1984

1984 George Orwell




Resenhas - 19·84


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Lili Machado 28/09/2012

No livro, Orwell mostra como uma sociedade é capaz de reprimir qualquer um que se opuser a ela.
1984 é um romance clássico do autor inglês Eric Arthur Blair, mais conhecido pelo pseudônimo de George Orwell, que retrata o cotidiano de um regime político totalitário e repressivo.
No livro, Orwell mostra como uma sociedade é capaz de reprimir qualquer um que se opuser a ela.
A estória narrada é a de Winston Smith, um homem com uma vida aparentemente insignificante, funcionário do Ministério da Verdade da Oceania, que recebe a tarefa de perpetuar a propaganda do regime através da falsificação de documentos públicos e da literatura a fim de que o governo sempre esteja correto no que faz.
Smith fica cada vez mais desiludido com sua existência miserável e assim começa uma rebelião contra o sistema, levado pelo amor a Júlia, e incentivado por O´Brien, um membro do Partido Interno com quem Winston simpatiza.
A trama se passa na Inglaterra sob o regime totalitário do Grande Irmão (Big Brother) e sua ideologia IngSoc (socialismo inglês).
O Partido é o grupo que se mantém no poder através de métodos semelhantes aos nazistas, comunistas ou fascistas, entretanto, de forma explícita. O objetivo do partido não é nada menos do que o poder. O Partido é marcado pela onipresença do Grande Irmão, que ao país governa e a todos vigia.
“Guerra é paz, liberdade é escravidão, ignorância é força”. – lema do Partido
Diariamente, os cidadãos devem parar o trabalho por dois minutos e se dedicar a atacar histericamente o traidor foragido Emmanuel Goldstein e, em seguida, adorar a figura do Grande Irmão.
Smith não tem muita memória de sua infância ou dos anos anteriores à mudança política e, ironicamente, trabalha no serviço de retificação de notícias já publicadas, publicando versões retroativas de edições históricas do jornal The Times.
Estranhamente, ele começa a interessar-se pela sua colega de trabalho Julia, num ambiente em que sexo, senão para procriação, é considerado crime.
O Estado controlava o pensamento dos cidadãos, entre muitos outros meios, pela manipulação da língua. Os especialistas do Ministério da Verdade criaram a Novilíngua, uma língua ainda em construção, que quando estivesse finalmente completa impediria a expressão de qualquer opinião contrária ao regime.
Outra palavra da Novilíngua era Teletela, nome dado a um dispositivo através do qual o Estado vigiava cada cidadão. A Teletela era como que um televisor bidirecional, isto é, que permitia tanto ver quanto ser visto. Nele, o "papel de parede" (ou seja, quando nenhum programa estava sendo exibido) era a figura inanimada do líder máximo, o Grande Irmão.
1984 se tornou famoso por seu retrato da fiscalização e controle de um determinado governo na vida dos cidadãos, além da crescente invasão sobre os direitos do indivíduo. Também virou sinônimo para a perda de privacidade pessoal para a política de segurança nacional de um determinado Estado.
A frase Big Brother is Watching You ("O Grande Irmão está te observando") conota especificamente a vigilância invasiva frequente.
Desde sua publicação, muitos de seus termos e conceitos, como "Big Brother" e "Novilíngua" entraram no uso popular. No romance, o "Ministério da Paz" lida com a guerra e o "Ministério do Amor" tortura as pessoas.
Orwell escreveu grande parte de 1984, na Escócia, enquanto sofria de um quadro crítico de tuberculose.
Apesar de ter sido banido e questionado em alguns países, o romance é, ao lado de Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley (resenha no blog: http://scifinowlilimachado.wordpress.com/2012/06/30/admiravel-mundo-novo-brave-new-world-aldous-huxley/), uma das mais famosas representações literárias de uma sociedade distópica.
De fato, Mil Novecentos e Oitenta e Quatro é uma metáfora sobre o poder e as sociedades modernas.
Stalin, também Hitler e Churchill foram algumas das figuras que inspiraram Orwell a escrever o romance.
No livro, Orwell expõe uma teoria da Guerra. Segundo ele, o objetivo da guerra não é vencer o inimigo nem lutar por uma causa. O objetivo da guerra é manter o poder das classes altas, limitando o acesso à educação, à cultura e aos bens materiais das classes baixas. A guerra serve para destruir os bens materiais produzidos pelos pobres e para impedir que eles acumulem cultura e riqueza e se tornem uma ameaça aos poderosos.

