Nefertiti

Nefertiti Michelle Moran




Resenhas - Nefertiti


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mara sop 26/06/2021

E a bela chegou
Através dos olhos de Mutnodjemet, irmã mais nova de Nefertiti, conseguimos acompanhar toda a trajetória de uma das rainhas mais belas e famosas da história.

Apesar de amar a irmã, Mutni acaba nos mostrando uma Nefertiti adolescente bastante deslumbrada, mimada, egoísta e até meio mesquinha, sempre de picuinha com Kiya, primeira esposa de Akhenaton.

A família das duas já tinha como tradição, casar uma de suas filhas com faraós. Primeiro Mutemuyia, uma esposa menor de Tutmés IV, que se eleva socialmente ao dar ao faraó, o filho que herdaria seu trono. A segunda foi Tiye, grande esposa real de Amenhotep III, uma mulher que tinha grande poder e influência política, que deu à luz aos herdeiros do marido, primeiro o príncipe Tutmés, segundo Akhenaton. E é para esse último que Tiye escolhe em sua família, uma jovem para ser a esposa principal do filho bastante instável e com delírios de grandeza. A escolhida é Nefertiti, filha de Ay e sobrinha de Tiye, mas a jovem, na tentativa de ser a esposa favorita do faraó, acaba sendo uma decepção total para a tia, dando força pra todas as maluquices de Akhenaton, que além de instável, era bastante genioso, persecutório e cruel.

E é esse lado cruel de Akhenaton e o deslumbramento de Nefertiti, que foi o que mais amei no livro. Estou bem cansada que retraterem Akhenaton como um homem iluminado, enviado de Deus e blablablá wiskhas sachê, quando o perfil histórico dele mostra uma pessoa totalmente diferente desse mito que se formou ao redor de seu nome. Ver um Akhenaton e uma Nefertiti humanos, cheios de defeitos, cometendo muitos erros, trouxe veracidade a esse casal tão polêmico.

A disputa pela atenção e amor do faraó entre Nefertiti e Kiya é algo totalmente cabível não só ao papel delas, mas como também à idade delas. Afinal Nefertiti casa-se com Akhenaton com 16 anos, e Kiya tinha mais ou menos a idade dela. E isso também deixou a história do livro bastante real pra mim.

Sobre Mutni, não há como não se revoltar com as intrigas que a irmã a acaba envolvendo, ou com a falta de perspectiva de um futuro por estar nas mãos do faraó, já que agora ela fazia parte da família real. E ela é apenas uma adolescente simples, que só almeja ter um jardim para cuidar de suas ervas vivendo uma vida tranquila, sonhando com um amor tranquilo. 

Após a leitura fica no ar a dúvida de se Nefertiti teria sido uma vilã ou não... Particularmente, eu acredito que não, pra mim ela é uma anti-heroína, já que a visão que temos dela é a de Mutni, uma irmã magoada com as atitudes (ou a falta delas) que a impediam de ser feliz. Quem nunca falou mal da irmã quando estava magoada com ela, não é mesmo?

A parte histórica em si, é meio corrida, afinal, era preciso condensar os 17 anos de reinado de Akhenaton em pouco mais que 400 páginas sem deixar o livro monótono, mas nisso a autora conseguiu fazer com maestria, o único problema foi a falta de linearidade de tempo e das idades dos personagens ao longo do livro, que não batiam com a cronologia da própria história do livro. Mas isso é um detalhe que poucas pessoas pegam ou se preocupam, coisa de gente mais crica como eu, rsrs

Preciso frisar que Nefertiti é um dos meus favoritos da vida? Acho que não.
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Thaís 25/06/2010

Adoro história, a da antiguidade clássica mais ainda. Ler um romance que tem fatos reais e outros especulação foi maravilhoso.

O livro te transporta para o período do narrado no livro, você sente o anseio de Nefertiti por não dar um filho homem a Amenófis/Akhenaton, se revolta com o egoísmo de Nefertiti que não pensa em momento algum na irmã que sempre tem de colocá-la em primeiro lugar.


Mutni é uma personagem apaixonante, ela narra sua história e nos leva a um dos períodos que marcaram o Egito. A peste que assolou o Egito, que eles entenderam como sendo um castigo de Amon por ter sido esquecido e ter seus templos destruídos para que se adorassem Aton.

