O engenhoso fidalgo dom Quixote de La Mancha

O engenhoso fidalgo dom Quixote de La Mancha Miguel de Cervantes




Resenhas - Dom Quixote


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rfalessandra 17/06/2023

Um clássico é um clássico por algum motivo
Antigamente eu pensava que "Dom Quixote" seria apenas uma sátira às novelas de cavalaria e nada mais, porém descobri nessa leitura elementos que sobressaem em cima disso.

É uma constante das narrativas fictícias, ainda que em doses mínimas, desperta em seus leitores reações de surpresas com o desenrolar dos acontecimentos no decorrer da história.

Ao moldar a realidade a sua própria maneira de enxergar o mundo, o Cavaleiro da Triste Figura vive um ideal que se distancia da letárgica existência que antes tinha.

Cada episódio de sua jornada se torna um acontecimento ímpar na "comparação do seu valoroso ofício", onde tudo pode acontecer sob os argumentos mais absurdos possíveis.

Ainda que os méritos dos responsáveis por essa adaptação contemporânea, as narrativas de Dom Quixote surpreendem em natureza e humor tão atuais e familiares.
Miguel de Cervantes aos modos de um jornalista, zomba do estereótipo tão popular de homem valente e moral através de uma narração que abrange o delírio narcisista de seu herói e a visão debochada de quem o assiste.

Simplesmente não tenho receio de afirmar que o "Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha" é uma obra atemporal que permanecerá sendo lembrada enquanto existir pessoas que prezam uma boa literatura.
13marcioricardo 17/06/2023minha estante
Excelente resenha ?


mpettrus 17/06/2023minha estante
Resenha perfeita, Alessandra!!! ???????


rfalessandra 18/06/2023minha estante
Poxa obrigada ?


Raimundo.Sales 19/06/2023minha estante
Por isso é considerado o maior romance de todos os tempos. Parabéns pela linda e muito sabia análise!


rfalessandra 20/06/2023minha estante
Concordo com você


Yorgos 23/06/2023minha estante
Que linda sua escrita


Geraldo Marçal 26/06/2023minha estante
Resenha espetacular, parabéns. ??????


rfalessandra 27/06/2023minha estante
Agradeço a todos??


Mayabooksta 06/07/2023minha estante
As vezes, nós criamos nossos próprios demônios. Ler qua do pensarmos que somos apenas nós, contra o mundo inteiro.


Ricardo 10/12/2023minha estante
"? O mesmo que acontece na comédia ? disse dom Quixote ? acontece no mundo, onde uns representam os imperadores, outros os pontífices, enfim, todas as figuras que podem se introduzir numa peça. Mas, chegando ao fim, que é quando acaba a vida, a todos a morte tira os trajes que os diferenciavam, e ficam iguais na sepultura.
? Bela comparação ? disse Sancho ?, mas não tão nova que eu não a tenha ouvido muitas e muitas vezes, como aquela do jogo de xadrez: enquanto dura a partida, cada peça tem sua função particular, mas no fim se juntam todas, são misturadas e remexidas, e as metem num saco, que é como meter o pé na cova."




Mateus 04/09/2010

Dom Quixote é o maior e mais bravo cavaleiro de todos os tempos. Suas peripécias com Rocinante e Sancho Pansa são extremamente hilárias, dramáticas e perigosas. A aventura em que luta com moinhos de vento achando que são gigantes assassinos é o marco do livro, aventura na qual tornou Dom Quixote famoso.

Embora esta versão que li seja uma obra adaptada, garantiu bons momentos de diversão e aventura. A versão completa é extremamente árdua para se ler, e nem todos animam-se a fazê-lo. Por isso, tal adaptação foi extremamente bem-vinda, pois não tirou a essência do livro. Mas quem gosta de muitos detalhes, e está animado para se aventurar por páginas intrincadas de palavras difíceis, a versão completa é essencial.

Acredito que Dom Quixote, por mais que seja taxado de louco, seja bem mais lúcido do que a maior parte dos personagens do livro. Com tantas mudanças horríveis que aconteceram no mundo, o jeito que ele conseguiu para fazê-lo um lugar melhor foi incrível. Ele sempre sonhou com aventuras, batalhas, guerras, mas a época em que vivia era quando tudo isso havia acabado. Pelo menos ele teve a coragem de fazer aquilo que queria, e a audácia (ou loucura) de se imaginar como cavaleiro. Se as pessoas fizessem mais isso, arriscassem, deixassem de ter medo do desconhecido, o mundo talvez fosse bem diferente.

