Guilherme Ramos 07/04/2019
O amor a tudo supera quando é verdadeiro!
A estória desse livro é sobre as diversas formas de amar e como o amor realmente supera tudo quando é verdadeiro.
Gilda é uma senhora da high society brasileira, esposa de um empresário milionário (Adalberto). Ela esbanja seu dinheiro com coisas fúteis, salão, roupas, festas e etc, bem como esbanja arrogância por onde passa. Além de ser capitalmente poderosa, é dona de um gênio incrivelmente irritante, egoísta e preconceituosa, vemos nela o exemplo de um espírito inferior, mas, a caminho como todo filho de Deus de sua evolução.
A trama se desenvolve depois de uma tragédia ocorrida com uma das filhas de Gilda, que sofria perseguição por parte da sua mãe por ter se casado com um rapaz de classe média e a partir daí vamos conhecer as outras famílias além da de Gilda no enredo, como é caso da família de Dona Júlia e sua casa super habitada onde se passará a maior parte da estória e onde conheceremos a maior parte dos personagens.
Se Gilda é o exemplo de um espírito endurecido e atrasado em carne, por outro lado temos Helena que toma o foco da estória e passa a ser a nossa protagonista principal, jovem, carinhosa, meiga, doce e espirituosa, Helena é aquele tipo de pessoa que consegue cativar a muitos com seu jeito simples e bondoso de ser, mesmo tendo defeitos, suas qualidades superam em quase tudo, mas, ainda assim e pelo fato de ser uma pessoa tão iluminada sofrerá terríveis perseguições, tanto no plano material e espiritual e o objetivo é apenas um – Separá-la do seu grande amor.
Um tema do livro bastante presente nessa estória é o preconceito racial, as autoras trazem a luz da consciência como é atrasado aquele que possui sentimentos tão baixos como o preconceito e vai esclarecer alguns fatos sob ótica espiritual sobre como é a aura de um irmão ainda atrasado na ignorância que é o racismo e o que ocorre com seus espíritos do lado de lá após o desencarne, há uma passagem no livro que vou destacar no final dessa resenha que achei fantástico sobre como atraímos energias negativas para nós mesmos, mesmo quando é feita uma piadinha de mal gosto, principalmente nesse sentido.
Uma outra personagem que é muito perseguida nessa estória é Érika, simplesmente por amar um homem negro e não ser cega e enxergar nele uma pessoa como qualquer outra, deixando claro que cor de pele não define raça, somos todos da mesma raça, o que há é diversidade étnica. Érika também sofre essa perseguição por ser da alta sociedade e seu amado ser de classe média além de negro, juntos eles unirão forças para combater o preconceito e ser feliz como deve ser.
Outros temas forte que serão abordados no livro é a obsessão espiritual, ao ponto de levar um espírito a ser abortado (aborto espontâneo). Mas, o que mais me cativou nesse romance é como as autoras nos mostram como é bom ter cuidado com as aparências e como acreditar nessa ilusão é perigoso. O livro tem muitos personagens, (muitos até demais), mas, entre eles destaco três que darão lição de vida nesse sentido, e esses três personagens são: Vagner um rapaz aparentemente equilibrado, Suzi uma moça aparentemente descente e bondosa e Karla que embora seja uma menina boa e muito cativante é outra iludida pelo sucesso no mundo da moda.
Por fim concluo da forma que comecei, esse livro trás verdades de uma sociedade ainda em evolução moral, mas, sua mensagem principal é como o amor verdadeiro tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta, como escrito na primeira cara a Coríntios, no capítulo 13 versículo 7. Agora deixo com vocês a passagem do livro que comentei lá em cima que muito me fez refletir para finalizar essa resenha:
"Mesmo não sendo racista, aquele que cultiva o hábito ou difunde a diversão por meio de ditos engraçados, como tais piadas, atrai para si uma gama muito grande de miasmas inferiores, de vibrações malévolas, além de espíritos desencarnados maldosos, irresponsáveis, brincalhões e vis, e haverá de prestar contas a sua própria consciência por tudo o que fez e divulgou como ofensa a outro irmão, tão filho de Deus quanto ele próprio."