Lendo Lolita em Teerã

Lendo Lolita em Teerã Azar Nafisi




Resenhas - Lendo Lolita em Teerã


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Allan 30/01/2013

Não gostei
Sério, eu tentei ler esse livro.
A premissa dele me parecia excelente. Uma forma de se rebelar contra um sistema opressor, através da leitura, da arte.
Mas a autora não conseguiu me prender. Faltou algo de literatura, de romance, de ficção, ao texto.
Como não gosto de abandonar livros, quem sabe um dia volto a esse?
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jota 29/02/2012

Aiatolás para atolar
O Irã continua na ordem do dia, não somente por seus belos filmes premiados, caso do recente A Separação, Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, ou então Procurando Elly, também ótimo.

Mas principalmente por conta das autoridades iranianas e seu eterno escamoteamento em diversos assuntos importantes, como por exemplo, na questão da energia nuclear para “uso pacífico” – é o que elas dizem. Figura das mais esdrúxulas e sanguinárias do regime é o presidente Amadhinejah com seu eterno ódio aos israelenses e a grande parte do mundo ocidental. Em muito se assemelha a Khomeini no modo de agir.

O Irã não é árabe, é persa e sua república islâmica já viveu melhores dias seculares sob o xá Reza Pahlevi, tido com corrupto e excessivamente pró-americano.

Por isso, (em 1979) foi derrubado pelos aitolás (especialmente Khomeini, diretamente de Paris, a cidade-luz, daí que muitos iranianos acreditam que depois de sua morte ele passou a ser visto na lua), que instauraram um regime de perseguição, supressão de liberdades individuais e assassinatos de opositores – o livro relata inúmeros casos de “desaparecimento” de escritores, intelectuais, professores, estudantes, etc.

Mesmo que trate de assuntos políticos, o grande enfoque do livro de Azar Nafisi é mesmo literatura - mas ela não pode ser dissociada da sociedade, certo?

São examinados aqui livros bastante conhecidos, personagens admirados, autores reverenciados e vidas femininas oprimidas – as das personagens desses livros mas também as de verdade, as das iranianas.

Lendo Lolita em Teerã, ainda que algumas vezes pareça repetitivo em alguns pontos ou questões, interessa a todos que apreciam tópicos candentes como esses que envolvem literatura e sociedade.

Lido entre 31.01 e 29.02.2012.
Belle 15/01/2019minha estante
Olá! Tenho este livro há anos, é a terceira vez que começo a lê-lo e desta vez foi. Porém fui pega de surpresa, quando terminei a página 112, a próxima é a 337!!! :'(
Não tenho as páginas 113 a 128, no lugar delas estão da 337 a 352, que estão lá na frente novamente, no lugar correto. Pode me ajudar?!




Luciane 04/11/2011

Aula sobre a cultura do Irã
O livro é muito interessante. O ideal seria ler todos os livros citados antes de ler esse livro. Eu só tinha lido um: Orgulho e Preconceito. Fiquei muito curiosa para ler os demais.
O livro é denso, longo, mas nos apresenta a cultura do Irã, especialmente em época de guerra contra o Iraque. Narra o sofrimento das mulheres e de todo o povo.
Vale muito a pena ler, para quem gosta de história.
Este livro é do Grupo Livro Viajante: vhttp://www.skoob.com.br/grupo/1284-livro-viajante
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uyara 18/10/2011

Espetacular
Este livro, com certeza, entrou na minha lista de favoritos. Vale a pena ler cada palavra e seguir a autora em suas descobertas e suas histórias. No geral, gosto de histórias que falem de livros e este aqui não deixa nada a desejar. As interpretações de Azar são ótimas e nos fazem entrar não só em seu universo real (Teerã) como em seu mundo literário. Perfeito!
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DIRCE 25/02/2011