Enfim, Dom Quixote é o melhor e maior livro de todos os tempos. Ler o livro, mesmo que seja a adaptação, é fundamental para qualquer grande escritor.
Guilherme 08/08/2011minha estante
hmmhhm esse cavalo é...


Vitor 24/08/2012minha estante
Também acho a versão "original" extremamente árdua.


Roberto Noir 18/09/2012minha estante
A versão original é de fato difícil de ler mas a jocosidade do texto encoraja o leitor a seguir em frente. Concordo com você, Mateus, é um EXCELENTE texto! Inclusive, eu vi há algum tempo que ele é considerado uma das maiores obras primas da história da literatura de todos os tempos.


Pharmakon 17/07/2013minha estante
A nova tradução lançada deixa o livro MUITO MAIS engraçado, difícil ficar 3 parágrafos sem lê-lo, mais do que recomendo! (Edição da Cia das Letras)


Maria.Belle 28/02/2016minha estante
Adorável obra, como o meu Quijote !


Taciana.Romanzeira 31/01/2017minha estante
Qual foi a adaptação que você leu e achou mais agradável ? Comecei a ler o Livro e não consegui finalizar e sinto falta de seu conteúdo, mas preciso de algo mais leve.


GustavoMoreira 23/05/2020minha estante
Esse é a melhor versão, só o essencial


Carlos.Dutra 05/08/2020minha estante
Realmente é um bom livro


Marcia 18/12/2020minha estante
Poesia, comédia e reflexão. Só li uma adaptação, mas gostei muito.


Tata 15/06/2021minha estante
Como ler o livro?


Luiz 21/06/2021minha estante
Como eu faço para ler


Mateus 21/06/2021minha estante
Tata e Dudu, não é possível ler livros aqui no Skoob


Illana2 15/02/2022minha estante
Acredito que você não tenha entendido a proposta do Miguel. Contrário ao que você escreveu, naquela época existiam batalhas, guerras, etc (inclusive, o próprio dom Quixote fala exaustivamente disso no livro "entrar em batalhas por el-rei"). O que ele escreveu é uma sátira jocosa à uma aristocracia decadente espanhola que sonhava em reaver uma glória perdida. O que ele não previu é que escrevendo sobre isso, daria luz à um personagem que se encaixa no arquétipo do "As pessoas o chamam de louco mas ele está indo atrás de seus sonhos". E as pessoas não pescam a mensagem... O livro é uma comédia que dança em cima de uma tragédia. Dom Quixote faz tudo às avessas, diz ajudar os necessitados e quebra suas carroças, rouba seus pertences e seus burros, se hospeda em estalagens que não paga, leva consigo um ajudante pobre que paga quase apenas com promessas, todas as vezes que precisou ser corajoso, foi covarde. Esse é o retrato da aristocracia decadente espanhola daquele período. Sobre ser lúcido: é dito no livro que dom Quixote é um louco com feixes de lucidez. Ele diz coisas muito convenientes e "inteligentes" para a época. Mas quanto de suas ações condizem com sua fala? E, por último, que mudanças horríveis são essas que você cita? As grandes navegações? A decadência da aristocracia? O que?


Nenê 21/02/2022minha estante
primeira parte muito engraçada
segunda parte mais romântica. fiquei chateado com o bulling q ele sofre dos duques, e como eles lhe dão dinheiro como uma compensação das brincadeiras q eles fazem


Pedro 13/03/2022minha estante
Porque esse livro tem esse tanto de páginas? Já outros comuns tem 200 e pouco??? Quero ler dom quixote,tenho esse. Mas achei muito grande rsrs


Leo Ratão 24/03/2022minha estante
Bravo ele é, da pena do Sancho que continua seguindo ele kkk




Rosangela Max 30/03/2022

Muito bom, mas não é o tipo de Clássico que aprecio.
Dom Quixote seria o paciente perfeito para o Alienista de Machado de Assis.
Nunca li sobre um personagem mais doido. É tanta loucura que chega a ser divertido ler sobre as aventuras desse homem , que acha que tem como missão de vida ?andar pelo mundo reparando afrontas e desfazendo agravos?, segundo sua própria definição.
Quem sofre com tudo isso é Sancho Pança que, intercalando entre momentos de sanidade e loucura, acaba se revelando tão ingênuo quanto seu amo.
Gostei do primeiro volume. Já quanto ao segundo, achei chatinho. Para esse, a leitura se arrastou.
Para quem curte ler clássicos, é o tipo de leitura obrigatória, mas não significa que temos que adorar. Gostei da experiência, mas não entrou para os meus favoritos.
Sempre que pretendo ler um Clássico, escolho com cuidado a tradução da obra.
Não sou nenhuma erudita, então dou preferência a traduções direta do idioma original e que sejam de fácil entendimento para que eu possa desfrutar, da melhor forma possível, a leitura. Afinal, não é porque é um clássico que deva ser ?sofrido?.
A edição da Ed. Penguin foi a escolha perfeita para isso. Clara, compreensível e sem comprometer a história.
Excelente trabalho de tradução de Ernani Ssó! Super recomendo esta edição!
Bruno Oliveira 30/03/2022minha estante
Então, quando eu enfim encarar esse catatau, vou procurar essa mesma edição! A Penguin sempre manda bem, né? :)


Alex 30/03/2022minha estante
Esse livro é desconcertante de tão louco. A primeira vez que tentei desisti. Anos depois li uma biografia do Cervantes, e depois veio Dom Quixote, então tudo fez sentido.


Rosangela Max 30/03/2022minha estante
Ler esta história é uma aventura que vale a pena. As edições da Penguin são simples, mas de muita qualidade. As traduções também são ótimas. ??


Pati 30/03/2022minha estante
Obrigada pelas indicações. Irei procurar esse para ler.


JurúMontalvao 06/04/2022minha estante
??
tbm curti bem mais o livro 1 e achei o livro 2 mais arrastado mesmo




Ayra 09/07/2020

A parte ruim do livro é que ele acaba. Muito bom mesmo. Vale a pena ler qualquer versão e edição. Porque passar a vida sem ler dom quixote é sinônimo de não viver
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Paulo 14/03/2020

Só se fôssemos todos loucos!
Não é de hoje que eu penso o quão entediante é isso o que nós chamamos de realidade. E alguns podem dizer que estou sendo injusto com a vida, pois no mundo ainda há perguntas sem respostas e belezas naturais para serem vistas. Isso está certo, contudo nossas fantasias não vivem só de respostas e belezas naturais. Queremos sempre mais, e é por isso que a fantasia, a lenda, o folclore, a mitologia, a religião, a literatura, o teatro, o cinema, os videogames e tantas outras artes fizeram e ainda fazem parte da humanidade. E nem por isso somos chamados de loucos. Nunca houve sociedade sem estórias e nunca haverá, pois é inerente do ser humano criar o fantasioso, achar mistérios onde não há e tentar dar significado às coisas, embora elas nem sempre o tenham - ou como dizia Fernando Pessoa "As coisas não têm significado, têm existência. As coisas são o único sentido oculto das coisas."

Por isso repito: a realidade por si só é entediante, sem atrativos, e por isso criamos fantasias. O Lago Ness por si mesmo é apenas um lago, mas se uma sociedade inteira criar a lenda de um monstro habitante daquelas águas, então o lago passa a ter outro significado, passa a ter mistérios e histórias. E até mesmo hoje em dia, numa suposta "era da razão", temos nossas fantasias: uma casa rústica abandonada é apenas uma casa, mas quem crê que nela habitam assombrações deixa de entrar na casa mesmo sem acreditar completamente em lendas de espíritos. E outra, ninguém aqui do Skoob leria um romance que conta a história da rotina de um jovem que acorda cedo, vai para o trabalho e à faculdade, e retorna para casa e faz a mesmíssima coisa nos meses seguintes. Pois essa vida nós aqui já temos. Então para lermos um livro ou entrar numa história nós precisamos de algo que nos prenda nela, algo que nossas vidas reais são incapazes de nos fornecer.

A mente humana sempre foi, então, o meio pelo qual o ser humano sai deste mundo e entra no universo onde tudo é possível. De criar o futuro, o improvável, o inexistente e o impossível.

Nós assistimos aos filmes de super heróis e ficamos absortos, submersos na história e quando ela acaba nós voltamos à nossa realidade. Dom Quixote, por outro lado, acreditou piamente que moinhos de vento fossem gigantes, ou que outras aventuras fossem frutos de feitiços alucinógenos. O louco seria, então, aquele que fica submerso em fantasias por tempo demais? E se todos acreditássemos a vida ser fruto de uma ilusão, aquele que não acreditasse nisso seria tido como louco?

