Triângulo rosa

Triângulo rosa Jean-Luc Schwab...




Resenhas - Triângulo Rosa


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MaxReinert 12/06/2011

Triângulo Rosa ... ou... o mundo tem dessas coisas!
“Você foi considerado culpado de um delito punido pelo parágrafo 175. A luxúria entre homens é todo comportamento que seja contrário à moral e acarrete na ação de um no corpo do outro, no caso, masturbação mútua. Você não pode se escudar em seu instinto mórbido para justificar suas dificuldades de abandonar a prática sexual com homens. Só podemos exigir de você um controle melhor de si mesmo. Você, um estrangeiro nascido na Alemanha, deveria ter feito de tudo para reprimir esse instinto antinatural, uma vez que sabemos qual é o perigo que a luxúria entre homens representa para todo o povo alemão! De qualquer modo, é isto que justamente exigem de todos e qualquer um os bons costumes deste país. A pena que lhe foi imposta leva em consideração, por um lado, a duração prolongada de suas relações antinaturais (mais de dois anos) e, por outro, o fato de que elas se limitaram à uma única pessoa com a mesma orientação sexual que a sua. Você limitou, assim, a propagação desse mal contagioso. Em vista da natureza desses fatos, os seis meses de prisão sentenciados nos parecem satisfatórios.”

(fala do juiz ao pronunciar a sentença do julgamento de Rudolf Brazda em 14 de maio de 1937)

“Se continuarmos assim, nosso povo corre o risco de ser aniquilado por essa praga.”

(Discurso feito pelo Reischerführer SS Himler, referindo-se à homossexualidade, em 18 de fevereiro de 1937)

Acredito que não exista nenhuma outra “unanimidade” tão grande quanto a repulsa ao nazismo. As atrocidades cometidas durante os anos da segunda guerra mundial são exemplos que a humanidade guarda de como não agir em relação aos outros. Perseguições e discriminação motivadas por preconceitos raciais, políticos e, também, sexuais.

E é um pedaço dessa história que encontramos no livro “Triângulo Rosa – Um Homossexual no Campo de Concentração Nazista” de Jean-Luc Schwab a partir das narrativas de Rudolf Brazda e, obviamente, uma apurada pesquisa histórica, lançada há pouco pela Mescla Editorial. (Os trechos acima são parte do livro)

Mas, o que mais me chamou atenção no livro, por incrível que pareça, não foram os horrores descritos por ele, afinal já existe uma produção cinematográfica abundante que nos mostra, literalmente, como foram difíceis aqueles tempos (A Lista de Schindler é um “documento” que deveria ser estudado nas escolas).

O que mais me chamou atenção no livro são os discursos utilizados pelas autoridades nazistas para condenar Rudolf Brazda (e mais 50 mil homossexuais deportados) pelo seu “crime”. A maneira como a “moral” de uns foi (e ainda é) imposta aos outros (mesmo que a “imoralidade” tenha sido praticada somente por “iguais”).

Um discurso que vemos ser reproduzido ainda hoje, seja na Uganda (esse país tão subdesenvolvido), seja pelos nossos nobres deputados, que teimam em infligir aos homossexuais uma pecha de “destruidores da moral e dos bons costumes”. Que teimam em associar (como se fazia na época nazista) a homossexualidade à pedofilia, à zoofilia e à “destruição da família”.

O mais irônico de tudo é que os “defensores da moral e dos bons costumes” insistem em associar os ativistas gays aos nazistas (nos acusando de tentar criar uma ditadura homossexual), criando uma lógica tão impossível que só faz sentido dentro da linha de raciocínio deles. Essa linha de raciocínio torta que cria momentos tristes na história da humanidade… tais como, o próprio nazismo.
ewerton 23/11/2011minha estante
Tenho 18 anos , estou adquirindo o habito literário e almejo o livro ,?Triângulo Rosa ? Um Homossexual no Campo de Concentração Nazista?,como presente, alem do mais como recurso para que meu gosto e interesse pela leitura se propagem.Estou estudando ainda , viso que o habito tem como fundamentação no desenvolvimento intelectual e espiritual de cada individuo,enriquecimento cultural,desta forma seria de tamanhã gratidão e satisfação o ganho deste livro( ou outros ).Desde ja agradeço a compreensão de todos.

