Carrie, A Estranha

Carrie, A Estranha Stephen King
Stephen King
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Resenhas - Carrie, A Estranha


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Vanessa Vieira 11/08/2018

Carrie A Estranha - Stephen King
O livro Carrie, A Estranha, de Stephen King, nos traz uma trama muito bem escrita e orquestrada sobre uma garota que é vítima de bullying durante quase toda a sua vida e que, durante um momento crucial, acaba tendo a sua paciência esgotada e destila toda a sua fúria sobre a humanidade. Com personagens bem desenvolvidos e heterogêneos entre si, King nos apresenta uma história inesquecível e incrivelmente traçada, considerada por muitos a sua obra-prima e que já recebeu inclusive, inúmeras adaptações cinematográficas.

Carrie White é uma adolescente tímida e solitária de dezesseis anos que, ao contrário dos demais jovens de sua idade, não pode viver os prazeres e descobertas do mundo devido à implacável intolerância religiosa de sua mãe, Margaret White. A matriarca é uma fanática religiosa que acredita que todas as manifestações de vida ao seu redor se tratam de pecado e reprime a filha em todas as suas atitudes e escolhas. Para Carrie, viver não se mostra uma tarefa nada prazerosa e ela carrega, dia após dia, o peso da culpa e da humilhação.



Para os colegas e professores do colégio, ela é uma menina estranha e problemática, incapaz de conviver socialmente com os demais. Cada vez mais isolada, ela sofre com os deboches e piadas maldosas dos demais alunos, entretanto, por detrás de sua aparência frágil e suscetível, se esconde uma força telecinética poderosa, capaz de mover vários objetos com apenas o poder da mente. Esse é o segredo mais obscuro e intrincado da jovem, mantido reprimido assim como tudo em sua sofrida vida.

Durante a festa de formatura - quando Carrie finalmente enxergou uma possibilidade de ser feliz graças a um ato de generosidade -, a jovem é acometida por extrema crueldade, o que acaba despertando o seu pior e a transformando em uma verdadeira arma de destruição e terror, fazendo com que ela acerte as contas com todos que um dia a feriram e magoaram..

Carrie, A Estranha é um dos livros mais aclamados de Stephen King e devemos sua publicação à esposa do autor, Tabitha, que resgatou o manuscrito da lixeira do marido, consagrando-o em um dos maiores clássicos do terror contemporâneo. Carrie é ao mesmo tempo a anti-heroína da trama como também a maior vítima das atrocidades presentes no enredo e foi praticamente impossível não me sensibilizar com os terrores vividos pela personagem. Oprimida dentro de casa e caçoada ferozmente fora dela, sua existência é muito triste e infeliz e matiza bem o que a mistura de fanatismo religioso com bullying estudantil pode fazer com uma pessoa. Narrado em terceira pessoa de forma ampla, bem delineada e rica em detalhes, o livro se mostrou um verdadeiro relato de uma vingança feroz e sedenta.

Como disse anteriormente, eu me sensibilizei bastante com a Carrie e com a sua infância sofrida, repleta de sectarismo religioso e falta de amor. A ignorância da jovem é tanta acerca das coisas do mundo e também de seu próprio corpo que quando ela fica menstruada pela primeira vez, pensa que está morrendo e é vítima de chacotas e gozações severas por parte das colegas da escola, que a humilham no vestiário, jogando vários absorventes e tampões sobre a jovem. Quando chega em casa - onde esperamos que a jovem seja consolada e tenha a devida explicação sobre o seu fluxo menstrual por parte da mãe - a garota é ainda mais agredida e tachada de pecadora pela matriarca, que a castiga constantemente, não só sob a forma de agressão física como também a trancafiando dentro de uma armário.

