Amanda 26/06/2014The Fault in Our StarsLivro: The Fault in Our Stars (A Culpa é das Estrelas)
Autor: John Green.
Editora: E. P. Dutton.
Número de páginas: 318
Estrelas no Skoob: 5 + favorito
Todos já devem estar cansados de ouvirem falar de A culpa é das estrelas nessas últimas semanas. E estou aqui só pra continuar o coro (q).
Por sorte o meu pedido da Amazon chegou UM dia antes da estreia do filme. Eram os deuses me mandando reler (mentira, eu já planejava reler estava só esperando chegar). Li a primeira vez no começo de 2013 e não lembrava muita coisa. Só que era um livro sobre adolescentes com câncer, mas que não é sobre câncer.
Hazel Grace Lancaster é uma garota de 16 anos que aos 13 foi diagnosticada com câncer na tireóide, e que agora tem alguns tumores nos pulmões. Ela quase morreu, mas ao entrar em um experimento clínico com uma nova droga, 'recuperou-se' milagrosamente.
Devo dizer que, por algum motivo, gostei mil vezes mais de ler o livro em inglês. E o fato de ter sido 9,90 dólares e ser capa dura só melhora. No original tudo ficou mais engraçado, por algum motivo.
Por ficar lendo Uma Aflição Imperial, seu romance preferido, várias e várias vezes e raramente sair de casa, seus pais acabam a colocando em um grupo de apoio por achar que ela anda deprimida.
E é neste grupo que ela conhece Agustus Waters, um garoto sem uma perna e com lindos olhos azuis, que tem medo de ser esquecido e de não deixar sua marca no mundo, além de ser cheio de metáforas - que estava lá para acompanhar seu amigo Isaac, que após uma cirurgia logo ficaria cego.
Foi algo como 'amor à primeira encarada' e os dois viram amigos quase automaticamente.
É, principalmente, uma história de amor adolescente como qualquer outra - mas com doenças terminais envolvidas. O que deixa o livro meio cômico, pelo humor negro dos personagens, e, claro, trágico. Porque ninguém curte mortes.
O romance gira no fato de ambos amarem o livro Uma Aflição Imperial e quererem conhecer Peter Van Houten, o autor recluso em Amsterdã, para saber o que acontece após o final do livro (que é narrado por uma garota que tem câncer - sim, um livro de câncer dentro de um livro de câncer - que, abruptamente, termina no meio de uma frase).
Não vou contar como, mas eles acabam conhecendo o dito cujo.
É o tipo de romance que todo mundo gostaria de ter (um que só realmente acontece nos livros/filmes). É cheio de ternura e cenas românticas, assim como cômicas. Não é um livro que virará um clássico (como tem muita gente ai que diz), nem é o melhor livro do mundo ou década ou século, mas não deixa de ser um bom livro, que vai te cativar (se você curtir o gênero).
É fato de que sou uma manteiga derretida e que choro com qualquer livro/filme/inauguração de farmácia, mas quem me conhece sabe que esse não é o meu tipo de livro favorito, mas/todavia/porém foi um que conseguiu REALMENTE me cativar. Se o Gus fosse uma mina, eu provavelmente piraria que nem essas gurias.
Brincadeiras a parte, a narração sarcástica e ligeiramente mórbida e às vezes filosófica da Hazel é um grande ponto alto do livro. Muita gente diz que é pobre e infantil. Mas cara, vamos combinar, é o ponto de vista de uma garota de 16 anos né, não o ponto de vista de Shakespeare. Se ela fosse uma pessoa de verdade, seria o tipo de pessoa que eu gostaria de ter como amiga.
Gosto principalmente das partes com o Van Houten, um dos melhores personagens. Alguém que você odeia e ao mesmo tempo sente pena, mas que não pode deixar de admirar. Grande parte da filosofia e partes que te faz pensar são com ele. E é com ele que você descobre o porquê do título do livro.
Acho uma pena as pessoas praticamente só lembrarem da frase 'Alguns infinitos são maiores que outros', pois o livro está cheio de frases marcantes. Como: 'Nostalgia é um efeito colateral de ter câncer' 'não, nostalgia é um efeito colateral de se estar morrendo' (Lembrando que eu traduzi, talvez no livro em português não seja exatamente assim).
Chorei que nem um bebê na primeira vez que eu li. Na segunda, não. Talvez porque estava lendo rápido, talvez porque minha namorada estava presente, então não consegui realmente me emocionar. Mas ainda consegui me apaixonar novamente.
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http://escritoseestorias.blogspot.com.br/2014/06/resenha-5-faul-in-our-stars-john-green.html