Til

Til José de Alencar...




Resenhas - Til


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Fabi 05/06/2013

Um Pontapé
Bem, esse foi o primeiro clássico da literatura brasileira que me lembro de ter lido. Confesso que no começo do livro achei entediante sua leitura me fazendo parar varias vezes de lê-lo, e isso fez com que eu demorasse quase dois meses para ler um livro pequeno como esse, mas isso pode ser explicado por eu não nunca ter lido nenhuma obra romântica antes e pela escrita de época.
Com o desenrolar da história eu fiquei mais interessado no livro e achei interessante o-achei interessante. Acho que isso acontece com todos que o-leem, a partir do meio do livro com o desenrolar da história e os fatos do passado a história se torna bem mais envolvente e se mostra bem construída,e isso me prendeu a atenção de certa foma.
Gostei muito de ter tido a oportunidade de sair dos livros de ficção e romance para ler uma obra clássica como essa, isso me despertou o interesse a vir conhecer outras obras de autores brasileiros. Diria que foi um pontapé para uma nova linha de leitura que quero seguir para expandir meus conhecimentos literais e culturais.
Patricia1009 22/07/2013minha estante
Eu também demorei um pouco para acabar de ler, no começo parece ser um livro bem entediante, mas me surpreendi com a história no final e a recomendo!




Karina 21/05/2013

Til - José de Alencar
Clássico de José de Alencar, Til é uma obra lançada em 1872 que retrata a linguagem e os costumes da vida rural na época em que foi escrito. Retratando com detalhes a vida campesina, que faz parte do regionalismo de José de Alencar.
O autor retrata os personagens de uma forma extremamente idealizada, uma das principais características do movimento artístico e intelectual do romantismo.
Til é o apelido de Berta, a personagem principal do livro. Berta é a representação da heroína romântica, devido à sua beleza, contada diversas vezes pelo autor, sua compaixão e sua empatia para com o vilão Jão Fera.
Til é uma menina que foi rejeitada quando nasceu, sendo criada então por uma viúva chamada Inhá Tudinha, a qual tinha um filho chamado Miguel.
Til era linda, pequena, esbelta, uma garota que todos adoram, e por quem a maioria dos rapazes suspiram de amor. Ela e Miguel sempre foram grandes amigos dos filhos de Dona Ermelinda e Luís Galvão. Afonso e Linda.
Afonso e Miguel são apaixonados por Berta, e Linda esta apaixonada por Miguel. Porém Berta trata a todos como irmãos. Luís Galvão também cuida de um sobrinho, órfão de pai e mãe, chamado Brás, um garoto que tem problemas mentais. Luís faz de tudo para enviá-lo para a escola, porém o menino não consegue aprender, o que leva seu professor, o Domingão a bater-lhe muito. Til fica louca, ela realmente se compadece com a situação de Brás, que se convulsiona em prazer e alegria ao ver Til. Portanto ela resolve ensiná-lo, e assim ela relaciona cada letra do alfabeto às pessoas que Brás conhece, sendo que ela representa o til.

Jão Bugre, mais conhecido como Jão Fera, é um temido matador de aluguel da província de Santa Bárbara. Ele nutre um carinho especial por Berta, e sempre observa a garota quando ela vai visitar a negra Zana, que vive em uma casa caindo aos pedaços. Zana também tem problemas mentais e tem um grande terror quando chega perto do quarto da casa, onde parece eu ela revive uma terrível lembrança. Jão Fera foi contratado por um estrando chamado Barroso, para matar o fazendeiro Luís Galvão. Quando Til descobre isso, impede Jão Fera de concluir sua atrocidade, salvando assim a vida de Luís. Mas Jão Fera sabe um grande segredo de Luís Galvão, mesmo Til tendo impedido que a morte do fazendeiro fosse concretizada, Jão Fera irá se vingar mais cedo ou mais tarde.
Jão Bugre tinha grande respeito por Luís Galvão, chegando até a livrar o mesmo de várias brigas que ele arranjava. Mas ambos se apaixonaram por Besita, a moça mais bonita de Santa Bárbara. Quando Jão descobriu que Luís estava também apaixonado pela moça, ficou louco e seu sentimento de amor para com Luís mudou.
Besita, no entanto, não correspondia ao amor de Luís Galvão, devido à sua má fama de mulherengo e aproveitador. Ela também sabia que Jão a amava, porém ele pediu para que Besita aceitasse Luís. O pai dela não aceitou o pedido de casamento de Luís Galvão, e enganou a filha, dizendo que ele não queria nenhum compromisso. Por fim Besita casou-se com Ribeiro, filho de um rico fazendeiro da região.
No dia do casamento Ribeiro disse que precisava resolver uns negócios em Itu, a respeito de uma herança que recebera. Ribeiro perseguiu o administrador de seus bens até o Paraná, a fim de receber sua herança e depois disso caiu na gandaia.
Nesse meio tempo, em uma noite, Luís Galvão enganou a negra Zana, que cuidava de Besita, e se passou por Ribeiro. Luís passou a noite com Besita, que ao amanhecer, viu o erro que cometera. Ficou grávida e deu à luz uma menina. Somente Zana e Jão Bugre sabiam desse segredo.