Vários fatos acontecem durante o enredo, que acabam culminando com o convite para que Carrie compareça ao baile de formatura do colégio. Ela é convidada por Tommy Ross - o garoto popular da escola e então namorado de Sue Snell, outrora sua opressora e que tenta de forma miraculosa se redimir com a jovem - e quase não aguenta de tanta felicidade, produzindo até mesmo o seu próprio vestido e sonhando com uma vida mais feliz e social. Entretanto, na noite de formatura, quando é elegida pela turma como rainha do baile, algo sinistro acontece e acaba provocando a maior humilhação da vida de Carrie e também uma fúria descontrolável e mortal por parte da jovem. Particularmente, confesso que vibrei com a vingança de Carrie, pois vi nesse ajuste de contas uma sede de justiça que eu estava ansiando desde a primeira parte do livro e acredito que King foi meticuloso em cada detalhe, promovendo um verdadeiro banho de sangue. Outro ponto que merece destaque na trama é que temos uma pequena introdução do autor no início do livro, no qual ele explica as suas inspirações para criar a protagonista e nos detalha que teve como base duas garotas que conheceu em sua pré-adolescência e que sofriam do mesmo preconceito gratuito que Carrie e uma delas, inclusive, chegou até mesmo a se suicidar, o que levanta mais uma vez a bandeira de quanto o bullying é cáustico e violento e pode prejudicar severamente os seus alvos.

Resumidamente, Carrie, A Estranha é um livro marcante, incrivelmente escrito e que descreve o malefício das piadas e deboches adolescentes sobre a vida dos seres oprimidos. Trazendo os fatos para a vida real, não teremos uma jovem com poderes telecinéticos para promover uma carnificina tal como no livro, mas temos casos verídicos de pessoas que atentam contra as suas próprias vidas e orquestram até mesmo massacres em massa sendo noticiados a nível global na mídia, o que faz com que a leitura transpasse as barreiras da ficção e deixe um alerta gritante sobre o tema. Foram feitas várias adaptações cinematográficas de Carrie e, em especial destaco a de 1976, que foi um dos melhores filmes produzidos sobre o livro, além de contar com a talentosíssima Sissy Spacek no papel principal, sendo também a primeira participação de John Travolta nos cinemas, interpretando Billy Nolan, namorado de uma das garotas que mais ridicularizam Carrie no colégio, Chris Hargenson. A versão de 2013 não se equipara à da década de 70 e a minha maior ressalva é o fato da atriz que interpretou Carrie, Chlöe Grace Moretz, ser uma jovem bonita demais para viver uma menina tão desprezada e vítima de chacotas por sua aparência como Carrie. Entretanto, destaco nesta versão a performance maravilhosa de Julianne Moore na pele de Margaret White, nos transmitindo toda a ferocidade e alienação religiosa da personagem, frisando também os momentos em que ela se automutila no enredo. A capa do livro nos traz o pôster da última versão feita do filme e a diagramação está ótima, com fonte em bom tamanho e revisão de qualidade. Recomendo, com certeza!

site: http://www.newsnessa.com/2018/08/resenha-carrie-estranha-stephen-king.html?m=1
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antribeiro 11/08/2018

Incrível
Até que enfim uma leitura gostosa e não entediante ??????
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Ingrid.Oliveira 03/09/2018

Orra!
Que livro ótimo! Foi o primeiro livro do King que li (o outro foi de contos, não conta :P) e já virei fã!!
Já tinha visto o filme, mas isso não prejudicou a leitura em absolutamente nada. Isso vindo da pessoa que tinha um baita preconceito em ler livros depois de ver os filmes.
O livro é curto e tem o tipo de leitura que termina numa sentada! Muito muito ótimo! Inclusive, é um ótimo livro para começar a ler King.
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Os Livros e Filmes da Bá 25/09/2018

ISSO, é bullying!!
Livro 1974 – Adaptações 1976, 1999, 2002, 2013!!

