Resenhas - Dom Casmurro

Victor Galdino 07/02/2024

Traiu ou não traiu?
Bentinho me parece ter sido vítima do mais puro e equivocado viés de confirmação, se submeteu a uma lógica distorcida - com evidências barulhentas em torno do seu turbilhão de pensamentos automáticos - fez o que fez. Não é difícil entender porque pensou o que pensou, se esquivar sobre conversas difíceis sobre o que se passava dentro de si não foi a condição? Ainda não estou certo! Mas talvez esse seja também o meu viés, caro leitor!

Machado de Assis é o nome mais pesado da literatura brasileira, confesso que a riqueza de detalhes me fez sentir a angústia da temporalidade da vida, terminei com suor escorrendo de dentro dos meus olhos, cansaço ou ruminações em torno da pergunta do milênio: traiu ou não traiu?

Agora, você que me lê, debruce-se em torno também do seu viés, a verdade é só uma, diga-me você!

Rodrigo1185 07/02/2024

Complicadooo
Gostei da leitura, porém o ritmo é muito lento. O personagem principal é chato e paranoico, não me parece ser verdade que o filho seja a cara do amigo dele, acredito que não traiu.

Maduda2 07/02/2024

Muito bom!!!
Finalmente posso ter minha resposta quando alguém me perguntar "traiu ou não traiu?" Ahahah dois beijos...

ArturDamas 06/02/2024

Machado é excelência
Minha primeira experiência com Machado foi incrível! Não sei porquê demorei tanto pra ler o autor.
O texto sarcástico e cru, com maestria nas palavras, me fascinou. Fui fisgado nas primeiras páginas.
Se Capitu traiu? Devido à minha natureza desconfiada, sou do time que acha que sim ?

Davi1091 06/02/2024

Bentinho, não gosto de você
Bentinho, eu odeio você. É um ciumento e uma pessoa repugnante. Capitu está certa. A introdução do livro é bem chamativa, muitas vezes tive que procurar o significado das palavras no Google para poder ir a frente com a leitura. Fiquei do lado de Bentinho até certos momentos, não minto.

JAssica68 05/02/2024

Traiu ou não traiu?
"Dom Casmurro" ? um clássico cuja leitura foi bastante postergada por mim. Mas, é como dizem: antes tarde do que nunca. Essa é a primeira obra que leio de Machado de Assis e posso dizer que gostei muito por duas razões principais. A primeira é pela forma de descrever os fatos (sejam verídicos ou não, rs). A segunda razão é a profundidade dos personagens. No meio do livro, parecia que eu conhecia pessoalmente Bentinho e Capitu.

A história começa com a infância de Bentinho, um garoto cuja mãe havia feito uma promessa para que ele fosse padre quando adulto. Contudo, Bentinho se apaixona por sua vizinha, Capitu, o que faz com que ele não queira ir ao seminário para virar padre. Ao desenrolar da trama, Bentinho vai para o seminário e cria um laço forte de amizade com um outro personagem Escobar. Ao fim do livro, há uma série de acontecimentos que abrem para essa dúvida: Capitu traiu ou não?

Após a leitura completa, ao meu ver, acredito que não houve traição. Digo isso, pois todo o livro é escrito na visão de Bentinho e observei que ele é um pouco exagerado e impreciso. Quando falei da descrição dos fatos e brinquei falando sobre sua veracidade é justamente por causa desse narrador em primeira pessoa.

Só não fecho as cinco estrelas porque, apesar de ter sido muito bem desenvolvido, não foi um livro marcante para mim. Quatro estrelas. Muito bom, apenas.

Médio 05/02/2024

Dom
O livro é simplesmente bom,não tem o que dizer.

Os personagens são interessantes, dando destaque para capitu.

O personagem principal é profundo,já que o leitor vê tudo na visão dele,o que torna as coisas que ele fala não muito confiáveis,ele é o verdadeiro problema para os que estão ao seu redor,as vezes de forma sutil,outras nem tanto.

Gostei bastante de capitu e Ezequiel.

"mas falto eu mesmo e essa lacuna é tudo"

Manassés Vieira 04/02/2024

O triângulo amoroso não é como vocês esperam
Provindo de uma família benquista dentro da sociedade brasileira em 1857, Bentinho se vê num impasse em ir para o seminário por conta da vontade de sua mãe, ou viver a vida ao lado do seu grande amor de infância, Maria Capitolina, a famigerada Capitu.

