O conto do amor

O conto do amor Contardo Calligaris




Resenhas - O Conto do Amor


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fsamanta (@sam_leitora) 30/09/2012

Começa com uma boa idéia que é dilapidada e corrompidada ao longo do livro. Decepcionou.
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sonia 03/06/2012

um bom tema, um final decepsionante
O início é bem instigante, o ator encontra um quadro antigo, é um estudioso da pintura italiana da época renascentista, entra em vários detalhes curiosos sobre arte, tudo relacionado a uma confissão de seu pai moribundo de que relembrara uma reencarnação anterior.
Há um diário, em que o pai nada relata referente à família atual, nem ao nascimento do filho, somente comentários sobre pinturas, então ele pensa que se trata de uma vida anterior psicografada ou algo assim.
Nas pesquisas que o autor faz, no entanto, há apenas o encontro de um romance de juventude que ficou truncado e o reencontro com uma prima, filha deste romance, e a impressão de que o pai não dava à minima para o filho, afinal, nem anotou o nascimento dele no seu diário!!!!
Livro bem escrito, tema interessante, final chocho...
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Aguinaldo 11/02/2011

o conto do amor
"O conto do amor" é um romance do psicanalista Contardo Calligaris. Ele é conhecido também por escrever para jornais de grande circulação do Brasil sobre temas variados. De fato ele é um ensaista muito competente, que sabe manter o interesse em sua coluna mesmo trabalhando com o material frágil que são as notícias do dia a dia, invariavelmente superadas pelo tempo. Neste livro ele envereda por uma seara nova, a de romancista. O livro não é ruim, mas para o meu gosto comportado demais, linear demais, "redondinho" demais, como disse meu amigo Vitor. Você lê o livro em um dia sem se apressar, a leitura é elegante, mas simples. Claro, o livro é bem escrito, a trama é interessante, mas falta a agressividade visceral que os grandes romancistas sabem incluir em qualquer texto que escrevem. Eu escrevo isto como se Contardo Calligaris tivesse pretenções deste calibre, mas sou apenas o chato que dá sua opinião besta aqui. Bom, o enredo envolve a busca de um sujeito pelo passado de seu pai, um italiano apaixonado pela pintura renascentista italiana, com quem sempre teve um relacionamento nada íntimo. A luta contra o fascismo durante a primeira metade do século passado e o exílio dos esquerdistas italianos na redemocratização da Itália são o pano de fundo para uma história que é bem pessoal e envolve o contraste entre duas gerações que de fato pouco se identificam. A busca deste passado envolve milhares de quilometros de viagens aéreas entre Nova York, Milão, Florença, Siena, em capítulos alternados e um tanto repetitivos. O acaso é fundamental na trama. Sem as muitas coincidências, achados oportunos, cartas reveladoras, e-mails salvadores, encontros e envolvimentos fortuitos, insights psicanalísticos de última hora, nada avançaria no livro. De qualquer forma há passagens muito bonitas e instigantes. Se é definir em poucas palavras diria que o livro me pareceu um "Código da Vinci" pessoal, a busca de uma verdade obscura seguindo pistas tênues deixadas pelo pai e pelos amigos de seu pai. Lê-se com prazer, não há nada que ofenda a inteligência do leitor, mas estou certo que não será este o melhor romance de Calligaris.
O conto do amor, Contardo Calligaris, editora Companhia das Letras, 1a. edição (2008) brochura 14x21cm, 124 pág. ISBN: 978-85-359-1204-3
nato 27/06/2012minha estante
**********POSSUI SPOILER**************



Acho que sua resenha foi até otimista. ''O conto do amor'' de Contardo Calligaris caiu em minhas mãos e, como já havia lido algumas de suas crônicas, achei interessante ler o romance, que efetivamente é bem curto, com uma linguagem rápida e fluída.


Entretanto, não se trata de um bom romance. Como Aguinaldo bem disse: ''Falta a agressividade visceral que os grandes romancistas sabem incluir em qualquer texto que escrevem''. Falta não só a agressividade, mas sobretudo falta verdade em ''O conto do amor''. Verdade não no sentido simplista de busca pelo realismo, mas pela linguagem que não é bem trabalhada, não provoca nenhum tipo de reflexão, é basicamente puro entretenimento com roupagem cult, embalada com elementos clichês (em certo momento, o personagem tem acesso a uma série de cartas que revelam a verdade). Calligaris deve ser um homem respeitável, com uma bagagem cultural incrível e talvez esse seja o ponto positivo do livro: as passagens em que ele consegue relacionar a história da arte, a arquitetura dos locais, a beleza das cidades com as emoções vividas pelos personagens são relevantes e empolgam até certo ponto. Mas como pôde criar um livro tão vazio de sentido? Como a sua própria profissão não soube dar tons, nuances, para sua estreia como romancista?


É curioso também que o narrador seja crítico do ''estilo romântico'' das cartas de seu pai, mas é justamente o que falta na narrativa: uma linguagem mais elaborada. Não que as cartas de seu pai fossem exemplo a ser seguido, longe disso. Era a intenção do autor evitar esses detalhes do texto e deixá-lo simples? Acredito que sim. Mas quando ele tenta superar essa mesma imposição, cria frases que soam ridículas, como:


"Voltei, mas, sem você, estou fora de casa" (pág. 58)


''Você leu algum romance da série Harry Potter?''

