Resenhas - Contos de Amor Rasgados

@lidcomisso 06/09/2016

Impressões
Um livro de contos nunca é unanimidade. E com esse não foi diferente. Há contos encantadores, seja pelo uso da linguagem, seja pelo enredo. Há contos consumíveis. O realismo fantástico está presente em quase todo o livro, que foi escrito em uma época em que ainda não se podia dizer TUDO o que queria, como se queria dizer. E tem gente querendo que isso volte!?! #sejemenas "Uma casa é como um navio. Quando a gente acaba de pintar de um lado, o outro já está pedindo tinta."

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Carol 01/09/2016

Rapidinhas de amor!
Livro adquirido por módicos R$2,00 nas máquinas de livros do metrô de sp. Quando vi esse livro na vitrine, mal pude acreditar, pois a autora escreveu um dos contos de que mais gosto, chamado "A moça tecelã", que li pela primeira vez no ensino médio. Nunca mais havia lido nada da Marina, foi então a oportunidade. O livro é composto por diversos contos curtos, de até uma página (frente e verso), por isso um título alternativo poderia ser "rapidinhas de amor" =P. Mas creio que o título venha mesmo dessa questão de serem contos rápidos, cuspidos, jogados, rasgados. Todos os contos têm um final que brinca com a realidade, um quê de "eita!", rs. Não são todos contos inesquecíveis, como foi "A moça tecelã" pra mim, mas o ritmo do livro frente à suposta irrealidade surpresa de cada conto faz valer a pena sim! Recomendo!

Mi Hummel 04/01/2015

Recortes dos amores que se rasgam.
" Amava a morte. Mas não era correspondido.
Tomou veneno.Atirou-se de pontes. Aspirou gás. Sempre ela o rejeitava, recusando-lhe o
abraço.
Quando finalmente desistiu da paixão entregando-se à vida, a morte, enciumada, estourou-lhe o coração." ( A paixão da sua Vida)

É difícil qualificar "Contos de Amor Rasgados", dei duas estrelas, mas os contos são o que propõe o título: rasgados. Pedaços de sentimentos. Possivelmente, duas estrelas sejam muito pouco para o que esses fragmentos de sentimentos representam. Mas, vá lá, deixo duas estrelas...As únicas que se arriscaram a morder a isca. Sei que Colasanti é, como descreve seu conto " paciente, enquanto a Lua avançava sem mover ondas, começou a longa espera de que uma estrela viesse a morder o anzol." ( do conto "No mar sem Hipocampos") Acho que, de certa forma, esse conto representa sua entrega...A esperança de que suas metáforas atraiam algumas estrelas ou não...Mas ela não deixa de aproveitar-se do céu que se abre para o seu anzol.

De alguma forma, os contos encontram a alma humana naquilo que ela tem de contraditório...O que ela pede, vê realizado, mas não quer mais. A presença feminina
é bastante explorada nesses contos. Lembra-me muito a Grande Mãe Terra, esvaindo-se,
crescendo, para que a humanidade dela se aproveite e se encha..." (...) Olhando o pálido ventre que em dunas se estendia como um deserto, o homem pensava que em breve também aquela cama não seria suficiente. Teria que transportar a mulher para o ar livre, onde nada tolhesse o seu crescer.
E haveria de chegar o dia da sua maior beatitude, quando, deitado no cume do seio esquerdo, veria o sol se pôr no direito." (Bela como uma paisagem)
Uma alegoria bastante inspirada para a antiga Deusa Mãe, representada exatamente como neste conto...Aliás, há muitas alusões a mulher como uma verdadeira Gaia. Seja deixando que de seus peitos desabrochem flores seja impedindo a saída de seus filhos do ventre.

Gosto da linguagem de Colasanti. Ela não é apenas poética. É forte. Cheia de imagens e cheiros. Contos de Amor Rasgados ainda resgata os contos de fadas. O que me resta dizer se há mais nestes contos do que se pode julgar a aparência??

Opa! Parece que mais uma estrela se insinuou em minha nota...Se persistir assim, aos poucos, colho todas as estrelas do Céu em uma única resenha.

Pandora 12/08/2012

Não sei bem o que dizer deste livro a não ser que eu esperava outra coisa. Gostava de Marina Colasanti de uns textos esparsos que lera há muito, não esperava encontrar tamanha criatividade, mas sei lá... com exceção de um ou dois textos, não me conquistou. Fiquei com uma vontade enorme de que terminasse para que eu pudesse começar outro livro.

Tito 30/08/2010

Múltiplas imagens breves, notáveis em sua delicada estranheza.

Roberta 10/05/2010

Microcontos, uns interessantes, outros nem tanto.

Patrícia 28/08/2009

Vago
Não me identifiquei com o livro. Não gostei da linguagem da autora.