Coloquem esse livro na lista de futuras leituras se ainda não colocaram, ele te envolve e você lê todas as suas 413 páginas em dois dias, porque você não consegue largá-lo.
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Sandra 16/03/2014

Se vc aprecia histórias sobre o egito e romances, não deixe de ler
A autora escreve muito bem e nos transporta para o tempo dos faraós. Tão interessante conhecer os costumes da época como o funcionamento de um templo. Isso mais as intrigas que cercavam os governantes da época fazem deste livro uma obra apaixonante, que a gente não quer parar de ler, mas que fica com pena de acabar.
Phelipe Guilherme Maciel 27/01/2017minha estante
Quero muito conhecer mais a história do Egito, especificamente sobre os Faraós Negros, que infelizmente possui muito pouco conteúdo, apesar de ser um assunto que dá para tirar muito assunto... Agora, vi que isso é um romance e não um livro histórico. Vou buscar na biblioteca para ler




novais 03/01/2021

leiam!!!
um livro pouco conhecido mas que deveria ter bastante reconhecimento.
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L. Derenievicz 01/02/2012

O reinado do Faraó Maldito afetou não somente uma nação, como também a família que acabou se tornando o foco principal dessa mudança.
Mutnodjet se vê diante de um dilema: viver sua vida em função da sua irmã Nefertiti, agora endeusada, presa aos desejos do marido Akhenaton, ou tentar viver a própria vida, longe da corte em Amarna.

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sagonTHX 09/12/2012

Akhenaton e Nefertiti, deuses ou megalomaníacos?
Peguei esse livro por dois motivos. Primeiro, por ser romance histórico; segundo, por retratar a civilização egípcia.

A narrativa de Michelle Moran é cativante desde a primeira página. Ela escreve muitíssimo bem. Nos apresenta as personagens como se elas estivessem vivas. As descrições de cena, os diálogos, a dramaticidade e a tensão decorrente das fofocas e intrigas palacianas, bem como o cotidiano da família real e os costumes egípcios, aqui são retratos com fidelidade. Religião, misticismo, paixão, lealdade, amizade, amor e idealismo se fundem com ganância, ódio, mentiras, ambição, egocentrismo e loucura. A alma humana lapidada até o âmago da sua realidade.

Michelle nos apresenta um Akhenaton despeitado, desprezado pelo pai, repudiado pelos deuses, ridicularizado pelos sacerdotes de amom. Seu objetivo, ao tornar-se faraó, é banir para sempre tudo o que o panteão religioso do Egito representou até agora e transformar o faraó no único representante de um único deus na terra. Mesmo que para isso ele tenha que desafiar os pais, o exército, o povo e os poderosos sacerdotes. Em sua empreitada para elevar Aton a supremacia de único deus sobre o Egito, Akhenaton irá contar com o apoio e a popularidade de Nefertiti junto ao ponvo. Mulher belíssima, Nefertiti será mão esquerda de Akhenaton e a mão direita do Egito. Uma rainha tão brilhante e ardilosa que nunca se viu igual em toda a história do Egito; e só seria igualada, ou suplantada, por uma outra, chamada Cleóprata, séculos mais tarde.

A história é cativante porque de fato aconteceu. Michelle Moran fez uma extensa pesquisa acadêmica, com dados atualizados, para compor seu romance. E eu creio que ela chegou o mais próximo possível da realidade. Algum tempo atrás eu assisti a um documentário no Discovery Channel que contava sobre a vida de Akhenaton e Nefertiti, e fiquei deveras impressionado com o que o casal conseguiu fazer em uma época tão antiga. É difícil dizer se eles eram de fato deuses ou se eram loucos. Porém, uma coisa é certa, bem antes de Moisés, Jesus ou Maomé, Akhenaton foi o precursor da crença em um único deus. Aton, o sol, o único governante nos céus do mundo. O doador de vida; o provedor de bençãos sobre a terra.

Vale a pena conhecer essa história e descobrir as razões que levaram Akhenaton a eleger Aton como seu único deus.

Na minha opinião, Akhenaton foi um visionário que estava muito aquém da sua época. Como aconteceu com Moisés, Jesus e Maomé. Suas ideias e seus desejos só eram compreendidos por Nefertiti. E se emendarmos com o pensamento de Moran, foi ela o verdadeiro arcabouço por trás de Akhenaton e seu culto à Aton.







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