O centauro no jardim

O centauro no jardim Moacyr Scliar




Resenhas - O Centauro no Jardim


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Clara T 08/06/2024

Quem É Guedali?
Antes de tudo, preciso esclarecer que este foi o primeiro livro do Moacyr Scliar que eu leio.
O autor usa elementos que lhe são bem conhecidos, gaúchos, judeus, descendentes de russos. Mas coloca uma característica bastante inusitada em Guedali, nasce um centauro, a figura mitológica meio cavalo meio humano.
A época que se passa a história é relativamente recente e é possível identificar algumas referências e líderes de governo, e situação econômica. As localidades em que se passa a história realmente existem. Então fica a dúvida se a construção de um centauro deveria ser encarada como realismo mágico ou se apenas um surto alucinatório (um sonho, ou algo imaginado).
Uma das coisas mais impressionantes, apesar da negativa dos médicos de que exista uma cura viável para a anormalidade, é encontrar um médico francês no Marrocos que possa fazer a cirurgia corretiva. Sendo o autor médico por formação, tendo a crer que ele tentou reproduzir algo que seja crível.
Ao retornar de Marrocos, Guedali opta por se mudar para São Paulo, na tentativa de um novo começo. Então se casa com Tita e inicia um negócio de representação e importações. Pela primeira vez tem a chance de fazer amigos, mas estar afastado de sua família ainda é uma questão.
Terminei a história com muitas perguntas: sobre a possível reconciliação com o irmão Bernardo, sobre o casamento com Tita e sobre os filhos, quanto que eles sabem sobre a situação dos pais. Aliás, os filhos parecem algo bastante distante para Guedali (pai ausente mesmo?).
Mas estou bem mais inclinada a conhecer outros livros do autor. Max e os Felinos é o primeiro da minha lista, mas não descarto procurar outras opções.
Algumas características me desagradaram, mas felizmente não relacionadas à escrita, ao ritmo de leitura ou na construção da história.
Então vamos para a próxima leitura!
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Michelle 06/05/2024

O centauro no jardim
Um livro instigante, envolvente, com várias questões inseridas (inclusão, preconceito, feminismo, política, transtornos mentais entre outros) e publicado a primeira vez em 1980!
Moacyr Scliar tem uma obra vasta e muito diversificada.
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Titext 28/03/2024

Nós pessoas meio Moacyr Scliar
Próxima vez que tiver que falar sobre analogias em alguma aula de literatura na faculdade, vou me lembrar de Guedali, o centauro no jardim.
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William.GouvAa 10/03/2024

Uma boa leitura e excelente história.
Gostei bastante desse livro. Não tem como não se interresar em saber como seria a vida de um centauro, nascido no interior de uma pequena cidade. Sendo obrigado a conviver com a indiferença e espanto em todos a sua volta, pelo fato de ser diferente dos outros.
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Dudu Menezes 06/03/2024

Ótimo livro!
Nasce um menino no município de Quatro Irmãos, no Rio Grande do Sul. Filho de pais judeus, Guedali veio ao mundo, já em solo gaúcho, como muitas outras crianças judias, cujas famílias emigraram, da Rússia, fugindo dos pogroms dos cossacos russos contra os judeus, no final do século XIX e início do século XX.

Esses ataques violentos provocaram uma emigração, em massa, dos judeus russos para as Américas e para a Europa Ocidental, sendo que a família Tartakovsky escolhe o interior gaúcho para tentar uma nova vida. Nesta terra, vivendo em moradas humildes, dedicaram-se à atividade agrícola, longe dos abusos sofridos nas aldeias que haviam deixado para trás.

E é justamente neste novo cenário, em uma terra que prometia um futuro melhor para os filhos desta gente humilde e trabalhadora, que nasce Guedali - metade menino e metade cavalo. Sim! Um centauro! De início, a espantosa criatura gera uma reação imediata de rejeição. A mãe tem depressão pós-parto, os irmãos ficam assustados, o pai não sabe o que fazer diante da anomalia.

No entanto, o tempo vai acomodando tudo e a família acolhe este "ser mitológico"; mesmo que ainda com a resistência do irmão, Bernardo, enciumado com o tratamento especial dispensado ao novo membro da família. Membro, este, que terá de lidar com todos os desafios da infância e da adolescência, num corpo que é diferente dos outros, ficando recluso em casa e sobrevivendo do afeto das irmãs e dos pais, além do amparo que encontra na música e nos livros.

