vida real. Assemelha-se ao que Machado de Assis abordou também em "O alienista" e tem um "quê" que nos faz lembrar as obras de Rubem Fonseca. Livro incrível demais, favoritado!

Cilmara Lopes 03/05/2020

Será que realmente falta algo?
Você se sente agitado?
Agitado? Nem um pouco. Por quê?
Porque você está balançando o pé sem parar.
É ritmo. Estou com uma música na cabeça.
...
Então me diga o que acha que passa na cabeça das pessoas.
...
Lembra quando você falou que o silêncio diz muito?
Sim.
Então, doutor. Interprete o meu silêncio.
.
Paulo, estava indo viajar com a esposa e a filha de quatro anos, quando de repente acorda no hospital e todos a sua volta estão extremamente preocupados dizendo que ele estava sumido há 1 ano.
Em sua cabeça não passou nenhum instante, apenas um lapso no meio da viagem e estava ali no hospital...


Em um enredo curto e frenético, composto apenas de diálogos, somos envolvidos de forma absurdamente maravilhosa! É instigante e ao mesmo tempo tão sombrio enveredar pela mente humana.
Não esperava menos do grande Mutatelli!

iagofelipeh 09/04/2020

Talvez tenha faltado algo...
Narrativa muito instigante, de um formato nada convencional mas que te prende do início ao fim. Recomendo bastante, é uma leitura rápida, fácil e que trás algumas reflexões à tona. Pinceladas em saúde mental, traumas, as mais diferentes formas de lidar com eles e como as relações humanas podem estar condicionadas.

Entretanto, embora tenha sido escolha do autor um final em aberto, sinto que faltou algo pra legitimar essa intenção de uma forma mais contundente. Foi um anticlimax sim, não necessariamente positivo.

Ianka Rodrigues 11/07/2020

Achei o livro bom e diferente pelo fato da narrativa ser toda em diálogos. Porém fiquei frustrada por não ter uma explicação e acaba deixando a gente criar nossas próprias teorias sobre o que teria acontecido. É um livro rápido de ler

Felipe 01/05/2021

Ainda refletindo sobre tudo isso..
Leitura muito rápida, a estrutura do conto é toda feita de diálogos. Minha primeira obra do autor, gostei da escrita do mesmo. A história em si prende o leitor, porém achei que o final podia ter sido melhor. Aliás, que final?