Carrie é uma jovem de 16 anos, filha de uma louca religiosa que usa a filha como bode expiatório para seus “pecados” do passado, ou seja, sexo 1 vez com seu marido.
As duas vivem sozinhas, pois o pai de Carrie morreu há alguns anos e a mãe constantemente a chama de filha do demônio, filha do pecado.
Além desse infernovem casa, Carrie sofre enorme perseguição pelas “descoladas” da escola.
Com o passar dos anos ela vai desenvolvendo seus poderes de telecinese, que possui desde criança, em meio a pesadelos com os ícones religiosos da mãe, Carrie vai adquirindo um poder monumental.
Por conta de uma troça que fazem com Carrie, uma das teens é proibida de ir ao grande baile da primavera. E essa menina completamente doentia, resolve se vingar de Carrie de uma forma cabulosa.
No tal baile Carrie passa pela maior humilhação de sua vida e transforma a noite em um verdadeiro pandemônio, que vai muito além do baile, a cidade entra em colapso de proporção catastrófica!
Quando ao livro, essa edição traz uma introdução do King nos contanto que ele jogou fora o esboço da história, mas a esposa, Tabitha, retirou do lixo e pediu que ele desse continuidade ao texto.
A narrativa é toda permeada por enxertos de depoimentos dos sobreviventes, um livro que uma colega escreveu e da Comissão White, que foi instaurada após a noite infernal.
O livro é divido em 3 partes e não possui capítulos, o que nos obriga a ler sem parar!!
Muito além de uma história teen de vendetas inocentes, Carrie , A estranha é um pesadelo em uma noite de terror!!



site: https://www.youtube.com/watch?v=PZKfCVouu_g
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Ana | @anacarolinafl 28/09/2018

Stephen King, em 1974, publicou Carrie, um livro espantoso com a temática do bulling em escolas americanas e de sua vingança. Com isso, ele tanto revolucionou o que se entendia por romances de terror, quanto mostrou que comportamentos ofensivos podem ter sérias consequências.

King baseou-se em duas colegas de sala para criar Carrie. Ambas não tiveram o dom da personagem, como conta o autor. Ao mesmo tempo ele lamenta e agradece por isso, pois nenhuma delas chegaram aos 30 anos de idade e não se vingaram na proporção da vingança de Carrie. Nesse relato do escritor, verifica-se que a obra vem justamente para assustar em relação ao bulling. A personagem busca a vingança de tanto ser ridicularizada publicamente por praticamente todos que a conheciam. Caso isso não ocorresse, ela jamais agiria de tal forma, não que isso justifique os fatos. Porém, é justamente essa questão que King procurou problematizar, e com razão.

Carrie White é uma adolescente de Chamberlain, em Maine, que também é o estado natal do autor, com a habilidade adquirida geneticamente de fazer mover objetos usando sua mente. Ela sofre com o bulling frequente provocado por suas “colegas” de sala. Logo de início o leitor consegue perceber o quão pesado e humilhante são os assédios, quando Carrie menstrua pela primeira vez, aos 16 anos, e todas elas a chamam por apelidos e jogam absorventes em suas partes intimas. A escola em si não ajuda em nada. Thomas Ewen High School tem a própria professora de educação física que não abdica de dar tapas na cara de suas alunas, e um diretor que pouco faz para mudar qualquer assédio moral o físico no ambiente escolar, seja por parte dos alunos, seja por parte dos professores. Em meio a essa habitat de descaço, desrespeito e falta de empatia, a personagem principal ainda possui uma mãe fanaticamente religiosa.

Margaret White é uma cristã assustadoramente rígida. Carrie, então, cresce nesse ambiente de medo e condenações, que acontecem toda vez que seus poderes telecinéticos se manifestavam. Ela foi agredida desde a infância pela mãe, que a trancada em um armário com diversas esculturas cristãs ao redor, para que a menina ficasse rezando freneticamente para ser perdoada por toda prática que sua mãe via como pecado. Isso fez com que ela se afastasse das pessoas e adquirisse um aspecto de estranheza, pois usava roupas extremamente compridas e fechadas e por ela nunca conversar com ninguém por medo de como sua mãe iria reagir. Esse fato a colocou como um alvo de piadas de mal gosto, típicas de adolescentes, com o intuito de humilha-la cada vez mais no ensino médio, por ela nunca se defender dos assédios morais.