Jão Bugre só não matou Luís naquela hora porque Besita implorou para que ele não fizesse isso. Depois de dois anos, enquanto Jão Bugre estava fora da fazenda, Ribeiro volta para casa e fica louco de raiva ao ver sua esposa com a criança, que ele sabe não ser sua filha. Ribeiro começa a enganá-la, quando chega Jão Fera para tentar salvá-la. No seu último suspiro, Besita pede para que Jão preteja sua filha, e Zana chega ao quarto no momento em que a moça morre. Ribeiro foge para Portugal e Jão tenta cuidar da menina. Inhá Tudinha chegou a fazendo e leva a menina para criá-la. Jão fica transtornado com a morte de Besita e torna-se um matador.
Agora após quinze anos, Ribeiro volta de Portugal, mas conhecido como Barroso, e deseja terminar a sua vingança.
Indo direto para Santa Bárbara ele contrata Jão Fera para matar Luís Galvão. Nenhum dos dois se reconhece, mas Luís é salvo por intermédio de Berta. Vendo seu plano inicial fracassar, Ribeiro planeja uma vingança mais detalhada, matar Berta e Luís Galvão e tomar o lugar dele como marido de Dona Ermelinda. Para isso, conversa com dois escravos de Luís, Faustino e Monjolo, para na noite de São João, trancarem os negros na senzala e atearem fogo no canavial.
Assim que Luís saísse para apagar os incêndios, eles o jogariam ao fogo, Ribeiro apareceria para salvar a plantação e tentaria conquistar o amor de Dona Ermelinda. Jão Fera então descobriu a trama e , na mesma noite quando Luís tentava apagar o incêndio, matou Monjolo, Faustino e outro jagunço contratado por Ribeiro, salvando assim a vida de Luís Galvão.
Ele então perseguiu Ribeiro que só sobreviveu por intermédio de Berta e Miguel. Ribeiro fugiu, mas quando retornou para matar Berta, Jão já o estava esperando, salvou então a moça e matou Ribeiro sem piedade. Berta então sem saber de toda a história ficou horrorizada com tal acontecimento.
Dias depois de todos os terríveis acontecimentos, Luís Galvão e sua família vão para a festa do Congo na vila de Piracicaba, para onde Inhá Tudinha, Miguel e Berta também estavam a caminho. Afonso escapa de seus pais para ir falar com Berta, porém aparece um estranho dizendo que o pai de Afonso havia matado sua mãe. E olhando para Luís Galvão o estanho disse que o sangue mal quer o sangue bom de Luís.
O estranho era Jão Fera que havia escapado da cadeia. No caminho de volta, Luís Galvão conta acerca de seu passado à esposa, e depois Berta descobre o seu passado.
Berta não aceita como pai Luís Galvão, por conta de tudo o que ele fez no passado, e diz que o único pai que ela conheceu fora Jão Fera, que sempre zelou por sua segurança e sempre a respeitou. A única coisa que ela pede é que ele aceite que Miguel case-se com Linda, contra a vontade de Dona Ermelinda. Luís ainda tenta convencer Berta a ir com ele para serem felizes juntos, mas ela, por amor à amiga, não o faz.


Titulo: Til
Autor: José de Alencar
Ano: 1872
Páginas: 238
Editora: Martin Claret
Nota: 03



Boa Leitura

Casa de Livro Blog

Karina Belo




- Sangue de gente, ou sangue de onça, todo é um; tem a mesma cor, e a mesma maldade. Já estou acostumado com ele. Sente-se a fumaça do churrasco. Eu gosto! Disse o sicário dilatando as narinas, como se esquisito aroma lhe prurisse o olfato.