O Centauro no Jardim, de Moacyr Scliar, é uma obra prima da literatura nacional. Esta edição saiu, recentemente, pela @companhiadasletras e tem uma capa belíssima, em que vemos o Centauro galopar na direção da sua liberdade, como a sair do livro.

O autor desafia os limites entre a realidade e a ficção, provocando o leitor a tirar as suas próprias conclusões sobre essa metamorfose que é viver. Lendo o livro pensei em Gregor Samsa, personagem de A Metamorfose, de Kafka, e me senti imerso no universo mágico construído por Gabriel García Márquez, devido ao realismo mágico. Mas não é só isso...

Galopar para onde, quando as diferenças nos limitam?
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Red Velvet Moon 25/02/2024

Ótima história, ótima crítica. Me fez pensar muito a respeito, e, acredito eu, que nunca vai sair de moda essa crítica, não construtiva, mas pejorativa.
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Paulo Freitas 24/02/2024

Romance importante dentro da ficção contemporânea, em especial por seu caráter alegórico e pelo retrato da imigração judaica no sul do Brasil.
A impossibilidade em determinar se Guedali é ou não um centauro no sentido realista. A questão deve ser vista com cautela, pois mais importante é admitir que muitas leituras são possíveis: a simbólica, a alegórica, a fantástica e até a realista (Guedali era um centauro apenas para si mesmo). O livro não apresenta dificuldades de leitura quanto à compreensão do texto.Lembre-se de que Guedali é, antes de mais nada, alguém em busca de sua identidade: judeu/brasileiro, gaúcho/paulista, campônio/citadino, homem/centauro. Scliar segue a tradição da narrativa fantástica (Kafka, Cortázar), em que a realidade não é mais que um espaço para o improvável, para o onírico, para o absurdo que, ao contrário das fábulas, pode ocorrer à luz do dia.
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alemesquitaneto 16/02/2024

Excelente leitura. Moacyr Scliar tem se tornado um dos meus autores favoritos. Ele consegue construir uma história envolvente e personagens cativantes, mesmo quando tudo parece irreal.
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Luzrk_x 24/10/2023

Mais ou menos
Não gostei, não tenho muito o que dizer, mas a história não me interessou e tem partes que me incomodou, achei que deveriam ter desenvolvido melhor muitas coisas, traições, problemas e tudo, acho que faltou aprofundar isso, foram resolvidos de forma muito banal.
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Karla.Kassiane 25/07/2023

Maravilha literária
Tive o prazer de ler O Centauro no Jardim durante a adolescência, e explodiu a minha mente sobre o que a literatura brasileira poderia ser. Acostumada até então com as leituras um tanto enfadonhas do colegial fiquei maravilhada com a irreverência e tons de aventura dessa história ( sem contar que pra época era meio sensual, preciso reler ver se tenho o mesmo ponto de vista haha).
O Livro conta a história de Guedalli que nasceu Centauro - meio homem meio cavalo- nos pampas do Rio Grande do Sul, e que por ser Judeu e apenas meio homem nunca se sentiu completo e aceito pela sociedade. Toda história gira em torno de aventuras que vão em busca do seu eu verdadeiro. É uma história sobre aceitação escrita de uma maneira que só Scliar poderia!
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Henrique Fendrich 25/06/2023

Que escritor fantástico é o Scliar. Como é bom deixar-se envolver por sua narrativa criativa e envolvente, em linguagem ágil e clara! Cheguei a esse livro depois de já ter me deliciado com outras obras do escritor e, também aqui, sobressaiu-se a imagem de um excepcional escritor.
Alê | @alexandrejjr 31/08/2023minha estante
É um romance de primeira grandeza dentro da nossa literatura, realmente.




Vitoria 24/05/2023

Satisfeita
Gostei muito da escrita, não foi cansativa.a história me cativou bastante apesar de algumas partes terem me deixado um pouco perdida. Sinto que peguei o que o escritor quis passar. Ainda não consegui entender o final, ainda é uma incógnita.
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Denize18 12/04/2023

Nasce no interior do Rio Grande do Sul numa família pacata, um centauro ( metade homem/metade cavalo).
O autor, constrói um romance que evidencia a dualidade da vida?
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