Sua impactante situação parece mudar quando Susan Snell, uma das garotas populares que a agride, começa a se arrepender pelo que fez. A partir dai ela pede para que o seu namorado Tommy Ross vá com Carrie ao Baile de Formatura, como um meio de se redimir e se alto desculpar pelo ocorrido. O que obviamente dá errado, já que se trata de uma obra escrita por Stephen King. Pode-se dizer que de forma chocante e devastadora, Carrie encontra um meio de se vingar por todo o bulling que sofreu, com seus poderes de telecinésia.

site: https://submundoliterario.wordpress.com/2018/09/27/carrie/
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Taci.Souza 15/10/2018

👸🏻 "As portas do saguão se fecharam com um barulho que parecia aplauso. Alguém atrás gritou, desencadeando o tropel. O pessoal disparou para as portas, na maior correria. Eu estava ali parada, sem acreditar. E quando olhei, pouco antes de a primeira pessoa chegar à porta e começar a força-la, vi Carrie olhando para dentro, a cara toda borrada, feito um índio pintado para a guerra. Ela sorria ”

👸🏻 Aos 16 anos, Carrie Withe é uma adolescente tímida e solitária. O fanatismo religioso da mãe, não lhe permite desfrutar os prazeres e as descobertas dos jovens de sua idade, e reprime qualquer manifestação de vida. Para Carrie tudo é pecado, e a cada dia ela precisa enfrentar o peso da culpa. Na escola, é alvo constante de piadas e de maldades adolescentes que a deixam tão confusa quanto angustiada. No entanto, sua aparência frágil esconde um segredo, um poder que se alimenta de ódio e pode transformar completamente a sua história. Depois de ser humilhada na frente de todos durante o baile de formatura, ela é tomada por um desejo insaciável de vingança, que a transforma numa arma de horror e destruição. É chegada a hora do acerto de contas.

💬 OPINIÃO 💬

👸🏻 Primeiro livro publicado de Stephen King, Carrie a estranha, figura entre os maiores clássicos de terror da literatura contemporânea, sendo uma das obras mais aclamadas do autor. O livro, ainda que curto, traz uma história impressionante e assustadora. Fazendo uso de elementos sobrenaturais, King aborda o bullyng sob uma perceptiva surpreendente, mostrando como atitudes cruéis podem desencadear atos extremos.

👸🏻 Carrie é uma garota solitária e frágil, que esconde um poder inimaginável. Uma menina solitária, criada em um ambiente hostil e opressivo, que desejava ser aceita e levar uma vida normal. Decide frequentar a escola numa tentativa de fugir da vida reclusa que sempre teve, mas esse acaba se provando um desafio mais terrível e cruel do que ela imaginava. Ainda que os eventos da trama sejam marcados por aspectos sobrenaturais, podemos ser facilmente aplicados em uma esfera mais real.

👸🏻 A busca de Carrie por fazer parte de algo, sua autodescoberta e todas as provações que enfrenta, contribuem para que o leitor a enxergue, não como o monstro que a trama sugere, mas como alguém que só precisava de compreensão e de um pouco de gentileza para se libertar. A transformação de Carrie é algo muito forte na trama, conseguimos ver o caminho da personagem se bifurcar, enquanto contemplamos as duas opções que se abrem para ela, para o bem ou para o mal.

👸🏻 Embora Carrie seja a protagonista da trama, e a responsável pelos momentos de horror vividos na cidade de Chamberlain, para mim, é a mãe dela que mais assusta. Margaret White, é a personagem mais sombria e perturbada da trama. Seu fanatismo religioso, beira a insanidade. O tratamento abusivo e violento que dedica a Carrie, está longe de ser algo proveniente do amor maternal. E suas atitudes, sugerem uma mente instável que há muito já ultrapassou os limites da loucura.

👸🏻 O modo como a narrativa foi organizada, indicando tratar-se de notícias de jornais, matérias de revistas, arquivos policiais e fragmentos de livros, conferiu uma maior dramaticidade à trama. Carrie a Estranha supriu minhas expectativas e, de forma simples e rápida, me rendeu os momentos angustiantes que só a leitura de um bom Thriller pode proporcionar.

