Cidade da Penumbra

Cidade da Penumbra Lolita Pille




Resenhas - Cidade da Penumbra


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Marezinha 24/08/2011

Eu não vou dizer aqui que amei o livro.
Achei a leitura chata, cansativa, detalhista demais. Lolita Pille não é uma escritora. Lolita Pille é um ser humano.
Eu gostei do livro, não por ele, mas pela autora. Por mais que ela não passe de uma grande personagem, eu me encantei com as questões dela. São as mesmas que as minhas.

A leitura foi longa, levei meses para terminar. Parei faltando três capítulos para ler Harry Potter e voltei 2 meses depois, após ter lido os 7. Conclusão? Esqueci boa parte da história, mas não tive força de vontade para regressar.

Ainda com meus déficits, eu recomendo esse livro. Não estamos aqui para ler livros perfeitos, não estamos aqui para amar todo mundo e sermos felizes em um mundinho cor de rosa que não existe. Estamos aqui para pensar. Esse é o grande convite de Lolita. Pense, seu imbecil. Pense.

Partindo da perigosa vigilância Big Brother, Lolita nos prende e nos sufoca. Em alguns momentos eu quis jogar o livro pela janela por tanto nojo. Nojo da realidade, da verdade, mesma que sendo expressada de forma fictícia.
Dói na alma virar páginas e páginas e concluir que aquilo é o ser humano. Eu faria igual. Você faria igual.
Claramente ela nos presenteia com goles de verdades ocultas, que alguns sabem que existe, mas poucos querem enxergar. Uma porrada na cara, um soco no estômago. Nos presenteia com uma incrível homenagem à George Orwell.
Ela abre nossos olhos e nos angustia. Mas não necessariamente estamos aqui para sermos felizes. E eu realmente acredito que as pessoas que pegarem esse livro, que se interessarem pela sinopse, comprarem, elas tem essa sede.
Literatura não é só divertimento. Mas quem acha que é, certamente não chega a esse livro. Como não chega a Orwell ou a Huxley.
André 01/12/2012minha estante
é melhor ler 1984 ou Admirável Mundo Novo vc se encanta com as questões deles muito mais, além de ser forçada a pensar sobre algumas coisas as vezes muito preocupantes e q você nunca tinha dado bola, Cidade da Penumbra é um mais do mesmo ruim


Bianca S. 28/06/2014minha estante
André, eu francamente discordo com você. a leitura de 1984 ou Admirável Mundo Novo é essencial, claro, mas Cidade da Penumbra foi inspirado por ambos, e mais outros livros, como é citado na aba da parte traseira do livro. as questões de ambos os livros são encantadoras. as visões de mundo são parecidas, mas não idênticas. também recomendo o filme Sin City, que me lembrou em alguns pontos Cidade Da Penumbra




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Lu 10/04/2011


Já faz mais ou menos uma semana que eu venho brigando com o Cidade da Penumbra, um livro que parte de uma premissa até bastante interessante e que, segundo os outros colegas de skoob, tem como referências o filme Minority Report e o clássico 1984.

Eu li "Gravidade" há uns meses atrás e achei que seria legal ler mais alguma coisa de ficção científica, um gênero no qual eu raramente me aventuro. Mas eu não gostei da narrativa da Lolita Pille. Seu retrato do futuro é interessante e tal, mas muito cansativa. Talvez a ideia seja essa, já que o universo criado por ela é um lugar estressante e claustrofóbico. Depois de duas ou três páginas, eu perdia o fio da meada e deixava o livro de lado.

O personagem principal não é ruim, mas ainda não disse muito a que veio. Assim como a narrativa do Nicholas Sparks, Lolita deixa muito pouco espaço para que o personagem se movimente sozinho. Eu não gosto de autores assim porque a leitura perde fluidez.

Resolvi, então, seguir o conselho de uma amiga e largar o livro. Eu estava hesitando, porque ganhei o livro num sorteio. Mas, no fundo, ela tem razão. Eu tenho uma lista gigantesca de livros pra ler. Sei que não terei tempo para ler todos. Acho melhor, portanto, fazer um uso inteligente do meu tempo e descartar os livros que simplesmente não me agradam. E eu não gostei do que li em A Cidade da Penumbra.

Não recomendo.
Desi Gusson 08/09/2011minha estante
Putz, é um livro que me deixou reticente pra ler, agora então...
Gostei da resenha!