Bom, acredito que ou essa vai ser a pior resenha que eu vou escrever na vida, ou vai ser a mais diferente. não vou me prolongar muito em questões que são encontradas em quaisquer resumos para vestibular a respeito desse livro, mas vou falar sobre a minha experiência com ele e a visão que tive da história como um todo.
A linguagem é diferente, mas não é um empecilho pra quem, assim como eu, não está acostumado com a linguagem dos clássicos. Li a edição da Nanofágica (a edição de bolso da Antofágica) e ela estava repleta de notas de rodapé, o que me ajudaram BASTANTE ao decorrer da história. Venho fazer um ponto também para parabenizá-los por essa edição, que, além de trazerem uma edição de bolso de qualidade e super em conta, eles ainda encontraram uma forma de termos acesso aos textos presentes na edição de luxo! Isso que é compromisso com o acesso a cultura! Mas, voltando a escrita do autor, é tudo questão de costume. Com um poquinho de insistência, você se acostuma com a narrativa e daí em diante é só aproveitar e rir bastante!
O nosso protagonista e narrador Bentinho é, de fato, um narrador não confiável, e isso fica evidente durante TODA a obra! Ele várias vezes nos demonstra algumas de suas fantasias e várias vezes se contradiz no decorrer da história. Bentinho me dava raiva, não somente por suas contradições, mas por ser uma verdadeira AMEBA! Esse menino não faz nada e isso me deixava muito incomodado, pois as pessoas em sua volta precisavam tomar a iniciativa das coisas por ele.
Capitu é, de fato, uma mulher que sabe o que quer. Desde o começo vemos como ela é rápida e inteligente, bem decidida e sabe como se livrar de situações indesejadas de maneira fácil, até demais. A amizade da Capitu com o Bentinho, no começo, já demonstra como quem tomava as iniciativas das coisas ali era ela. Capitu mandava na amizade de ambos, e Bentinho era fascinado por ela. Acredito sim, que Bentinho amou Capitu, mas não acho que esse romance tenha dado certo. Porém, falaremos sobre isso mais tarde.
O terceiro personagem mais badalado dessa história é Escobar. O que eu mais gostei de Escobar é ver como ele conseguia deixar o Bentinho desconcertado com seus atos. A amizade que existiu entre os dois, pra mim, iria muito além de amizade se o nosso protagonista tivesse um pouco mais de atitude. E é aqui onde eu me permito falar sobre o como as pessoas perdem tempo demais nesse "Traiu ou não traiu?" e fecham os olhos para algo que está escancarado nas páginas deste livro. Bentinho e Escobar se queriam, romanticamente.
Escobar tem muitas atitudes questionáveis durante a obra, que pareciam mais convites ao Bentinho do que qualquer outra coisa. Quando ele falou que o único amigo do seminário era Bentinho, e que todos estavam comentando (por que comentariam algo tão natural como uma amizade, se não houvesse outro fator envolvido nisso?), quando ele foi apresentado a família do Bentinho e a própria Capitu quis saber quem era ele (não gente, ela não estava interessada nele, ela foi sagaz o suficiente pra entender que a relação entre os dois ia além da amizade), quando ele ficou tão triste quanto Capitu com o Bentinho querer ir pra Europa, quando ele, depois de casado com Sancha, pede pro Bentinho apalpar seus braços e o mesmo FAZ ISSO, COM GOSTO! Preciso falar mais? Acho que não, né?
Mas e Capitu, traiu ou não traiu? Na minha sincera opinião? Se traiu, foi pouco, fez certo, mas não foi com o Escobar. Todo o romance que Capitu e Bentinho viveram na infância deram falsas esperanças para a menina, que infelizmente já tinha sua primeira prova de que seu relacionamento seria péssimo. Pra mim, Capitu desde o ínicio foi inteligente o bastante para ela mesma dar a vaza de ter taído Bentinho com Escobar ao comentar a aparência do filho. E se o fez, talvez tenha feito com a intenção de que o próprio Bentinho tomasse as rédeas, pelo menos uma vez, e terminasse com o casamento tóxico e estagnado que ambos tinham. O livro dá a entender que a traição foi consumada, e que foi com Escobar, mas o nosso ponto de vista é de ninguém mais e ninguém menos que Bentinho...
Como disse outras vezes nessa resenha, Bentinho pra mim era uma grande ameba. Parecia que vivia para os outros, não para si. Foi para o seminário, ao qual não queria ir, por conta de sua mãe e de José Dias. No seminário não sabia ao certo o que fazer, possuía muito potencial, era amado por todos, mas ficou na expectativa mesmo. Ali, conhece Escobar, o qual se aproxima demais. É nítido ao longo das páginas o quão recíproco era o que um sentía pelo outro, mas Escobar esperava uma iniciativa do outro que nunca viria - e de fato não veio mesmo, para nada. Casa-se com Capitu, anos depois, mas vemos como o romance intenso de ambos ficou na infância, no passado. Mas para Bentinho que é estagnado na vida, tá ok. É formado, casado, tem filho, aos olhos da sociedade da época, venceu na vida! Mas, a vida de quem? Pois a sua falta de atitude o impede de viver sua própria vida. Com uma vida destinada para os outros, o menino cresceu amargurado. Isso ajuda a nascer o apelido, Dom Casmurro.
Com diversas questões não resolvidas, Bentinho não envelhece bem da cabeça. Capitu, em sua discussão com o marido, deixa claro o quão ciumento ele era. As mudanças das datas e contradições ao longo da narrativa nos mostra como o narrador distorce as coisas para que elas façam sentido a sua própria verdade. Tendo isso em mente, não acredito que Ezequiel seja filho de Capitu com Escobar. Essa ideia floresceu em sua cabeça após Capitu ter comparado os dois e virou uma bola de neve para as paranóias de Bentinho. Às vezes, a semelhança não passava de um olhar açucarado. Acredito que a questão da traição diga mais sobre Bentinho do que qualquer outra personagem da obra. Ciumento, mentalmente instável e sem atitude nenhuma, Bentinho projetou em Capitu a sua vontade de consumar uma traição, seja com Escobar, seja com Sancha, seja com qualquer pessoa. Vemos a forma como ele mesmo fala sobre Sancha nos últimos momentos do livro.
Enfim, falei, falei, falei e sinto que ainda não falei tudo o que tenho pra falar sobre esse livro, mas essa resenha precisa acabar antes que eu me perca mais do que acredito já ter me perdido. O livro é ótimo, me fez rir, ficar com raiva, pensar sobre o que eu estava lendo! Fico feliz em não ter lido esse livro enquanto estava no ensino médio, pois de fato não estava preparado em muitos âmbitos para essa obra. Para todos que tem vontade, porém ficam incertos quanto a escrita dos classicos: vão sem medo, encarem, persistam, que vocês se acostumam!

