Resenhas - Éramos Seis

Ana Brolio 05/06/2021

E restou apenas D. Lola
Devido a tantas novelas, a essência do livro já é conhecida e,apesar de diferir delas em muitas coisas, não há grandes surpresas.
Apesar de também ser mãe, apenas em poucos momentos consegui me identificar com D.Lola , talvez pela grande diferença de gerações que há entre nós. Em certas partes tive vontade de entrar no livro , segura la nos ombros e olhando em seus olhos lhe dizer: - PELAMORDEDEUS Dona Lola! Isso não pode ser assim!!
rsrs.

Contudo, o livro tem suas reflexões e seus grandes momentos e acho que valeu a pena não ter abandonado a leitura.

Juliana Santip 04/06/2020

| Lido por Juliana |
O romance é recheado por fatos que são comuns a muitas famílias... Brigas entre irmãos, dificuldades financeiras, dramas, cotidiano real e machismo... Acredito ser esse o motivo da história, seja nos livros ou na tevê, ter marcado tanta gente.

Acompanhamos 28 anos de histórias narradas por Dona Lola.

Os anos passam, os filhos crescem, se casam, se mudam, tem filhos e onde eram seis, só restam dois... Dona Lola e sua solidão.

“O céu está sombrio e escuro, cinzento-escuro. O que foi a vida em todos esses anos? Sacrifício e devotamento.
É como ver numa tarde assim de chuva, pesada de tristezas. Mas não sei lamentar; se fosse preciso recomeçar novamente, novamente faria minha vida a mesma que foi, de sacrifício e devotamento.
Devo ser feliz porque cada filho seguiu o caminho escolhido. Grossas gotas de chuva caem do céu sobre a terra, sobre as árvores e sobre os telhados. Cor de cinza. Solidão.”

site: https://www.instagram.com/estantedoapartamento/

Clarice_ 20/09/2020

Achei que ia ser uma narrativa arrastada e pesada, mas achei envolvente. Foi uma leitura muito marcante para mim, e penso que é bem interessante o modo como podemos perceber as diferenças sociais em uma família do século passado.

@zurcenila 01/10/2020

Resenha (Livro) – Éramos Seis – Maria José Duplé
Eu ainda lembro de quando essa história ganhou uma versão para a TV em 1994 no SBT com a Irene Ravache no papel de Lola, mas esta não foi a única vez que ela virou novela, houveram adaptações em 1958, 1967, 1977 e a última em 2019. Eu já tinha muita vontade de lê-lo quando foi escolhido para uma leitura coletiva nesse ano.
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📖Éramos Seis
📝Maria José Duplé
▫️Editora Ática
♥️Romance
▪️252 páginas
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🏠O livro conta a história de uma família formada pelo pai Julio, a mãe Lola e os filhos Julinho, Isabel, Carlos e Alfredo desde que foram morar na casa da Av. Angélica em São Paulo e é narrada por Lola que revisita toda a sua vida, nos contando com amor e saudades tudo o que viveu ao longo dos anos: sua batalha para criar os filhos, as encomendas de tricô, a dificuldade para pagar as prestações da casa, as peraltices de seus filhos quando ainda eram apenas meninos, as bravatas de quando já adultos, os episódios de seu marido bêbado, a convivência com as irmãs e a saudade de sua cidade natal.
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🏠As lembranças de Lola percorrem mais de 28 anos, e em paralelo vamos vendo a história do Brasil e do mundo sendo contadas como a Primeira e Segunda Guerra Mundial, o fim do Estado Novo, a Revolução Paulista de 24, a Constitucionalista de 32 e daí por diante.
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🏠Lola cuida dos 4 filhos e o marido trabalha em uma loja de tecidos, mesmo com a beleza que um olhar de mãe é capaz de ver um filho, na sua narrativa vamos conhecendo a fundo cada um. Carlos o primogênito que assume a função de responsável pela família após o falecimento do pai, é o último a permanecer com a mãe, mas morre aos 26 anos com uma doença no estômago. Alfredo que é o mais amoroso e carinhoso, mas também o mais rebelde e já adulto parte em um navio para os Estados Unidos e sua mãe só recebe notícias suas por cartas. Julinho que se muda para o Rio de Janeiro a trabalho e Isabel que se apaixona por um homem casado em uma época que divórcio era um tema tabu em nossa sociedade.
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🏠Devo ressaltar o meu carinho pelas personagens Clotilde e Olga e todos os outros personagens que tornam esse livro tão fantástico e emocionante. O título do livro refere-se a como a personagem que narra a história chegou ao fim da vida, perdendo um a um, sozinha em um quarto de pensão de freiras. Dos seis, só restou ela.
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🏠É um livro sobre amor, família, luta, honestidade.. é emocionante, comovente e certamente está entre os melhores livros que li esse ano.