Tu és um monstro! Disse Berta afinal com uma explosão de horror. Quando te pintavam como um assassino, autor dos maiores crimes e capaz de cometer toda a espécie de atrocidade, eu não queria crer; porque duvidava que um homem pudesse transformar-se em um tigre carniceiro; e também porque tantas vezes te vi tão sossegado e cuidados comigo, e eu não podia imaginar que se pudesse ter esse rosto bom e tranquilo, tendo-se dentro do coração uma caninana.

Nos gestos de Berta, durante esses cuidados, já não se notava a travessa alacridade que cintilava de ordinário em seus movimentos; e era, pode-se bem dizer, a radiação de seu gênio. Sua graça então era séria; havia em seu lindo semblante uma serena efusão da ternura que lhe fluía dos olhos meio vendados e dos lábios descerrados por um riso gentil.

É verdade que muitas vezes, como confessara a Miguel dissuadindo-o de tais idéias, costumava ela encontrá-lo naquelas mesmas paragens, durante as longas excursões que fazia pelos campos. Mas, recordando-se do aspecto e modo com que nessas ocasiões lhe aparecia Jão, reconheceu que nessa manhã trazia o capanga no vulto e no semblante o que quer que fosse de soturno e ameaçador.
vinicius.lamber 07/12/2014minha estante
gostei muito!!




Annie 05/05/2013

Sou apaixonada por José de Alencar, mas este livro não me cativou da mesma forma como Iracema e Senhora o fizeram.
Acredito que o fator preponderante seja a extrema bondade de Berta e sua idealização. Enquanto o fazia com perfeição nos outros romances, me parece que meu querido autor pode ter exagerado um tantinho neste.
Exceto os pormenores de meu gosto, Til é repleto do estilo Romântico de Alencar e, ouso dizer, aparenta conter alguns traços do realismo que logo surgirá. As tramas paralelas são bastante interessantes (embora previsíveis) e o que mais salta aos olhos é o caráter regionalista do romance: os escravos, os homens livres e aristocracia da época.
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Carol- Books and Tea 30/04/2013

Muito vale a leitura

Til
José de Alencar
200 páginas
Ática

Primeiramente, antes da leitura, devemos derrubar essa barreira e acabar com todo o preconceito sobre os temidos clássicos da literatura, principalmente os que são pedidos para vestibulares, como os da Fuvest e da Unicamp. Til no caso, é pedido de ambos.

Inicialmente, como a maioria dos livros de época, tem um início monótomo e de aparência vagarosa e chata. Porém, engana-se quem acha que Til, é assim. Não digo, que inicialmente ele não seja, tornando a leitura difícil de se deslanchar, mas sim, que a obra como um todo, é uma grande surpresa para os desacreditados de tais livros, ou que simplesmente julgam tal, por ser literatura nacional.

Alencar, nos encanta com uma obra muito bem feita e perfeitamente esculpida, mas, para percebemos isso, devemos como havia dito, derrubar o preconceito cultural de tais ideais, e aceitar que a escrita de época, claramente é um pouco mais difícil de "se levar", só depois disso, ao lermos iremos conseguir apreciar tal obra rica de conhecimento cultura e regional, tanto negativamente como positivamente.

Com uma escrita primorosa, e complicada, como de praxe de obras que se encaixam no romantismo, devido a época, e a linguagem padrão das obras. Em meio a um ambiente muito dramático e onde muitos valores são colocados a mesa, somos primeiramente apresentados, a um casal de irmãos de criação, Berta(Inhá ou Til) e Miguel. Toda obra gira em torno dessa moça inteligente, graciosa e bela, Berta, com origem desconhecida, até para ela, que foi adotada por nha Tudinha, uma viúva mãe de Miguel.
Vivem em uma pequena casa, próxima a grande fazenda de Palmas, do rico fazendeiro Luis Galvão, um típico anti-heróis de época, passivo que desde a juventude teve muitas aventuras amorosas.
É casado com dona Ermelinda, uma elegante senhora da alta sociedade, com quem teve dois filhos, Linda e Afonso. Além de um sobrinho(Bras), o qual divide sua criação, mas que possui problemas mentais e emocionais, que acabam por levar a exclusão perante alguns parentes.