Nena Flores 04/02/2024

Um livro cansativo mas gostei bastante da leitura, só achei que faltou mais descrição sobre a Capitu, recomendo vale a leitura.

ratofurioso 03/02/2024

Não traiu!
Bentinho que é louco e inseguro, e como lemos o livro a partir da visão dele da impressão q ela pode ter traído, mas na real não passa de paranoia do cabra

Beatriz3345 03/02/2024

Lindíssimo!
?Não se engane, querido leitor, não posso dizer que não chorei?

Um final triste para nosso Bentinho, mas um final que faz jus à toda loucura e ciúmes doentios durante todo o livro.

Durante todo o livro pensei que seria impossível de Capitu ter traído Bentinho, por mais que ela fosse dissimulada, sempre foi muito apaixonada e entregue a Bentinho em sua totalidade. Entretanto, quando Ezequiel volta da Suíça e Bentinho fala da aparência dele (de como parecia em corpo e voz com Escobar) e também quando Bentinho confronta Capitu (o jeito que ela reage quando Ezequiel entra na sala), tudo isso me fez pensar que sim, ela traiu!

Mas também não é possível isentar Bentinho: Bentinho fez um inferno à Capitu desde que eles eram crianças, e depois, quando adultos, desejou a mulher do melhor amigo. Pensou diversas vezes em matar Capitu tudo por causa do próprio ciúme, PENSOU EM MATAR O PRÓPRIO FILHO.

Deixando um pouco de lado a antiga discussão (que parece atual demais para ser antiga rsrs), enfatizo o melhor personagem do livro, o amabilíssimo, José Dias.
Só Deus sabe o quanto eu chorei com a morte dele, a fala final, toda a importância dele na história, o amor que, posteriormente, ele cativou por Capitu?
Lindíssimo???

Em suma, livro incrível, personagem incríveis, narrativa e storytelling incríveis! Saí apaixonada por Capitu e José Dias, os dois melhores personagens deste livro hahaha ?
Nossa oblíqua e dissimulada e nosso grandíssimo superlativo??

bmateus08 03/02/2024

Perfeito
É a segunda vez lendo esse livro, e a experiência foi tão boa quanto na primeira. A forma que a história foi escrita, com o protagonista falando diretamente com o leitor, torna a leitura bem envolvente. Os personagens são bem cativantes.

Chiara 03/02/2024

#todoscomcapitolina
Bentinho era ciumento, via pêlo em ovo? como não sucumbiria as suas próprias narrativas cheias de ciúmes e insegurança?

O quê Capitu poderia fazer? Se hoje as mulheres ainda tem dificuldade de se defender de injustiças , imagina como era em 1900 e ?

Pois é entrei na discussão, e como não entrar ?! Encantadora a a forma de escrita de Machado de Assis. Como ele prende a atenção do leitor, como cruza os fatos do inicio ao final. Fico pensando em como ele fez o esboço dessa história ??? fez um mapa mental, depois fez as devidas correlações ? Já dominava a ?jornada do herói??

Kkkkkkkkk ??

Elciane1 02/02/2024

Traiu ou nao traiu?
Muito bom o livro , mas eu achei uma leitura meio complicada por causa da linguagem meio rebuscadas e algumas parte monótonas .E Capitu não traiu Bentinho até porque ela mesma vê semelhanças entre Escobar e Ezequiel só depois disso ele começa a desconfia . E Bentinho era muito ruim e ciumento .mas amei ????

Beatriz3345 02/02/2024

Gostei demais, em alguns momentos precisei reler pra entender mas a partir da segunda metade do livro me prendi muito