Tais 10/04/2012
Um livro maravilhoso
Comecei a ler este livro e simplesmente não o consegui largar. Comecei a lê-lo às 22h de domingo e o terminei às 4h da madrugada de segunda-feira. Cada capítulo me fazia querer saber mais e mais.
Bem escrito, em narrativa que vai do passado - iniciando em 16 de Julho de 1942 - ao presente - anos 2000.
Traz dados históricos extremamente interessantes como o triste episódio de 16 de julho de 1942, em que judeus franceses foram encaminhados ao então prédio existente o Vélodrome d'Hiver, passando lá dias, em condições subumanas, episódio este orquestrado pelo Exército Francês - na ocasião o Governo era de Pétain, que havia assinado um armistício com a Alemanha, ou seja, colaborava com o regime nazista.
Ainda nos conta da existência de campos de concentração na própria França, em que crianças separadas brutalmente dos pais e de seuas mães,além de serem elas mesmas maltratadas, eram depois daqueles, enviados ao Campo de Concentração de Auschwitz.
No entanto, os dados históricos apresentados desta forma descritiva, fria, não são o mesmo do que lê-los em um livro com uma narrativa tão interessante e envolvente.
Além disso,como se trata de um livro de ficção, a história se faz presente apenas para justificar a trama, as história de uma criança - Sarah e a outra de uma mulher, jornalista, Júlia, que acabam se cruzando de uma forma inesperada e emocionante.
Cada vez que leio algum livro sobre o Shoah ou sobre a segunda guerra mundial fico com muito mais vontade de ler mais sobre o assunto, de obter informações e dados históricos. Eles não podem ser esquecidos. Nunca serão.
Ainda tenho uma questão: por que os judeus, sempre eles? Mas afinal, o que este povo fez para, desde sempre (aqui referindo-me à época em que eram escravos no Egito, ou mesmo antes, não sei)ser perseguido, especialmente em épocas de crises? Talvez seja esta a minha motivação, a minha curiosidade. Eu simplesmente não entendo!
Agora, estou louca para assistir ao filme.