O livro em si, partilha inúmeros romances juvenis, onde a narrativa gira em torno de Berta, a qual sempre quis saber mais a fundo os mistérios de sua origem, a qual levou a loucura Zana, uma senhora da qual ela cuida. Til, é também, a única que desperta um sentimento puro e bom em Bras, mas não pode corresponder, o ajudando de outra forma, lhe instruindo. Porém, o grande personagem que acaba digamos assim, roubando a cena, é "Jão" Fera, um matador de aluguel, o qual Alencar caracterizou como robusto, e "capanga" de época, porém da classe.

O livro é narrado em terceira pessoa, dividido em duas partes com características gritantes do romantismo;o nacionalismo,sentimentalismo e até a idealização de alguns personagens.


Enfim, a cada leitura de tais clássicos, seja por provas ou não, percebo que devemos exaltar as grandes obras nacionais, e antes de julga-las lê-las, para ao menos, podermos criar críticas construtivas sobre as mesmas.
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Huckell 03/04/2013

"Eu sou Til... Til só!"
Comecei a ler esse livro como obrigação, por que estou tentando participar do vestibular da FUVEST e da Unicamp e ambos cobram o paradidático do José de Alencar como leitura obrigatória. Bem, posso dizer que fiquei relativamente surpreso em relação á história.

Til é um livro típico do romantismo. Todos os aspectos do romantismo estão presente. E para aqueles que não suportavam "Lucíola" ou "Dom Casmurro" devido ao alto teor de exaltação feminina, se preparem, por que Til é um livro de exaltação. Praticamente todos os capítulos encontramos referências divinas e angelicais relacionando-se a personagem-título.

Sobre o enredo, posso afirmar que gostei. Bem amarrado e cheio de mistérios, mantém um ritmo frenético e consegue criar um romance de época bastante diferenciado do padrão vigente.

Os personagens também são muito bem trabalhados. Com destaque para Til, - uma heroína doce e sacrificada, porém decidida - Jão Fera - capanga e assassino de aluguel com uma alma em constante dualismos - e Brás - jovem louco que nutre uma paixão por Til.

Por fim, só posso recomendar a obra. De todos os livros de José de Alencar, é meu favorito. O final não é nada satisfatório, mas condiz com as caracterísitcas psicológicas de todos os personagens e com o foco da narrativa. José de Alencar sempre surpreendendo.
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Wesley Andrade 15/01/2013

O livro Til tem uma história incrível. A primeira vez que li sobre fiquei super empolgado para ler. Porém, José de Alencar é muito descritivo em suas obras e isso deixa o livro extenso e chato. Muita gente para de ler na metade e outras leem até o fim por obrigação. Ler este livro é um saco por causa da descrição do autor, mas a história por trás de todas essa descrição é incrível.
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Guilherme F. 13/01/2013

Confira mais aqui: http://osimbolista.blogspot.com.br/2012/09/resenha-til-de-jose-de-alencar-lista.html
Oi gente tudo bom?Aqui é o Guilherme, bom, hoje trago mais uma resenha / análise pra vocês, dessa vez é um título do José de Alencar que está na lista Unicamp/Fuvest desse e do próximo vestibular.
Comecei o livro não muito crente que iria gostar, Senhora eu abandonei na metade da leitura(mesmo não gostando de deixar pela metade), este ano Senhora saiu e entrou este na lista thanks of god, eu não conhecia esse título do autor, ele junto com "O Gaúcho", "O Sertanejo" e "O Tronco do Ipê", fazem parte das obras regionalistas do José de Alencar, Til foi publicado pela primeira vez em 1872.

"E assim é tudo nela; de contraste em contraste, mudando a cada instante, sua existência tem a constância da volubilidade.Na vaga flutuação dessa alma, como no seio da onda, se desenha o mundo que a cerca; a sombra apaga a luz; uma forma desvanece a outra; ela é a imagem de tudo, menos de si própria." (pág. 23)

Eu achei o livro legal, tem uma narrativa com vários acontecimentos, e apesar de o autor ser bem detalhista é essa variedade de ações e os capitulos curtos que te prende ao livro, achei interessante também o modo como o autor pôs em um mesmo livro sentimentos, situações e personagens: loucos, assassinos, dívidas de dinheiro até a ingenuidade de crianças e o amor entre adolescentes, de um lado os adultos esperando uma morte e de outro simples garotos se apaixonando como se nada estivesse acontecendo.

