Cris 03/01/2024
Um baita clássico que apenas não me roubou como esperava.
Lançado em 1924, 'O grande Gatsby' de F. Scott Fitzgerald, retrata, basicamente, a superficialidade da vida da classe alta num EUA na década de 20 logo após a 1ª Guerra Mundial. Jay Gatsby além de representar a materialização do sonho americano, também simboliza para mim a ruptura e a perda do amor, principalmente o próprio, já que ele oferecia estrondosas festas à rigor em sua mansão localizada na West Egg unicamente com o pretexto de chamar a atenção de Daisy, uma pessoa intragável e fútil, por quem ele teve um relacionamento no passado não conseguindo então esquecê-la.
O livro é narrado em 1ª pessoa por Nick Carraway, um observador modesto e bem curioso que, aos poucos, vai descobrindo junto com o leitor o mundo misterioso de Gatsby, sobretudo, o motivo do ricaço conseguir tanto dinheiro em tão pouco tempo.
(...) Esmagavam coisas e criaturas e depois se protegiam por trás da riqueza ou de sua vasta falta de consideração, ou o que quer que os mantivesse juntos, e deixavam os outros limparem a bagunça que eles haviam feito?
O enredo em si não tem muitos desdobramentos ou reviravoltas, é simples em história e um tanto complexo em metáforas e simbolismos. Fitzgerald a todo momento tece críticas relacionadas à superficialidade de emoções. Critica também os costumes da época dos endinheirados, baseados em interesses e status. Problemas que continuam presentes na atualidade, quase 100 anos depois da publicação do livro. Surreal, não é mesmo?
Por mais que eu tenha achado a narrativa fluída por demais e finalizado a leitura em um curto espaço de tempo, não me apaixonei como gostaria. Em determinados capítulos me batia uma certa vontade de avançar as páginas a fim de já ir para o seu desfecho... desfecho esse estupidamente triste, trágico e por que não bastante injusto?!?
Indico a leitura unicamente por ela ser um clássico de peso. O livro em si não é perfeito, a trama não surpreende muito e a forma como alguns personagens são apresentados irrita e até incomoda. No entanto, há humanidade do início ao fim valendo assim a experiência, sem sombra de dúvidas!
(...) Veja, eu geralmente me acho no meio de estranho, porque eu vou aqui e ali, tentando esquecer as coisas tristes que me aconteceram.