Karol 28/09/2011

Quero ser 1984.
Em Cidade da Penumbra, Lolita Pille conta a história de Syd, policial em uma cidade que há décadas não vê a luz do sol e é uma evolução ruim do nosso mundo de hoje. É uma ficção científica descaradamente baseada em 1984, do George Orwell, só que mais atual. Eu li algumas pessoas por aí dizendo que é a evolução provável do mundo de hoje, que estamos todos perdidos e blá, blá, blá, blá. Acho difícil. A tal cidade da penumbra, Clair-Monde, é um antro de tudo o que não presta: pedofilia, publicidade exagerada, prostituição, busca desenfreada pela perfeição estética, vigilância constante, drogas, drogas, drogas… Essas coisas. Sinceramente, o nosso mundo pode estar muito ruim, mas não imagino uma situação dessas, afinal, sou uma pessoa otimista. A tendência é melhorar.

Voltando… Nessa cidade o protagonista Syd é um policial do Sistema de Proteção contra Si Mesmo (SPSM) que, em tese, deve impedir as pessoas de cometer suicídio – o que é muito comum em Clair-Monde. Nós começamos a acompanhar sua história exatamente no ponto em que ele não consegue impedir o suicídio de um obeso, raridade no local. A partir daí, ele passa a percorrer a cidade em uma busca desenfreada por… bom, pra mim é aí que começa de verdade o problema do livro.

Cidade da Penumbra é um livro, no mínimo, complicado. Complicado porque, na minha humilde opinião, ele sai do nada pra chegar a lugar nenhum. Não me entendam mal, o livro tem um plano de fundo muito bom. Como eu já citei acima, é uma bela crítica à sociedade consumista atual e à ditadura da beleza. Mas tem muitas coisas no livro que não fazem sentido. Eu estou até agora me perguntando o que diabos o Syd estava investigando, pois simplesmente não fica claro. Ele fica o livro todo praticamente em claro buscando sabe-se Deus o que, e sabe-se Deus por qual motivo. Ok, eu entendi que ele está revoltado com o mundo “plástico” em que vive mas ele não quer derrubar o governo ou arregimentar a população para uma revolta. Ou melhor, eu acho que não, porque, definitivamente, não ficou claro.

No início achei que ele investigaria a morte do cara obeso. Depois achei que ele investigaria a vida do Shadow Smith – amigo antigo que ele não vê há anos. Depois achei que o verdadeiro objetivo fosse ele encontrar o amor nos braços de Blue. Depois… Deu pra entender a viagem, né?

A história é tão vaga que me restou apenas ficar revoltada com a descrição da sociedade. Há pontos chaves como a questão dos Labos, a venda de crianças e a confissão obrigatória, que são absolutamente chocantes. Os Labos são laboratórios de testes estéticos com cobaias humanas, quase sempre crianças que são vendidas pelas famílias em troca de grandes quantias em dinheiro. Lá eles testam todos os tipos de técnicas estéticas, criando seres humanos “perfeitos”, mas, como em toda pesquisa, algumas coisas podem dar errado e resultados terríveis são narrados no livro.

A confissão obrigatória é uma ferramenta de publicidade. Obriga as pessoas a se confessarem todos os dias por, no mínimo, onze minutos, de maneira que as grandes empresas ficam conhecendo todos os seus anseios, sendo mais fácil fazer uma publicidade direcionada. E tem também o rastreador, uma espécie de celular que serve como telefone, GPS, cupido, câmera, filmadora, mp3, computador e… ok, é quase um celular como os que temos hoje. Sinais do Apocalipse.

Enfim, quem gosta de Ficção Científica – e é mais inteligente que eu – provavelmente vai adorar o livro. Eu mesma gostei, mas acho que faltou enredo. É como um filme cheio de efeitos especiais maravilhosos, mas sem um roteiro consistente. Mas foi apenas a minha primeira leitura. Vai que, quando eu resolver lê-lo novamente, descubra a genialidade por trás da história de Lolita Pille.
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Celeste 14/07/2014