ewertongreenday@gmail.com




Camila Westphal 21/05/2020

Extraordinário
É triste saber que tudo o que o senhor Rudolf Brazda e milhares de outras pessoas passaram não faz nem 100 anos. Me dói ler sobre livros que tratam sobre o holocausto, porém eu reconheço a necessidade de dar voz a esses sobreviventes de um período tão sombrio da nossa história.
?Aos homossexuais em geral, ele lembra (Rudolf no caso) que, se para boa parte do mundo ocidental as leis não mais impõem um modelo de vida que contrarie a sua natureza profunda, as conquistas recentes e a maior tolerância estão longe de ser definitivas e usufruídas universalmente. Assim deve-se continuar alerta, lutar e avançar. ?
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Nina 05/10/2023

Nunca perdoaremos
A história é um apanhado da vida de Rudolf Brazda e não há uma descrição detalhada dos dias de encarceramento, como os títulos sugerem.

A importância maior do livro é do resgate da memória, afinal a escala inimaginável do extermínio do povo judeu perpetrado pelos nazistas faz com que a mesma violência aplicada a outros grupos minoritários, como povos ciganos, grupos religiosos, deficientes físicos e/ou mentais, e no caso deste livro, os homossexuais, seja praticamente apagada.

Elias Wiesel disse "esquecer os mortos seria como matá-los pela segunda vez" e em tempos sombrios, quando novamente essas ideias odiosas têm voltado a ganhar força, é nosso dever relembrar e não relativizar nada.
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Canafístula 12/10/2012

Triângulo Rosa, de Rudolf Brazda com Jean Luc Schwartz
Quem me conhece bem sabe o quanto sou aficcionada por Segunda Guerra Mundial e tudo o que a envolve. Sem querer me gabar, mas já li muito sobre o tema, já assisti dezenas de documentários, filmes e séries sobre o assunto, portanto sempre que eu acho que já vi de tudo sobre isso, tudo mesmo, aparece algo novo e me surpreende. Foi o que aconteceu quando peguei “Triângulo Rosa” para ler.

Eu sabia que os homossexuais haviam sido perseguidos pelo regime nazista, mas nunca tinha lido um relato de um homossexual que de fato foi para um campo de concentração por conta de sua orientação sexual e sobreviveu para contar a história. A história de Rudolf Brazda, apesar de pouco conhecida – o livro foi publicado aqui no Brasil por uma editora pouco conhecida e o preço é bem salgado – nos revela detalhes cruciais de como os nazistas empregaram a perseguição aos homossexuais.

Se formos comparar com os judeus, os homossexuais não sofreram tanto, como o próprio Rudolf destaca durante a obra. Claro que eles sofreram muito, mas foram afortunados se comparados com outras minorias que também foram perseguidas pelo nazismo.

O livro, além de contar uma parte obscura da história que poucos conhecem, nos mostra a visão de uma pessoa que esteve em um campo de concentração que foi muito “popular” durante o império de Hitler, mas do qual há poucos relatos: Buchenwald. O autor conta os diversos modos de tortura que eram realizados naquele campo – como a temível pedreira -, a crueldade dos kapos e o assassinato de prisioneiros soviéticos a sangue frio pelos alemães.

Apesar de todos esses pontos importantes, eu achei o livro mal escrito, mas creio que a culpa não seja do autor, mas sim da editora. Alguns errinhos de coesão e semântica são perceptíveis, mas nada que te enfureça demais. Mas creio que seria legal se a editora publicasse uma outra edição revisada, porque um livro relativamente curto com erros não faz nem um pouco juz ao preço do qual está sendo vendido.

Tirando isso, a leitura é recomendadíssima – para conhecer uma parte da história que infelizmente é desconhecida pela maioria e para refletirmos também, porque em pleno século XXI ainda vemos que atos tão terríveis quanto os do livro ainda são praticados contra a comunidade homossexual, o que é lamentável. Muito tempo se passou, pouco evoluímos.