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asiwithbooks 26/10/2018

Eu não tenho palavras para descrever o que eu sinto após ter lido esse livro. Tentar descrever é dizer que eu me senti frustrada, triste, querendo gritar e tirar esse sentimento ruim que eu sentia.
Não, Carrie está longe de ser um livro assustador por seu caráter sobrenatural, mas a carga de realidade que ele carrega, mesmo já tendo se passado mais de 30 anos, ele é extremamente atual. E é isso que me deixa frustrada. Ver Carrie e toda a sua criação e o que a transformou é de partir o coração.
Uma menina de 17 anos que não possui conhecimento sobre o próprio corpo, sobre sua biologia é algo absurdo. E, claro, é o que acontece quando aulas sobre educação sexual são banidas das escolas. Porque pais não precisam ser como os pais de Carrie para decidir se o filho deve ter conhecimento sobre como seu corpo está mudando. Fechar os olhos dos seus filhos para algo tão natural como essa mudança na adolescência é o que transforma crianças em Carries.
Carrie ainda teve a "sorte" de desenvolver poderes sobrenaturais. Mas tem muito adolescente por aí como ela, que é fechado e negado direitos porque não podem saber sobre o funcionamento de seu corpo. E ISSO é o que me frustra mais lendo esse livro.
A história é ótima e King é "on point" com o que quer passar. E eu imagino que para a época que saiu esse livro é uma bomba.
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Aline Marques 29/10/2018

A vingança cega. Ou melhor... QUEIMA! [@ousejalivros]
"se o teu olho direito te ofender, arranca-o." E se o medo te paralisar, ataque.

Carietta White foi privada da própria vida e identidade. O mundo ao seu redor nunca foi nada além de hostil e, como sua mãe sempre lhe alertou, o pecado se esconde nas coisas mais simples, a testando e condenando. A culpa? Essa é sua única companhia e diretriz.
Não há saída ou oportunidades.

Bem, ao menos até ser desperta por um enorme poder (sobrenatural?) capaz de mudar tudo! Resta saber se será para melhor...

Como muitos outros livros do autor, o leitor se depara com o final logo nos primeiros capítulos, o que poderia parecer um anticlímax. São os detalhes apresentados no decorrer da história, porém, que arrebatam e motivam todo tipo de suposição.
A narrativa cronológica (durante) se mistura com relatórios investigativos e científicos (antes e depois), que analisam a vida de Carrie atrás de respostas, aproximando o "espectador" e o introduzindo na trama.

Parece confuso, né? Mas apesar de ser o seu primeiro livro, King demonstra um talento incomum, mesmo levando em consideração os erros de continuidade (nunca pensei que diria isso sobre uma de suas obras). Ao transportar o leitor para o famigerado período de sua própria adolescência, ele transforma o impossível em possibilidade. Afinal, não há como se conhecer os limites de um acerto de contas, antes de se deparar com um.

Com um olhar mais atento, talvez, mais de um culpado se apresente, o mal se mostre menos absoluto e inquestionável e o terror fique por conta da resposta a pergunta "quem você seria nessa história?".

O livro foi adaptado para os cinemas em mais de uma ocasião e é indicado para iniciantes do gênero. Leitura rápida e memorável.
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Try F. 10/11/2018

Lendo King na Cronologia #1Carrie
Eu já tinha lido 5 livros do King. Reli Carrie para ler todos os livros do autor em ordem cronológica. Carrie tem a escrita viciante e vc vai devorando a leitura e... acabou.Vc descobre que queria mais de Carrie... Só mais umas cem páginas de Carrie. Enfim, a genialidade do mestre brotando. Recomendo fortemente.
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Helder 12/11/2018

