Delírio

Delírio Laura Restrepo




Resenhas - Delírio


8 encontrados | exibindo 1 a 8


Ipsis 21/06/2013

Delírio
um professor quarentão se apaixona por uma jovem linda e problemática e a partir ,então, começa a buscar sua história pessoal,para entende-la e ajuda-la.
a narrativa é costurada entre tres narradores diferentes, e cada um dá a sua parte da história,o que me causou um desconforto de inicio,já que um parágrafo de um narrador emenda no seguinte, de outro narrador.
após perceber a criatividade dessa brincadeira literária, a narrativa flui deliciosamente, alem de captarmos algo do que foi a colombia em tempos de narcotrafico e lavagem de dinheiro.
otimo romance.
comentários(0)comente



Lusia.Nicolino 22/01/2020

Tome fôlego e venha!
O ritmo de leitura impressiona e nos deixa sem fôlego, chega a cansar. Laura não nos apresenta seus personagens, ela nos impõe. E, então, não sabemos se, de fato, Agustina está delirando.
A narrativa é detalhada, cheia de informações que compõem um grande quebra-cabeças e de um parágrafo a outro, sem capítulos, de um fôlego só, passamos de uma voz a outra para chegar ao todo.
Aguilar, um ex-professor universitário, volta de uma curta viagem e o recado na secretária eletrônica lhe pede que vá buscar sua linda e jovem esposa em um hotel.
Estamos na Bogotá de Pablo Escobar, de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Como pode a leveza da música do avô alemão de Agustina suavizar e explicar a história de uma família que se perdeu em si mesma? Escrita potente e elegante.
Uma pena que eu não tenha conseguido a edição original em espanhol, nem a edição em português da Companhia das Letras. Cumprindo minha meta de ler os livros que tenho fotografado ao longo dos anos, essa é uma versão da Coleção Folha Literatura Ibero-Americana, que consegui em um sebo. Se esbarrar com esse título, não o deixe escapar!

Quote: “… Agustina bonita, e isso vindo de minha parte deve ser considerado uma declaração de amor incrivelmente impressionante porque nunca fui homem de cultivar recordações, o passado sempre se apaga de meu disco rígido, o que não é o exato momento é para mim terra de esquecimento, claro que você dirá que minhas declarações de amor nada lhe serviram na vida, pois na prática me comporto como um porco...”

site: https://www.facebook.com/lunicolinole
comentários(0)comente



Bruna 18/04/2022

Nunca vi um título fazer tanto jus a estória. Pensei que iria terminar a leitura em delírio também.

Ao iniciar a leitura senti dificuldade na forma em como foi escrito. Não possui capítulos, parágrafos longos e cada um descrevendo um tempo e personagem diferente. Porém conforme fui lendo, comecei me adaptar a essas mudanças em cada parágrafo. Esse ponto foi bem chato.

O enredo, personagens e a trama que os envolve foi interessante. Senti falta de abordar qual era a doença que atravessava a família da protagonista, a qual só vi nomeada na sinopse. E também trabalhar esse tema do ponto de vista dela, não só daqueles que convivem e que não sabem o que se passa na cabeça dela. Além de ser necessário um aprofundamento sobre a doença.

Foi sofrido ver o abandono que a protagonista vive perante a família, que finge não ver que ela precisa de ajuda, e também seu esposo e tia, os quais a amam, ficarem angustiados com seus momentos mais difíceis.

No geral gostei bastante dessa leitura.
comentários(0)comente



Eloiza Cirne 16/08/2022

Uma narrativa vigorosa
Ambientada na Colômbia dominada pelo narcotráfico de Pablo Escobar, com uma escrita vigorosa, a autora conta a história de Agustina e Aguilar.
Personagens marcantes vão desvendando os mistérios de mentes conturbadas. O que seria real e o que seria loucura? A narrativa em fluxo de consciência torna a leitura um processo íntimo, visceral.
Excelente livro. Favoritei.
comentários(0)comente



Victoria.Olzany 08/05/2023

Aguilar volta de uma curta viagem de negócios e encontra a esposa, Agustina, em um hotel, como que perdida, delirando. Agustina enlouqueceu enquanto Aguilar estava fora.
Agustina rompeu com a família antes de se juntar a Aguilar (relacionamento que sua rica família desaprovava por Aguilar ser pequeno-burguês, professor universitário, e comunista), portanto, não mantêm contato com nenhum parente. Uma mulher de Aguilar nunca ouviu falar, tia Sofi, bate à sua porta dizendo ser tia de Agustina e que veio cuidar dela; ele, desesperado, aceita sua ajuda.
Então acompanhamos Aguilar tentando descobrir o que aconteceu durante sua viagem, e também no passado de Agustina na tentativa de entender seus delírios.
A narrativa se constrói em "blocos" separados por espaços, e, em cada bloco, um personagem "conduz" a narrativa alternadamente (Aguilar, nos esforços para desvendar os delírios de Agustina; Agustina, no passado, conversando com seu irmão caçula, Bichi; Midas McAlister, amigo do irmão mais velho de Agustina com quem ela se envolveu, e que atuava como intermediário dos negócios entre o pai de Agustina, seus ricos amigos, e Pablo Escobar, relatando a Agustina o que aconteceu naqueles dias; e Nicolás Portulinus, avô de Agustina, pianista que veio da Alemanha, no passado, durante a infância da mãe de Agustina, Eugenia). Dessa forma, o leitor se sente no lugar de Aguilar, juntando as peças de um louco quebra-cabeças para conhecer o passado e, assim, dar algum sentido ao presente tão maluco.
Descobrimos que a loucura de Agustina está muito atrelada à loucura de sua família que, desde os tempos do avô Portulinus, se utilizou da mentira descarada para não ter de lidar com assuntos difíceis e dolorosos. A autora constrói um panorama da loucura familiar, passando pelas três gerações (Portulinus, Eugenia, e Agustina), mostrando como a utilização da mentira para criação de uma realidade diferente da que os olhos veêm levou essa família à loucura.
Também pontuo o que parece ser um paralelo um tanto irônico com o realismo fantástico colombiano (citado ocasionalmente na obra), deslocando o fantástico para: o envolvimento com Pablo Escobar; o "misticismo" de Agustina (que "descobriu" o paradeiro de um jovem desaparecido com sua intuição e foi celebrada na TV, por exemplo); e a leitura de mensagens ocultas nas dobras dos lençóis feita por avô e neta (simbolizando a passagem da loucura entre as gerações), por exemplo.
comentários(0)comente



Isotilia 04/06/2017

O livro é pesado, mas interessante!
Confira mais no blog

site: http://500livros.blogspot.com/2017/06/como-sao-pobres-os-ricos-deste-pais.html
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Livia M. 31/12/2022

Escrita diferentona e poética. Forçosamente você lê sem parar levada pela melodia. Não é sensato vacilar com delírio, ele pode tomar as rédeas da sua vida e te levar por caminhos esquisitos e até perigosos.

#voltaaomundoem50livros
10/50
Colômbia
comentários(0)comente



8 encontrados | exibindo 1 a 8


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR