Como me tornei estúpido

Como me tornei estúpido Martin Page




Resenhas - Como Me Tornei Estúpido


92 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Maurício 23/11/2010

Estou espantado com as opiniões majoritariamente negativas por aqui. O livro, apesar da escrita simples e do pequeno número de páginas, traz uma visão cômica, romântica e ingênua sobre a relação ignorância/felicidade. Antoine é propositalmente mesquinho e, por isso, cativante. Martin Page acertou em cheio ao utilizar um humor sutil (a passagem da cerveja é maravilhosa, sem falar na ideia fantástica de um curso preparatório para suicidas) e delicioso de se ler.

Um livro pra ser lido em um fim de semana e relido em vários outros durante a vida.
Silvana (@delivroemlivro) 26/11/2010minha estante
Maurício, concordo com você. Mas infelizmente muitas pessoas não tem o entendimento necessário para alcançar as sutilezas desse humor fino e requintado. Só entendem humor tipo "zorra total". Ironia e sagacidade necessitam de inteligência para serem absorvidas.


Ginger 10/07/2011minha estante
Silvana, você falou tudo kkkk


Géssica Ferreira 18/08/2011minha estante
É, devo concordar com a Silvana.


scicilla 14/12/2011minha estante
ainda não li o livro, mas dei de presente para uma colega e ela disse que gostou muito! Eu o comprei justamente por tudo que o Maurício disse, havia lido várias sinopses, resenhas e críticas do livro e me atrai.
Ainda o lerei, pois gosto exatamente desse tipo de roteiro, simples, sutil, talvez até sarcástico e irônico, que nos faz pensar sem querer...


Niceli 06/06/2012minha estante
Não sei, eu gostei bastante do livro e sempre lembro de algumas passagens dele de vez em quando. Ele parece um livro ingênuo mas não é, tem muita cutucada e coisas para refletir. O tom que ele foi escrito é perfeito, por essa sutil contrariedade, que chega a enganar os menos atentos. É um livro sensível. Mas gosto é gosto, sempre há as pessoas que não se identificam, e paciência... E críticos gostam de levar esse verbo só pro lado negativo. Foi um livro que mexeu bastante comigo, e eu analiso se um livro é bom quando eu páro bastante tempo pra pensar nele.


Anne 03/11/2012minha estante
Estou gostando do livro, era o tipo de leitura que estava à procura.


thaugusto 09/02/2014minha estante
Maurício, comecei a ler este livro na época do lançamento e, ao comprar outro do Page, decidi recomeçar e terminar a leitura.

Concordo com todos os seus comentários. Gosto da escrita simples, da ironia, mas sinto que falta algum elemento que coloque Antonie como um excelente personagem.

Talvez seja a época em que li, isso é ponderável. Porém, apesar disso, não gostei do desfecho. Tive a sensação de que, após seu manifesto inteligência / estupidez, o fim foi estranho. Não que eu esperasse uma revolução, mas como chegou-se a ele de maneira tão rápida, acabou me deixando descontente.




Ginger 09/09/2010

Para todos os que sabem o preço de uma personalidade.
Para todos que ja se sentiram sozinhos por terem pensamentos diferentes, para todos os que sentem que não se aplicam, para todos os que são julgados de forma injusta por não seguir um padrão social, para os românticos de plantão, para os que ainda não se acomodaram e veem a vida com olhos de amor, para aqueles que AINDA acreditam na felicidade plena, não aquela felicidade que se vê nas novelas ou em casais recem casados que só vão durar alguns meses, mas a felicidade plena que só se encontra dentro de si mesmo.