"Tinha por Miguel uma dessas afeições de infância, puras, calmas e serenas, primeiros botões, dos quais ninguém sabe que flor vai sair, se uma doce amizade, se uma paixão ardente." (pág. 170)

O livro é narrado em 3º pessoa, como disse anteriormente com o uso de detalhes, bastante também o uso da figura de linguagem comparação, reservei uma passagem para mostrar aqui uma comparação que ele faz na descrição da amiga de Berta, Linda:
"Há quem possa resistir àqueles olhos tão doces, que estão bebendo da alma da gente?E a boquinha?...É o torrãozinho de açúcar escondido em uma rosa!Quando ela ri-se, faz cócegas no coração!Do corpinho nem se fala.Que cinturinha de abelha!E um ar tão engraçado, um andar tão faceiro, que encanta!"

"O memso é perguntar a flor como nasce.A semente que o vento lança na terra sabe-se acaso por que enfeza ou brota?Às vezes lá fica na eiva do rochedo, tempo esquecido, até que o céu lhe manda réstia de sol e uma gota de orvalho." (pág. 167)

Em uma parte mais próxima do final do livro o cenário se torna uma Festa de São João, e achei uma palavra que nunca tinha ouvido: Mastro de Cocanha, o qual significa Pau-de-Sebo(aquele que colocam um prêmio na ponta lá em cima e alguém tem que subir para pegar só que ele está todo com sebo então fica super escorregadio para subir).A heroína desta hsitória é Til, que é o apelido de Berta, ela sempre procura ajudar a todos, é caridosa, esbelta, ligeira, adolescente, faz de tudo para conseguir o que quer, em meio a violência, traição e outros acontecimentos já citados anteriormente a trama vai se desenvolvendo.

"É noite de São João.
Noite das sortes consoladoras, dos folguedos ao relento, dos brincados mistérios.
Noite das ceias opíparas, dos roletes de cana, dos milhos assados e tantos outros regalos.
Noite, enfim, dos mastros enramados, dos fogos de artifícios, dos logros e estripulias." (pág. 162)

O projeto gráfico do livro é simples, por dentro é igual a outros livros da editora, diagramção simples, vem alguns textos sobre Romantismo em geral e o Romatismo do autor, e um pequeno histórico sobre Til e no final vem um pequeno histórico da vida do autor, bem interessante.Na orelha da capa vem a crítica de ninguém mais que Machado de Assis e José Veríssimo sobre José de Alencar:
"O autor conhece os segredos de despertar a nossa comoção por estes meios simples naturais e bellos." Machado de Assis
"[José de Alencar] É uma das principais figuras de nossa literatura e, com Magalhães e Gonçalves Dias, um dos seus fundadores." José Veríssimo
A capa de Til eu acho muito linda, essa e as capas novas dos relançamentos e lançamentos da Martin Claret estão ficando super legais, as novas edições da editora como os livros da Jane Austen que vi na bienal estão ficando super bonitas, folhas amarelas, capas foscas e detalhadas,essa edição de Til ainda vem com a capa branca mas nada que prejudique a leitura.

"A mesma cambraia que retraiu o dorso flexuoso da boicininga espamou o talhe grácil de Berta, como se uma força única regera a vida nessas duas organizações.Aí estava produzida ao vivo a misteriosa identificação da mulher e da serpente, que deu tema ao poético mito da tentação." (pág.139)

Abaixo algumas características dos personagns que podem te ajudar a reconhece cada um:

