Lari | @leiosonhando 04/11/2020Um dos melhores livros da minha vida!Falar sobre um dos livros mais legais que já li na vida é uma tarefa muito difícil!
A Libélula no Âmbar é o segundo livro da série Outlander publicada pela Arqueiro e que já foi produzida para TV pela Starz. Tem na Netflix gente!
Quando comecei a ler achei que tinha pulado algo do primeiro volume porque este livro não é uma continuação cronológica do primeiro e eu fiquei com cara de ué.
No início do livro nos deparamos com a Claire na meia idade, viúva de Jack e acompanhando sua filha adulta em uma viagem para Inverness. COMO ASSIM MINHA GENTE?
Elas viajam para o funeral do Reverendo, o do primeiro livro, e são recepcionadas pelo (lindo) filho adotivo dele e também historiador. Claire aproveitará esta viagem para investigar o destino de seus amigos das terras altas após a batalha de Culloden, e lógico o destino de Jamie.
Roger e Brianna não conseguem entender a fixação que a mãe tem pela história da escócia e pelo misterioso James Fraser, até ela se deparar com uma pintura em um museu, ao olhar para a pintura Brianna sente como se estivesse olhando no espelho, tamanha semelhança com a mulher retratada. Ao ser confrontada, Claire decide contar toda a verdade à sua filha.
Ao revelar sua viagem ao passado e a real paternidade à sua filha, Claire também nos conta a história que está na lacuna entre os dois livros, sobre a chegada dos Fraser à França, suas tramas na esperança de minar a Guerra de Charles Stuart e a batalha de Culloden. As descobertas histórias de Roger e Brianna tornam esta narrativa mais rica em detalhes e é possível ter uma imagem bem clara de tudo o que o casal enfrentou por seus ideais e sentir o tamanho do amor que Claire ainda sente por James Fraser.
Esta forma de escrita traz um suspense e mistério que fica impossível largar o livro, eu não conseguia parar de pensar sobre o assunto. São 945 páginas que nem percebemos ler, que faz nosso coração doer com a saudade que Claire sente de Jamie e nos angustia cada vez que ela não encontra o nome dele em algum dos documentos históricos que procuram.
A autora se supera ao fazer um segundo livro tão bom (senão melhor) que o primeiro, com um casal que possui um amor tão lindo que é impossível não se encantar por eles, costumeiras revelações bombásticas, muitos detalhes históricos que enriquecem a trama e um final de tirar o fôlego.
"– Eu a encontrarei – murmurou ele em meu ouvido.
– Eu prometo. Ainda que tenha que suportar duzentos anos de purgatório, duzentos anos sem você, esse será meu castigo, que eu mereci pelos meus crimes. Porque eu menti, matei e roubei; traí e quebrei a confiança. Mas há uma única coisa que deverá pesar a meu favor. Quando eu ficar diante de Deus, eu terei uma única coisa para contrabalançar o resto. Sua voz diminuiu, até quase se transformar num sussurro, e seus braços apertaram-me com mais força.
– Meu Deus, o Senhor me deu uma mulher especial e, Deus!, eu a amei demais."
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