"Por um momento teve medo de perder a sua singela timidez e juntar-se ao bando dos que nos desprezam se não os dominamos; mas, graças a uma vontade obstinada, soube conservá-la como um oásis da sua personalidade. Apesar de ter recebido numerosos e profundos ferimentos, isso em nada lhe tinha enrijecido o caráter; ele guardava intacta a sua extrema sensibilidade, que, como uma fênix, renascia mais pura que
nunca cada vez que era maltratada e morta. Enfim, se acreditava razoavelmente em si mesmo, esforçava-se por não acreditar demasiadamente, por não concordar facilmente com o que ele próprio pensava, pois sabia como as palavras do nosso espírito gostam de nos prestar serviço e nos reconfortar logrando-nos."
comentários(0)comente



Tiago Ceccon 23/06/2010

Pseudo-intelectualismo e elitismo em quantidades exorbitantes. Não é surpresa que as pessoas gostem tanto desse livro... o prazer de se sentir superior às pessoas "comuns" é um atrativo cada vez mais procurado hoje em dia.
su fern@ndes 23/06/2010minha estante
"o prazer de se sentir superior às pessoas "comuns" é um atrativo cada vez mais procurado hoje em dia".
triste verdade...


luqueta 17/01/2012minha estante
ae Tiago ri a beça com o livro me diverti...mas teu comentário é bem pertinente

parabéns


Anderson.Martins 26/02/2016minha estante
Você disse tudo o que eu gostaria de dizer sobre esse livro. Há uma necessidade do personagem de se sentir superior aos demais seres humanos. Como se a humanidade se dividisse entre os seres supremos e mal sucedidos e os estúpidos e bem sucedidos. É quase como tentar justificar seu insucesso pela supremacia. Há uma análise bem maniqueísta da sociedade. A veia elitista é gritante!!




E. Dantas 25/10/2011

Ahn?!
Acabo de dar um sorriso de lado pois terminei esse livrinho de Page, e, ao coloca-lo na estante ( minha estante tem essa pretensão de colocar-se em ordem alfabética ) verifiquei que ele pousou bem ao lado do Mr. Palahniuk. "Conveniente", pensei.
Poderia listar aqui 5.384 semelhanças entre o Americano e o Francês, mas sabendo do triste fim que minha vida poderia levar ao fazer isso - sabendo que ambos têm lá seus torcedores fiéis - decidi mentir. Portanto, não. Nada a ver.

"Como me tornei estúpido" é um livro que se apresenta de forma simples e sincera. Page não tem receio de filosofar enquanto pula da comédia para a poesia apresentando fantasmas que poderiam muito bem terem saído de um filme do Didi, e personagens fantásticas e cativantes bem à Amelie Poulain. O pensamento egocêntrico-genuíno do protagonista é puro, cheio de preconceitos e julgamentos, porém sempre correndo em direção do próprio. O fato é que um livro sincero é sempre um bom livro. E talvez seja essa honestidade que gera a controvérsia sobre os preceitos do camarada Page. Uns acreditam que o livro muda a visão do corriqueiro; outros se sentem confortados por uma visão similar à própria; Há quem queira desferir golpes violentos de machado no saco do rapaz por sentir-se agredido; E existe também quem simplesmente curte o exercício de Page com toda imparcialidade do mundo ( muito embora essa imparcialidade seja a descrição exata do estúpido que Page constrói).
Eu estou nessa última classe.

E cabe a você então participar desse desafio. Perceber onde caber-se-ia ao ler essa levemente poética obra que nos deixa escrevendo assim, como um infame. E no fim de tudo pensar "ele poderia ser o Palahniuk francês...", mas não...não diga isso...

beijos e inté!

comentários(0)comente



Tati 23/12/2020

Como eu já era meio estúpido quando me tornei estúpido
Antoine é um rapaz de 25 anos maltratado pelo peso de sua inteligência na sociedade. De fato, todos sempre o reconheceram por ser inteligente, questionador, crítico... Ele é leal aos seus princípios de uma forma que chega a ser carrasca de si e também dos outros. Todavia, ser dessa maneira o priva, em muitos aspectos, de construir relações sociais mais corriqueiras e também de consumir outras promessas mais simples de felicidade.

Determinado a mudar sua forma de viver e buscando solucionar seus problemas a partir de uma reaproximação com os demais membros da sociedade, primeiro tenta encontrar respostas no alcoolismo, para o que descobre não ter talento, e então para o suicídio, para o que se percebe sem motivação. Conclui que o melhor meio seria então tornar-se estúpido, pois não há nada que faça mais sucesso na sociedade do que "parecer inteligente", ao passo que efetivamente sê-lo não lhe trouxe os mesmos louros.

