@ARaphaDoEqualize 14/05/2013
[RESENHA] A Caminho da Sepultura
RESENHA ESCRITA PARA O BLOG http://www.equalizedaleitura.com.br/ PROIBIDA COPIA TOTAL OU PARCIAL!
Primeiramente eu tenho que dizer que fazia muito, muito, MUITO tempo que eu não ficava TÃO frenética com uma série de livros. Em menos de um mês eu não consegui desgrudar e li, li, li! Vocês podem não entender os meus motivos agora porque estou no inicio da resenha, mas caramba! Vocês precisam ler Night Huntress e conhecer todo esse mundo fantástico que a Jeaniene Frost criou agora. É de vampiros? Sim. Mas é uma das séries mais sensual, inteligente, quente e deliciosamente gostosa que eu tive a oportunidade de ler.
Catherine ou Cat é uma meia – vampira que caça os vampiros de verdade à noite, atrás do seu maldito pai que estuprou sua mãe e para tentar ao máximo acabar com essa raça que se esconde entre os humanos e que fez com que ela fosse assim, esquisita. Porém, ela não esperava que em seu caminho fosse entrar Bones (também conhecido como Crispin): um vampiro diferente dos outros e totalmente sarcástico que a prende em sua caverna cheia de gambiarras atrás de informações: Pra quem ela trabalha? Por que está matando outros vampiros e o que ela é?
Você me disse ontem à noite, quando estava reclamando sobre a sua vida, que nunca tinha estado em uma boate para se divertir e dançar. Bem, gracinha, é isso aí. Hoje à noite você e eu iremos beber e dançar e, com certeza, sem matar ninguém. Considere essa a sua noite de folga. Você será Cat e eu serei Crispin, e você me mandará para casa com a boca seca e as bolas doloridas, assim como faria se nós nunca tivéssemos nos conhecidos. Pág: 110
Quando ele consegue essas informações valiosas – e descobre poder ser útil - sugere que ela - com todo o seu poder feminino e de persuasão - trabalhe para ele em busca de um vampiro que Bones foi contratado para matar. Daí, começa a ficar bom o negócio: ele gosta de mostrar os pontos fracos da Cat e ela, com a personalidade maravilhosa que tem, não deixa para trás e as suas respostas sarcásticas vem ao pé da letra. Eles entram em um acordo e começam a treinar. Ele lhe dar roupas bonitas e sensuais (quem sabe até vulgares?) para seduzir os vampiros safadões, lhe diz o que atrai os vampiros até ela, mostra a melhor maquiagem que deve usar... e principalmente: treina, abusando da sua pouca paciência e irritando – a com as punições.
No meio de toda essa bagunça, um vai adentrando a vida do outro e se conhecendo aos poucos. Inevitavelmente, Bones começa a usar seu poder de sedução em Cat e ela, OBVIAMENTE, vai cedendo aos poucos. O que eles precisam descobrir agora é o que está acontecendo com várias meninas que estão desaparecendo e servindo de fast food para vampiros. A suspeita é que tenha dedo do governador do Estado, abafando o caso para que não chegue à mídia. Diante dessa nova empreitada eles irão juntos desvendar esse segredos e mudarem para sempre suas vidas.
Gatinha, vocês precisa tomar uma decisão. Ou ficamos aqui e nos comportamos ou saímos agora e eu prometo a você – sua voz ficou bem mais baixa e as palavras saltaram em contato com os meus lábios -, se sairmos, não vou me comportar. Pág: 113
Primeiro vamos por partes para tentar explicar a magnificência da obra. Personagens: Cat e Bones são dois personagens carismáticos, engraçados, divertidos e apaixonantes *suspiros* Da Cat eu gosto porque ela não é tola nem frágil. Ela é controlada, inteligente, perspicaz, corajosa e durona; não precisa de um homem para fazer o serviço. Ela mesma faz e muito bem feito. E outra: ela é muito, muito, MUITO boca porca e isso dá um tom tão engraçado a história que vocês nem imaginam. Já o Bones... como falar desse homem, minha gente? Sério, creio que é o personagem mais apaixonante que eu tive o prazer de conhecer (e olhem lá que eu sou apaixonadíssima pelo Rhage). Caramba, ele é sensual e cavalheiro, é educado e engraçado, é guerreiro e doce, é muito sexo e carinhoso. Ele é o oposto, mas também é o comum. Ele é perfeito, mas também é imperfeito. É maravilhoso e apenas maravilhoso. Qualquer palavra que esteja abaixo disso não o descreve. Ele é simplesmente... Bones. E para entender essa definição vocês tem que ler para entender. A combinação perfeita: humor sarcástico e irônico, cheios de mistérios com muitos assassinatos, sexo na medida certa, uma história linear e nossa dupla imbatível no meio de tudo isso.