Essas e muitas outras resenhas você encontra no blog A Última Canafístula. Visite http://aultimacanafistula.blogspot.com/
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Pri Paiva 04/09/2022

A História do último sobrevivente gay de Buchenwald.
O livro traz o relato dolorido da vida de Rudolf durante todo o período nazista na Alemanha.

Sabemos que tiveram muitos grupos presos e mortos pelos nazistas na segunda Guerra mundial, não somente os Judeus.

Nesse livro, a gente conhece o relato de somente 1 dos milhões de Gays mortos nos campos de trabalho forçado e nos campos de extermínios durante a segunda grande guerra que devastou a Europa.

A dor de se manter longe da família e presenciar a morte diariamente são feridas que nunca cicatrizaram.

Durante sua juventude, Rudolf não consegue se sentir respeitado e livre consigo mesmo, devido ao preconceito existente, mas isso piora muito mais com sua prisão. Tendo que viver um dia após o outro lutando pela sobrevivência, ele perdeu muitos dos seus amigos durante a guerra.

Apesar de ser um sobrevivente e ter vivido traumas horríveis, ele encontrou um companheiro para seguir com sua vida após o fim da guerra.

Devido a sua avançada idade, Rudolf não lembra de todas os detalhes ou possui lapsos temporais de sua própria história. Mas, com a ajuda da pesquisa histórica Jean-Luc Schwab, a vida de Rudolf ganhou contornos e definições bem detalhadas.

E nós, leitores temos a honra e o privilégio de poder ler sobre a história de vida de um ser humano que enfrentou o inimaginável.

A leitura é dura, mas necessária.
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Adriano 17/04/2020

Relato de quem sobreviveu aos horrores do nazismo.
Acho esse tipo de relato importante. Não só para respeitar a memória das vítimas mas para perceber que esse ódio em relação aos lgbt continua por ai. E de forma mais escancarada.

Trecho

" A polícia chegou até Brazda em 1937 e o prendeu por ?luxúria antinatural?. "

"Os termos do parágrafo 175 do código penal foram reforçados: ?A luxúria contra o que é natural, realizada entre pessoas do sexo masculino ou entre homem e animal é passível de prisão e pode também acarretar a perda de direitos civis?. Todos os gays passaram a ser cadastrados na Central do II Reich, com o objetivo claro da repressão. As estimativas da época apontam que cerca de 100.000 pessoas foram fichadas, entre elas Brazda e seus amigos."
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The guy on the train 18/11/2020

Pesado e emocionante
Acho que esse livro é essencial pra qualquer LGBT que queira se aprofundar na nossa historia.
Quando se fala em Nazismo e campo de concentraçao, a associaçao mais imediata linka com as barbaries impostas ao povo Judeu. Contudo, haviam outras pessoas de outras tribos sociais incluidas naquele inferno.
"Triangulo rosa" conta a historia real de Rudolf Brazda, um homossexual que esteve num campo de concentraçao em meio a toda a barbarie do regime nazista.
O livro é sensivel e não se aprofunda nos detalhes crueis mais que o necessario. Mesmo assim, carrega uma densidade tão forte que é impossivel nao se emocionar.
Por extremo medo e aversao que eu tinha a assuntos referentes a guerra, eu pouco sabia sobre a realidade cruel e desumana dos campos de concentraçao, e foi um "despertar selvagem" passar por essa leitura.
Nao sei que adjetivo usar pra descrever a narrativa, mas mais do que tudo ela é necessaria.
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San... 23/02/2014