Escrito com um teor sarcástico fenomenal, a construção da história se faz de forma bastante curiosa e cômica. Acompanhamos as respostas já meio estúpidas de um personagem tão demasiadamente inteligente, e, conquanto tenhamos algum grau de identificação com seu isolamento decorrente do simples exercício do pensar em uma sociedade de autômatos, também somos forçados a perceber sua imaturidade e a fragilidade de seu pensamento. Isso torna a narrativa saborosa e, ao mesmo tempo, inusitada, permitindo uma leitura rápida e leve que pode garantir boas risadas.

O defeito, contudo, vem em direção ao arremate da obra. Resoluções drásticas, apressadas, que gritam "deux ex machina", parecem sugerir que o autor perdeu o gosto por construir a própria obra e a finalizou de qualquer jeito. Mesmo assim, ainda se trata de uma leitura fluida que indico sem medo, pois a construção da decisão do personagem quanto a se tornar estúpido talvez não nos seja tão pouco familiar e, em tempos de busca pela autenticidade, quem nunca achou que, de alguma forma, precisava também em certa medida se adequar?

Após a leitura, a questão que fica não é se valeu a pena ler "Como me tornei estúpido", mas sim até que ponto tornar-se estúpido ou mais adequado vale efetivamente a pena.
comentários(0)comente



Anica 11/10/2011

Como me tornei estúpido (Martin Page)
Há tempos ouço falar de Como me tornei estúpido do francês Martin Page. Pela premissa (jovem decide se tornar estúpido, como o título indica) eu já tinha mais ou menos ideia do que encontraria, mas mesmo assim minha surpresa com esse livro foi enorme, e muito positiva. Enquanto lia a história de Antoine ficava pensando “Por favor, que o Page já tenha escrito mais coisas porque depois desse vou querer ler mais!”. Tudo é cativante. O jeito de contar a história, as sacadas geniais de Page, o protagonista… É daqueles casos em que o único aspecto negativo que você pode encontrar para o livro é o fato de ele ser muito curto (só 158 páginas, em um formato quase do tamanho de livro de bolso).

Em Como me tornei estúpido temos Antoine, um rapaz de seus vinte e tantos anos que se dá conta que é infeliz por causa de seu senso crítico e inteligência. A primeira saída que encontra para o problema é o alcoolismo – esse momento é o que Page usa para já alertar o leitor que seu livro é cheio de humor, e principalmente humor nonsense: Antoine não consegue se tornar alcoólatra porque com meio copo de cerveja já entra em coma. Ele busca então o suicídio, e um curso para tal, mas logo acaba deixando de lado a ideia. É aí que começa o projeto de se tornar estúpido.

Apesar da narrativa breve, Page não tem pressa em desenvolver a personagem. No ponto em que Antoine decide se tornar estúpido ele já é uma pessoa palpável, tem traços daquele seu amigo nerd meio deslocado ou mesmo seus. O resultado disso é que não há só uma identificação imediata, mas também a conquista do leitor, que encantado se deixa levar para aquele universo de tradução para o Aramaico e amigo que brilha e fala apenas em versos, por exemplo. Antoine é doce em toda a sua bizarrice, e interessante em toda sua inteligência e questionamentos, por isso não tem como não ficar curioso em observar o processo desse tornando-se estúpido.

Como já mencionado, o tom principal da narrativa é o humor nonsense, envolvendo situações bastante inusitadas (como o fato de Antoine continuar se consultando com o pediatra) e outras extremamente ácidas como crítica à nossa sociedade de consumo, aquela eterna roda vida em que nos surpreendemos justamente na idade de Antoine: trabalhar para pagar contas, comprar o que os outros pensam que é bom, querer ser a pessoas que os outros querem.

E muito embora a mensagem mais evidente seja justamente a dessa crítica (como quando Page diz “Se a natureza não estropiasse ninguém, se o molde fosse sempre sem falha, a humanidade teria permanecido numa espécie de proto-humanidade, feliz, sem nenhum pensamento de progresso, vivendo muitíssimo bem sem Prozac, sem preservativos nem aparelho de DVD dolby digital“) o que realmente chamou minha atenção foi o quanto na realidade Antoine se sentia deslocado por conta de sua inteligência, e que o projeto para se tornar estúpido visava mais do que ser feliz, mas simplesmente de fazer parte.