- Você olha direto por mim como se eu nem mesmo estivesse aqui. Você me olhar... e não vê um homem. Você vê um vampiro, e, portanto, confere a mim menos que isso. Uma das poucas exceções foi na semana passada. Eu abracei e beijei você, olhei seus olhos se acenderem de desejo, e soube imediatamente que você estava me vendo por tudo que eu sou. Não apenas um coração sem vida envolto em uma concha. Desafio você a me olhar daquele jeito novamente, agora, sem a desculpa das drogas. Eu quero você.
A autora tem uma imaginação que vai além dos meus limites de palavras para descrever o que acontece. A personalidade, as características, o modo como descreve as cenas são mais do que perfeitas, utilizando da dose certa de risos, cenas de perseguição e mistério, acarinhando e nos envolvendo com as cenas sensuais, sem cair na mesmice ou em palavras chulas. Tenho que dizer que a autora sabe o que está fazendo, minha gente. Porém, o que eu mais gostei foi que a Frost consegue escrever cenas de sexo sem que elas pareçam forçadas. Muito pelo contrário, você sente que é certo, faz parte que elas estejam inseridas no contexto simplesmente porque é o que tem que acontecer! Sabe aquele arrepio que percorre os braços, a barriga que fica com aquela sensação de borboletas, a impressão de estar flutuando? É isso multiplicado por 10x. E as cenas de sexo dela são sim as melhores, com uma tensão sexual de deixar os cabelos em pé.
[...] As borboletas eram beijos que ele pressionava na minha pele. Meu primeiro pensamento foi: Ele escolheu a profissão errada. Deveria ter continuado como prostituto. Teria feito milhões. O segundo foi, de longe, menos agradável, e eu estremeci: se minha mãe pudesse me ver agora, ela me mataria!
Como já conhecemos esses dois personagens e nos apaixonamos, a autora não para por aí, pra quê, né? Vamos conhecer a mãe da Cat – Justina que me fez dar boas risadas! A mulher é doida, mas o Bones atiçando – a na provocação é cem por cento melhor!! -. Vamos conhecer também o Spade, um velho amigo do Bones que eu também sinto uma simpatia sensual por ele e o Ian que é o vampiro que criou o Bones e o Spade. Eles também são cativantes em suas personalidades e extremamente engraçados da sua maneira.
- Estou dizendo que sou mal-humorada, insegura, intolerante, ciumenta, marginal homicida e quero que você me prometa que está de acordo com isso, porque é que eu sou e não quero passar outro dia sem você. Se minha mãe me rejeitar por estar com um vampiro, será a decisão dela, mas eu fiz a minha e não vou pedir desculpas ou voltar atrás. Pág: 253
O que mais eu posso dizer para convence – los que assim que terminar de ler essa resenha vocês precisam ir correndo ler À Caminho da Sepultura? QUE É IMPOSSÍVEL VOCÊS PASSAREM POR ESSA VIDA SEM CONHECEREM A CAT E O BONES. Okay, eu exagerei. Mas vocês precisam saber que o meu exagero é válido, que vocês vão se apaixonar, rir, se arrepiar e ficar suspirando, querendo mais, mais, mais, mais! Sim, a Frost tem esse poder sob seus leitores e vocês vão aprender a lidar com isso, principalmente depois que se apaixonarem pelo casal mais fodástico dos últimos livros que você leu. Nada compara com Cat & Bones. E como resistir quando você lê isso?
- Não, estou cansada demais para correr, e você é rápido demais. Você simplesmente me alcançaria.
- Está certo, amor. – falou suavemente, mas com firme ressonância. – Se correr de mim, vou atrás de você. E eu a encontrarei.
O final me deixou um pouco tristinha e com o coração partido, eu meio que esperava não esperava, sabe? Mas aí que a Jeaniene não dá um passo solto. Tudo se encaixa perfeitamente para os próximos livros.
Quanto a edição brasileira: mesmo não sabendo inglês com fluência, lendo o livro você percebe que é um texto complicado de se traduzir, PORÉM, acho que o tradutor e revisor tem que fazer uma análise do que se encaixa melhor em cada caso. Nesse livro eu fiquei frustrada com alguns termos que foram utilizados e traduzidos. Por exemplo: O Bones sempre chama a Cat de Kitten e Pet, alusões ao apelido dela. Na nossa maravilhosa tradução colocaram o termo ‘gatinha’. *respirando fundo* Acontece que não dá o mesmo efeito que o texto, uma vez que o que faz sentido em inglês, mas não para nós. A minha sugestão é que tivessem colocado uma nota de rodapé falando que manteriam o termo original. Até as pessoas que tem o básico do inglês entenderiam a brincadeira e teria muito mais sentido manter. Fora isso, tiveram outros termos que foram traduzidos que simplesmente eram dispensáveis. Ainda bem que eu li em e-book e pude aproveitar de todos os sentidos duplos, triplos [...] do belíssimo texto.
- Gatinha – gemeu ele enquanto me puxava para a cama -, eu apenas pensei que tinha vivido antes de conhecer você. Você vai me amar até que morra? Isso não é muito tempo...
A história continua no próximo livro, Com um Pé na Sepultura, que é o meu favorito.