Ainda bem que não criei muitas expectativas nesse livro.
Esse é o pior livro que eu já li na minha vida.
A narrativa é confusa e não empolga,os personagens não são cativantes,só não abandonei a leitura porque eu comprei esse livro,acabei me interessando em comprar por causa do preço (R$4,00)e a referência que faz aos livros 1984 de George Orwell e Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley,era pra eu ter desconfiado que ia ser uma leitura maçante pelo preço.
Vi em resenhas sobre a autora que esse livro era o melhor dos 3 que ela escreveu,se isso é o melhor que ela pode oferecer não quero nem saber dos livros anteriores dela.
Nunca senti tanta raiva ao ler um livro,ler duas páginas desse livro era um esforço enorme pra mim.
Espumei de ódio a leitura toda,o único momento que eu pensei que valeu a pena mesmo foi a reta final (as 10 últimas páginas se não me engano).
Enfim...estou louca pra me livrar desse livro.
Acho que eu queimaria esse livro com a maior satisfação.
Ksatch 25/11/2015minha estante
Concordo plenamente!! Esse livro eh um verdadeiro lixo, personagens horríveis, tudo muito confuso, irritante e extremamente chato.
Abandonei faltando 1/3 do livro. Não serve nem como peso de papel.


Elania 02/08/2017minha estante
Esse livro é o pior dela!




210writes 25/10/2021

acho que esse livro é uma experiência. ele oscila DEMAIS entre partes incríveis e sensacionais e maçantes cansativas desnecessárias e ruins. tem horas que estamos de verdade numa penumbra e somos obrigados a entender por nós mesmos as coisas. achei ele bem pesado, nunca uma leitura mexeu tanto comigo nessas questões quanto nesse. o universo criado nele tinha MUITO potencial que ela não soube aproveitar, personagens que poderiam ter sido mais trabalhados e uma história coesa, porque a impressão que eu tive foi a de ler uma história sem começo meio e fim em alguns momentos. esquisito
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Poliana 21/03/2021

Poderia se melhor
Um livro que tinha tudo para ser maravilhoso, mas a autora focou em mostrar outra coisa.
A autora criou um mundo no qual a pessoa tem direito a beleza e a juventude e no início do livro ao invés de focar nisso ela vai falar sobre a parte policial que poderia muito bem inverter e ficaria maravilhoso, ou se ela tivesse colocado ele bem sutil no início e depois aprofundando teria levado 5 estrelas, porém por esse motivo e por uma escrita muito arrastada coloquei ele com 3 estrelas, pensei seriamente em deixar com 2,5, porém o final ficou interessante até uma parte.
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Jaqueline 05/03/2011


“Cidade da Penumbra” (“Crépuscule Ville”, no original) é o mais recente romance de Lolita Pille, que chegou ao Brasil em dezembro pela editora Intrínseca. Apesar do choque inicial com uma história de ficção científica assinada pela autora francesa que ficou famosa com “Hell”, um relato existencialista da juventude endinheirada de 16ºeme francês, foi possível perceber em “Cidade da Penumbra” a mesma crítica ácida ao consumismo desenfreado, a busca incessante pela felicidade e pela ditadura da beleza, três pilares da cultura ocidental contemporânea.

Clair-Monde, cidade onde a história se desenrola, em pouco deixa de se assemelhar as grandes metrópoles de hoje. Em certas passagens, como na descrição da torre de luz da cidade, pude facilmente imaginar uma Paris decadente, onde o sol não brilha mais. Neste futuro tempestuoso, temos a Terra afligida por uma poeira que cobre tudo, deixando o planeta na mais pura escuridão. Um mundo de anúncios, luminosos e cartazes iluminam Clair-Monde, recheando os pensamentos das pessoas com promessas de juventude e prazer. Cirurgias plásticas são tão cotidianas quanto compras em um shopping center, contando até mesmo com um Ministério da Aparência. Um sistema de afinidade calcula imediatamente sua compatibilidade sexual com as pessoas ao seu redor. Em uma definição, presente no livro, “se trepa e cheira adoidado” - tudo de forma regulamentada.

A hiperdemocracia é o sistema que satisfaz todos os desejos humanos: liberdade, beleza, riqueza, diversão sem limites. Drogas, prostituição...tudo é liberado e aos montes. “A felicidade é a realidade”, diz o slogan da grande companhia Clair, que regula o mundo com sua inteligência “artificial” e onisciente. No entanto, o suicídio de Colin Parker, um obeso em depressão, coloca em xeque a organização burocrática deste sistema, pelo menos aos olhos de Syd Paradine, policial que trabalha no SPSM (Serviço de Proteção contra Si Mesmo). Esse órgão, assim como tantos outros (Narcóticos, Clandestinos, Preventiva-Homicídios), atua na prevenção de crimes graças à regulação dos Rastreadores, espécie de telefone celular que funciona como cartão de banco, documento de identidade, armazenador de dados, previsor de acidentes em estradas e confessionário. Todos os moradores da cidade possuem um Rastreador e são obrigados a gravar sua confissão diariamente durante 11 minutos. Enquanto lia o livro, a notícia de que o Vaticano havia criado um aplicativo para iPhone que permitia a confissão das pessoas via telefone celular me deixou de cabelos em pé! O mundo virtual também ganha destaque no livro, com perfis que funcionam como cartões de visita de uma pessoa para a outra exatamente como fazemos nos Facebooks e Orkuts do nosso cotidiano. Porém, a ligação entre esse mundo abstrato e a materialidade é muito mais estreita: tornar-se um falido virtual implica necessariamente na sua prisão real por roubo ou fraude.

