Os sertões: A luta

Os sertões: A luta Euclides da Cunha




Resenhas - Os Sertões - A luta


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Art 28/04/2024

“Os sertões não nos deixa esquecer o que aconteceu e continua acontecendo em nossa sociedade que gosta de repetir para si mesma e para os outros o mito de sua índole pacífica”
De 7 de novembro de 1896 a 5 de outubro de 1987, perdurou, no interior da Bahia, uma comunidade autônoma de caráter religioso e solidário reconhecida também pela ilustre figura de Antônio Conselheiro, um peregrino que se dizia enviado por Deus e caminhava pelos sertões disseminando contra a fome, a concentração de terras, a seca, a miséria e o modo como foi constituída a recém república.
Essa comunidade, porém, não apenas representava o espírito de coletividade e auto-organização da população local, mas como também uma verdadeira afronta aos Estado e seus braços de sustento da elite latifundiária e do alto escalão da igreja, que via sua influência descer pelo ralo.
Milhares de pessoas, que antes tinham suas necessidades básicas desprezadas e ignoradas pela sociedade, agora passariam a ser identificadas pela imprensa nacional com grande exposição e pelas inúmeras chamadas diferentes: demônios, traidores da pátria, verdadeiras escórias da humanidade, entre outras. Pois onde já se viu alguém enfrentar o status quo? E mais do que isso, mostrar aos demais que a vitória era muito mais que uma utopia romântica.
Diversas foram as expedições do exército brasileiro que fracassaram. Incontáveis os mortos de ambos os lados. Assim como inestimável a catástrofe do desfecho sanguinário. Armados até os dentes, com armas que nem mesmo seriam usadas contra inimigos estrangeiros numa guerra, o alvo do canhão centralizava justamente naqueles que simbolicamente o Estado deveria proteger.
Eles pensavam que o povo de canudos seria mandado diretamente para o cemitério do esquecimento, mas, muito pelo contrário, foi pelo mártir de cada um que lá lutou que a história se fará contada. Vítimas de um genocídio de uma sociedade que já os pisava antes mesmo de pensarem em se organizar, os detalhes da rebeldia de Canudos são contados no clássico “Os sertões”, escrito pelo jornalista Euclides da Cunha, que resolveu conferir pessoalmente aquilo que a mídia cantava aos ventos.
Parcialmente adaptada em forma gráfica aos quadrinhos transforma trechos de fragmentos do livro original em uma arte visual orquestrada pelo roteirista: Carlos Ferreira e ilustrada por Rodrigo Rosa.
Quadrinhos na CIA, 2019

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@cinthia.lereplanejar 26/07/2020

Um passado do Brasil que não deve ser esquecido!
"Os sertões não nos deixa esquecer o que aconteceu e continua acontecendo em nossa sociedade, que gosta de repetir, para si mesma e para os outros, o mito de sua índole pacífica."

A guerra de Canudos, resultou num massacre com aproximadamente 25 mil mortos.
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Daniel.Amorim 06/12/2023

As ilustrações são muito bem feitas e a história é bem contada na medida do possível o autor consegue transmitir o terror e o sentimento de guerra que estava acontecendo ali no momento.
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gab 19/10/2021

A novela gráfica retrata as quatro expedições feitas na região de Canudos de forma gráfica(hq).
Eu achei a hq bem boa, só faltou um pouco mais de contexto/descrição dos fatos como no livro, tipo se eu lesse a hq sem saber da história já contada por euclides da cunha eu não entenderia a hq tão bem, ficaria um pouco perdida.
gab 20/10/2021minha estante
tbm faltou a visão crítica do euclides da cunha falando sobre a desigualdade social entre os litorais e os sertões negligenciados.
mas os desenhos tão lindos nota 1000




Allan.Franck 22/10/2023

Trabalho primoroso!
A HQ "Os Sertões - A Luta" nos apresenta de forma muito bem desenhada e roteirizada as crônicas de terra e fogo, narradas por Euclides da Cunha. Legal ver essa obra no PNLD Literário do Ensino Médio, em 2023.
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Margô 26/06/2022

Sertões no bico de pena.
Não pensei duas vezes quando vi a versão de os Sertões em HQ.
Gosto de achar a versão ilustrada de uma obra que li em prosa... é muito curioso ver o que fazem os ilustradores com os cenários narrados. ( É como se dessem vida aos personagens, às cenas, enfim, a imagem de concretiza!).
A natureza da caatinga então, é um emaranhado de rústicos riscos, nos quais os espinhos gigantescos, criam um cenário de terror. Mas a flor do Mandacaru aparece como uma vedete sob holofotes...Amei.

O livro trata apenas da luta. E aí você percebe o rosto de horror estampado nas páginas esquadrinhadas, mulheres esquálidas, e homens fantasmas vagando no vale da morte.
Gostei mesmo foi do cenário que é apresentado após a terceira expedição! De um lado e do outro surgem caveiras empaladas, roupas ensanguentadas, em um corredor imenso. É o despojo de guerra dos que não tiveram como desfilar a sua vitória.