Pode ser que o nosso nobre fidalgo fosse louco, mas uma coisa é certa: ele saiu da realidade para entrar no universo da fantasia e ele viveu lá. Ele escapou, portanto, do tédio da realidade, diferentemente de nós.
Natty 15/08/2021minha estante
Texto brilhante. Ufa!!! Maravilhoso ?????




Lary. 07/03/2022

Dom Quixote de la Mancha, o Cavaleiro da Triste Figura!
Finalmente conheci Dom Quixote de la Mancha, o Cavaleiro da Triste Figura e Cavaleiro dos Leões, junto com seu fiel escudeiro Sancho Pança.
No começo eu achei normal, nada que tivesse conseguido minha atenção. Quando as "aventuras" começaram, eu pensei "nossa, ele só tá causando encrenca, um louco fazendo loucuras" mas com o decorrer dos acontecimentos, percebi que quem era chamado de louco, provavelmente era o mais lúcido entre eles. Pessoas que zombam dos outros, que se divertem com a vergonha alheia, não são sãs, coerentes.
Enfim, a trama do livro lembra muito história de pescador, ou até mesmo histórias que os avós contam para os netos de seus "grandes feitos" na juventude.
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joaoggur 04/10/2021

Ok, um dos melhores livros que já li.
Todos nós já ouvimos falar do clássico de Miguel de Cervantes, mas sinto que ele é pouco comentado a fundo, tal qual pouquíssimo discutido.

Hoje ha grandes discussões no mundo literário: Em after, Hardin é tóxico ou é simplesmente uma vítima do social?
Em Dom Casmurro, Capitu traiu ou não seu parceiro, bentinho, com o melhor amigo dele?

Mas, esse livro do qual resenho, apresenta uma tese tal qual interessante: Quixote, de La Mancha, era louco?

Deixa eu explicar: Dom Quixote era um homem, que mesmo tendo um certo dinheiro guardado, tinha uma vida pacata e tediosa, pois além de seus velhos livros, não tinha nada a que se aventurar. Até que um dia ele coloca um ponto final nessa história: pegou sua espada, seu cavalo, sua armadura e junto com seu fiel escudeiro Sancho Pansa, partem a uma aventura perante o desconhecido, enfrentando grandes perigos.

É de se impressionar, aliás, não só impressionar, mas se embasbacar com a escrita de Miguel de Cervantes. Admito que é inacreditável que tal história esteja habitando entre nós a mais de 400 anos. Miguel consegue não só nos deixarmos presos na história, mas viajarmos no interior da Espanha com o protagonista. Que escrita animal.

E nessa escrita, que mesmo tendo uma narrativa que muitos erroneamente chamam de datada (eu simplesmente ODEIO o termo datado, se quiserem saber mais sobre, abram nas áreas de resenhas aqui do meu perfil e vão até a resenha de Sky Masters: Da força espacial, pois lá deixo explícito a minha repugnância por essa palavra), consegue nos cativar nunca, uma coisa é deixada explícita para nós: as pessoas acham Quixote um louco!
Quem, quem em sã consciência, deixaria as suas terras para uma viagem, como nós livros de fantasia?

Essa discussão perdura por todo o livro, e o terminamos sem conclusão concreta, pelo menos nenhuma apresentada pelo próprio livro?. O que da a brexa para decidirmos.

Ao meu ver, discordo da tese que o livro tanto aborda. Veja bem: Dom Quixote não era louco. Não era mesmo. Dom Quixote só fez algo que pouquíssimos tiveram a energia e coragem de fazer: pegou o seu sonho, de se aventurar como em seus livros favoritos, e simplesmente fez ele. Teve a destreza, a coragem.

Se sonhar é ser louco, então eu também sou louco.

Dom Quixote é sem dúvida alguma um dos meus livros favoritos. A sua combinação de escrita extremamente avançada somada a uma habilidade narrativa impar, torna este tão amado por mim.

Recomendo, independente da sua idade ou bagagem literária, pois é uma perfeição literária.
Silas 04/10/2021minha estante
Resenha fenomenal, que vontade de ler ele agora


joaoggur 04/10/2021minha estante
Obrigado, @Silas!


Greyheart 25/03/2022minha estante
Obrigada pela sua resenha! Me ajudou a optar por este livro como prêmio de uma assinatura (Mescenas) no Clube de Literatura Clássica.