Personagens:
• Winston Smith - protagonista do romance, um homem comum.
• Júlia - Amante de Winston, uma rebelde que elogia as doutrinas, e é militante do Partido, enquanto vive secretamente em contradição com elas.
• O'Brien - Um agente do governo que engana Winston e Julia fazendo-os acreditar que ele é um membro da resistência, e convencendo-os a aderir a esta, e depois usa isso contra eles para torturá-los. Ele convence-os de que eles não devem apenas obedecer, mas amar o Big Brother. O'Brien pode ser visto como principal antagonista da novela.
• Big Brother - Winston Smith aponta que ele nunca foi visto, nem ninguém se lembra de ver o Big Brother, e sugere que ele pode não existir. Sua imagem está em toda parte, principalmente nos cartazes onipresentes que advertem: "Big Brother is Watching You".
• Emmanuel Goldstein - Um ex-membro e agora opositor do partido. Assim como o Big Brother, Goldstein, se alguma vez foi real, está provavelmente morto, ambos podem ter sido criados para fins de propaganda.
Os Ministérios são as principais representações do Partido, e encarregados, cada um, de manter a harmonia da ideologia:
• Ministério da Verdade - É responsável pela falsificação de documentos e literatura que possam servir de referência ao passado, de forma que ele sempre condiga com o que o Partido diz ser verdade atualmente. Seguindo essa lógica, o Partido é infalível, pois nunca errou.
• Ministério da Paz - É responsável pela Guerra. Mantendo a Guerra contra os inimigos da Oceânia, no caso Lestásia ou Eurásia. A Guerra no contexto do livro é usada de forma permanente para manutenção dos ânimos da população num ponto ideal. Uma forma de domínio também.
• Ministério da Fartura - É responsável pela fome. Em termos práticos, a economia da Oceânia é responsabilidade deste. Divulgando seus boletins de produção exagerados fazendo toda a população achar que o país vai muito bem. Entretanto, seus números faraônicos de nada adiantam para o bem-estar da camada mais baixa da população de Oceânia.
• Ministério do Amor - É responsável pela espionagem e controle da população. O Minstério do Amor lida com quem se vira contra o Partido, julgando, torturando e fazendo constantes lavagens cerebrais. Para o Ministério, não basta eliminar a oposição, é preciso convertê-la. O prédio onde está localizado é uma verdadeira fortaleza, sem janelas. Seus "habitantes" não tem a menor noção de tempo e espaço, sendo este mais um instrumento do ingsoc para a lavagem cerebral dos dissidentes do regime.
No livro, a sociedade se divide em 3 classes: Alta - Grande Irmão e Partido Interno (2%); Média - Partido Externo (13%); e Baixa - Proles (85%).
No livro as nações se dividem em três grandes potências:
• Oceania - o maior dos impérios, governa toda a Oceania, América, Islândia, Reino Unido Irlanda e grande parte do sul da África.
• Eurásia - o segundo maior império, governa toda a Europa (exceto Islândia, Reino Unido e Irlanda), quase toda a Rússia e pequena parte do resto da Ásia.
• Lestásia - o menor império, governa países orientais como China, Japão, Coreia, parte da Índia e algumas nações vizinhas.
• Outros terrítórios, como o norte da África, o centro e o Sudeste da Ásia e a Antártica permaecem em disputa.
O livro foi adaptado para o cinema duas vezes. A primeira adaptação foi realizada por Michael Anderson em 1956. A segunda adaptação foi feita por Michael Radford no próprio ano de 1984, trazendo John Hurt no papel principal, Suzanna Hamilton como Júlia, e Richard Burton, em seu último papel no cinema, como O'Brien.
O reality show Big Brother, desenvolvido pelo holandês John de Mol, é uma referência ao personagem do Grande Irmão de 1984.
O autor de ficção científica David Brin costuma dizer que o grande mérito da ficção científica não é prever o futuro, mas pintar um futuro tão horrível que as pessoas vão lutar para que ele não aconteça.
Neste sentido, 1984 é talvez o livro mais importante do século, porque, a qualquer sinal de tirania, a sociedade lembra do livro e luta para impedi-la.
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Lala 07/12/2013

Muito mais que Big Brother
“Se você quer uma imagem do futuro, imagine uma bota prensando um rosto humano para sempre.” Essa frase está em “1984” e pode muito bem resumir o livro inteiro.

Continua...

site: http://www.neonkiss.com.br/1984-muito-mais-que-big-brother/
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