Khomeini: AI 5 Iraniano
Quando a Paulinha, sugeriu o livro "Lendo Lolita em Teerã" no Grupo A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata, pensei: ler ou não ler, eis a questão. Afinal, ler "Lolita", confortavelmente na minha casa, não foi nada fácil, como será ler Lolita em Teerã, sob o olhar inquisidor de do aiatolá Khomeini???? Por sorte, minha curiosidade "falou" mais alto que os meus receios, e depois do stop, logo no início da leitura ( interrompi para ler Chuva Dourada) acionei o play e segui adiante.
Achei o livro "Lendo Lolita em Teerã", muito interessante e esclarecedor. Ele não se limita a Lolita, há também capítulos destinados a Gastby, James e Austen e, todos os capítulos, me proporcionaram uma espécie de regozijo, pois a abordagem desses livros e autores, foi feita, no meu entendimento, não somente como uma declaração de amor aos livros, mas, principalmente, para denunciar e censurar a situação do povo iraniano - em especial a condição das mulheres iranianas - após a Revolução Islâmica ocorrida no Irã em 1979.
Irei me restringir ao capítulo destinado a Lolita para que minha resenha não fique quilométrica, porque Nafisi dedicou mais páginas a ele e, até, nele se inspirou para dar título ao seu livro, e porque tenho que me redimir do péssimo e injusto julgamento que fiz quando li o livro " Lolita": ele esta longe de ser uma apologia a pedofilia.
Mais uma vez me veio à mente a frase do Carlos Ruiz Zafon em "A Sombra do Vento": "Os livros são espelhos: só se vê neles o que a pessoa tem dentro(...)". "Lolita", e os demais livros abordados, espelham não só uma pessoa, mas toda uma Nação. A menina Lolita foi cerceada de sua liberdade, foi subjugada, sofreu abusos, perdeu suas referências, se tornou impossibilitada de articular sua própria história, situações vivenciadas pelos iranianos. Talvez não fosse para causar perplexidade mas causa: a leitura de " Lolita" feita em Teerã pelos censores é uma leitura um tanto quanto "estrábica": Lolita deixa de ser a vítima e passa a ser a reencarnação da serpente do paraíso, que seduz o "pobre" Humbert. Tadinho, ele tinha tudo para ser brilhante ...
Esse meu comentário é somente um rudimentar, mas bem rudimentar mesmo, esboço do que capítulo Lolita e os demais tratam : Nafisi discorre sobre as torturas, sobre as execuções, fatos, que me deixaram com a sensação de um Déjà vu: não foi isso que ocorreu no nosso "Patropi" com o AI 5? Claro que como não havia a interação da religião no Estado, ele se restringiu aos atos políticos e não chegou ao absurdo escandaloso de proibir e punir jovens tão somente por colocarem meias cor-de-rosa. Nafisi aborda outras questões como a escolha de usar ou não o véu. Defende que a mulher pode optar em usar o véu em decorrência da sua fé e, não, por exigência do Estado com o objetivo de anular a identidade da mulher. Fala sobre estar ou não apaixonada e sobre outros assuntos inerentes ao universo feminino.
Eu só não darei 5 estrelas porque Gina B. Nahai no livro "Chuva Dourada" , fala sobre a comunidade judia que vivia em Teerã antes da Revolução Islâmica, porém, Nafisi não faz qualquer referência a ela, deixando a impressão que somente iranianos mulçumanos viviam, ou vivem nessa cidade.
Iniciei a leitura desse livro, sabendo um pouco mais que nada sobre o Irã, termino a leitura da mesma forma: sabendo um pouco mais que nada, entretanto, sabendo o suficiente, para desejar, que na roda viva da história, os ditadores ( sem tantas mortes como as que estamos presenciando – é utopia, eu sei) sejam destronados e que a liberdade individual seja respeitada.
Gininha 07/11/2011minha estante
Outro que me despertou o interesse em ler. Parabéns. Estou adorando ler suas resenhas. (Vou almoçar; mais tarde continuo lhe 'resenhando'. São tantas!!!!!


Belle 15/01/2019minha estante
Dirce, olá! Tenho este livro faz anos, é a terceira vez que começo a lê-lo e desta vez foi. Porém fui pega de surpresa, quando terminei a página 112, a próxima é a 337!!! :'(
Não tenho as páginas 113 a 128, no lugar delas estão da 337 a 352, que estão lá na frente novamente, no lugar correto. Pode me ajudar?!