Após a morte do recluso obeso e dos mistérios que envolvem a morte da Estrela Lila Schüller, Syd passa a desconfiar que diversos casos sejam manipulados para encobrir grandes esquemas de corrupção dentro do SPSM, e é neste clima de investigação do cinema noir que a trama se desenvolve. Seu comportamento rebelde logo faz com que ele passe se torne alvo do SPI (Serviço de Proteção da Informação), e seu encontro com Blue Smith, irmã de um ex-colega da época da Guerra Narcótica (conflito ocasionado pela popularização das drogas pesadas entre os jovens na década de 2020 – alô, futuro próximo!) apenas movimenta a trama deste policial divorciado, alcoólatra e com pinta de canalha, mas dono de uma lucidez chocante, que o faz enxergar além das aparências que dominam Clair-Monde e começam a ruir.

A grande sacada de Lolita Pille foi o deslocamento destas confissões individuais para a vida social, transformando a aparência individualidade em uma regulamentação alienante, que sob o disfarce de oferecer segurança e ampla liberdade à população, exerce o controle infalível de todos os aspectos da vida de uma pessoa. A Grande Central, com todos os requintes do Big Brother de George Orwell, coleta todas essas informações, procedimento que transformarou o modo de vida, as relações afetivas e até mesmo a política neste futuro mais do que possível.

Para quem conhece a obra da jovem autora, o livro “Bubble Gum” já apresentava alguns traços dessa sociedade de controle que regula uma massa alienada. A crítica ao consumismo, à idolatria e a obsessão pela aparência e pelo sucesso sempre estiveram presentes em suas obras, mas não com toques futuristas e tantas influências de cacife. No entanto, não chamaria o livro de genial justamente pelo tema: após tantos e tantos anos, acredito que o tema de um futuro de humanidade alienada e consumida pelos seus maiores regulada pela tecnologia esteja mais do que batido. Se há um ponto interessante neste livro é justamente a reflexão que engendra, mas nada que “1984” e “Admirável Mundo Novo” não tenham feito antes. De qualquer modo, é um livro surpreendente para o calibre de Lolita Pille, de quem não esperava nada além da narração de seu cotidiano como a “putinha” parisiense que pessoalmente adoro.


>> Resenha previamente publicada em www.up-brasil.com
Marezinha 20/03/2011minha estante
Concordo. Comprei esse livro recentemente, ainda nem chegou. Mas estás certa! George Orwell em 1984 foi genial por "prever" uma sociedade em anos tão distantes dos atuais, enquanto quem escreve de hoje criticando o hoje e prevendo um futuro ainda mais assustador, está somente se olhando no espelho!

Mal posso esperar para ler esse livro!