O primeiro King
Carrie foi o primeiro livro publicado por Stephen King em 1974. Diz a lenda que King detestou seu livro e jogou-o no lixo, mas sua mulher pegou o manuscrito no lixo e o convenceu de que a estória era boa e valia a pena sem publicado. O que vem depois disso é história, pois começava ali a carreira mais bem sucedida da literatura mundial.
Carrie foi tão bem recebida, que logo acabou virando um filme, e hoje, 44 anos após seu lançamento e mais duas adaptações cinematográficas, está entre as estórias mais conhecidas de King. É difícil imaginar alguém que não saiba o que acontece naquele baile, mas mesmo assim o livro conseguiu me surpreender bastante. Quando eu era mais novo, eu achava que Carrie tinha alguma coisa a ver com o demônio. Crescendo, fui lendo resenhas, eu passei a imaginar que a causa de todos os problemas fosse o bullying, mas na verdade o grande terror e grande vilão desta estória é o fanatismo religioso.
Sendo o primeiro livro de Stephen King, é incrível percebermos que logo de inicio ele já disse ao que veio, criando personagens incríveis e amarrando-os em uma narrativa que navega em diferentes tempos, e segue sempre nos preparando para o terrível clímax.
O livro já começa com uma cena de impacto, onde Carrie está tomando banho no vestiário da escola e começa a sangrar no chuveiro. Algo normal para todas as meninas que estão ali, mas algo surreal para ela, pois com 16 anos está tendo sua primeira menstruação. As meninas, em suas maldades de adolescentes, e que já acham Carrie bastante estranha, ao invés de ajuda-la, aproveitam para tirar um sarro da menina, que acredita estar esvaindo-se em sangue. A sessão de bullying só é interrompida com a chegada da professora de educação física ao vestiário, que a principio também se irrita com a apatia de Carrie, mas logo percebe o desconhecimento da menina. Ali já percebemos pequenos eventos estranhos.
Este é só o estopim da estória. Carrie, com a ajuda da professora, entende o que lhe aconteceu e vai tirar satisfações com sua mãe: Como que ela nunca lhe disse que isso iria acontecer??
E é neste momento que conhecemos a grande vilã deste livro.
King, logo em seu primeiro livro, criou Margaret White, uma mulher hedionda em sua ignorância e fanatismo. Carrie que precisava de explicações, ao invés de informações, ganha um tratamento de pervertida, pois de acordo com o fanatismo da sua mãe, a partir de agora ela é uma pecadora. Assim como Eva, que após sangrar, foi expulsa do paraíso, e como castigo gerou dois filhos onde um acabou assassinando o outro. São incríveis as palavras que King consegue colocar na boca desta mulher. Em certos momentos a leitura se torna até difícil, tamanha a raiva e o asco que passamos a sentir pela personagem.
Mas mesmo no meio de toda a sua ira fanática, ela tem medo de Carrie.
Aos 3 anos, e um dos ataques de fanatismo de sua mãe, Carrie percebeu que quando ficava muito nervosa, tinha o poder de movimentar objetos e com o tempo foi melhorando este seu “dom”. A cena das pedras em que isso é descrito pela primeira vez é uma das cenas para se colocar nos anais das melhores cenas de King. A descrição é tão perfeita e detalhada que quase conseguimos ouvir o barulho das pedras caindo. Desde então, a mãe passou a temê-la, mas mesmo assim continuou seguindo seu fanatismo e “guardando” a menina do mundo pecador.
Na visão da mãe, agora Carrie sangra, e atrás do cheiro do sangue, vêm os homens e neles, o pecado, como o que ela cometeu e gerou Carrie.
Em paralelo a isso, temos Sue Snell e Chris Hargensen, duas meninas que estavam no vestiário. A professora de Educação Fisica fica tão possessa com a situação que conta a diretoria da escola o que ocorreu no vestiário, e exige que as meninas sejam punidas. Chris é a patricinha da escola e não aceita a punição. Acaba recebendo o castigo maior: Ficar fora do baile de encerramento do ano. Já Sue aceita a punição e sente remorso pelo que ocorrido, então para se redimir inventa uma ideia maluca: Fazer Carrie feliz por uma noite. Para isso, resolve ceder seu namorado para que ele convide Carrie a ir ao baile.
A ideia de Sue é que Carrie se sinta especial pelo menos uma vez na vida, mas esta ideia só corrobora com o fanatismo de Margaret, pois agora um rapaz convida Carrie para ir ao baile de formatura de escola. Carrie sangrou e agora é uma pecadora.
Já Chris Hargensen não se conforma com o castigo de não poder ir ao baile, e convence seu namorado a ajuda-la a se vingar.
E assim caminhamos para o baile, que eu pensava ser o clímax do livro. Mas até ali fui surpreendido, pois nunca assisti ao filme e nenhuma resenha que eu tivesse lido me preparou para o poder de destruição de Carrie.
Para mim aquele final foi um pouco exagerado e não me tocou muito, mas terminei o livro com um gosto bem amargo, imaginando que a vida de tanta gente poderia ter sido muito diferente se não houvesse tanto fanatismo religioso, que acabou criando aquela avalanche de violência.
Se você, assim como eu, tem preconceitos com estórias de terror ou coisas sobrenaturais, deixe este pensamento de lado e leia este livro, pois ele é muito mais que isso.
O mal ali não é sobrenatural. E a possibilidade real de existirem pessoas assim, com certeza dá muito mais medo.