Samirr 07/02/2011

Tenho agora este livro em minhas mãos e já sinto saudades do mundo contido em suas páginas.
"Lendo Lolita em Teerã" pode parecer no começo uma leitura meio arrastada, pois a autora as vezes repete as mesmas discussões e isto pode cansar alguns leitores, mas é necessário relevar isto e compreender que esta repetição pode ser do próprio fato da história e do mundo do qual a autora vivia, que a fazia sempre ter os mesmos pensamentos e dúvidas sobre a vida.
O livro é de grande qualidade e nos leva para dentro dos bastidores da Revolução Islâmica e do impacto que esta causou na população iraniana. A obra de Nafisi se mostra uma grande ferramenta para compreender toda a problemática do Oriente de um modo genuíno, pois quem conta a história é uma cidadã iraniana, fato este que irá evitar sensos comuns e interpretações falsas e viciadas a cerca do assunto.
E talvez o maior triunfo desta obra é mostrar o poder do romance, dos livros, mostrando que estes devem ter sempre um lugar de destaque dentro de uma sociedade, pois eles ajudaram Nafisi e suas alunas a fugirem e terem esperanças sobre as suas vidas. Outro ponto forte para também foi o respeito pela figura do professor, este que possibilitou uma fuga aos seus alunos da ditadura imposta em seu país.
Cenas como o julgamento do "Grande Gatsby", as aulas e todo o envolvimento de Nafisi e suas alunas serão cenas que ficarão na mente de quem se aventurar por esta obra.
jota 29/02/2012minha estante
Samir: terminei de ler e sai do livro com essas mesmas impressões. Muito bom, mesmo. Também dei 5 estrelas. Coisas que a autora relata ainda permanecem enraizadas na sociedade iraniana - e podem ser vistas no recente e ótimo filme A Separação, Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. É isso.


suely.xavier.90 17/04/2016minha estante
Samir e Jota, acabei de me cadastrar no Skoob e estou com dificuldades para preencher alguns itens. Por exemplo, como faço para avaliar os livros que li? Vocês podem me ajudar?


Belle 15/01/2019minha estante
Samirr, olá! Tenho este livro faz anos, é a terceira vez que começo a lê-lo e desta vez foi. Porém fui pega de surpresa, quando terminei a página 112, a próxima é a 337!!! :'(
Não tenho as páginas 113 a 128, no lugar delas estão da 337 a 352, que estão lá na frente novamente, no lugar correto. Pode me ajudar?!




fsamanta (@sam_leitora) 22/04/2010

Um daqueles livros que você termina de ler e já está com saudade, pronta para começar a releitura. Excelente. Não sei se o deslumbramento resistirá a futuras reflexões (minha opinião amadurece e muda ao longo do tempo), mas isso é o que penso agora e (só) por isso já valeu mais a pena do que muitos outros livros que li.
Uma perfeita mescla da literatura com a vida. As análises da autora das obras que ela aborda - Lolita, O grande Gatsby, A herdeira, Orgulho e Preconceito, entre outras - enriqueceram e elucidaram meu entendimento sobre elas. O diálogo que a autora estabelece com a vida dela na Rep. Islâmica do Irã e as obras foge do lugar-comum.
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Claire Scorzi 28/02/2009

Literatura como Refúgio no Caos
A obra é um prazer para os fãs de 'livros sobre livros', como eu. Enquanto nos conta suas lembranças como professora de Literatura Estrangeira (mais anglo-americana) no Irã, Azar Nafisi reproduz boa parte das discussões que manteve com suas alunas (e um ou outro aluno) sobre a arte de Henry James, Nabokov, Jane Austen, Scott Fitzgerald... Montes de citações literárias em meio à realidade histórica de uma cultura hostil ao novo e ao não-muçulmano - denúncia, memórias, crítica literária, reportagem: o livro é tudo isso. Apenas nos capítulos finais, parece haver uma repetição de situações (freqüência de opressão contra mulheres, de violência contra civis, terrorismo, convivência com o injusto) que beira a monotonia, mas não chega a empanar o brilho ardoroso desse livro. Ficamos apaixonadas pelas aulas de Nafisi e por suas jovens alunas tão entusiastas da literatura, tão corajosas, tão vulneráveis. Maravilhoso.
Emanuelle Najjar 20/12/2014minha estante
Eu adorei esse livro. É um dos meus preferidos para a vida. E como eu o li primeiro, quando tive contato com o Grande Gatsby tive outra visão a respeito da leitura. Muito interessante mesmo.




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