Diná 28/09/2014

Cidade da Penumbra
Li esse livro em um período em que estava viciada em ler ficções científicas sobre futuros apocalípticos (ou pós apocalípticos). Nessa época li Fahrenheit 451, Admirável Mundo Novo e só não li 1984 porque me acabou o tempo e a paciência; esse livro acabou me surgindo nas mãos nesse período, quando vi as aquisições mais recentes da biblioteca municipal.
A autora é acusada sempre de ser muito rasa, criar personagens pouco profundas e viver mais de frases de efeito e cenas chocantes que de conteúdo mesmo. Mas curti Cidade da Penumbra por esses fatores, talvez se ela super trabalhasse as personagens a narrativa ficasse "pesada" demais (mesmo com essas críticas levei um bom tempo para lê-lo, e o livro não é grosso).
Não sei se posso dizer que Cidade é uma ficção científica, mas acredito é uma ficção social. Isso porque seu futuro sombrio (literalmente!) não se diferencia do nosso apenas pela tecnologia, mas principalmente por seu comportamento, valores e moral; ela é uma expansão da realidade atual - com sua busca por beleza, fama, status e prazer pessoal.
No período narrado pela autora, a Terra está recoberta de uma poeira de poluição tão grande que encobre o Sol e, devido as novas tecnologias empregadas pela indústria, são poluentes que não se consegue extrair: ou seja, estamos perdidos!
Diante do caos instaurado, as grandes corporações assumem as rédeas do governo liderando a formação de um novo mundo, com novas regras para lidar com a infelicidade. Assim se cria uma sociedade onde todos devem buscar sua felicidade, mas que felicidade é essa? Isso a sociedade determina: prazer próprio, perfeição estética, consumir (para quem conhece sobre Marx, lembra que a liberdade capitalista é a de consumir apenas?).
Aos poucos ela vai traçando essa sociedade doentia, tudo sob o ponto de vista de um policial, Sid Paradyne. O livro se inicia com ele tentando investigar o suicídio de um obeso - oprimido pela lógica social que o exclui e persegue. Durante sua tentativa de entender o porquê do suicídio, Sid se depara com várias dúvidas e percebe que a sociedade plástica na qual está inserido (e destesta) pode ser fruto de uma grande mentira; diante dessa "revelação" acaba cruzando o caminho de um antigo amigo, Shadow Smith (morto) e sua bela e misteriosa irmã (Blue).
Ao longo da narrativa "passeamos" por esse mundo escuro, claustrofóbico criado por Lolita. Aqui não há regras, tudo pode ser vendido ou comprado... Há uma certa discussão inclusive sobre se encontrarmos a satisfação das nossas vontades (riqueza, matar, sexo, beleza eterna) realmente seríamos felizes.
Alguns pontos de destaque são a pedofilia e sadismo praticados (e aceitos) pela sociedade de Clair Monde (a cidade a qual o título se refere); os Labos, onde são praticadas experiências médicas e farmacêuticas com crianças; a questão das drogas, legalizadas e vendidas pelas grandes corporações; as "estrelas", atrizes de cinema que devido as novas técnicas cirúrgicas nunca envelhecem e vivem em palecetes escuros e cheios de espelhos.
O final do livro e o mistério em torno de explosões que começam a acontecer em certo ponto da narrativa por toda a cidade também são interessantes - apesar de poder deixar muitos confusos, mas acho que por já ter lido outros livros em que os autores fazem o possível para serem ilógicos, não me choquei.
Enfim, curti o livro e recomendo para quem está de bem com a vida, porque ele é um pouco chato e a narrativa doentia põe a gente "pra baixo". Mas é útil para fazer várias reflexões sobre os valores da nossa sociedade e para onde estamos caminhando.

site: http://aleitorafantastica.blogspot.com.br/
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Alê 16/07/2013

Apresentando: Lolita
Antes de falar do livro,gostaria de falar sobre aquilo que mais me chamou atenção para, de fato, eu o comprar: uma pessoa chamada Lolita Pille.
Estava procurando autores franceses e,logo, a descobri. Antes mesmo de ler um de seus livros,eu achei a "figura" de Pille,no mínimo, interessante. Uma jovem mulher que fala sobre os excessos da vida moderna, sexo, drogas, fama et cetera.
Lolita é pop, cult, cool, hispster, seja lá, como você chame. Ela é "o" politicamente incorreto, representante de uma geração perdida e tediosa.
Falando do livro, achei ele bastante irregular. Observei muitas críticas não-favoráveis à obra e super entendo.Ele não é lá grande coisa. Simplesmente, ele se perde em meio a inúmeras oportunidades.
As 105 primeiras páginas são um INFERNO,quase pensei em desistir. Senti uma atmosfera meio sin-city, mas que muito pelo contrário, é chatíssima. Só a partir da página 106 é que começa ficar interessante. Justamente quando Lolita deixa um pouco de lado o lado futurista para se concentrar no suspense. No fim, ela acaba entregando uma obra repleta de reviravoltas e momentos, que chego a dizer, inúteis.
Ao todo, gostei. Quero ler mais livros dela. Mas, quanto a esse, deixou de lado coisas cruciais para dar enfoque à coisas que seria menos importantes.
Carol 06/05/2014minha estante
Estou quase desistindo! Li outro livro da Lolita (Hell),gostei e cegamente comprei Cidade da Penumbra. Ao que parece o ritmo da narrativa é o mesmo, vou juntar o restinho de forças que tenho pra tentar terminar rsrs


Maysa 30/06/2014minha estante
O livro é um pouco confuso no começo. Realmente as 105 primeiras páginas são muito confusas. Mas logo a história se encaixa. É o primeiro livro que li desta autora, e creio que não é um dos melhores que escreveu.