''Vários, e com prazer'', respondi.

''Talvez os afrescos de Sodoma sejam como os quadros nos livros de Harry Potter: as personagens são vivas, animadas, e circulam de um afresco para outro. Vai ver que a moça de azul estava aborrecida de ficar sempre naquele afresco com os monges e resolveu flertar com o camponês no afresco dele, e alguém por acaso fez uma cópia bem naquele momento''. (pag 80/81)


De qualquer forma, quem se interessar pelo livro deve lê-lo sim e tirar suas próprias conclusões, mas deve evitar qualquer expectativa, ela não será correspondida. Mesmo no sentido "thriller" a que se propõe, a trama não convence em momento algum. A curiosidade para se saber o que acontecerá é simplesmente uma curiosidade natural de leitor, mas nunca de um leitor que se sente instigado a descobrir o que acontecerá, juntando conflitos que caminham para uma resolução interessante. Aqui "tudo pode acontecer" e com uma facilidade irreal: um telefonema e o narrador avança um passo na sua empreitada rasa e assumidamente desnecessária, como ele próprio declara em diversas passagens, com relação ao enigma proposto pelo pai, que é o cerne do romance:


''Faria diferença para você?''

Levei a pergunta a sério e pensei bem: ''Sinceramente, nenhuma. Continuaria amando o meu pai da mesma forma; amando minha lembrança dele, quero dizer". (pág.37)


A auto-ironia faz bem, mas nunca quando ela substitui totalmente a pretensão de escrever e saber escrever. O autor soube criar um fio condutor pela narrativa, bem aos moldes tradicionais, o que é ponto positivo em termos de literatura atual, quando todos optam pela narrativa fragmentada. Todavia, de qualquer forma, num próximo livro deve reavaliar o sentido da linguagem, o sentido dos próprios personagens, o sentido de como o texto sabe instigar e suscitar questionamentos, caso pretenda ir além.




*Cris 28/08/2009

A impressão que tive ao terminar a leitura é de que o Contardo tinha uma boa história nas mãos, porém não soube contá-la.

Não que o livro seja realmente ruim, mas o fato é que não consegue contagiar o leitor. O ponto a favor, a meu ver, é a linguagem bem simples e fácil de ler (um dia é de folga é suficiente apra dar conta da obra inteira).


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Nayra Garofle 20/03/2009

Uma viagem pela Itália
Se ler é viajar, acabo de chegar de Florença. Visitei o convento de Monte Oliveto Maggiore e conheci os afrescos pintados por Sodoma (1477-1549). Pelo menos foi o que me proporcionaram as 124 páginas de “O conto do amor”, primeiro romance de Contardo Calligaris. A estória do livro se confunde com a do próprio autor, apesar do mesmo afirmar que “de autobiográfico, somente o primeiro capítulo”.


Isso porque o protagonista é psicanalista e mora em Nova Iorque, assim como Calligaris, que viveu durante um bom tempo na cidade. O pai de Carlo Antonini, em seu leito de morte, faz uma revelação mais que inusitada: ele teria sido, em outra vida, o ajudante do pintor Sodoma, autor dos afrescos no convento de Monte Oliveto Maggiore. Somente 12 anos depois da morte de seu pai, Carlo decide desvendar esse mistério e se envolve num caso amoroso mais curioso e misterioso ainda.

No decorrer da trama, por sinal, muito bem costurada, Carlo reúne pistas que podem ajudá-lo a entender o que seu pai quis dizer pouco antes de morrer. De um lado, o diário de seu pai e as cartas de amor trocadas entre ele e sua mãe. Do outro, a reprodução sem assinatura de uma obra de Sodoma e uma noite inesquecível num hotel da Toscana.

Não visitei apenas Florença. Apesar de ter sido esta a cidade mais detalhada no livro. Porém, viajei por Milão, Siena e até Paris. Alguns minutos em Nova Iorque também são relatados no livro, para alegria desta resenhista. Carlo se aventurou numa investigação que prometia desvendar o passado de seu pai, mas mal sabia ele que tais descobertas seriam ainda mais proveitosas para seu futuro.

Além de a estória enigmática ser prazerosamente lida, diga-se de passagem, o leitor pode ainda se deliciar com a reprodução das obras de Sodoma citadas no livro.

Deixo aqui uma prévia da entrevista que fiz com o autor. Sobre o livro, Calligaris me afirmou:

"Ele não é totalmente autobiográfico. Na verdade, de autobiográfico, somente o primeiro capítulo. Vivi na Itália até os 18 anos e sempre quando voltava para visitar minha família, meu pai me dizia que queria conversar comigo. Passavam-se os dias e a conversa nunca acontecia. Até que um dia, em seu leito de morte, ele me falou exatamente o que o pai de Carlo Antonini falou para ele. Quando meu pai morreu, eu herdei 60 anos de um diário escrito por ele e as cartas de amor trocadas entre ele e minha mãe. Não sabia o que fazer com aquilo. Foi quando tive a idéia de iniciar o livro".
Elaine Gomes 25/08/2009minha estante
Achei o livro fraco e muito pretencioso. Como leitora das colunas do autor no jornal, esperava bem mais do livro. Achei um fiasco.


Diego Lops 17/02/2013minha estante
Acho que seu contato pessoal com o autor acabou influenciando a sua avaliação da obra, que é bem fraca.




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