As últimas páginas, quando Canudos arde em chamas, as folhas de papel ganham um tom acobreado do fogo ?. ..
E Canudos se transforma em um braseiro que até hoje arde, pela dor dos quase indefesos sertanejos...em uma luta desproporcional, vergonhosa demais, para ser narrada nas escolas, na universidade, ou mesmo em uma homenagem aos que se foram sem a chance de provar da felicidade no PARAÍSO em terra, como diria Conselheiro.
Só achei muito resumida... demais até.?
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Ricardo.Barroso 02/04/2021

Episódio triste de nossa história
Trabalho bonito mas esperava mais. Foca na parte dos conflitos da luta de Canudos, um episódio muito triste em nossa história. Se a arte tivesse cor teria um impacto bem maior (isso só acontece em algumas páginas e o efeito é notável).
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GuidoBR 06/07/2020

Excelente livro, emocionante e impactante. Violento, como nossa história é.
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Rodolfo Zumbi 30/01/2021

A nação brasileira foi forjada por episódios sangrentos de extrema injustiça e muitas vezes encobertos no estudo pedagógico com gloriosas fantasias. Um estudo mais aprofundado nos ajudaria a entender como chegamos até aqui. O massacre de Canudos teve a exceção de ser devidamente documentado por um escritor gigantesco (mesmo que com um olhar preconceituoso em diversos aspectos). Essa adaptação foca na terceira parte do clássico de Euclides da Cunha e o coloca como um assustado espectador daqueles horrores. Também escolhe um caminho bem mais apressado e com a visão mais poética do que a aobra original. Recomendo investir seu tempo lendo os dois.
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Igor 26/03/2021

Incrível!
Eu comprei essa obra porque adoro HQ e porque queria entender um pouco melhor o livro do Euclides. E foi uma ideia incrível. Adorei as ilustrações e como Os Sertões foi resumido. Apesar das poucas páginas, é um texto emocionante e de uma beleza gráfica ímpar.
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Aefe 27/02/2022

Nossa guerra de Troia adaptada para a literatura e para os quadrinhos
Uma mistura de "Os Miseráveis" e de "Ilíada", sobre a guerra de Tróia, "Os Sertões", de Euclides da Cunha, é um dos grandes clássicos da literatura brasileria, retratando em forma de literatura a reportagem que o jornalista escreveria ao testemunhar a conhecida Guerra dos Canudos. A obra adaptada para os quadrinhos, desenhada pelo artista Rodrigo Rosa, o mesmo que também realizou "Grande Sertão: Veredas", é uma deslumbrante introdução ao calhamaço de Euclides.
Por pelo menos dois motivos a obra ainda é atualíssima para os dias de hoje: "Os Sertões" nos apresenta o esnobismo e o preconceito da elite metropolitanda quanto à fé e religiosidade do brasileiro do interior. O desrespeito e a desconsideração da fé cristã como fundamento da cultura brasileira por parte da elite cultural dos grandes centros ainda é muito vivo e está nos fundamentos da polarização política atual.
Uma segunda temática da obra também é muito contemporânea ao Brasil de hoje: o uso da mídia e dos aparelhos do governo para gerar fake news e caricaturas daqueles que lhe são contrários. A forma como Canudos foi apresentada ao Brasil das metrópoles foi uma construção narrativa preconceituosa do Brasil do interior. Euclides da Cunha passou pela crise das narrativas e pôde nos apresentar o que viu, transformando em obra literária.
Sarah 09/03/2022minha estante
Te deixei um recado;)




Danilo 07/10/2023

Recorte
A HQ é muito bem desenhada e traz alguns elementos narrativos interessantes (e impactantes) que enriquecem a leitura. Porém, saiba que é um recorte muito específico da obra original. Há uma contextualização no início do livro, mas confesso que gostaria de ver uma adaptação maior do artista, pois seus traços são muito bons.
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Lisi Olsen 13/04/2022

Luta por direitos ou fanatismo?
De um lado um povo sofrido e invisível.
Do outro o poder que deveria dar a esse povo uma vida digna.
De um lado a fome e a sede.
Do outro o ódio e a sede de vingança.
Dois lados encharcados de sangue.
Dois lados em busca de ideais baseados em fanatismos: religiosos e políticos.
Nesta HQ podemos aprofundar as leituras de os sertões, para quem não leu é uma forma de aguçar a curiosidade e o entendimento para uma leitura crítica do livro. Para quem já leu é um convite a refletir e adentrar o inferno vivido naquele período.
Vale a leitura.


site: Canal e perfil: Devaneios em Arte
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Eloiza Cirne 04/08/2022

HQ contundente
A narrativa de Os Sertões por si só já nos leva a um cenário de dor e sofrimento. A HQ escrita por Carlos Ferreira e ilustrada por Rodrigo Rosa é contundente. Algumas cenas retratam a crueldade com que as forças armadas brasileiras dizimaram Canudos. Recomendo.
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