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Jessé 10/05/2018

Quem nos salvará de nós mesmos?
Clair-Monde é uma cidade perfeita onde todos têm direito à beleza, à juventude e ao prazer. Todos os seus habitantes são realizados e felizes (pelo menos aparentemente), apesar da catástrofe que assolou o mundo e envolveu o céu no mais escuro breu, escondendo o sol permanentemente. Porém, esse mundo paradisíaco possui segredos obscuros que, escondidos sob a capa do êxtase e da felicidade, aniquilam aos poucos os seus habitantes.

Syd Paradine, um policial de alta patente e membro do SPSM (Serviço de Proteção a Si Mesmo), conhece de perto os problemas que afligem as pessoas que moram em Clair-Monde, pois o foco de sua atuação é em prevenção de suicídios. Lidando com essas questões diariamente, ele começa a desconfiar que essa sociedade aparentemente perfeita na verdade é um monstro que esmaga e oprime a todos que estão em sua presença.

"Como um lugar tão perfeito, com tantas coisas boas e prazerosas, poderia produzir tanta gente doente e infeliz consigo mesmas? O que haveria de tão errado nessa cidade para que tanta gente tentasse dar cabo da própria vida?" Com esses questionamentos em mente, Syd embarca em uma jornada de descobertas sobre o lugar em que mora e até sobre si mesmo, mas ele não imaginava que seguir a sua intuição e investigar a parte obscura de Clair-Monde o levaria a um caminho sem volta e que transformaria a sua vida para sempre.

Usando uma sociedade distópica e futurista como pano de fundo, a autora francesa Lolita Pille apresenta várias críticas ao consumismo e à busca desenfreada por prazer tão presentes em nossas vidas. Com uma escrita dura e pesada, ela disseca a busca incontrolável do ser humano em satisfazer os seus desejos enquanto esquece que muitas dessas vontades não possuem fim, arrastando-os a um espiral de desespero e autodestruição.

Cidade da Penumbra não é um livro de leitura fácil e fluida, pelo contrário. A autora brinca com o leitor e só nos fornece o mínimo de informações para que seja possível ligar os fatos e entender a história. Para quem gosta de desafios e de refletir sobre os hábitos doentios da sociedade pós-moderna, é uma história altamente recomendada.

site: https://sobreoquelievivi.blogspot.com.br/2018/05/resenha-cidade-da-penumbra.html
Cida Varela 03/08/2018minha estante
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eduarda2470 01/03/2020

?
meu DEUS que livro insuportável... eu nunca tive tanto ódio lendo um livro massivo e cansativo desses... senhor..
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Luiz 18/01/2021

A insossa ficção científica de Lolita Pille.
Suponho que, assim como muitos, o que me levou a ler esse livro foi o polêmico primeiro livro da autora "Hell" - esse que, aliás, abandonei com a intensidade do mais profundo ódio na primeira tentativa de leitura. Dei uma outra chance tempos depois: amei 30% e o restante ainda era ódio.
Não há resquícios de "Hell" aqui. Nem do seu melhor, tampouco do seu pior - que é ser raso como um pires.
"Cidade da Penumbra" é invariavelmente confuso, complicado e desinteressante. Senti-me conectado à leitura em apenas dois ínfimos instantes (revelação da história da Blue e o trecho final). O restante é entediante que só.
Lolita Pille buscou se descolar da imagem de Barbie "On the roads" que já havia sido construída a seu respeito, tentou o seu primeiro grito para uma literatura adulta; falhou categoricamente.
Li até o fim, acho que a Lolita Pille é a autora que eu resolvi amar/odiar.
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Julia.Feitosa 28/05/2019

Tema? Ótimo! Desenvolvimento? Péssimo!
O livro tem uma crítica bem construtiva sobre a beleza artificial,eu pensei que seria um livro meio "clichê" podemos dizer assim,talvez!? Mas é um livro bem sático e lendo esse livro descobri que não sou fã desse estilo. Esse livro tinha tudo para dar certo,o assunto,os personagens...mas a trajetória foi tão decadente,entediante e lamentável...e não posso esquecer do vocabulário bem agressivo e "expressivo". Você irá amar a primeira parte do livro mas assim que acabar,você só irá querer bocejar,chorar e guardar o livro em algum lugar para esquecer e nunca mais voltar à ler!
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