Resenhas - O Som e a Fúria

Luca. 26/12/2022

"Eu vi o primeiro e o derradeiro."
Simplesmente magnífico.
Não tenho palavras para descrever o quanto amei cada página lida e cada sensação que tive ao ler cada capítulo.
Este livro é uma obra prima e merece o status de clássico adquirido.
"O Som e a Fúria" não é uma obra fácil de ser lida, mas vale a pena persistir na leitura, pois cada página, cada capítulo recompensa este desafio.
Amei muito e com certeza se tornou um dos meus favoritos.
Mal vejo a hora de ler outros deste INCRÍVEL autor.

thexanny 18/12/2022

Esse livro me pegou totalmente desprevenida, nunca pensei que seria um livro com ensinamentos e visões tão diferentes do que eu estou acostumada. Admito que subestimei o livro, mesmo antes de ler, não pensei que seria grande coisa apesar de ter uma parte minha que queria que fosse.

A primeira parte foi, para mim, um amontoado de palavras que não faziam o menor sentido, eu entendi muito pouco do que estava sendo dito e por eu não ter noção nem do enredo, tudo ficou mais complicado. A segunda parte também não foi de grande ajuda, até mesmo na releitura eu tive dificuldade de entendê-la. A terceira parte foi um alívio, pois finalmente comecei a entender tudo o que estava acontecendo. E a quarta veio para complementar tudo.

Porém, uma releitura era necessária porque eu havia entendido 50% do livro. E foi um esclarecimento imenso, principalmente na parte do Benji, consegui identificar o que era presente e o que era passado, saber diferenciar os personagens com nomes iguais, entender cenas que só na terceira parte fariam sentido. Enfim, a releitura foi necessária para mim entender o enredo em si. Infelizmente, não creio que eu tenha entendido mais do que isso. A minha sensação lendo o livro era sempre de espanto, espanto por ver aquela família naquela situação deprimente e desgraçada, situações que eles mesmos se colocavam. Toda a leitura do livro foi penosa, sentia pena de todos eles, até mesmo de Jason. Mas eu sei que não era esse sentimento que o autor queria passar, era algo a mais que eu não consegui compreender. Terminei as leituras com um sentimento de falta, não por parte do livro, mas por minha mesmo. Faltou algo para mim entender o real significado de tudo isso.

Apesar de tudo isso, eu amei o livro. Nunca havia lido uma narrativa assim e sempre gostei de histórias desgracentas, então foi ótimo. Não sei o que pensar sobre a história em si, sobre os personagens, sobre o lugar. Só consigo dizer o que eu senti e o que espero entender quando eu reler novamente.

Marydalle 11/12/2022

O Labirinto que vale a pena chegar até o final!
São etapas que vão se encaixando no decorrer da leitura, uma família totalmente em decadência, uma mãe “doente” que fica mais tempo no quarto do que com os seus filhos (Quentin, Caddy, Jason e Benjy), com um pai alcoólatra, e quem basicamente cuida de tudo relacionado as crianças e a casa é Dilsey, em meio ao caos dessa família a única personagem sensata dessa história, sendo tratada como uma escrava e insultada de todas as formas pela cor de sua pele, principalmente por Jason que é um vilão execrável.

No primeiro capítulo vemos com os olhos de Benjy, um homem, com ações infantis tendo em vista sua condição que parte de uma doença mental, é interessante o caos que o fluxo de consciência nos traz ao decorrer da narrativa, o passado com o presente, precisa ter paciência para continuar porque os pedaços irão se juntar nos próximos capítulos, a história se torna cada vez mais atraente ao leitor.
Quando chegou no capítulo que narra a história de Quentin, tive que reler para entender a passagem de tempo do passado para o presente, o que me deixou muito espantada sobre a relação dele com a irmã que gerou a dúvida do incesto, logo em seguida o desfecho dele é trágico cometendo suicídio, essa parte eu também demorei para entender, precisei reler tudo novamente até compreender como ele havia cometido o ato.

Caddy teve uma filha fora do casamento e quem fica com a criança são os avós, porém, quem cuida realmente é Dilsey. Quentin tem dezessete anos, ela tem o mesmo nome do seu tio falecido, vive em pé de guerra com seu outro tio Jason, que só pensa em dinheiro, com ódio feroz dos seus familiares, acredita que merece mais do que tem e trata todos com desprezo, sarcasmo purinho para um ser tão insuportável como ele é, tão repugnante que iremos nos deparar com suas más ações perante seus próprios irmãos, principalmente Benjy que sofre muito pelas atitudes desse demônio.
Os embates e desfechos familiares dos Compsons faz com que essa leitura se torne instigante e estimule o leitor a chegar até o final desse labirinto e a querer entrar nele novamente (a reler), porque é uma obra intrigante e bem construída.
Temos os capítulos de Benjy, Quentin, Jason e Dilsey, Caddy não tem um capítulo só dela em específico, porque ela está em todos os outros, ela e suas ações são a chave desse labirinto da entrada até a saída dele.