Percebo isso em momentos como quando ele fala do bar islandês que frequentava com os amigos, onde “Antoine tinha notado que aqui, ao menos ele tinha uma razão lógica para não compreender o que diziam as pessoas.” Ou quando já iniciado o plano, percebe que “já não era mais singular, ele se reconhecia nos outros como em espelhos vivos; o que lhe poupava muitos esforços“. Toda a transformação da personagem não é de um sujeito inteligente para um idiota, mas apenas de um indivíduo único para uma pessoa comum.

Seguindo essa leitura, a chegada de Cleménce no desfecho da obra marca o momento em que Antoine não tenta se transformar para deixar de ser deslocado, mas encontra alguém como ele. A imagem final, dos dois brincando e assombrar em Paris é linda, e mostra que Como me tornei estúpido não é só um livro de humor, é muito mais do que isso.

É realmente apaixonante. Se ainda não leu, deixo o conselho de que procure um livro para você, porque o desejo de grifar trechos aumenta a cada página virada. Page é mais do que um escritor moderno, ele é daqueles que sabe captar muito bem as angústias de seu tempo e colocá-las no papel de forma crítica, mas sem perder o senso de humor. Genial, vale cada segundo de leitura.
comentários(0)comente



Leon' 07/05/2009

Como me tornei um gênio
Se você ler este livro como um passatempo, vai achar que tudo que está escrito ali é o que o autor pensa, mas não, leia o livro ao crontrário. O livro é de uma profunda crítica e autocrítica, expõe ao ridiculo nossos hábitos mecânicos e o consumismo involuntário. É também um texto muito engraçado, com o melhor do humor negro e sacarstico, muito bem escrito (li também no original) e autêntico.
Não tem nada de literatura contemporânea que eu possa recomendar mais (para o leitor literario)
comentários(0)comente



Charlon 02/11/2013

Péssimo enredo, ótima crítica.
O livro conta a história de Antoine, um cara muito inteligente, mas que de tão inteligente, acaba não conseguindo viver dentro da sociedade atual, acostumado a questionar qualquer mínima ação que irá tomar, e a ser muito crítico com os padrões da sociedade, se vê prejudicado por não conseguir viver como qualquer outra pessoa, e decide se tornar... estúpido. Fora essa introdução, não irei mais falar da história em si, pois qualquer comentário vira spoiler.
Bem, o livro é bom no que propõe em cima das críticas. O autor procura criticar a forma de viver e a falta de personalidade da sociedade em geral. A história é toda ambientada em função de mostrar como toda a sociedade é estúpida, de todas as formas, e tem críticas muito bem fundamentadas, mas algumas já bem populares/modinhas (estúpidas), tipo falar mal da Coca Cola ou do Mc Donalds, mas num todo, a proposta do livro em cima disso é bem sucedida.
Fora isso, a história é muuito fraca. Deixou muito a desejar, tem uma narrativa engraçada até, bem irônica, mas tem um enredo previsível e em muitas partes é cansativa, do tipo que o autor escreve, escreve, e não sai do lugar, mesmo o livro sendo pequeno.
O personagem principal (e todos os outros) não tem carisma nenhum, vc espera encontrar um personagem critico, inteligente, seguro de si, etc... mas depara com um personagem que aparenta ser tipo aquele nerd lesado que todo mundo zoa na escola, só que no caso, esse é zoado pela vida.
Não me atraiu em nada a história em si, totalmente descartável, o autor só quiz ir fazendo o personagem chegar em um ponto, em que ele pudesse demonstrar o quão estúpido é o pensamento atual da sociedade e a própria sociedade em si, e fez bem.. mas somente na parte crítica mesmo, pois a história foi totalmente previsível e o final bem fraco.
Jon 27/02/2015minha estante
Também não consegui enxergar a genialidade desse livro. Personagens chatos e piadas forçadas. A ideia é boa, mas mal executada.