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Caio 16/12/2018

fantástico. Um dos melhores livros que já li.
Genial, é engraçado pensar que esse livro foi para a lixeira, e foi recuperado pela esposa de Stephen King. Então agradeço a esposa de King por ver essa obra no início a genialidade que ela é. Carrie, uma menina sonsa, desesperada, sofre por causa da horrível mãe que controla cada movimento dela. Mãe conservadora, a considera como demonio, sofre bullying na escola, vive isolada, triste, bulinada o tempo inteiro. Em toda a história é surpreendente, nunca vc quer parar de ler. Carrie é tratada com desprezo por todos, acumula ódio contra todo mundo e se vinga de uma forma brutal e com justiça. Mesmo o seu poder emanava e ela fazia sem querer sem o entender pq ela o tem, ela nem sabia o que ela era. Desenvolvimento da história é magnética, hipnótica, simples, direto, gostei muito da escrita de Stephen King ele é objetivo, direto, sem frescura. Ao todo o final é surpreendente tbm, vale muito a pena. Pra quem gosta de suspense, terror, drama, é um prato cheio. Carrie e a sua história triste e bem desenvolvida foi mt bem narrado e construído. Meu primeiro livro lido de Stephen King que leio, primeiro de muitos. vlw. 5/5.
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Erika 19/12/2018

Carrie - Humilhada mais que estranha
Escrito em 1978 e sendo o primeiro livro do nosso Rei, Stephen King, Carrie a Estranha foi o pontapé inicial para seu grande sucesso. Tendo várias edições e várias adaptações cinematográficas, a estória da jovem Carrie White tem uma legião de fãs.
O fato de já ter assistido os filmes não tirou o brilho da leitura.
Carrie, nascida numa família peculiar, mãe religiosa um tanto fanática, tinha a vida resumida em rezar e ir para a escola. E sofrer bullying da turma popular.
Oprimida pela mãe e impedida de ser uma adolescente comum ela está sempre sozinha e sem saber qual seu lugar no mundo. Carrie tem poderes telecinéticos e o dom fantástico de mover as coisas com a força da mente. Conforme as situações de bullying aumentam, mais o poder vai aumentando.
Adorei a introdução do livro, onde o autor destaca de onde surgiu a inspiração para criar uma personagem como a Carrieta White. . Ele conta que foi uma junção de duas colegas que sofriam bullying na escola em que estudava. O livro é como uma homenagem . Uma "vingança "para elas.
Outro fato interessante é que o King consegue captar e contar muito bem fatos do universo feminino. Que nem sempre é tão cor de rosa assim.
Mais um Do Rei para a conta!
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Talita.Chahine @cutucandoahistoria 01/01/2019

Maravilhoso
O que dizer dessa história que já é um clássico, e que apesar de ser considerada datada pelo autor ainda explora temas extremamente atuais !
O que leva o ser humano a ser cruel com o seu semelhante , qual o limite de uma brincadeira ?
Carrie é a personificação do estranho, é aquela menina que ninguém conhece mas ninguém quer conhecer, que é taxada de burra, carola, balofa entre outras coisas, mas Carrie descobre que é possível se vingar por todo o sofrimento que fizerem ela passar, e essa vingança vai mudar a vida de muita gente !
Esse livro tem um pouco mais de quarenta anos e parece que nada mudou dentro das escolas , e não vai mudar tão cedo !
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Ari_Nay 03/01/2019

Carrie, a estranha
Tem uma história legal de ler e eu gostei da forma que ela é contada, mas senti que faltava alguma coisa no livro de forma geral, mas gostei dos fatos no livro e da história no geral.
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