Estou deixando o link do vídeo da Professora Maria Mutran, que me estimulou a continuar a leitura com mais perseverança, contém spoilers do livro.
https://www.youtube.com/watch?v=mSUjdRgOhnE


site: https://www.youtube.com/watch?v=mSUjdRgOhnE

Paulo474 08/12/2022

Desafiador, porém recompensador
Este é sem dúvidas um dos livros mais difíceis que eu li na minha vida, um livro com uma história bastante simples porém em sua forma escrita, é muito complexo. O fluxo de consciência de Faulkner por si só é complexo de ser lido, acrescente a isso o fato de um personagem com problemas cognitivos, porém ao atravessar essa parte tão difícil desta leitura a leitura se revela muito mais simples.
Falando um pouco sobre a história, podemos falar sobre as quatro partes do livro, cada qual contada pelo sei próprio narrador, o primeiro sendo narrado por Benjy, o segundo por Quentin, o terceiro por Jason e o quarto pela criada Dilsey. E os três primeiros capítulos trazem trazem ainda uma outra personagem que está em todos os três, a quarta irmã, Caddy, onde cada um tem um tipo de relação com esta irmã, Benjy era ligado com a irmã sendo cuidado por ela, Quentin a amava, e Jason odiava a irmã.
Sem relatar muitos mais spoiler, é um livro que vale a pena ser lido, por mais difícil e desafiador que seja.

Sessim Jorge 05/12/2022

Espetacular.
Simplesmente magnífico. Faulkner é único e nesse livro é fácil entender o motivo. Me emocionei várias vezes. Esse livro vai deixar muita saudade.

Cristina 06/11/2022

Desafiador
Acompanhar essa narrativa de Faulkner é muito difícil, recorri a resenhas e explicações de blogs literários de tempos em tempos, tive que anotar a progressão e os personagens, mas é um livro muito necessário pra explorar e enriquecer a nossa mente de leitor. A história é mesmo cheia de som e fúria. É como se eu estivesse aprendendo a ler novamente. Incrível. Personagens fortes e marcantes, sendo de longe Jason o mais terrível.

Crixtina 14/10/2022

Bem complexo
O livro é um quebra cabeça a leitura é uma descoberta que só termina quando você lê o posfácio!
Uma experiência muito boa ! Foi um desafio mas valeu a pena

Ana Bellot 14/10/2022

O que significam o som e a fúria?
William Shakespeare escreve em Macbeth:
"Ela devia morrer um dia.
Haveria um tempo para essa palavra.
Amanhã... e amanhã... e amanhã...
Deslizam nesse pobre desenrolar
de dia a dia
até a última sílaba do registro dos tempos
e todos os nossos ontens iluminaram para os tolos
o caminho até o pó da morte.
Apaga-te... apaga-te breve vela!
A vida nada mais é que uma sombra que anda...
um pobre ator que se pavoneia e se agita durante sua hora no palco e depois não é mais ouvido.
É uma estória contada por um idiota
cheia de som e fúria que nada significa.
Nada!"

Esse pedaço do monólogo de Macbeth empresta para William Faulkner dois elementos do livro: um, óbvio, seu título; e o outro, toda a essência derradeira e urgente da narrariva.
Nesse luvro, a decadência de uma família a partir dos recortes sociais, morais e tempestuosos ocorrem, principalmente, por escolhas pessoais.
Estamos de cara com uma história extremamente indentificável. O Som e a Fúria carrega a bagagem de uma obra que sempre será um clássico, com suas tragédias particulares e circulares por toda a história humana.
Um dos melhores livros que já li em minha vida, sem dúvidas.

Aline Zuim 07/10/2022

Não é meu tipo de literatura
Li pra um trabalho de literatura inglesa na faculdade, mas foi uma leitura dinâmica, pulando muitas partes, avançando e voltando. Não foi uma leitura linear. Até porque todo o livro é bem confuso e escrito em fluxo de consciência. Não vi propósito, não vi objetivo útil em narrar a decadência de uma família. O final é ruim, só acontece desgraça. Enfim, não leria se não fosse pro trabalho da escola. Ele tem muitas questões que noa incomodam, mas que não se resolvem como o racismo, o suicídio, a mulher que não pode ser livre ou é prostituta. Eu não consegui uma moral em toda essa história caótica. Assisti o filme pra tentar entender melhor e ajudou bastante, pois ele organiza esse fluxo em imagens. Os atores foram bem mas o enredo não me agradou. Algo pra se ler sem expectativas. Não entendo ser um clássico porque simplesmente não vi algo que muda vidas. E um livro, pra mim, tem que trazer transformação. Talvez tenha trazido. A transformação de sentir raiva de tudo aquilo, da decadência, da podridão daqueles seres humanos. Acho que só não me irritou mais que Morro dos ventos uivantes.

