As Moscas

As Moscas Jean-Paul Sartre




Resenhas - As Moscas


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Romeu Felix 11/03/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
"As Moscas" é uma peça teatral escrita por Jean-Paul Sartre em 1943, publicada em edição brasileira pela editora Nova Fronteira em 2005. Com 142 páginas, a peça é considerada uma das obras mais importantes do existencialismo e da literatura francesa do século XX.

A história se passa em Argos, cidade grega fictícia, onde Orestes retorna após anos de ausência para vingar a morte de seu pai, Agamêmnon, pelas mãos de sua mãe, Clitemnestra, e seu amante, Egisto. A trama se desenrola em torno dos conflitos entre Orestes, que busca justiça e vingança, e as "moscas", personificações da culpa e do remorso, que o perseguem e o atormentam.

A peça é uma reflexão sobre temas existenciais como liberdade, responsabilidade, culpa e a luta do indivíduo para encontrar um significado para a vida. Através dos personagens, Sartre questiona as noções tradicionais de moralidade e ética, argumentando que as escolhas e ações individuais são o que definem o caráter de um indivíduo.

Além disso, a peça também é uma crítica à sociedade moderna, representada pelo personagem de Egisto, que é visto como um símbolo da corrupção e da decadência moral. Através de seu discurso, Sartre questiona a relação entre poder, autoridade e liberdade, mostrando como a busca pelo poder pode corromper e degradar a humanidade.

"As Moscas" é uma obra complexa e profunda, que oferece uma visão interessante sobre a condição humana e a sociedade moderna. A peça é considerada uma das principais obras do existencialismo, filosofia que coloca o indivíduo no centro da existência, e tem influenciado gerações de escritores e pensadores.

Em resumo, "As Moscas" é uma peça teatral escrita por Jean-Paul Sartre, que reflete sobre temas existenciais como liberdade, responsabilidade, culpa e a busca pelo significado da vida. Através dos personagens, Sartre questiona as noções tradicionais de moralidade e ética, e oferece uma crítica contundente à sociedade moderna e sua relação com o poder. A peça é uma obra fundamental para entender o existencialismo e a literatura francesa do século XX.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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Laura 22/05/2022

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Klelber 14/03/2021

Uma bela peça
Sartre é bem fatalista, construiu uma história baseada em motos gregos, ficou bem interessante.
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Babs 16/10/2020

Achei o livro incrível, principalmente toda a história por trás e a motivação de sartre pra escrever essa peça. Só queria que Electra tivesse um final diferente.
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Jornal Nota 09/05/2020

No fim das contas, a peça é retrata um grande embate entre a liberdade de Orestes e a tentativa de manutenção do poder de Júpiter, assim como a sofrida vida do povo que gira ainda ao redor dos grandes mitos que controlam seus corpos, mentes, atos e gestos. Uma história que fora essencial para mostrar a queda da mitologia e a ascensão da razão na Grécia Antiga e que mostra, no século XX, como se pode abrir de todo e qualquer pensamento que não nos leve a mais suprema (e desesperadora) liberdade!

Leia a matéria completa no link!

site: http://notaterapia.com.br/2020/05/07/as-14-melhores-frases-de-as-moscas-de-jean-paul-sartre/
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Mario Miranda 22/09/2018

As Moscas ou O Nazismo
Sartre continua sendo para mim um autor de altos e baixos, capaz de escrever uma obra magistral como A Idade da Razão, mas que não perpetuou a qualidade em Sursis; ou que consegue chocar com o Existencialismo de um Roquentin em A Náusea, para após escrever As Moscas...

Escrito no mesmo ano que sua obra filosófica seminal "O Ser e o Nada", 1943, As Moscas retoma um mito Grego de Orestes, em que sua mãe, Clitemnestra, trama junto ao seu amante Egisto o assassinato do pai dele, Agamêmnon (personagem central de Ilíada). Orestes retorna a sua terra natal anos após, vendo-a assolada por uma praga de Moscas (influência de Zeus/Júpiter na narrativa) decide por fim intervir na trágica história da cidade.

As Moscas é uma narrativa que reflete a dominação Nazista em uma França fragilizada após o armistício assinado em Junho/1940. Em um Mito onde governantes ilegítimos surrupiam o governo (deposição, e os cidadãos são instigados a realizar processos estranhos à sua cultura (como o Anti-semitismo), sendo frequentemente perseguidos por Moscas (os Nazistas).

Apesar do impacto da narrativa e do momento histórico que ela se relaciona, achei a narrativa pouco explorada, especialmente da metade para o final, quando Orestes e Electra debatem sobre o desenrolar da história.

site: https://www.instagram.com/marioacmiranda/
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Nádia 02/05/2017

#resenhapomarliterario Moscas
"Já sabia que era aos outros que essas coisas pertenciam e que jamais poderia fazer delas as minhas recordações. As recordações são na verdade um rico alimento para o espírito dos que possuem as casas, os animais, os criados e os campos. Mas eu... Eu sou livre, graças a Deus. Ah! Como sou livre! E que esplêndido vazio trago na alma. (...) Não me interessa a felicidade. O que eu quero são as minhas recordações, o meu solo, o meu lugar entre os homens."
Primeira peça escrita por Sartre, baseada no mito grego de Orestes. Juntou duas coisas que super amo: mitologia grega e existencialismo. "O homem está condenado a construir o seu próprio destino." Essa máxima gritante de livre arbítrio (pilar básico do existencialismo) foi o que Sartre usou pra modernizar o antigo drama grego. O tema central é a liberdade de escolha e sua responsabilidade. Eu li que a peça foi uma alegoria à ocupação da França pela Alemanha de Hitler. Que na época que Sartre escreveu a peça, a França estava paralisada pelo medo do terror nazista, exatamente como a cidade da peça, Argos. Inclusive, após a estreia no teatro em Paris, a peça foi proibida pela administração militar alemã. A crítica e o público ficaram assustados, tamanha capacidade de reavivar lembranças tão terríveis da repressão nazista. Não foi a primeira e definitivamente nem a última obra em que Sartre defende a liberdade como absoluta. (Fonte: DW notícias).
Falando assim parece um livro tenso, pesado. Mas não. Bom tirando as moscas rs que, se eu entendi bem, representam o remorso dos seres humanos. Como sempre ler qualquer filósofo (ainda por cima existencialista) exige um pouco mais de concentração e atenção. Mas recomendo, com a ressalva de que é preciso se identificar com o existencialismo. ♡♡

site: https://www.instagram.com/p/BAx8RAYGv-y/?taken-by=pomarliterario
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Mauricio.Alcides 30/04/2016

Já não sei qual peça de teatro é a minha favorita

As Moscas foi a primeira peça de teatro publicada por Sartre, a mesma é apenas uma repaginação do mito grego de Orestes acrescentado de uma carga existencialista transcrita em uma critica oculta a chegada nazista ao território francês. Sartre se prova um dramaturgos único ao acrescentar discussões filosóficas em suas obras, em Entre quatro paredes retrata de maneira impar o sofrimento humano causado pelo convívio social e sua necessidade em nosso desenvolvimento, já em As Moscas Sartre nos coloca em um debate filosófico diante da figura divina de um deus e praticamente demonstra como nós humanos estamos condenados a liberdade A passagem em que Orestes diz a Júpiter "O homem está condenado a construir o seu próprio destino" demonstra os anseios do autor em provar a libertação humana da submissão as forças divinas.

Nota: 10
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