Sara Muniz 19/04/2020
RESENHA - CANÇÕES DE INOCÊNCIA E CANÇÕES DE EXPERIÊNCIA
Canções de Inocência e Canções de Experiência foi publicado em 1789, e é a maior obra de William Blake, um autor inglês que só teve reconhecimento postumamente. A obra surgiu em duas fases, o Canções de Inocência foi publicado primeiro, e depois juntado com o Canções de Experiência e publicado novamente. Além dos poemas extremamente profundos, as ilustrações do autor complementam os escritos, trazendo mais significados e informações para a compreensão dos poemas.
As Canções de Inocência falam de religião, espiritualidade e a alegria de ser uma criança inocente, sem preocupações. As Canções de Experiência, criticam a sociedade e seus costumes religiosos, os absurdos permitidos na época, a virgindade, o Leão de Judá (Jesus), a dura realidade do mundo adulto e muitos outros temas variados. Apesar de parecem opostos, a primeira e a segunda parte se completam.
Quando comecei a ler as Canções, parecem realmente poemas simples e fáceis de compreender, mas pelo contrário, se você parar para ler ao menos duas vezes, verá que terá de ler mais dez para entender exatamente o que o autor quis passar. Os poemas são extremamente geniais e trazem mensagens show, don't tell (um dia faço um post só explicando sobre essa técnica), então a leitura dos mesmos deve ser cuidadosa e, ainda assim, é possível que você não chegue a uma conclusão concreta e verdadeira, porque de tudo o que é apontado por Blake nessa obra, não existe uma forma de saber sobre a veracidade, sobre o que ele quis dizer, a menos que ele realmente estivesse aqui para explicar.
O mais engraçado e, ainda mais problematizador (e incrível) é que Blake era ateu. Mesmo assim, ele traz muita espiritualidade para a obra e, há boatos de que quando ele era criança, podia ver espíritos. Isso não influenciou em suas ideologias no futuro, mas ele retrata essa espiritualidade na obra de uma forma tão especial, que é quase impossível de acreditar que o autor não tinha crenças.
É claro que não devemos esquecer da importância das ilustrações de Blake, pois elas sempre complementam a interpretação do poema de inúmeras formas.
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