Willian 01/10/2022

"Você tem o mesmo sangue ruim dos Compson"

Esse é um daqueles livros considerados muito difíceis por muita gente. E de fato, as duas primeiras partes (são quatro no total e um apêndice) são bem desafiadoras e deixam o leitor numa posição bastante desagradável. Faulkner nos conta os fatos, mas ignora solenemente a cronologia em que eles aconteceram.

Porém, à medida que a história avança, as peças vão se encaixando e o leitor tem diante de si o retrato de uma família outrora imponente e que agora está em ruínas.

Benjy, Caddy, Dilsey, o convívio problemático de Jason e Quentin, Quentin... enfim, são vários personagens e eventos marcantes que quem lê não vai conseguir esquecer tão cedo.

Merecidíssima a boa fama que "O som e a fúria" tem.

Jacy.Antunes 18/09/2022

A árvore genealógica de Faulkner
Faulkner utilizou em O Som e a Fúria a técnica de fluxo de consciência utilizada por Joyce e outros escritores, fato que tornou difícil a leitura no primeiro capítulo.

A chave para identificar o tempo primeiro capítulo é identificar os tres cuidadores de Benji da infância à idade adulta.

Depois a leitura segue melhor, e acompanhamos a decadência dos Compsons pela perspectiva de três dos quatro filhos e da empregada da família.

Ao final, um apêndice do autor s faz o fechamento desse que sem dúvida é um dos melhores livros que eu já li esse ano.

 

Dayanna 11/09/2022

O som e a fúria
É uma leitura desafiadora nos dois primeiros capítulos, 183 páginas, vc não compreende a história, tenta entender nas entrelinhas, cria suposições. Não quis desistir da leitura, mas que tais capítulos passassem logo. Quando chega no terceiro capítulo o de Jason (o que mais gostei) surge um melhor entendimento do que aconteceu nas narrativas de Bengy e Quentin (narradores os capítulo anteriores).
Assim o livro conta a história da família Compson, do Sul dos EUA, e sua decadência, com destaque pra os 4 filhos da família (Jason, Quentin, Candace e Benjy) além da mãe e da Dilsey (a mais amorosa). Mesmo chegando ao fim, pra mim algumas situações podem ter acontecido e que a narrativa não deixou claro, sobretudo sobre a Caddy e o Quentin e mesmo o Benjy. Cada irmão tinha seus problemas, o q trouxe consequências.
Muitas coisas ao longo do texto passaram batido. E acredito q vale a releitura, agora com elementos novos antes desconhecidos com a primeira leitura.

Vinícius Coutinho 21/08/2022

Faulkner genial
Que livro bem escrito! Em comparação aos livros que já li, em termos de forma, só perde para o genial ?Grande sertão: Veredas?. Narrando um período curto na vida de uma decadente família oligarca no sul dos EUA, sob diferentes perspectivas, em um fluxo de consciência que não segue uma cronologia, mas uma ordem conflituosa de lembranças, sentimentos e fatos, William Faulkner traz a confusão mental dos seus narradores para a própria narrativa, e talvez esse seja o maior desafio na leitura, já que o capítulo inicial se dá sob a perspectiva de Benjamin, o primogênito dos Compson, que tem deficiência mental, o que faz com que a narrativa seja entrecortada e muitas vezes confusa e ilógica, como a própria mente do personagem. O capítulo seguinte não fica muito atrás, com o segundo filho narrando, às vésperas de cometer suicídio, seguido por um capítulo narrado pelo odioso, racista e misógino filho caçula, para só no capítulo final ter uma narrativa mais tradicional sob a perspectiva de um narrador onisciente.

Se fosse só pela forma já seria um baita livro, mas Faulkner vai além e nos traz um belo estudo de um EUA decadente, marcado por tensões raciais, uma sociedade patriarcal e essencialmente hipócrita, tudo com uma acidez latente e perspicaz.

Leonardo1154 12/08/2022

Ruim
?Um dos maiores clássicos da literatura norte americana?

Por isso eu não gosto de norte americano