Pedróviz 20/03/2021

Despedida
Todos já ouviram falar no cavaleiro Dom Quixote e seu escudeiro Sancho Pança. Este livro é o relato das suas aventuras. Mais do que isso. É como uma crítica àquele tipo de literatura de cavalaria por demais fantasiosa que se escrevia à época. A obra também enfoca a lealdade, a ganância, a vaidade, a loucura, a sabedoria, a crueldade. Sancho e Dom Quixote são personagens que muitas vezes mostram-se ambíguos, contudo é algo intencional do autor, que certamente deseja que seus protagonistas sejam os mais semelhantes possíveis a seres humanos verdadeiros. As personalidades de Dom Quixote e Sancho Pança são bem descritas ao longo do livro e Miguel de Cervantes é coerente ao longo do livro, que parece ter sido escrito como uma forma de despedida da extinta era da cavalaria andante.
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Cibele.Marques 27/03/2021

Louco não, quixotesco
Dom Quixote se torna cavaleiro e vai em busca de aventuras, com o propósito de ganhar fama e reconhecimento pelo que faz, não mede esforços em suas loucuras.
Todos nós temos um pouco de Quixote. Diante da fria realidade, maquiamos parte de nossa existência em busca de uma vida mais envolvente e significativa. A realidade fica muito mais interessante com uma pitada de criatividade. É na tênue linha entre loucura e imaginação que está o grande debate em torno da obra de Cervantes. Dom Quixote viveu e amou intensamente a realidade que construiu para si. Assim como ele, somos sonhadores, ingênuos e românticos.
Mais do que uma narrativa divertida sobre as desventuras de um fidalgo desequilibrado, o livro é uma sátira que Cervantes faz da Espanha do seu tempo.
Dom Quixote retrata um espanhol incapaz de enxergar a realidade, que prefere viver em um mundo de sonhos para não ter de encarar a dura verdade. Se eu alguns consideram o personagem simplesmente louco, outros o entendem como um sofredor que usa a criatividade para tornar seu mundo menos banal.
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Jorge Luiz da Silva 22/12/2023

Nota máxima para esse livro
Sancho Pança era tido como tolo, mas demonstrou muitas vezes ser inteligente e até chegou a filosofar. Sendo algumas vezes elogiado por seu amo e amigo Dom Quixote. Uma história excelente, gostei demais. Nota máxima.
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Aline.Deodato 01/08/2020

Um louco lúcido e um bobo sábio
Acompanhamos as aventuras e infortúnios do cavaleiro e fidalgo Dom Quixote de La Mancha e o declínio de sua sanidade mental, junto ao seu fiel escudeiro Sancho Pança, sendo mais ponderado e sensato do que seu amo.
O cavaleiro da triste figura imita os heróis e os acontecimentos dos livros do seu gênero favorito, que são as novelas de cavalaria.

Na trajetória dos dois eles conhecem muitos personagens dos lugares por onde passam. Umas estórias são cansativas, já outras são muito interessantes acompanhar, como a do padre, o barbeiro e a sobrinha do fidalgo dando fim aos seus livros, por julgarem que foi o que deu início a sua loucura (VI), e o episódio dos moinhos de vento (VIII).

O enamorado cavaleiro dedica toda a sua coragem à sua amada e idealizada Dulcineia Del Toboso.

Citação do texto de introdução desta edição:
"Cada qual começa a mostrar características contraditórias: dom Quixote tem direito a intervalos lúcidos, derivados das teorias médicas contemporâneas acerca da natureza da loucura, e Sancho obtém a astúcia e certa sagacidade da figura do camponês dos contos populares. Os dois ganham profundidade e complexidade."

Ainda que os "feitos" de Dom Quixote sejam devaneios seus, o romance tem cunho realista e diálogos muito sábios entre Sancho e seu amo.
O livro é uma sátira às novelas de cavalaria.
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Rhana 26/04/2022

Bem meio a boca
O livro não é terrível, mas também não é lá essas coisas, acho que o livro original deve ser bom, mas a versão resumida em quadrinhos é bem fraca, além de que meu ritmo de leitura com esse livro foi péssimo! Que leitura massante!!(mesmo sendo bem curto).
Acho que o fato de não estar lendo por vontade própria só piorou a situação (escola sempre trazendo livros ótimos!).
Enfim... O livro pode ser lido por todos, acho que não tem nenhum gatilho, ele não é tão ruim, acho que é algo mais pessoal, mas pra mim não rolou.
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Eri 25/03/2021

O Gênio, Dom Quixote De La Mancha
A obra narra as aventuras e desventuras de Dom Quixote, um homem de meia idade que resolveu se tornar cavaleiro andante depois de ler muitos romances de cavalaria. Providenciando cavalo e armadura, resolve lutar para provar seu amor por Dulcineia de Toboso, uma mulher imaginária. Consegue também um escudeiro, Sancho Pança, que resolve acompanhá-lo, acreditando que será recompensado. Um valoroso guerreiro, cavaleiro, poeta, filósofo; sem dúvida o minha obra favorita.
Sancho um escudeiro fiel, engraçado, atrapalhado, mas um personagem que fez uma diferença enorme na obra, com sua pouca sabedoria e seus belos ditados completava o espaço que o gênio, Dom Quixote não tivera, a realidade, apesar de voltar a ela, com um final triste, no entanto feliz pela força e coragem do nosso fidalgo; com um turbilhão de emoções encerro o livro com lágrimas nos olhos, em saber que nunca mais teremos continuação; não sendo real, mas nos passando e ensinando muito sobre a vida, de forma cômica, todavia com um toque de seriedade; Dom Quixote de La Mancha, ficará marcado por todos séculos e séculos.
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Evy 21/01/2021

Volume 1
Já tinha lido uma adaptação de Dom Quixote e todo mundo conhece a sua história de loucura e paixão! Mas não estava preparada para me apaixonar tanto pela história e por seus personagens tão bem construídos. É considerada a maior obra da literatura espanhola e o segundo livro mais lido no mundo todo! E ainda vem abrir caminho para o romance moderno, já que foi o primeiro desse gênero a ser publicado em 1605 e vem influenciando várias gerações de autores a partir daí.

Neste primeiro volume somos apresentados a Dom Quixote, um homem em seus cinquenta anos, apaixonado pela leitura de romances de cavalaria e que de tanto ler começou a confundir realidade com fantasia, resolvendo imitar os heróis das páginas e partir em busca de grandes aventuras. Se veste como pode para parecer um cavaleiro, junta algumas armas, incluindo uma lança, monta em seu cavalo Rocinante e parte, a princípio sozinho, para suas aventuras.

Já logo no início encontra uma estalagem que imagina ser um castelo e pede ao dono do lugar, que em sua imaginação é um cavaleiro, para ordená-lo. E ali mesmo já se embrenha em sua primeira confusão ao confundir um bando de camponeses com inimigos, atacando-os e saindo bastante machucado dessa primeira aventura, mas feliz por ter sido sagrado Cavaleiro.

Preocupada com sua saúde mental, sua sobrinha pede ajuda ao Padre que logo o diagnostica como louco e decidem queimar todos os seus livros que foram os causadores do problema. A parte em que separam os livros que vão ou não à fogueira, é muito interessante e cheia de referências. Quixote vê tudo isso como obra de seu pior inimigo e nada curado, convence Sancho Pança a se juntar a sua jornada em busca de vingança.

A partir daí são cenas, engraçadíssimas e tristes de dar pena também das sem razões de Dom Quixote. A cena dos Moinhos de Ventos é tão emblemática, bela e engraçada como imaginava e faz juz a sua fama. Ressalto também a cena em que ele encontra dois sacerdotes levando a imagem de uma Santa e que ele imagina ser uma princesa sequestrada, tentando salvá-la. Nesta cena, Sancho o batiza de "Cavaleiro da Fraca Figura". As discussões entre ele e Sancho também são muito engraçadas, com Sancho sempre tentando trazê-lo à razão e Quixote mantendo-se em seu encantado mundo de fantasia.

Duas outras cenas impossíveis de esquecer e que com certeza ficarão na memória, é a cena do castelo encantado com sua princesa errante, uma das cenas mais engraçadas que já li e que me fez literalmente gargalhar e a infeliz cena em que ele liberta alguns prisioneiros pois julgou seus crimes inofensivos, e é agredido e roubado pelos mesmos. A tristeza de Quixote após esse episódio partiu meu coração.

A narrativa é um pouco complexa com palavras que não são usuais, mas nessa edição da coleção Clássicos da Editora Abril, havia notas de rodapé explicativas que ajudaram bastante na compreensão da obra. Além disso, essa edição traz vários textos complementares e até as reproduções dos documentos de taxação necessários às publicações da época que também ajudam a entrar no clima da leitura.

E finalizo a minha resenha desse primeiro volume, com uma citação que acalenta nossos corações nesse período tão difícil:

"Todas estas tempestades que nos sucedem são sinais de que logo há de vir a bonança e hão de sair-nos bem as coisas, porque não é possível que o mal nem o bem sejam duradouros, e daí se segue que, havendo durado muito o mal, o bem já está perto".

Recomendo muitíssimo a leitura!!
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