Wellington 01/09/2023
Livro da Vida – 9,5
Edith Stein, fenomenóloga e até então ateia, lê este livro aos 33 anos e se converte ao catolicismo, tornando-se freira carmelita. É a autobiografia de Santa Teresa D’Ávila, nascida espanhola em 1515, primeira mulher a ser reconhecida doutora da Igreja. Tal panorama, junto às minhas buscas de fé, me levaram a lê-lo.
Santa Teresa registrava memórias e pensamentos de forma corrida, em meio a atividades cotidianas, sem preocupar-se com gramática ou pontuação, de forma que o livro é parecido com como nós pensamos. Isso faz com que a experiência precise de tempo – ao menos para um teimoso como eu, afinal, Edith Stein levou apenas uma noite –, já que envolve preparação e compreensão.
Que seja ignorado o prefácio e as palavras modernas com fins financeiros: Santa Teresa D’Ávila não era uma feminista antes de seu tempo ou uma injustiçada perseguida, pois suas preocupações não eram com esse mundo terreno, mas com a vontade de Deus. Não podemos atribuir motivações e objetivos onde eles não cabem. Toda a sua vida teve este fim: agradá-Lo. E, para este fim, quis ela obedecer a confessores e amigos e registrar sua trajetória da moça simples, enérgica e vaidosa para a devota, caridosa e dedicada fundadora de mosteiros católicos.
Ao ler seus registros, compreende-se melhor do que realmente se trata a fé e os caminhos que nos levam a Deus.
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