Malu 17/11/2020

Triste e verdadeiro. Mensagem atual. Muita luta e sofrimento.

Karina 21/01/2009

Que delícia de história!
Uma história deliciosa de uma família que passa por momentos de alegria e tristeza, como todas as outras.
O livro foi lançado em 1943, mas ainda é gostoso de ler!

Katia 22/12/2010

Drama.
Li esse maravilhoso livrinho na adolescência, meu Deus, como chorei!! meu peito doía de tanta comoção,como me sensibilizei com essa mãe, com suas dores e perdas, é muito triste, mas muito bonito, o título já conta o livro, com certeza esse livrinho é um dos meus inesquecíveis!!

Emy 04/03/2022

Linda história, muito comovente e bem construída. O ritmo em que a história acontece é perfeito, sem atropelar as coisas ou enrolar demais.
O final é sem dúvidas muito emocionante, mecheu com meu coração.

Leilinha 30/05/2014

Lembranças
Conheci esta história primeiro pela TV. Lembro-me que era criança quando passou uma novela com este título. Quando li o livro, percebi que tinha muitas coisas diferentes (o livro é melhor, claro). Para falar a verdade, fiquei meio triste e pensativa depois de ler o livro, pois você acaba se envolvendo com cada personagem e sofre com cada perda que é relatada. Mas vale a pena ler.

Natália 12/03/2022

Leitura leve...
...daquelas para distrair, porém é uma história triste, reflexiva, angustiante. Tem pontos muito intrigantes: quando demonstra os dois lados da mesma moeda, ou melhor, de um mesmo ideal (e talvez o pensamento da autora?) entre as personagens da Durvalina e o Afonso. Também traz dois momentos históricos que ocorreram na época: o Tenentismo e a Revolução Constitucionalista, no entanto sem profundidade.

Ana 28/07/2019

Um clássico
Não sei bem dizer o que senti ao terminar de ler esse livro, nem sei dizer ao certo se gostei de fato dele. Só sei que me deixou muito triste ao terminar a leitura. É a prova de que ter muitos filhos não é garantia de que você não vai acabar a velhice largado sozinho.
Quantas e quantas donas Lolas não existem por esse mundo afora?

Leo Vieira 01/08/2019

História de Vida
Esse livro é uma verdadeira viagem no tempo. Conta com detalhes incríveis e sem ser enfadonho, como era a vida sem tecnologia e tão agitada com os conflitos de uma família comum. Há o drama da Eleonora de Lemos, a dona Lola, uma jovem senhora com quatro filhos, cada um de um jeito diferente e todos sob o olhar autoritário do patriarca Júlio. Ao longo da narrativa toda sob o ponto de vista da dona Lola, várias coisas ruins vão acontecendo. Perda de parentes, filhos crescendo e ela perdendo o controle de tudo. Muitos dilemas e sofrimentos, vida difícil, corrida ao longo dos anos e envelhecimento pesando... solidão.
Ao ler, constatamos como é um livro atual. Como existem donas Lolas por aí. Todas as senhoras por mais felizes e realizadas que sejam se sentem tristes por algum motivo. E quantas dessas donas Lolas do cotidiano na vida real também não devem ter ótimas histórias ocultas a descobrir?
Éramos Seis é um livro a ser descoberto.

Bella Nine 22/09/2019

Saudade é gratidão
Se eu pudesse resumir em uma palavra esta obra, escolheria MELANCOLIA. Uma vida sofrida, sonho que mesmo conquistado ainda assim não trouxe a alegria desejada. Uma mãe que custou a entender que filhos são feitos para correr o mundo e que eles devem pagar por suas escolhas, sejam elas boas ou ruins.
A lição que fica deste livro é gratidão por ter a minha família. E, por que não falar? A saudade dos que um dia estiveram comigo. A morte é a certeza da vida, mas a sabedoria de agradecer o que ainda vivemos junto de nossas famílias, poucos compreendem.

Lipe 30/09/2019

A Triste História de D. Lola
Uma releitura de sensações incríveis, tanto quanto a primeira leitura. Em Éramos Seis, (clássico que ganhou adaptações em 1977, - na extinta TV Tupi e, em 1994, - no SBT) temos a triste história da família de D. Lola através dos tempos. Ambientada em São Paulo (O glorioso São Paulo de 32, no sentir de João Guimarães Rosa) entre os anos 10 e 40, essa obra nos toca ao falar de amor, abnegação, saudade, encontros e desencontros, e solidão. Tudo isso na perspectiva de uma abnegada mãe que faz de tudo pela felicidade dos seus quatro filhos (Alfredo, Carlos, Isabel e Julinho), com personagens cheios de poesia e tão comuns no nosso dia a dia, a autora nos faz imergir no universo dessa família que luta para sobreviver.
"Hoje, assim como D. Lola, somos tantos a pedir que aconteça em nossas vidas, o suave milagre dos dias de outrora."