O livro conta as memórias de Brazda, homossexual, no campo de concentração nazista de Buchenwald. Ele acabou sendo preso nesse campo de concentração por ser gay, exclusivamente. Embora a literatura da epoca do nazismo seja farta, há muito pouco acerca desse campo de concentração específico, que na realidade era mais um local de trânsito, onde prisioneiros acabavam sendo enviados para outros locais.
Diferentemente da maioria da literatura do holocausto, o relato é bastante suavizado, mais voltado para a vida de Brazda, que não era judeu, povo mais perseguido pelos nazistas. Brazda permanece nesse campo de concentração até o final da guerra. Ao permitir o livro, muitos anos depois de sua soltura, considera-se que seja o último homessexual sobrevivente do holocausto.
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juliapassos14 03/07/2022

Livros que contam histórias reais que aconteceram em campos de concentração nazistas sempre me deixam horrorizada pela barbárie dos relatos, mas ao mesmo tempo me fascinam pela resiliência de certas pessoas em sobreviver a tudo isso e ainda ter forças para contar o que passaram para que isso nunca se repita.

Triângulo rosa era a marcação feita para identificar homossexuais nos campos de concentração. O livro conta, quase como um documentário, a história de diversos jovens que tiveram sua liberdade, juventude e vida roubados por esse regime autoritário. É uma leitura muito dura, que voce precisa parar algumas vezes para realmente processar as atrocidades no livro contadas.
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Milena 21/05/2022

Triângulo Rosa
Jean- Luc Schwab apresenta a história de Rudolf Brazda perseguido e recolhido ao campo de concentração em Buchenwald por ser homossexual. Um importante lembrete aos que não aprenderam as lições da história, deve-se continuar alerta, lutar e avançar! Sem esquecer aqueles que nos precederam e sofreram repressão por serem quem são!
Uma leitura mais do que atual!
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lays.azevedo.94 03/09/2022

Quando comprei esse livro, achava que era parecido com o prisioneiro de Auschwitz, uma história de ficção com base no depoimento de.um ex detento,as me.enganei.

Esse livro na vdd é um relato histórico com base.em documentos encontrados e no depoimento do Rudolf sobre sua passagem pelo campo de concentração.

É um tipo diferente de leitura, mais documental, mas é muito interessante, rápido de ler e com um valor inestimável para nós.lembrar como o preconceito é algo desumano.
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Deise.Maria 03/02/2021

Sobre o triângulo rosa
A biografia feita com tanta dedicação e delicadeza sobre a trajetória de Rudolf Brazda ,um judeu homossexual que vivia em uma pequena região da Alemanha. Essas memórias escritas por Jean-Luc schwab propõe uma reflexão pra atualidade.
Rudolf foi um dos últimos sobreviventes do campo de Buchenwald dos quase dez mil que para lá foram enviados .Rudolf vinha de uma família numerosa ,acolhido a amado por todos não imaginava que com a ocupação nazista a perseguição contra homossexuais se tornaria real, mas quando os alemães ocuparam a Tchecoslováquia e anexaram algumas regiões ao reich ficou estabelecido como crime o parágrafo 175,um.codigo penal que estipula como luxúria todo aquele tiver relações sexuais com pessoas do mesmo sexo.Brazda ainda não sabe mas sua vida irá mudar de curso, quando posto em prática sobre denúncias esse código o leva a deportação por homossexualismo logo depois que fica confirmado seu envolvimento com seu companheiro de quarto Werne,depois de ser preso, ele é expulso da Alemanha ,tendo que se estabelecer na Tchecoslováquia, sua detenção no campo acontece logo depois que ele volta a se envolver em atos homossexuais, alem do número de matrícula ele é simbolizado pelo triângulo rosa ,o símbolo dos gays ,lá no campo ele tem a sorte de sobreviver por trabalhar como telhador mas as crueldades que ele assisti vai ficar pra sempre em sua memória. Depois de libertado ele volta a França onde recomeça sua vida e conhece Edi por quem manteve um relacionamento de 50 anos .
Rudolf depois de anos ainda tem gravado em sua memória todo o sofrimento que teve que passar por sua homossexualidade é nos deixa um grande testemunho de luta e de amor pela vida.
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Thais.Carvalho 15/06/2021

Uma leitura necessária. A história do último deportado homossexual do nazismo vivo. Os relatos são importantes para que atrocidades como aquelas não voltem a se repetir.
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