Afonso, irmão de Linda e apaixonada por Berta;
Berta, também conhecida como Til, personagem principal, descrita como "pequena, esbelta, ligeira, buliça, altruísta";
Besita, mãe de Berta, assassinada pelo seu marido, Ribeiro;
Brás, sobrinho deficiente mental de Luís Galvão;
Chico Tinguá, dono da hospedagem da estrada de Santa Bárbara, amigo de Jão Fera.
Domingão, professor de "primeiras letras", um "mestre latagão de verbo alto e punho rijo";
Dona Ermelinda, esposa de Luís Galvão, não conhece o passado do marido;
Faustino, pajem de Luís Galvão, participante da trama para matar seu amo. Foi morto por Jão Fera;
Gonçalo Suçuarana, também conhecido com Pinta, jagunço, tinha inveja da fama ameaçadora de Jão Fera. Foi morto por Jão Fera;
Inhá Tudinha, viúva, mãe de Miguel e mãe adotiva de Berta;
Jão Fera, também conhecido como Jão Bugre, jagunço, apaixonado por Besita (mãe de Berta) na juventude, zela por Berta à pedido de sua amada;
Linda, filha de Luís Galvão e amiga de Berta, apaixonada por Miguel;
Luís Galvão, pai de Berta, marido de dona Ermelinda;
Miguel, filho de Inhá Tudinha, inicialmente apaixonado por Berta, passa a gostar de Linda à pedido de sua amada;
Monjolo, escravo de Luís Galvão, participante da trama para matar seu amo. Foi morto por Jão Fera;
Ribeiro, também conhecido como Barroso, marido de Besita, matou sua esposa por ciúmes;
Zana, mucama de Besita, enlouqueceu após presenciar a morte da ama.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Til_%28livro%29

Guilherme Franco / O SIMBOLISTA
http://osimbolista.blogspot.com.br/2012/09/resenha-til-de-jose-de-alencar-lista.html
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Matheus 09/01/2013

O livro é um inteiro uma lista de exemplos de clichês hollywoodianos. Pode ser que tenha feito sucesso na época em que foi lançado mas é absolutamente entediante ler esse livro nos dias de hoje. Gosto muito de literatura brasileira, mas reconheço que a prosa do nosso período romântico é lastimável. Principalmente porque o romantismo surgiu com a revolução burguesa e com o fim do absolutismo, o que não aconteceu no Brasil, tornando o período um tanto artificial aqui. Completamente inverosímel, José de Alencar sequer se deu o trabalho de visitar o interior paulista antes de escrever Til, tendo preferido pesquisar de longe sobre o cenário do romance. Além disso, as personagens e o enredo são completamente superficiais se comparado com romances românticos de outros países. José de Alencar conseguiu criar uma obra romântica do modo tão açucarado e insosso que eu tremo só de pensar que há quem esteja sendo introduzido ao romantismo por esse livro. Só espero que esses pobres coitados ainda tenham a coragem de ler os Alexandre Dumas antes de desistirem do romantismo.
joaomflores 26/06/2016minha estante
"O livro é um inteiro uma lista de exemplos de clichês hollywoodianos".

Bicho, o livro é de 1842 (MIL OITOCENTOS E QUARENTA E DOIS).




Patricia 28/11/2012

Desafio
Odiei, odiei e odiei, fiquei enrolada dois meses nos cinco primeiros capítulos. Respirei fundo e meio que por obrigação, retomei a leitura. Mais uma semana e li novamente os cinco primeiros capítulos e mais seis. E então, me apaixonei. A história é envolvente, linda! Eu que amo romances e histórias meladas não teria como não gostar de Til! É encantador como José de Alencar descreve com tantos detalhes o sentimento da paixão, e também sentir a garganta engasgar na passagem em que os irmãos gêmeos vão passear, após a ida do pai a Campinas.

"Intumesceram-se as faces, pouco antes crispadas pela cerração habitual das maxilas, e tomou a tez um tom fouveiro, indício da ebulição do sangue a ferver-lhe em bolhas no coração."

A leitura é difícil, como todos já devem estar cansados de ler em críticas literárias, mas vale muito a pena! É um desafio. Quando termina-se de ler esse livro, é uma mistura de sensações: alívio por ter conseguido executar a tão difícil leitura, tristeza por não ter mais a companhia de Berta, Afonso, Miguel e Linda, aquela sensação de ter transpassado um obstáculo e querer ler o resto da obra de Alencar antes de morrer.

Me arrependi de não ter lido antes.
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-marcela 20/09/2012

Esse livro me fez perder o "medo" de José de Alencar. Tendo sido Iracema o único livro dele que li até então (obviamente por motivos da escola), eu esperava uma história igualmente entediante e arrastada em Til. Completo engano! Achei o livro adorável do começo ao fim. Não chega a ser um livro difícil de largar, mas por algum motivo me prendeu, principalmente quando o passado de cada personagem começou a justificar o presente e eu percebi que não havia pontas soltas.
É tipo uma novela das 18h que valeria a pena assistir.
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