Carlos Patricio 04/04/2016minha estante
vais curtir esse vídeo, hilário! ^^ rs
A IGNORANCIA É UMA BENÇAO:
https://www.youtube.com/watch?v=1A6951Ld-zY




Biasdfg 30/04/2010

Seria estupidez querer ser estúpido?
Talvez não! pior que isso, Antonie acreditava ser essa a sua salvação pra continuar a levar a vida... Ele até foi em um curso de suicídio ou coisa do tipo...

Muito legal. é o que posso dizer desse livro. Poucas páginas e de linguagem sábia e inteligente, Como me tornei Estúpido é engraçado e ao mesmo tempo impactante, pelo menos pra mim foi, primeiro por que traz uma construção acerca do que é o intelectualismo e todas as suas falsas formas, segundo porque como todo bom livro traz umas verdadesinhas nas entrelinhas que mesmo já conhecendo todas é sempre bom saber que alguém no mundo se importa...

comentários(0)comente



LangDLivia 11/01/2022

Sabe, desculpa mesmo, Martin Page, mas eu achei o seu livro muito pretensioso, parece ter sido escrito pelo menos pior dos jovens mesquinhos que gostam de falar que fazem terapia.

De primeira, achei a tradução do Nougué muito ao pé da letra, mas ao longo da leitura isso deixou de me incomodar.

Apesar de ter achado o livro estúpido por várias vezes, eu até que consegui me divertir com a leitura.

Sobre a crítica à revolução sexual, fiquei surpresa de encontrá-la aqui.

Agora sobre o coitado do Antoine, no início eu lia os pensamentos dele e imediatamente pensava "estúpido, chato, idiota, vergonhoso, mesquinho, fraco..." e outras coisas.

Ele é fraco e não aceita a própria realidade, vive reclamando por ser inteligente mas essa reclamação me pareceu muito mais uma forma de se gabar do que qualquer outra coisa.

Como diria Gabriel Syme, revolta em abstrato é... revoltante. É mero vômito.
É o que sinto a respeito de toda essa revolta de Antoine.

Eu achei todos os outros personagens bem repulsivos... Com exceção do próprio Antoine ao final do livro, acho que a estupidez fez bem pra ele, apesar de tudo.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Juliana 24/01/2011

Absolutamente genial. É o tipo de exemplo de uma boa idéia muito bem desenvolvida. Diferente do que encontramos por aí, geralmente ou é uma boa idéia mal direcionada, ou um bom texto sem nenhuma boa idéia ou bom desfecho. Martin Page conseguiu unir o útil ao agradável e escreveu a história de um cara muito inteligente, que por causa disso não conseguia se adaptar à humanidade (é comum a maioria dos pedantes se identificar com o personagem, eu mesma sou um deles). Ele não comprava nada que tinha procedência duvidosa, nada que de alguma forma ou na origem ou no processo prejudicava alguém, e vivia de muito pouco. Não conseguia manter um bom diálogo porque as pessoas são pessoas né? Gente estúpida que se superestima demais, cheia daquelas frases e idéias clichês, e etc. E isso o angustiava muito, pois ele queria se igualar a elas para ser feliz em sua ignorância. E este é o enredo do personagem: a busca pela estupidez. Dessa forma ele tentou se tornar um alcólatra, como uma forma de se alienar ao mundo, mas não foi feliz. Depois tentou ser um suicida, mas também não teve sucesso. Tentou ser um capitalista rico, e conseguiu, afinal era muito inteligente, mas também não foi feliz. É uma história divertida (algumas passagens são hilárias) e bem escrita, e o final é genial. Dei 5 estrelinhas achando pouco.
comentários(0)comente



renatocaldas 06/07/2021

Inteligente, sarcástico e elucidativo
Esse livro, em diversos momentos, me faz lembrar "Entrevista com a Pedra" de Nigel Goodman. Muito inteligente, lavado de sarcasmo e bastante elucidativo sobre muitas ideias de como devamos (ou não devemos) levar nossas vidas. Antoine é um personagem cativante, com certo tom de frieza mas que, no fim, parece apenas precisar de um pouco de experiência para ser quem ele realmente é, sem sentir o pesar disso. Recomendo por ser uma leitura com tudo isso de bom, além de ser relativamente rápido com menos de 200 páginas. Mas não se iluda: a leitura é bastante densa de ideias.
comentários(0)comente



92 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR